Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cultura
Data: 28/07/2016
Link: http://www.tribunademinas.com.br/festival-tem-oficina-de-danca-barroca/
Festival tem oficina de dança barroca
Terça-feira, 15h, 26 de julho de 2016. Curioso pensar que, dentro de uma sala, como se estivessem em outros tempos, 30 alunos ensaiavam os primeiros passos de dança barroca. Era o segundo dia do curso, comandado pelo músico e dançarino Osny Fonseca no Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga. O número de inscritos para esta oficina, neste ano, só foi superado pelo da Música de Câmera (130), onde, obrigatoriamente, estão
todos os alunos do festival, segundo a assessoria de imprensa da Universidade Federal de Juiz de Fora. Eram homens e mulheres de várias idades. Estudantes de diversas áreas, a maioria da música, alguns da dança. Muitos, ainda travando os primeiros contatos com os movimentos. O resultado do trabalho desenvolvido ao longo de toda a semana será apresentado neste domingo, das 9h ao meio-dia, e a partir das 14h, no Instituto de Artes e Design, na UFJF, com entrada gratuita.
“Essa dança está muito ligada à cultura de corte do antigo regime absolutista europeu dos séculos XVII e XVIII, em que boa parte da música que se tocava, a chamada música barroca, também se inseria nesse ambiente. Músicos e nobres, sejam na Alemanha, na França, em Portugal e mesmo no Brasil, praticavam-na. Era um protocolo da vida da época. Na corte francesa, em Versalles, havia bailes diários”, explica o professor Osny Fonseca, um dos poucos nomes no Brasil que se dedicam a manter, vivo, o estilo. “No nosso país, não há formação de público. Isso está sendo
construído nos últimos cinco anos comigo e mais alguns pesquisadores. Estamos tentando formar plateias e arrebanhar bailarinos. Conseguimos, de certa forma, inserir pequenos números em concertos de música barroca e, aos poucos, ir provocando a curiosidade das pessoas”, conta o professor.
Enquanto a cena, por aqui, ainda está sendo construída, do outro lado do globo, o cenário é bem distinto. “Lá, há grupos especializados que montam, anualmente, espetáculos só com dança barroca. Também há propostas de coreógrafos que a misturam com outra linguagem, como a contemporânea. São propostas mais ricas e variadas”, diz o professor. Praticada, principalmente, por casais, a dança barroca era usada como uma forma de se apresentar para o rei e expor as qualidades de nobre. “Porque dançar era uma qualidade necessária para ser um bom cortesão” conta. Se, por um lado, era uma prática social diária, por outro, também era inserida em grandes espetáculos. “Eram os chamados balés de corte que incluíam o canto, a dança, a declamação, com montagens de cenários, adereços e figurinos. Como uma ópera. Podiam ter solos mais virtuosísticos, com bailarinos profissionais, podiam ter conjuntos com 10, 12 pessoas dançando. O balé clássico que conhecemos hoje começou a ser germinado ali.”
Mais uma possibilidade de espetáculo
Muitos casais presentes na oficina demonstravam pouca intimidade com a dança. E não é para menos. Segundo Osny, em solo brasileiro, não há curso regular nessa área. Ele mesmo buscou formação em cursos esporádicos, inclusive, no Festival de Música Antiga de Juiz de Fora. “O primeiro eu fiz com a Christine Bayle, uma francesa que esteve aqui no evento, em 1996. Vim para cá, como aluno, durante nove anos seguidos. Depois disso, fui procurar formação com outros profissionais brasileiros e até mesmo de fora”, diz ele, regente e cravista pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e bailarino de dança barroca.
“Em uma oficina com cinco dias e duas horas de duração, com carga horária semanal de dez horas, ainda mais para quem não tem preparo físico, não dá para avançar muito. A gente oferece um primeiro contato com alguns dos gestos da dança. Vamos passando informações que podem ser usadas pelos intérpretes para eles poderem executar a música corretamente. Lógico que, no meio dessa turma, tem bailarinos. Como eles têm uma percepção do corpo, conseguem entender um pouco mais quais são as propostas de movimento, conseguem executar até com uma
excelência maior do que os músicos.”
Osny almeja um futuro glorioso para a arte em que atua. Os motivos são claros. “Vejo essa recuperação como uma forma de entender um pouco a nossa história, porque nós tivemos uma corte europeia no Brasil. A dança e a música eram intimamente ligadas. Coreógrafos eram exímios instrumentistas e compositores, e viceversa. Não tinha uma separação como temos hoje. Para os músicos que praticam a música barroca historicamente informada, é importante ter o contato com a dança para melhorar a sua formação. O meio artístico é plural, por isso, para o bailarino, é mais
uma possibilidade de se expressar. É mais uma oportunidade de espetáculo.”
AUDIÇÕES DAS OFICINAS
Neste domingo, das 9h ao meio-dia e a partir das 14h
Instituto de Artes e Design Campus da UFJF
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cultura
Data: 28/07/2016
Link: http://www.tribunademinas.com.br/menor-porem-forte/
Menor, porém forte
De forte, apenas a história. Menor que o piano moderno, todo feito em madeira, com as cordas mais finas e o martelo coberto de pelica, o forte-piano conheceu o estrelato e também o ostracismo.Pelas mãos de um respeitado fabricante de cravos e aclamado artista italiano que trabalhava para o Palácio dos Médici, em Florença, o instrumento surgiu tornando obsoleto o usual cravo. Ironias do destino, acabou conhecendo o mesmo caminho no século XX. Natural da italiana Pádua, em 1655, Bartolomeo Cristofori estava insatisfeito com aquele cravo que, ao beliscar das cordas, produzia um som limitado, incapaz de se tornar solista ou ocupar grandes espaços. Por volta de 1700 deu forma a um instrumento que pinçava as cordas num mecanismo com martelos e pedais, permitindo sons mais ou menos duradouros, muito mais dinâmico. Décadas mais tarde, o forte-piano tornar-se-ia o principal instrumento dos concertos. Das peças criadas por Cristofori, apenas três resistiram ao tempo (todas em museus, hoje), assim como os profissionais dedicados ao estudo do som que oscila entre o suave e o denso.
Nascido na paulista Tietê, Pedro Persone, há pouco mais de duas décadas, deixou-se tocar pelo sensível instrumento de medidas muito menores das do piano moderno, que conhecemos atualmente. “A diferença com o piano moderno é muito grande. Ele poderia ser considerado o avô deste piano. O forte-piano tem uma sonoridade menor do que o moderno, mas tem uma característica de articulação muito maior”, comenta o professor da Universidade Federal de Santa Maria, com passagens pelos Estados Unidos e Europa e sete discos no currículo.
Das origens que remontam à Cristofori e deságuam no austríaco Joseph Haydn, Persone conta um pouco da história afetiva da peça no concerto “Música vienense para forte-piano” nesta quinta, às 20h, no Museu de Arte Murilo Mendes (Mamm). Na “bagagem” o músico trouxe seu próprio instrumento, uma réplica que tem servido aos alunos da oficina que ministra também para o 27º Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga. “Eu já tocava cravo e, em 1991, trouxe o primeiro fortepiano para o Brasil, na comemoração do Ano Mozart. A partir de então, comecei meu contato com o instrumentos. Fiz cursos de férias, aulas particulares fora do país, e meu doutorado, na Boston University, foi sobre o ele”, conta.
