As redes digitais conectam dispositivos e sistemas no mundo, em especial por meio de linguagens e da tecnologia, construindo e dando visibilidade a memórias cada vez mais digitalizadas. As linguagens, aliadas à tecnologia do humano e do pós-humano, hibridizam-se e engendram-se nos ecossistemas. A conexão de dados desafia estudos da memória, das competências e das linguagens, que estão expandidas por suportes, plataformas e possibilidades sígnicas. O estudo das redes abrange a ampliação da cultura digital, inseridas em um novo regime de historicidade, e suas narrativas. A linha busca entender e aprofundar questões sociais emergentes em reconfigurações manifestas nas linguagens, e, por sua vez, presentes nos processos comunicacionais, sejam eles midiáticos, ou não. Levam-se em conta as diferentes formas de produção, de compartilhamento e de consumo; além dos deslocamentos e hibridizações, a partir das narrativas em processo de mutação, das territorialidades flexíveis, das extremidades móveis e superpostas, das memórias e das competências cognitivas, afetivas, estéticas, críticas, midiáticas e artísticas, ou seja, através da semiose.
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Os processos comunicacionais são locus privilegiado para compreensão da vida social, em suas múltiplas dimensões (políticas, econômicas, científicas, tecnológicas, culturais, entre outras), visto que produzem efeitos sócio-históricos e são também constitutivos dos modos de identificação e subjetivação de indivíduos e coletividades. Trata-se do fenômeno da capilarização das ambiências midiáticas, que reconfiguram não somente os processos comunicacionais tradicionais como também, e ato contínuo, diversas esferas da própria vida social. A mediação, midiatização e, mais recentemente, a plataformização, dado o seu poder de circulação, abrem, em consequência, a oportunidade para que, afora as legítimas abordagens de cunho mais imanente à área, outros saberes sejam mobilizados em interface. Diante desse contexto, as pesquisas na linha perscrutam tais interfaces para compreender como processos comunicacionais e ambiências midiáticas reconfiguram a vida cotidiana, as instituições, as relações de poder, as trocas simbólicas e os agenciamentos.
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