O Ministério da Saúde, por meio do edital de Seleção de Projetos de Arte, Cultura e Renda na Rede de Saúde Mental, aprovou as propostas de três projetos de saúde mental apoiados pela Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da Universidade Federal de Juiz de Fora (Intecoop/UFJF). Os projetos “Trabalharte – Associação Pró Saúde Mental como veículo de inclusão sócio-cultural”, do município de Juiz de Fora, e “Horta Terapêutica”, de Cajuri, foram contemplados com incentivo de R$ 10 mil, enquanto a proposta “GirArte”, de Candeias, receberá investimento de R$ 5 mil.
Ao todo, o Ministério da Saúde recebeu a inscrição de 300 projetos. Foram selecionadas 180 propostas de 145 municípios, que somam R$ 1,395 milhões. A seleção atendeu a alguns critérios, como localização, articulação com a economia solidária e setores parceiros da rede de saúde mental, álcool e outras drogas, cooperativismo social e relação com incubadora universitária ou pública.
Segundo o professor Petrônio Barros, coordenador da Intecoop, a aprovação de três projetos pelo Ministério da Saúde é fundamental para o desenvolvimento das ações. “Nosso objetivo é despertar o interesse pela educação e formação contínua, incentivando a criatividade. O apoio visa ao aperfeiçoamento das atividades, que promoverão a inclusão social dos pacientes, para que tenham acesso a trabalho, educação, arte e cultura.”
Confira abaixo os projetos contemplados:
Juiz de Fora
O projeto “Trabalharte – Associação Pró Saúde Mental como veículo de inclusão sócio-cultural”, propõe a organização de um laboratório de customização de vestuários e acessórios através de técnicas de estamparia artesanal e bordado. O projeto irá beneficiar cerca de 50 voluntários em tratamento na Rede Pública da Saúde Mental, seus familiares e membros da comunidade interessados no tema.
Cajuri
Com o projeto “Horta Terapêutica”, a Unidade Básica de Saúde (UBS) de Cajuri propõe a criação de uma horta terapêutica, que tem como finalidade a promoção da saúde através da atividade em grupo. A ideia da horta surgiu como necessidade da UBS de Cajuri de criar uma terapia ocupacional com geração de renda para os portadores de sofrimento psíquico, que possibilitasse a integração social e fizesse com que eles adquirissem maior grau de independência e autonomia.
Candeias
O projeto “GirArte” atenderá 20 participantes portadores de sofrimento mental ou decorrentes do uso de álcool e de drogas, além de cerca de 60 familiares. Entre as atividades que serão desenvolvidas estão pintura, marcenaria, confecção de bijuterias, atividades com reciclagem e costura. A equipe técnica será formada por um artesão, uma terapeuta ocupacional e sete profissionais da saúde.