Neste evento dos Seminários Virtuais do PPGCSO/UFJF, Nivaldo Paroo’i Tapirapé (Professor na TI Tapirapé/ UFG) e Alexandre Gomes (UFPE) conversam sobre esses processos de indigenização dos museus e de autogestão patrimonial indígena. A mediação é de Ana Coutinho (PPGAS/UFRJ).
Clique aqui para assistir: https://www.youtube.com/watch?v=owo7F_9rR5Y
Ao longo dos últimos anos acompanhamos a proliferação de museus indígenas no Brasil e no mundo. Aquilo que antes era a vitrine das materialidades do colonialismo e da ciência se tornou o instrumento das políticas indígenas em suas lutas contemporâneas. Os museus indígenas se integram no imenso campo de experimentações e invenções que esses povos estão realizando com a própria cultura em diversas plataformas de registro. O que são essas museologias indígenas? Quais os sentidos dessas traduções políticas? Como essas apropriações se inserem nas lutas indígenas contemporâneas? A proposta do Seminário desdobra-se de debates que temos realizado em disciplinas do PPGCSO e por uma equipe de docentes e discentes pesquisadores em antropologia e arquitetura da UFJF e colaboradoras da UFRJ no âmbito do Projeto de Extensão para Estudo Arquitetônico do Museu Apyãwa (Tapirapé), a partir da iniciativa de lideranças da Terra Indígena (TI) Tapirapé Urubu Branco, Mato Grosso.
Nivaldo Paroo’i Tapirapé (Professor na TI Tapirapé/ UFG) é graduado em Ciências Sociais pela Universidade do Estado de Mato Grosso. Especialista em Educação Escolar Indígena pela Universidade do Estado de Mato Grosso e em Educação Intercultural e Transdisciplinar: Gestão Pedagógica pela Universidade Federal de Goiás. Tem experiência na área de Sociologia, com ênfase em Sociologia, atuando principalmente nos seguintes temas: educação, sustentabilidade sociocultural e linguística e diversidades educacionais. Atuou como Formador Indígena no CEFAPRO – Centro de Formação de Profissionais em Educação Básica – MT. Atualmente é professor titular no Ensino Médio, na Escola Indígena Estadual Tapiitãwa e atua como liderança na comunidade Tapirapé, sendo presidente da APITAM – Associação Povo Indígena Tapirapé Myryxitãwa. É coordenador de Ação do Programa Ação Saberes Indígenas na Escola – povo Tapirapé.
Alexandre Gomes (UFPE) é historiador, antropólogo & indigenista. Tem interesse e atuação em Pesquisas Colaborativas, Co-Produção do Conhecimento, Acervos Comunitários, Cultura Digital & Gestão Compartilhada: Horizontalidade, Simetria e Pluriversos Epistêmicos. Mestre e Doutor em Antropologia pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia da UFPE (Recife/PE, Brasil), com estágio-sandwich no CIESAS/Unidad Pacifico Sur (Oaxaca, México). Assessor Técnico do Museu dos Kanindé/CE, pesquisador do PARI-C/City University London e investigador associado ao Núcleo de estudos e pesquisas sobre Etnicidade (NEPE/UFPE).
Ana Coutinho (PPGAS/UFRJ) realiza doutorado junto aos Apyãwa (Tapirapé) pelo PPGAS-MN-UFRJ. Atua também como colaboradora no projeto interdisciplinar da Arquitetura e Antropologia da UFJF sobre a elaboração do Museu Apyãwa na aldeia Tapi’Itãwa na Terra Indígena Urubu Branco.