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Palestra aborda as mudanças no trabalho do jornalista

O debate é proposto pelo Núcleo de Pesquisa Comunicação, Identidade e Cidadania da Faculdade de Comunicação da UFJF.

 

Diversas mudanças na atualidade, devido aos novos comportamentos e aos avanços tecnológicos, estão proporcionando significativas alterações em diversas profissões tradicionais e a do jornalista é uma dessas. Novas formas de produção revelam que a redação não é mais o único local para se fazer o bom jornalismo.

Diante desta realidade, o pesquisador e professor Rafael Grohmann irá conversar sobre a temática. O encontro será nesta quinta-feira (24), às 19h, na Sala de Demonstração no 2º andar do novo prédio da Faculdade de Comunicação.

 

Segundo o pesquisador, uma série de funções desapareceu das rotinas produtivas do jornalista. “A redação já não é há algum tempo o único local para o jornalista trabalhar e isso tem afetado todo o universo da profissão, mas também da formação profissional em comunicação. Formas que antes eram consideradas atípicas na profissão, hoje já são realidades rotineiras, como, por exemplo, freelancer, pessoa jurídica (PJ) e o jornalista empreendedor”, explica.

 

Intitulada o “Trabalho dos Jornalistas: Hegemonia da Flexibilização e Formas Resistentes de Organização”, a conversa, além de abordar esses pontos, trará questões importantes sobre a relação trabalhista destas novas formas de se fazer o exercício jornalístico.

 

“No fundo a profissão de jornalista sofre como um balão de ensaios da última reforma trabalhista. Ser um freelancer fixo, que é uma aberração jurídica, virou quase uma norma em grandes empresas de comunicação. A contratação não CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) acabou virando a norma. A flexibilização por um lado pode te proporcionar uma certa liberdade, porém do outro, te gera uma insegurança no mundo do trabalho que acaba gerando múltiplos contatos de trabalhos inseguros e sem perspectivas futuras”, aponta Grohmann.

 

Sobre o pesquisador

 

Rafael Grohmann tem graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Juiz de Fora, porém cursou grande partes das disciplinas da Faculdade de Comunicação. Essa transdisciplinaridade proporcionou o contato com diversos professores da FACOM. Formou-se doutor e mestre pela Universidade de São Paulo (USP). Durante o mestrado, seus objetos de estudo foram “os jornalistas freelancers e as condições de trabalho” e “o jornalista como receptor”. Na tese de doutorado, voltou-se para a área mais teórica, pensando “como o conceito de classe social tem sido negligenciado”. Hoje é pós-doutorando na área de circulação comunicacional do capital, sob supervisão de Muniz Sodré.

 

Atualmente atua como professor do Mestrado em Comunicação da Faculdade Cásper Líbero e professor da Escola de Comunicação e Artes de São Paulo (ECA). Foi ainda criador, coordenador e professor do Mestrado Profissional em Jornalismo FIAM-FAAM – Centro Universitário. Integra os grupos de pesquisa Teorias e Processos da Comunicação (Cásper Líbero) e Comunicação e Trabalho (CPCT-ECA/USP).

 

Grohmann também estuda os memes e está na organização do 10º Seminário Teorias da Comunicação “Memes, Políticas e Cultura” da Cásper Líbero, o qual aborda “Os memes circulam nos mais diversos processos comunicacionais, desde gatinhos fofíneos até discursos de ódio. Como podemos compreender os memes a partir das teorias da comunicação?” O evento será no próximo dia 26 de maio.

 

Serviço

O que: Palestra “Trabalho dos Jornalistas: Hegemonia da Flexibilização e Formas Resistentes de Organização”

Realização: Núcleo de Pesquisa Comunicação, Identidade e Cidadania – FACOM UFJF
Data: 24/05/2018
Horário: 19h
Local: Sala de Demonstração da Faculdade de Comunicação da UFJF (Rua José Lourenço Kelmer, s/n, bairro São Pedro)
Contato: www.comunicufjf.wordpress.com | Facebook: @ComunIC.ufjf

 

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