A segunda edição de 2022 da Lumina, revista do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Juiz de Fora (PPGCOM/UFJF), é composta por artigos que trazem questões teóricas da comunicação e análises de diferentes objetos comunicacionais.
Ressaltamos nesta publicação a diversidade de olhares presentes nas pesquisas desenvolvidas por universidades públicas brasileiras de todas as regiões do país, que são aqui nomeadas: Universidade Federal do Mato Grosso, Universidade Federal do Pará, Universidade Federal do Maranhão, Universidade Federal do Ceará, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Universidade Federal de Minas Gerais, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Universidade de São Paulo e a universidade privada que muito investe em pesquisa acadêmica, a Escola Superior de Propaganda e Marketing.
Dos doze artigos publicados, destacamos a pesquisa A virada afetiva na comunicação e na aprendizagem: mediação radical, lúdico e cognição atuada, de Fátima Regis, José Messias, Letícia Perani, Raquel Timponi e Alessandra Maia, que reflete sobre as bases conceituais para se articular o entendimento das relações entre tecnologias e humanos no contexto dos processos comunicacionais e cognitivos contemporâneos. O artigo de Elisa Bachega Casadei, Tensionamentos discursivos da infertilidade masculina: bioprodutos, cuidados de si e engajamento moral na paternidade ativa desde a concepção, discute como a infertilidade masculina é discursivamente construída pela imprensa e pelos materiais de divulgação das clínicas de fertilidade brasileiros, realçando os discursos liberais e os imperativos da masculinidade hegemônica.
Entre os artigos que trabalham com estudos empíricos, salientamos a pesquisa Net-ativismo e plataformas digitais em contexto pandêmico no Brasil, em que Bruno Madureira Ferreira, Rita Nardy , Matheus Soares Cruz e Massimo Di Felice apresentam uma análise do papel desempenhado pelas plataformas digitais no enfrentamento à covid-19 em comunidades periféricas de São Paulo e Rio de Janeiro, considerando um contexto de disputas de narrativas e ausências de ações e diretrizes governamentais de forma coordenada no ano de 2020.
A edição conta também com estudos sobre o lambadão, manifestação musical da região Centro-Oeste; o resgate do suplemento infantil O Progressinho, publicado nos anos 1980 no jornal O Progresso, da cidade de Imperatriz; dois estudos com diferentes abordagens, mas cuja base teórica centra-se nos estudos sobre o feminismo; uma reflexão sobre as
transformações no papel do jornalismo na sociedade contemporânea, propondo o conceito de jornalismo de coalização, e ainda um estudo sobre as demandas de produtores de conteúdo audiovisual para mídias sociais digitais. Além disso, apresenta o campo de estudos da infraestrutura das mídias, ainda pouco estudado no país, e análises de quatro jornais diários, seja sob a perspectiva do enfrentamento político dos editoriais da Folha de São Paulo em relação à atuação do governo federal no período de fevereiro a maio de 2020; ou de um estudo sobre as capas de três jornais durante a Copa do Mundo FIFA 2018, as quais clamam por um ideal romântico relacionado ao futebol brasileiro.
As perspectivas apresentadas nesta edição reforçam a importância do investimento na educação e na promoção das ciências humanas e sociais, pois dão a conhecer diferentes realidades, tanto em termos de mapeamentos e levantamentos historiográficos quanto de estudos teóricos e analíticos sobre manifestações culturais, artísticas, sociais e midiáticas, que têm sido estudadas e elucidam a diversidade e a riqueza da área da comunicação no Brasil.
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