Objeto de pesquisa de Persone, a Coleção Thereza Christina Maria, esposa de Dom Pedro II, revela uma estreita relação do Brasil com o forte-piano, instrumento alvo da apreciação da imperatriz. “Eles foram muito frequentes na música no país no começo do século XIX. Inclusive, Padre José Maurício tocava cravo e também forte-piano e chegou a escrever um método próprio”, pontua o músico e estudioso, citando, também, o anterior interesse da Imperatriz Leopoldina, segundo documentação sobre a música pianística europeia possivelmente executada no país.
Mais que Mozart
Maria Leopoldina de Áustria conheceu as composições do tcheco Leopold Kozeluch, um autor reconhecido à altura de grandes nomes da música clássica. Conforme conta Pedro Persone, quando Mozart saiu da função de músico da corte de Salzburgo, na Áustria, Kozeluch, que fora professor de piano dos filhos do imperador austríaco, foi sondado para ganhar o dobro do que ganhava Mozart. O compositor que abre o concerto de Persone ajudou o forte-piano a ganhar o mundo, mas ele mesmo não ganhou.
“Ele é um dos que fizeram uma mudança do cravo para o forte-piano, um dos autores que mais influenciaram nessa operação. Ele foi professor da Imperatriz Leopoldina. Foi quem criou um idioma do forte-piano em Viena”, analisa o brasileiro, destacando o legado que tanto Leopoldina quanto Thereza Christina deixaram sobre o trabalho de Kozeluch e muitos outros. “Por ter sido provavelmente a única corte hospedada no Novo Mundo, temos essa vantagem diante de outros países da América.”
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 28/07/2016
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João XXIII realiza sorteio para o EJA
No dia 4 de agosto, o Colégio de Aplicação João XXIII realiza um sorteio para as 80 vagas disponíveis no programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA) em turmas de ensino fundamental e médio. O sorteio ocorre no anfiteatro do colégio, a partir das 18h30, sendo indispensável a presença dos candidatos ou representantes.
O prazo para as inscrições termina no dia 3 de agosto, as quais devem ser efetuadas na secretaria do colégio, localizado na Rua Visconde de Mauá 300, Bairro Santa Helena. No ensino fundamental, são 20 vagas oferecidas para o 6º ano, 15 para 7º ano, 15 para 8º ano, 15 para o 9º ano. Já para o ensino médio, são cinco vagas para o 2º ano e dez vagas para o 3º ano. Para cada um dos anos, serão sorteados cinco suplentes.
As matrículas serão realizadas no dia 5 de agosto, das 18h30 às 21h, e as aulas começam em 8 de agosto.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 28/07/2016
Link: http://www.tribunademinas.com.br/estacao-de-bicicletas-da-ufjf-sera-reestruturada/
Estação de Bicicletas da UFJF será reestruturada
A Estação de Bicicletas Compartilhadas da UFJF, serviço criado através de uma parceria entre a UFJF e a Unimed, passará por reestruturação na próxima semana. O local atualmente tem 14 das 30 bicicletas em funcionamento. Na última quarta-feira (27), a Tribuna esteve no local e encontrou sete bicicletas no suporte e 16 entradas para a colocação das bicicletas sem condições de uso. Elas estavam sem o gancho que se prende às bicicletas e com as entradas tapadas por fitas adesivas. Conforme a assessoria de comunicação da Unimed, os equipamentos foram alvos de vandalismo constante nos últimos meses, além disso, duas das bicicletas foram furtadas. Conforme a Unimed, após as ações criminosas, a segurança foi reforçada na área e houve ainda melhora na iluminação. De acordo com a empresa que gere o projeto, a Comparti-Bike, além dos problemas com vandalismo e furto, algumas bicicletas foram retiradas do local para passarem por manutenção. Por conta de não estarem todas as bicicletas disponíveis, a própria empresa decidiu tapar as entradas com as fitas adesivas.
25 mil cadastrados
Um dos representantes da empresa, Tomás Martins, informou que a Estação da UFJF será totalmente reestruturada e ganhará 30 novas bicicletas. Além disso, o novo equipamento será mais moderno e deve conseguir dificultar novas ações criminosas. O lançamento da nova estação de bicicletas está previsto para ocorrer no dia 5 de agosto, data que também será lançada uma campanha de conscientização para o uso correto dos equipamentos. Segundo dados da
CompartiBike, desde que o serviço foi lançado, em janeiro do ano passado, 25 mil pessoas já se cadastraram para utilizar as bicicletas. Uma média de 50 pessoas utilizam o serviço diariamente.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Olimpíadas 2016
Data: 28/07/2016
Link: http://www.tribunademinas.com.br/delegacao-de-volei-do-egito-faz-tour-por-juiz-de-fora/
Delegação de vôlei do Egito faz tour por Juiz de Fora
Integrantes da comissão técnica da seleção de voleibol do Egito participaram, na tarde desta quinta-feira (28), do primeiro tour do Circuito Turístico Caminho Novo, consórcio sem fins lucrativos ligado à Secretaria de Estado de Turismo de Minas Gerais. Junto de jornalistas, representantes de agências de turismo, eles visitaram o Morro do Imperador, seguindo depois para a cervejaria Barbante, no Bairro São Pedro, e também o Mr. Tugas, onde conheceram a fábrica de cerveja artesanal e puderam degustar o centenário queijo do reino de Santos Dumont. Embora tenham se recusado a provar a bebida alcoólica, se surpreenderam com o processo de fabricação e a receptividade nos locais por onde passaram.
No Morro do Cristo, além de tirarem fotos e ouvirem sobre a história de Juiz de Fora, puderam conferir uma apresentação da Camerata de Violões, de Santana do Deserto. Depois seguiram de van até a cervejaria Barbante. No local, o presidente da Federação de Voleibol do Egito, Fouad Abd El Salam, destacou o empenho da equipe nos treinos na UFJF e os desafios nas primeiras partidas nos Jogos do Rio de Janeiro. Além disso, elogiou a receptividade dos guias e os pontos que visitaram. “Nós aproveitamos a visita, o Morro do Cristo é fantástico. Estamos muito felizes, nosso time está muito forte. Está tudo certo”.
O Egito está no grupo B, junto com as seleções de Polônia, Rússia, Argentina, Cuba e Irã. A partida de estreia nos Jogos Olímpicos é dia 6 de agosto, contra a Polônia, no Maracanãzinho.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 28/07/2016
Link: http://www.tribunademinas.com.br/professor-da-odonto-tem-licenca-prorrogada/
Professor da Odonto tem licença prorrogada
O professor, de 61 anos, da Faculdade de Odontologia da UFJF denunciado por assédio a uma estudante, 23, teve a licença médica por acidente prorrogada até o dia 25 de agosto, conforme informou a assessoria de comunicação da universidade. O afastamento foi estendido em 30 dias depois de nova perícia. O docente estava afastado das funções desde o dia 27 de junho, após sofrer um acidente de moto. Na última terça-feira, foi concluída a sindicância aberta pela UFJF para apurar o caso de assédio. A documentação foi encaminhada para a Reitoria, que, por sua vez, a
enviou para a Procuradoria da instituição com pedido de urgência para parecer jurídico, a fim de que possam ser definidos os próximos passos do processo. Não há prazo definido para tanto, mas, como foi solicitada urgência, a instituição espera que, em breve, possa se manifestar a respeito.
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Veículo: Acessa.com
Editoria: Educação
Data: 28/07/2016
Mestrado em Comunicação da UFJF abre processo seletivo para 30 vagas
As inscrições para o processo seletivo do Mestrado em Comunicação Social da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) começa no dia 1º de agosto. No total, são 30 vagas para as três linhas de pesquisa: “Comunicação e poder”, “Culturas, narrativas e produção de sentido” e ”Estética, redes e linguagem”.
