As aulas dos cursos de inglês e espanhol do programa de extensão “Boa Vizinhança” começaram neste mês gerando expectativa entre alunos e bolsistas. Neste semestre, foram selecionados 60 alunos para o curso de inglês e 30 para o de espanhol.
Segundo o bolsista Guilherme Silva, o “Boa Vizinhança” é uma forma de obter conhecimentos e dar oportunidade para que os alunos aprendam um novo idioma e cresçam profissionalmente. O bolsista atua no projeto há um ano e meio e garante que as aulas dão resultado. “O projeto é muito bom. Eu formei uma turma no terceiro módulo e os resultados foram positivos. Os estudantes concluíram o curso dominando o idioma.” De acordo com Silva, na turma atual, nem todos estudaram inglês na escola e alguns não terminaram os estudos. “Eles estão muito empenhados e já marcamos aulas de reforço.”
Já para a bolsista do primeiro módulo de espanhol, Mariana da Silva, o “Boa Vizinhança” é novidade. Ela começou a lecionar no projeto no início deste semestre. Mariana deseja ser professora de espanhol e encontrou no projeto uma forma de aprimorar seus conhecimentos na língua e em sala de aula. “A língua estrangeira abre novos horizontes para os alunos, que vivem em um mundo globalizado e muito exigente. Acho importante a faculdade incentivar essas pessoas.”
Na sala de aula
A bolsista do primeiro módulo de inglês, Angie Miranda, nunca havia lecionado para adultos até o início deste semestre, quando passou a ministrar aulas no “Boa Vizinhança”. Segundo ela, essa experiência é motivadora, uma vez que ela tem a oportunidade de lidar com pessoas de diferentes faixas etárias, profissões e motivações. “Os alunos quando viram que o material era bem estruturado e que as aulas eram organizadas e dinâmicas, passaram a acreditar que irão aprender a língua e ficaram ainda mais incentivados.”
O motorista Marcelo Vieira, de 36 anos, se inscreveu no curso de espanhol com o intuito de conseguir oportunidades profissionais. “Eu não poderia pagar um curso particular de espanhol e encontrei no projeto um meio de aprender o idioma. Estou gostando e espero me aperfeiçoar cada vez mais”, afirma Vieira, que pretende prestar vestibulares e concursos.
A dona de casa Carmem Mendes da Silva, de 45 anos, acredita que a língua é fundamental para seu crescimento pessoal. Carmem trabalha com crianças em seu bairro e busca aprimorar seus estudos. “Acho bom ter novos conhecimentos. Não só na aula de inglês, mas também em outras atividades para eu poder atuar com crianças.” A dona de casa também pretende aprimorar o inglês ao longo do curso, principalmente a pronúncia. “Hoje o inglês é fundamental na vida. Estou gostando muito das aulas e o professor consegue transmitir os conhecimentos de uma maneira fácil e interessante.”
O projeto
O curso é oferecido para pessoas com idade igual ou superior a 18 anos e com renda familiar per capita de no máximo R$ 540. As aulas são realizadas aos sábados, das 8h às 12h, na Faculdade de Letras, no campus, sendo lecionadas por bolsistas do curso de Letras, sob a supervisão das professoras coordenadoras Marta Cristina da Silva e Ana Beatriz Rodrigues.