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Fapemig financia projetos de extensão da UFJF

Prof. Claúdia Viscardi (à esquerda) ao lado da subcoordenadora do seu projeto, Prof.ª Mônica Ribeiro

Dois projetos de extensão, com interface na pesquisa, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) foram contemplados com o apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig). O edital, lançado em julho, tinha como objetivo financiar ações extensionistas em interface com a pesquisa científica e desenvolvimento tecnológico, com o intuito de integrar pesquisadores e sociedade. As duas propostas selecionadas receberão juntas cerca de R$ 68 mil. O resultado foi divulgado no dia 23 de outubro.

Universidade vai à escola

Uma das propostas selecionadas é o projeto “A Universidade vai à escola: Instrumentos facilitadores do ensino da história de Juiz de Fora”, coordenado pela Professora do Departamento de História do Instituto de Ciências Humanas (ICH), Cláudia Viscardi. A iniciativa consiste na edição de um material em um box, contendo dois livros e um DVD, onde estão reunidos diversas pesquisas e textos elaborados por professores, doutores e alunos de iniciação científica do Curso de História da UFJF.
O trabalho busca contar a história de Juiz de Fora de uma forma diferente, com uma linguagem apropriada para as novas gerações, de modo que atraia o público-leitor. De acordo com Cláudia, o objetivo é oferecer tanto aos professores como aos alunos da rede pública, um resultado das atividades produzidas dentro da universidade. “Esses trabalhos muitas vezes corre o risco de ficar aqui, sem que a comunidade tenha acesso”, declara.
A professora ainda destaca a importância desse trabalho para os docentes de história da rede pública: “Esses professores não tem muito material para trabalhar com esses conteúdos com as crianças e adolescentes. Geralmente, ele trabalha a partir de jornais e de poucos livros. Então, tendo um material que sintetiza a história de JF em uma linguagem apropriada, facilita muito o trabalho do professor”.
Para a coordenadora do projeto, o apoio financeiro da Fapemig além de viabilizar a iniciativa, vai ajudar na implantação do doutorado. “Nós estávamos fragilizados em um aspecto do nosso programa de pós-graduação, que é exatamente esse contato com a comunidade. Então, o nosso outro objetivo com esse projeto é melhorar a nossa avaliação do mestrado para que o doutorado seja aprovado”, relata.
Os R$ 40,5 mil disponibilizados pela Fapemig serão investidos na impressão do material, contratação de bolsistas e na consultoria por uma empresa de comunicação. Segundo a professora, o material deve estar pronto no início de 2010 e serão distribuídos mil boxes entre as 149 escolas municipais, estaduais e federais presentes na cidade.


Por uma alimentação melhor

Prof.ª Ana Claúdia:

Foi com satisfação que a Professora do Departamento de Bioquímica do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), Ana Cláudia Peres, recebeu a notícia de que seu projeto “Avaliação da Merenda Escolar e do Estado de Saúde e Nutrição de Crianças e Adolescentes do Município de Belmiro Braga-MG”, foi aprovado pela Fapemig. “Você vê que seu trabalho realmente tem mérito e que tem gente que acredita e investe nele”, ressalta.
A iniciativa busca desenvolver diversas atividades no Município de Belmiro Braga, sempre focando na saúde dos 300 estudantes de escolas públicas municipais e estaduais. Ações como avaliação nutricional das crianças, avaliação bioquímica da merenda e educação nutricional nas escolas fazem parte do projeto. A professora explica que o trabalho é continuidade de um semelhante realizado por ela, aqui, em Juiz de Fora, “o diferencial é que esse é uma demanda da Prefeitura de Belmiro Braga, além de oferecer um treinamento para as cantineiras envolvidas com a merenda escolar”.
O valor concedido de R$ 27,1 mil será empregado nas atividades educativas voltadas para a comunidade e no laboratório do departamento de Bioquímica. O trabalho que será executado envolve professores do curso de Nutrição da UFJF e do Hospital Universitário. De acordo com Ana Cláudia, o projeto contará com uma grande equipe multidisciplinar. “Eu trabalho com alunos do Serviço Social, Enfermagem, Nutrição e Medicina. Da área de saúde de uma maneira geral”, acrescenta. A professora ainda analisa a contribuição dessas diversas áreas do conhecimento para a ação extensionista. “A área de formação deles é interessante, porque eles têm outra visão de como é o município. Então a gente abre bem o leque de conhecimento”. O projeto tem o prazo de execução de dois anos.
Em 2007, a Fapemig lançou o primeiro edital para o programa de apoio a Projeto de Extensão com Interface em Pesquisa. E desde então, vários projetos de extensão da UFJF já foram contemplados.