As inscrições poderão ser feitas até 9 de setembro, de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h, na secretaria da Faculdade de Comunicação, ou pelos Correios, desde que os documentos sejam enviados até 29 de agosto. O valor da inscrição é de R$ 120.
É preciso preencher o formulário de inscrição disponível no site do PPGCom e os demais documentos necessários podem ser conferidos no edital. O calendário com as datas para cada etapa do processo também já está disponível.
O processo seletivo contará com cinco etapas: duas provas escritas, sendo uma de suficiência em língua estrangeira, avaliação de proposta de pesquisa, defesa da proposta de pesquisa e avaliação de currículo. O resultado da homologação das inscrições será divulgado no dia 12 de setembro.
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Veículo: Acessa.com
Editoria: Educação
Data: 28/07/2016
Colégio João XXIII faz sorteio de 80 vagas para Educação de Jovens e Adultos
O Colégio de Aplicação João XXIII está com 80 vagas disponíveis para as turmas de ensino fundamental e médio do programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA). Os interessados devem se inscrever para o sorteio até a próxima quarta, 3 de agosto, na secretaria do Colégio, na rua Visconde de Mauá, 300, bairro Santa Helena.
Para participar, o candidato deve ter a idade mínima de 15 anos, se for concorrer às vagas para o ensino fundamental, e 18, caso pretenda cursar o ensino médio. O sorteio acontecerá no dia 4 de agosto, no anfiteatro do Colégio, a partir das 18h30. É indispensável a presença dos candidatos ou representantes no momento do sorteio.
Para os sorteados, a matrícula acontece no dia 5 de agosto, de 18h30 às 21h, também no Colégio. A documentação necessária deve ser conferida no edital do sorteio. As aulas terão início no dia 8 de agosto, às 18h30.
Confira as vagas disponíveis:
Ano / Número de Vagas
6º ano/ fundamental 20 vagas/ 5 suplentes
7º ano/ fundamental 15 vagas/ 5 suplentes
8º ano/ fundamental 15 vagas/ 5 suplentes
9º ano/ fundamental 15 vagas/ 5 suplentes
2º ano/ médio 5 vagas/ 5 suplentes
3º ano/ médio 10 vagas/ 5 suplentes
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Veículo: Diário Regional JF
Editoria: Cultura
Data: 28/07/2016
Releituras homenageiam centenário de Emeric Marcier em exposição
Uma garrafa lançada ao mar, uma pedra sobre um rosto, um véu que referenda o código dos excluídos. Essas são algumas das ideias que fluíram para a coletiva “Vida e Paixão – Tributo ao centenário de nascimento de Emeric Marcier”, integrante da programação do 27º Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga do Centro Cultural Pró-Música-UFJF, promovido pela Pró-reitoria de Cultura (Procult) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).
A exposição, idealizada pela pró-reitora Valéria Faria, acontece na Galeria Renato de Almeida do Centro Cultural Pró-Música/UFJF, reunindo 14 artistas que oferecem ao público sua releitura sobre um dos principais muralistas do século XX. A abertura será às 20h desta quinta-feira, 28, com visitação até 17 de agosto.
Cássio Tassi, Eduardo Borges, Fabrício Carvalho, Francisco Brandão, Letícia Bertagna, Nina Mello, Paulo Alvarez, Pinho Neves, Priscilla de Paula, Raízza Prudêncio, Ricardo Cristofaro, Sandra Sato, Thiago Berzoini e Valéria Faria assumiram o desafio de apresentar sua releitura da obra do artista romeno que se naturalizou brasileiro após se converter do judaísmo para o catolicismo. A complexa tarefa se traduziu em diferentes olhares e técnicas para execução das ideias, que ganharam forma em fotografias, pinturas, esculturas e instalações.
A pró-reitora de Cultura destaca que Emeric Marcier merece ser reverenciado não apenas no momento de seu centenário. Valéria Faria lembra que seu primeiro contato com os afrescos do pintor se deu nas aulas de História da Arte, em que era apontado como um mestre dos mais conceituados no Brasil e no exterior. Em recente conversa com Matias Marcier, filho do pintor, ela conseguiu a anuência do Museu Casa de Marcier para expor os originais do artista e já estuda uma data para uma eventual mostra.
Entre códigos e véus
A fotógrafa Nina Mello mergulhou seu trabalho em torno da Santa Ceia, aprofundando-se na pesquisa a respeito de um dos símbolos do Cristianismo, o peixe, apresentado na obra ICHTHUS – acróstico grego para a frase “Jesus Cristo, filho de Deus, Salvador” –, a partir de duas fotografias sobrepostas e acrescidas de um véu. “O tecido entra na composição como ‘intermeio’ daquilo que é velado, referendando tanto o Santo Sudário quanto os grupos de pessoas que se mantêm ainda hoje em guetos de identificação sexual, tal qual faziam os primeiros cristãos em reuniões secretas para não serem massacrados em função de sua crença”.
Brincando com a memória
Conhecido pelo trabalho com as penas de gesso que despertaram a curiosidade da população juiz-forana no Calçadão da Rua Halfeld, em maio, Francisco Brandão volta a buscar o lúdico na mostra em homenagem a Marcier: “O novo trabalho é uma brincadeira com os períodos da história da arte e uma busca de inserção da memória nesse processo de história como conjunto de fatos. Busco referências na pintura de observação se contrapondo à pintura de memória, a bidimensionalidade chapada do suporte com a oposição da visão humana. Tecnicamente, uso vidro e tinta fresca para moldar de maneira pictórica a paisagem do artista e de Juiz de Fora”.
Thiago Berzoini participa da homenagem com a obra Del Rei 13:11, que remete tanto às referências bíblicas na obra de Marcier quanto às cidades históricas mineiras. “Utilizo a figura de uma besta em contraponto com a delicadeza de imagens de igrejas e ruas de centros históricos. Relaciono essa mistura à passagem bíblica do Apocalipse, 13:11. A citação é: ‘E vi subir da terra outra besta, e tinha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro; e falava como o dragão’”, uma referência ao mural Apocalipse, que está na Capela do Cenáculo São João Evangelista em Juiz de Fora.
Aventura ao mar
Ao receber o convite para participar da coletiva, Sandra Sato buscou uma forma de associar seu trabalho com o Festival e com a música. “Confesso que conhecia pouquíssimo o artista e que havia apenas visto a obra Apocalipse, que está no Cenáculo, mas isso foi há alguns anos e sequer associei de imediato”, conta Sandra, que pesquisou sobre a trajetória do artista: “Vi que Marcier veio para o Brasil na década de 1940, o que me chamou a atenção e fiquei imaginando como foi toda a experiência de chegar a uma terra nova e como isso pode ter influenciado na produção artística dele. A partir daí, pensei em uma ambientação que remetesse a essa aventura, atravessar o mar e chegar a um novo continente”.
Sandra imaginou para o seu trabalho elementos que lembrassem a viagem, como um Mapa Mundi, ao que inseriu uma garrafa, remetendo tanto às mensagens que são atiradas ao mar quanto às longas expedições em que os viajantes se reúnem para beber e contar histórias. “Acrescentei ao garrafão uma concha que também traz significados que me interessaram, como a origem – segundo alguns mitos pagãos, o homem surgiu das águas do mar – e o som – daí a relação com a música e o festival.”
Um eterno ir e vir
Eduardo Borges, que experimentou as dificuldades de pertencimento ao deixar Juiz de Fora para estabelecer sua carreira no Rio de Janeiro, pensou na força dos sentimentos que envolvem os movimentos de migração, desde o drama da caça aos judeus na II Guerra Mundial, que empurrou Marcier para o Brasil, até a atual saga dos árabes em fuga dos ataques terroristas do Estado Islâmico. Sua obra para a mostra, um retrato dos anos 1940, em óleo sobre tela, exibe uma pedra sobre o rosto de uma menina, como a roubar-lhe a identidade.
“Ganhei essa pedra há 15 anos, era uma partícula dos escombros de uma antiquíssima casa em Deir-El-Qamar, região católica maronita do Líbano. Essa transição física, o desprendimento das paredes, a dissipação corpórea, fenômenos ativos em todas as pessoas, em todas as famílias. Esse trabalho, iniciado em 2014, faz parte de uma série de pinturas e desenhos, que simulam fotografias antigas – fotos pertencentes aos meus álbuns ou alheias – com a pedra interferindo de algum modo na leitura desses retratados. Intuo entre o sentido de passagem, mestiçagem, fronteiras, o diferente, o estrangeiro e o nacional, o migrante e o imigrante. Pensamentos e articulações frequentes em todos nós, reiterando o desdobramento contínuo de si mesmo.”
Deportado para a vida
Romeno judeu nascido em 1916, Emeric Marcier chegou ao Brasil em 1940, fugindo das perseguições nazistas que marcaram a II Guerra Mundial. Trazendo na bagagem anos de estudos em escolas de belas artes de Portugal, Itália e França, fixou residência no Rio de Janeiro, onde ascendeu como pintor, mudando para a mineira Barbacena em 1947. Convertido ao catolicismo, fez de Jesus Cristo tema de sua obra mural, realizada principalmente entre os anos 1946 e 1960, em cidades de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, estruturando em capelas e igrejas uma narrativa pictórica da Vida e da Paixão de Cristo, cuja complexidade inclui elementos da fé judaica, referenciando suas origens.
Em Juiz de Fora, seu afresco Apocalipse, também intitulado de Adoração ao Cordeiro, instalado na Capela do Cenáculo São João Evangelista, foi tombado pelo município. Alvo de polêmicas à época de sua criação, chegou a provocar a resistência do bispo Dom Geraldo em aceitar o trabalho. Encomendada para despertar fé e esperança nos fiéis, a pintura retrata o peso das forças do mal em luta contra o bem, com anjos vermelhos posicionados como guerreiros em prontidão para o julgamento final de Deus sobre os homens. Situada no recinto interno que ladeia a direita da Capela, a obra evidencia a importância da religião na vida de Emeric Marcier.
Naturalizado brasileiro, em sua autobiografia Deportado para a vida, Emeric Marcier fala de seu amor pela arte e pelo Brasil: “Só me restava a pintura, verdadeira razão que me fizera vir até aqui, de tão longe. Sempre lutando com os ventos, fincaria meu cavalete para poder trabalhar e dar vazão ao meu amor”. O artista faleceu em Paris, aos 73 anos, vítima de enfarte. Seu corpo foi enterrado em Barbacena, cidade onde constituiu família ao lado da enfermeira Julia Rosa, com quem teve sete filhos. Sua residência foi transformada no Parque Museu Casa de Marcier, em funcionamento.
A Galeria Renato de Almeida do Centro Cultural Pró-Música/UFJF fica localizada na Avenida Barão do Rio Branco 2.329, no Centro da cidade.
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Veículo: G1
Editoria: Zona da Mata-MG
Data: 28/07/2016
Professor da UFJF investigado por assédio tem licença médica estendida
O professor, de 61 anos, que está respondendo a um processo administrativo após denúncia de assédio e agressão a uma aluna da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) teve a licença médica por acidente prorrogada até o dia 25 de agosto.
A informação foi fornecida quinta-feira (28) pela Diretoria de Imagem Institucional da universidade, que informou que o afastamento foi estendido em 30 dias depois de nova perícia. O professor estava afastado das funções para se recuperar de um acidente de motoneta no dia 27 de junho.
O fato que gerou a denúncia aconteceu durante uma aula, no dia 23 de junho, e é investigado pela 2ª Delegacia de Polícia Civil, no Bairro São Mateus. A Reitoria da universidade aguarda o parecer jurídico da Procuradoria sobre o relatório encaminhado pela Comissão de Sindicância, conforme mostrou o G1 nessa quarta-feira (27).
De acordo com a assessoria da Polícia Civil, as investigações continuam em andamento, inclusive com depoimentos de pessoas envolvidas, mesmo com a licença médica do docente. A delegada Bianca Mondaini, responsável pelo caso, aguarda cópia do relatório da sindicância da UFJF para análise e, em seguida, vai intimar o acusado e ouvi-lo.
Assédio, agressão e ameaça
De acordo com o relato da estudante, assim que a aula do dia 23 de junho terminou, os pais foram chamados por ela e a direção da Faculdade de Odontologia foi procurada para formalizar a denúncia. A ouvidora, Vânia Bara, foi chamada e a PM acionada para fazer o registro da ocorrência. A vice-reitora, Girlene Silva, garantiu à família da estudante que a denúncia seria tratada com profunda seriedade.
O BO traz que, em algum momento durante a aula, a aluna teria chamado o professor pelo nome. Ele pediu, então, que ela saísse da sala, onde estavam os outros estudantes. Os dois foram até outra sala reservada, onde o docente trancou a porta, a agarrou pelos braços e colocou o corpo bem próximo ao dela, forçando a aluna contra a parede.
Segundo a vítima, ele disse que ela não poderia chamá-lo pelo nome e teria que mostrar respeito, visto que era uma “reles acadis” (acadêmica) e não poderia estar junto aos “docs” (doutores). Após soltá-la, ela continuou na aula e o professor passou a ofendê-la dizendo que a universitária não se formaria no fim do ano porque não teria competência para passar em três disciplinas com ele, também conforme transcrição do BO.
Professor já teria assediado a mesma aluna
A estudante contou aos policiais que, quando cursava o 5º período do curso, teve aulas com o mesmo professor e, na época, ele começou a chamá-la de “tigresa” porque a viu com as unhas pintadas. Nesta época, o professor a teria chamado para uma sala, mandou que ela se sentasse e ficou encostando as pernas nela. Ele também pediu que ela mandasse fotos para uns slides, mas o boletim não detalha de que seriam as imagens.
Desde então, segundo relato da universitária, ela sempre sofreu coação moral do professor, que a segura pelo braço, procura encostar os corpos e, em um episódio, tentou beijá-la no rosto, mas não conseguiu. A aluna disse ainda que o docente assedia outras estudantes e que teria pedido a uma aluna que ficasse de sutiã e jaleco. Segundo a universitária, ela não denunciou antes porque o professor dizia que ela não iria se formar.
De acordo com a PM, a direção da faculdade informou que o professor não estava em ambiente acadêmico no momento do registro da ocorrência e ele não foi encontrado para falar sobre a denúncia.
UFJF apura o caso; alunos protestaram
No dia 27 de junho, a Comissão de Sindicância da UFJF iniciou os trabalhos, que terá trâmite em sigilo.
O vice-presidente da Associação de Docentes de Ensino Superior de Juiz de Fora (Apes), Agostinho Beghelli Filho, revelou que houve um contato do professor com a associação, solicitando uma reunião com a administração superior da universidade, onde pudesse explicar sua versão dos fatos. A reunião com o reitor da UFJF aconteceu no dia 24 de junho.
No dia 28 de junho, um grupo de alunos da Faculdade de Odontologia da UFJF realizou um protesto em solidariedade à estudante. Eles disseram que vão acompanhar a apuração do caso, e que exigem uma punição severa diante do comportamento recorrente do professor, porque há relatos de outras situações semelhantes.
Acidente e afastamento
O professor estava afastado das funções na UFJF para se recuperar de um acidente de motoneta no dia 27 de junho, quatro dias após a apresentação da denúncia contra ele.
De acordo com o Boletim de Ocorrência (BO) da Polícia Militar (PM), ele pilotava o veículo pela Rua José Lourenço Kelmer, no Morro do Imperador, quando caiu ao fazer uma curva. Uma testemunha disse aos policiais que suspeita que o professor tenha derrapado na areia que estava na pista. O docente foi socorrido até o Hospital Monte Sinai, onde relatou aos militares que não sabia as causas do acidente, mas que não havia outro veículo envolvido.
Procurado pelo G1, a assessoria do Hospital Monte Sinai informou que não há registros de internação do paciente e nem mais acesso ao registro do atendimento na emergência.
O professor apresentou o pedido de licença médica e foi examinado por médicos peritos da UFJF, que concederam o afastamento.
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Veículo: G1
Editoria: Zona da Mata-MG
Data: 28/07/2016
Colégio de Aplicação João XXIII sorteia 80 vagas em Juiz de Fora
O Colégio de Aplicação João XXIII, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), está com 80 vagas disponíveis para as turmas de ensino fundamental e médio do programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA).
Os interessados devem se inscrever para o sorteio até a próxima quarta-feira (3), na secretaria do Colégio, que fica na Rua Visconde de Mauá, nº 300, no Bairro Santa Helena. Para participar, o candidato deve ter a idade mínima de 15 anos, se for concorrer às vagas para o ensino fundamental; e 18, caso pretenda cursar o ensino médio.
O sorteio acontecerá no dia 4 de agosto, no anfiteatro do Colégio, a partir das 18h30. É indispensável a presença dos candidatos ou representantes no momento do sorteio. Confira as vagas disponíveis:
6º ano/ fundamental 20 vagas/ 5 suplentes
7º ano/ fundamental 15 vagas/ 5 suplentes
8º ano/ fundamental 15 vagas/ 5 suplentes
9º ano/ fundamental 15 vagas/ 5 suplentes
2º ano/ médio 5 vagas/ 5 suplentes
3º ano/ médio 10 vagas/ 5 suplentes
A matrícula acontece no dia 5 de agosto, das 18h30 às 21h, também no colégio. A documentação necessária deve ser conferida no edital. As aulas começam no dia 8 de agosto, às 18h30. Outras informações pelo telefone (32) 3229-7602.
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Veículo: O Tempo
Editoria: Rio-2016
Data: 28/07/2016
UFJF faz alunos colocarem ‘mão na massa’ para receber delegações
Para receber em as delegações que já chegaram e chegarão a Juiz de Fora, a Universidade Federal da cidade (UFJF) envolve parte de seus alunos para que eles tenham, na presença dos atletas olímpicos, uma chance de realizar atividades práticas da profissão que escolheram. Atletas de países como China, EUA, Canadá, Polônia, Egito, Qatar, Estônia e Eslováquia irão usar as instalações da universidade antes da viagem para os Jogos Olímpicos.
Alunos de Jornalismo estão trabalhando no contato direto com a imprensa, ajudando os profissionais em entrevistas, fotos e divulgação de informações. O que não falta são jornalistas de todo o país interessados no que algumas referências esportivas irão dizer e pensam sobre os Jogos Olímpicos.
Alunos de Turismo com domínios da língua inglesa trabalham dentro da ‘equipe de hospitalidade’, estando presente nos hotéis onde as delegações estão hospedadas. Receber bem os estrangeiros é parte constante de um turismólogo e esse contato certamente será útil após a formação acadêmica.
Os graduandos em Relações Internacionais também foram beneficiados. Um total de 152 alunos foi selecionado para receber e acompanhar atletas das delegações, além de dar suporte durante entrevistas. um bom nível de inglês e francês foi exigido. Eles acompanharão os grupos, também, em atividades externas, como passeios e deslocamentos.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cultura
Data: 29/07/2016
Link: http://www.tribunademinas.com.br/seis-programas-para-parar-de-dizer-que-jf-nao-tem-nada/
Seis programas para parar de dizer que “em JF não há o que fazer”
Atire a primeira pedra quem nunca disse que em Juiz de Fora não há o que fazer. Apesar de ser um lugarcomum
muito ouvido por aí, a afirmação é mentirosa: há sim, bastante o que fazer por aqui. Lá fora, a cidade é reconhecida por sua tradição musical variada. Nos festivais de cinema, vários jovens diretores daqui têm seus curtas apreciados. No teatro, criações e profissionais daqui recebem prêmios de referência. Nos restaurantes? Gente que trabalhou com alguns dos chefs mais famosos do país (e do mundo). Há casas noturnas frequentemente mencionadas por artistas
como algumas das melhores do país. E em diversas outras searas da arte, cultura e entretenimento, o que se produz aqui salta aos olhos de quem vê com olhar estrangeiro. Que tal a gente apreciar também as atrações que a cidade oferece. Para ajudar, listamos seis programas superdiversificados só para este fim de semana, e o melhor: a maioria deles gratuita ou a um precinho que cabe em qualquer bolso. (E se nenhum deles fizer sua cabeça, você ainda pode dar uma olhada na programação da cidade no Confira ). Saca só:
Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga
Ainda dá tempo de conferir a programação do último fim de semana do festival, que começou no último dia 24. O evento é referência internacional e durante toda a semana, músicos de todo o Brasil e de alguns outros países aprimoram sua técnica em oficinas e cursos, com profissionais de referência na música antiga. O público não fica de fora, e ao longo de toda a semana, vários cantos da cidade tornam-se palco de atrações gratuitas para o deleite dos juizforanos. Nesta sexta, tem Coral PróMúsica às 18h e mais tarde, concerto do Duo Lotus, formado pelo cravista Cláudio Ribeiro e a flautista doce Inês d’Avena, ambos também integrantes da orquestra barroca holandesa Collegium Musicum Den Haag, na Igreja do Rosário. No sabadão á tarde, tem a Orquestra Sinfônica Pró-Música no Campus da UFJF e à noite, concerto do Coro de Câmera Pró-Arte, do Rio de Janeiro. O grand finale dica com o concerto “As quatro estações de Boismortier”, de cantatas francesas a uma voz acompanhadas de instrumentos, obra de um dos autores barrocos franceses mais populares de seu tempo. O concerto de encerramento tem direção de Marcelo Fagerlande, um dos maiores cravistas do país, e terá ambientação em vídeo especialmente criada por Angélica de Carvalho, além da participação dos cantores Marilia Vargas e Marcelo Coutinho e dos instrumentistas Paulo Henes (violino barroco), Paulo da Mata (flauta barroca) e Cecilia Aprigliano (viola da gamba).
Sexta (29), 18h: Coral Pró-Música, na Biblioteca Redentorista
20h: Concerto duo LOTUS, na Igreja do Rosário
Sábado (30)17h: Orquestra Sinfônica Pró-Música, na Praça Cívica
20h: Concerto Coro de Câmera Pró-Arte (RJ), na Igreja do Rosário
Domingo (31): 20h: “As quatro estações de Boismortier”, no Cine-Theatro Central
Som Aberto
Mais programação cultural, diversificada e de graça. Unindo música, artes plásticas, dança, moda, literatura e gastronomia, o Som Aberto é um programão para qualquer pessoa. Além do concerto da Orquestra Sinfônica Pró-Música, que integra o festival de Música Antiga ao evento, haverá apresentação das bandas Legrand e Coroña, selecionadas pelo edital lançado pela Pró-reitoria de Cultura (aberto permanentemente), para estudantes, professores e técnicos administrativos que possuem alguma aptidão musical. A Legrand tem uma pegada alternativa, influenciada por The Strokes, Kings of Leon, Moptop e Gram; enquanto a Coroña traz po rock n’ roll clássico, que bebe na fonte de AC/DC, Jimi Hendrix, Led Zeppelin e Beatles e mantém estas influências mesmo em seu trabalho autoral. Além do som, haverá atrações circenses com o pessoal do Amplitud, dança urbana, capoeira, varal de poesia, e, este mês, estandes com quase 60 espaços de moda, culinária, artesanato, ilustração e tatuagem, além de diversas opções de comidinhas para degustar ao ar livre, curtindo a programação.
Dia 30 (sábado), das 14h às 21h, na Praça Cívica (Campus da UFJF)
Museu Itinerante “Se prepara Brasil”
Já entrou no clima dos Jogos Olímpicos? O museu itinerante “Se prepara Brasil” estaciona em Juiz de Fora na sexta-feira (29), e estará aberto à visitação até o dia 31, domingo. No acervo, há peças cedidas pelo Comitê OIímpico Internacional (COI), Comitê OIímpico Brasileiro (COB) e Comitê dos Jogos Rio 2016, além de coleções particulares. Dentre os objetos, destacam-se as réplicas das medalhas de prata e bronze dos Jogos Olímpicos de Atenas, em 1896, e da carta do Barão de Coubertin, criador dos Jogos Olímpicos da Era Moderna, na qual, em 1913, aparece pela primeira vez a imagem dos aros olímpicos; Tochas Olímpicas, pictogramas e medalhas de diversas edições; além de imagens de atletas brasileiros e internacionais, entre elas a equipe de tiro do Brasil nos Jogos da Antuérpia, em 1920, primeira vez que o país disputou o evento esportivo. Há também vídeos temáticos e totens interativos. A entrada é gratuita e se seu espírito olímpico anda adormecido, a chance de despertá-lo é agora!
De 29 a 32 de julho, das 10h ás 19h, na Praça Antônio Carlos
Festival de bandas novas
Quase atingindo a maioridade, o Festival de Bandas Novas é um festival de música independente já tradicional tradicional na cidade realizado desde 1999. Em todos os anos de realização, o evento recebeu mais de 900 bandas de rock, metal, punk rock, hardcore, hard rock, grunge, blues e progressivo, com grande parte registrada em CD e vídeo independente. Neste ano, apresentam-se as bandas Level (rock n’ roll clássico com influências grunge/postgrunge,
rock alternativo, hard rock e funk americano); Jãojuntos (tributo aos Raimundos); Dignatários do inferno (que tem um gênero próprio, o “Mojica metal”, que tem raízes no rock/metal/thrash e vocais gritados a la Zé do Caixão); Andrômedas (metal progressivo); Ossiação (hard rock); Patrulha66 (punk rock) e, encerrando a noite, a Insannica (trash metal). Pra quem curte o rock em todas as suas vertentes, um dia inteiro de som de graça é pedida certeira.
Dia 30 de julho (sábado) de 16h até o último show, na Praça Antônio Carlos
Diversão em Cena
Quer aproveitar o finzinho das férias dos pequenos com uma ida ao teatro e de graça? Então domingo é dia de “Diversão em cena”. Em sua sétima temporada, o projeto da Arcellor Mittal leva a cinco municípios mineiros,inclusive JF, uma programação com diversos espetáculos de teatro e música, com artistas e companhias de todo o país. Neste domingo, a atração é um clássico, “Os três porquinhos”, adaptada por Gilberto Lainha em um roteiro cativante e interativo. Em cena, os cantores atuam e cantam, e além dos protagonistas conhecidos, os três porquinhos e do lobo, a versão apresenta Dona Porquilda, a carismática mãe do trio. A entrada é gratuita e vale chegar com antecedência à porta do teatro para garantir seu ingresso.
Dia 31 de julho, ás 16h no Teatro Solar
Cinza
Tem teatro pros adultos também. Aliás, teatro de assitir sentadinho e bater palma no final, não. “Cinza”, da rede de artistas Corpo Coletico, é um experimento cênico, que começou com a exploração da cidade, na tentativa de estabelecer diálogos com seus espaços, e a experimentação da realidade urbana, das pessoas e das rotinas. Neste processo, o Corpo Coletivo buscou “ser” a cidade e agora, em um momento posterior a esta fase, a ideia é abrir o trabalgo para o olhar e a troca com os que eles chamam de “espectatores”, pessoas que queiram, de alguma forma,
colaborar com o processo criativo, um programa diferente para quem procura arte, cultura e entretenimento “fora da caixinha”. Aliás, vale ficar de olho no Corpo Coletivo e n’O Andar de Baixo, espaço que abrigará o experimento, que vêm movimentando a cena cultural da cidade com atrações que fogem do óbvio e propõem uma relação mais reflexiva com a arte e a cultura. A entrada é aberta, com contribuição consciente no final: você paga o que quiser e puder.
Sexta, sábado e domingo (29, 30 e 31 de julho), às 20h, N’Oandar-Debaixo
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Veículo: Terra
Editoria: Esportes
Data: 29/07/2016
UFJF recebe mais de 150 atletas olímpicos a partir deste domingo
O campus da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), que já está em clima olímpico com a chegada das equipes da China e do Egito, ficará mais cheio na próxima semana.
A partir deste domingo, cerca de 150 integrantes das equipes de atletismo de Canadá, Eslováquia, Estados Unidos, Estônia, Polônia e Qatar chegarão a Juiz de Fora a fim de treinarem para os Jogos Olímpicos.
A cidade ainda receberá 31 integrantes da China até o dia 6 de agosto e os cinco últimos do país no próximo dia 8. Eles fazem parte dos 107 profissionais da comissão chinesa destinados a Juiz de Fora.
A próxima semana ainda terá a despedida da seleção masculina de vôlei do Egito, que prevê saída para o dia 3 de agosto. A equipe jogará sua primeira partida na Rio 2016, no sábado 6, contra a Polônia.
Já Canadá e Estados Unidos ainda não informaram a quantidade exata de integrantes e os dias em que chegarão. Mas já é possível acessar, no portal UFJF 2016, a lista de atletas confirmados da Eslováquia, da Estônia, da Polônia e do Qatar.
Confira os destaques de cada seleção:
Canadá
Derek Drouin é um dos destaques da equipe canadense no salto em altura. Campeão mundial, na modalidade, em 2015, Drouin conquistou medalha de bronze nos Jogos de Londres, em 2012, e no Mundial de 2013.
China
Su Bingtian, o homem mais rápido da Ásia e atleta do ano 2015 na China, chega a partir de domingo, 31. Su conquistou medalha de prata no revezamento 4 x 100 metros no Mundial de Atletismo de 2015, bateu o recorde asiático dos 60 metros, dos 100 metros e dos 4 x 100 metros. Por um centésimo ele se tornou o primeiro asiático a correr abaixo da barreira dos 10 segundos nos 100 metros rasos, com 9s99. Esta será sua segunda participação em Olimpíada. Em Londres, ficou em segundo lugar nos 100 metros.
Eslováquia
Matej Tóth é o atual campeão mundial da marcha atlética de 50 quilômetros – título alcançado em 2015. Nos Jogos de Londres e no Mundial de 2013, obteve a mesma posição, o quinto lugar.
Estados Unidos
Uma das estrelas do atletismo, Ashton Eaton coleciona medalhas de ouro e recordes. É bicampeão mundial no decatlo, em 2015 e 2013, ouro nos Jogos Olímpicos de Londres-2012 e vice-campeão mundial em 2011. É tricampeão do Mundial de Atletismo Indoor (com estádio coberto), em 2016, 2014 e 2012. Em 2012 quebrou o recorde mundial do heptatlo e do decatlo. Três anos mais tarde superou o próprio recorde na modalidade que disputará nos Jogos Rio 2016.
Estônia
Rasmus Mägi é o medalhista de prata, nos 400 metros com barreiras, do Campeonato Europeu de Atletismo, disputado em 2014, com a marca de 49s06, obtido em Zurique, na Suíça. Pela primeira vez o atleta está disputando uma Olimpíada.
Polônia
Piotr Lisek, do salto com vara, foi medalha de bronze no Mundial de Atletismo 2015 e no Mundial Indoor de 2016. No Campeonato Europeu de Atletismo disputado neste ano conseguiu a quarta posição.
Qatar
Mutaz Barshim, do salto em altura, ficou em quarto lugar no Mundial de Atletismo, em 2015, com a marca de 2,33 metros; conquistou a medalha de prata na edição anterior, em 2013; e foi bronze nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012. O atleta já competiu no Brasil, em 2011, quando venceu a prova de sua categoria nos Jogos Mundiais Militares.
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Veículo: O Tempo
Editoria: Rio 2016
Data: 29/07/2016
Atletas tops do atletismo não param de chegar à UFJF
A constelação de atletas que estão entre os top do atletismo mundial não para de chegar a Juiz de Fora. Cerca de 150 integrantes das delegações de países como Canadá, Eslováquia, EUA, Estônia, Polônia e Qatar desembarcarão na cidade da Zona da Mata no próximo domingo.
Depois de vários membros da China já estarem na cidade, agora é a vez de mais gringos chegarem para começar o período de preparação antes dos Jogos Olímpicos. Mais 31 chineses ainda vão chegar ao município mineiro até o dia 6 de agosto. Ao todo, serão 107 chineses em Juiz de Fora.
Quem também treina na UFJF é o time de vôlei do Egito, que se despede do local no dia 3 de agosto.
Canadá
Derek Drouin, salto em altura – Campeão mundial, na modalidade, em 2015, Drouin conquistou medalha de bronze nos Jogos de Londres, em 2012, e no Mundial de 2013.
EUA
Ashton Eaton, decatlo – coleciona medalhas de ouro e recordes. É bicampeão mundial, em 2015 e 2013, ouro nos Jogos Olímpicos de Londres-2012 e vice-campeão mundial em 2011.
Polônia
Piotr Lisek, salto com vara – medalha de bronze no Mundial de Atletismo 2015 e no Mundial Indoor de 2016.
Qatar
Mutaz Barshim, salto em altura – quarto lugar no Mundial de Atletismo, em 2015. Bronze nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 30/07/2016
Link: http://www.tribunademinas.com.br/som-aberto-engrena-na-expectativa-de-recorde-de-publico/
Som aberto engrena na expectativa de recorde de público
Logo em sua segunda edição, o projeto Som Aberto, que reúne atividades de arte e lazer na Praça Cívica da UFJF parece ter encontrado a fórmula ideal, atraindo um público superlativo tanto para apresentações culturais quanto para suas tendas com artesãos e gourmets. Com início às 14h deste sábado (30), e previsão de término para as 22h, o evento realizado pela Pró-reitoria de Cultura da UFJF, com apoio da Diretoria de Imagem Institucional da Universidade, mostrava-se mais organizado do que em sua primeira edição, ocorrida em junho. Segundo a pró-reitora de Cultura da universidade, a artista visual e professora Valéria Faria, o primeiro Som Aberto reuniu cerca de oito mil espectadores ao longo de todo o dia, número que deve ser ampliado neste final de semana, podendo chegar a dez mil pessoas.
Cresceu público e também expositores, que de 40 estandes pulou para 60, demonstrando uma adesão que já escreve o futuro do evento, com edições mensais projetadas até dezembro. “As raízes da terra estão afloradas aqui”, ressalta o coordenador do evento, o produtor Beto Campos, apontando, ainda, para a presença de bandas formadas, em sua maioria, por acadêmicos e aprovadas em edital.
“O público está muito interativo, tanto com as apresentações quanto com os expositores. A primeira edição me motivou a criar ainda mais”, conta a artista visual Dani Brito, da marca de camisetas e almofadas Mercado da Salvação. Para Heliana Queiroz, da grife de vestuário artesanal As Garimpeiras, o evento ajuda a visibilizar a produção local. “O fato de ser ao ar livre e acolher um público diverso e interessado, o Som Aberto nos ajuda na circulação e, principalmente, na divulgação”, comemora a empresária, que viu as vendas crescerem quando o sol começava a se por e o palco empolgava o público.
Ainda que o som estivesse muito baixo na Concha Acústica, que ironicamente deveria projetar a música tocada lá dentro, a Orquestra Sinfônica Pró-Música começou a tocar no início da noite e logo agrupou a plateia na borda do palco. Para o espetáculo, que integra o 27º Festival de Música Colonial Brasileira e Música Antiga, foram disponibilizadas cerca de cem assentos na praça, todos esgotados com mais um tanto em pé. “Teve gente que trouxe sua própria cadeira de casa”, aponta Valéria Faria.
Além da música clássica, também integram a presente edição a apresentação das bandas Legrand e Coroña, a picape do DJ Cláudio Jr., a performance de bambolês de Deborah Lisboa, roda de capoeira, sarau literário, oficina de circo e o espetáculo de dança “Pela praça”, do Estúdio Silvana Marques.
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Veículo: G1
Editoria: Zona da Mata-MG
Data: 30/07/2016
Artesãos divulgam trabalhos durante projeto ‘Som Aberto’ na UFJF
Está sendo realizada hoje mais uma edição do Som Aberto no Centro de Vivência da UFJF e a nossa equipe encontrou novidades entre os artesãos que investem no diferencial para atrair clientes.
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Veículo: O Tempo
Editoria: Rio-2016
Data: 30/07/2016
Canadá faz visita técnica na UFJF e apresenta lista de atletas
Integrantes da equipe técnica de atletismo do Canadá estiveram na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) neste sábado para a última visita técnica antes da chegada dos atletas, prevista para este domingo.
A lista dos esportistas que farão um período de aclimatação na cidade tem 35 atletas. Eles serão acompanhados por 33 profissionais, totalizando 68 integrantes.
Entre os atletas estão Andre de Grasse, bronze no Mundial de Atletismo de 2015 nos 100 m rasos e no revezamento 4 x 100 m, Aaron Brown, também bronze no revezamento em 2015 e em 2013, Brianne Theisen-Eaton, prata no heptatlo nos mundiais de 2013 e 2015, e Damian Warner, do decatlo, que foi o segundo mais bem posicionado no Mundial 2015 e o terceiro em 2013.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cultura
Data: 31/07/2016
Link: http://www.tribunademinas.com.br/o-homem-de-destino-grande/
O homem de destino grande
“Toda a minha infância fora marcada pelo pressentimento do que iria acontecer mais tarde”, revela, a certa altura de sua autobiografia “Deportado para a vida”, o artista romeno Emeric Marcier. Em 1944, na revista “Síntese”, quando Marcier já não era um empobrecido professor particular de matemática na fronteira com a Hungria, mas um respeitado pintor europeu, um amigo lhe ofertou um veredicto: “É de homens assim que o mundo necessita cada vez mais. Diante de tanto ímpeto, tanta força criadora, e ao mesmo tempo de trabalho ordenador, creio que o futuro não me poderá desmentir: o destino de Marcier será grande.”
E foi. Murilo Mendes, o amigo autor de tal generosidade, viu o tempo confirmar as palavras. E Marcier, que por muitos anos teve em Murilo seu grande ombro, viu a terra onde o poeta avistou o Cometa Halley. Na Juiz de Fora do amigo, pintou, a pedido do arquiteto Arthur Arcuri, o apocalipse na Capela do Cenáculo São João Evangelista, mural tombado, em 2003, pelo município.
Também criou, em 1954, um ano depois da pintura no lugar sagrado, um afresco na sala de estar do Sítio Tucumã, da família Ribeiro de Oliveira. Durante a execução do trabalho residencial, não gostava de ser observado. Característica de um homem que se relacionava muito intimamente com seu ofício. Nas lembranças do filho Matias Marcier, respeitado arquiteto carioca, “em seu ateliê ninguém podia perturbá-lo. Às vezes ele virava a noite trabalhando.”
“A vida dele foi toda voltada para a arte. Foi a coisa mais importante para ele. Viveu disso a vida inteira”, comenta Matias sobre o pai que se despediu em 1990, aos 74 anos. Como frutos de tamanha dedicação, Marcier colheu a presença nos principais museus do Brasil – como o Nacional de Belas Artes e os de Arte Moderna do Rio e de São Paulo – além da posteridade expressa em painéis de casarões país afora, a maioria deles com temática religiosa.
No ano de seu centenário, Emeric Marcier é resgatado na coletiva “Vida e paixão”, em cartaz na Galeria Renato de Almeida, do Centro Cultural Pró-Música, até o dia 17 de agosto, integrando oFestival de Música Antiga. Segundo o filho Matias, o Governo de Minas também planeja uma comemoração ao artista que, mesmo tendo vivido em Lisboa, depois na capital fluminense e falecido em Paris, quando perguntado onde morava, dizia sempre: “Barbacena!”.
Cruzeiro em Minas
“Meu pai nasceu na Romênia, foi para Milão estudar, fez academia de artes e, de lá, foi para Paris. Na França, era surrealista e saiu por causa da guerra. Mudou-se, então, para Portugal, esperando uma oportunidade de ir para os Estados Unidos. Quando conheceu gente brasileira, veio para cá, em 1940. Trazia três cartas de recomendação, uma para o José Lins do Rego, outra para o Mário de Andrade e uma última para o Cândido Portinari”, conta Matias.
Amigo de escritores, muito mais que artistas plásticos, Marcier foi, pouco a pouco, introduzindo-se fortemente no circuito intelectual brasileiro da segunda metade do século XX. Ora estava com Jorge de Lima, ora com Oscar Niemeyer, que lhe encomendou alguns murais, ora com Lúcio Cardoso. “É uma obra muito densa, muito importante. Meu pai viveu com uma gama de pessoas interessantes. Houve um momento em que toda casa intelectual tinha um quadro dele”, pontua Matias, arquiteto por influência paterna.
Em 1942, foi enviado pela revista “O Cruzeiro” para retratar, em imagens, a Minas Gerais da época. Encantou-se
pelo barroco. Anos mais tarde, um amigo comprou um sítio em Barbacena, e Marcier começou a visitar, até ter seu próprio canto entre as montanhas. Tombado pelo estado e preservada por Barbacena, seu Sítio Sant’Anna transformou-se em Parque Museu Casa de Marcier, onde convivem um bucólico jardim, alguns quadros e um grande painel retratando o Casamento de Nossa Senhora e São José.
“Achava um absurdo Barbacena perder aquele espaço. Conversei com a primeira secretária de cultura da cidade e sugeri que tombassem e mantivessem”, lembra Matias. “Antes estivesse em nossas mãos, porque talvez estivesse melhor. Cultura é como uma vela, bate um vento e é preciso ir lá e acender. De qualquer forma, é incrível que a casa esteja preservada.”
Atualizando o pintor do Novo Testamento
Se o exercício do resgate faz-se imprescindível para retirar das sombras trabalhos que, de alguma maneira, ainda valem ressoar, mais relevante se torna o esforço da atualização. O que eu faço com que já foi feito? Daí surge o sentido. “Vida e paixão”, a coletiva que reúne artistas de diferentes estilos, todos em atividade em Juiz de Fora, fala de Emeric Marcier, mas também de um presente artístico.
“ICHTHUS”, acróstico da frase grega “Jesus Cristo, filho de Deus, Salvador”, assinado por Nina Mello, mergulha na “Santa ceia” de Marcier e pesca o peixe sobre a mesa, retirando dele o discurso religioso tão recorrente na obra do romeno. Num jogo de sobreposições, insere ao fundo uma cena de mulheres a pescar e, num primeiro plano, impresso em tecido transparente, a imagem de peixes grandes.
Ali, a fotógrafa diz do símbolo que unia a marginalidade católica. Nos primórdios da religião, bastava desenhar um peixe e os católicos se identificavam. Referindo-se à identidade de gênero como condição que também leva às bordas, Nina Mello traça o contemporâneo sobre a obra de um artista que também se viu à margem quando abraçou o catolicismo em detrimento do judaísmo. Seus peixes são alimento, mas também desconcerto.
Evocando o peso da temporalidade, Eduardo Borges insere uma pedra num rosto de mulher pintado aos moldes do retrato retocado, tudo num óleo sobre tela de total domínio técnico. “A força evocativa da pedra me solicita, ouço o rumor de transmissões cavadas por ela”, diz o artista, ecoando o tema familiar frequentado por Marcier e também revisado por Valéria Faria ao expor, agrupando pequenos objetos pessoais sobre 14 telhas de sua casa, nas quais um coração pode ser visto moldado no barro. Retoma, assim, o barroco pelo qual o romeno se encantou.
Priscilla de Paula, com um grafismo de azul impresso em papel e colado na parede como lambe-lambe, mostra “Meu muro”. Seu muro hoje, diante dos murais do Marcier de ontem, que pelos olhares de Cássio Tassi, Fabrício Carvalho, Francisco Brandão, Letícia Bertagna, Paulo Alvarez, Pinho Neves, Raízza Prudêncio, Ricardo Cristofaro, Sandra Sato e Thiago Berzoini também é relocalizado no agora.
“Releitura, muitas vezes exige que a própria obra do artista seja, respeitosamente, desconstruída”, aponta Nina Mello. Emeric Marcier, certamente, não discordaria. Desejava que sua obra se mantivesse plena. “Só me restava a pintura, verdadeira razão que me fizera vir até aqui, de tão longe”, escreveu ele, em sua autobiografia. “Sempre lutando com os ventos, fincaria meu cavalete para poder trabalhar e dar vazão ao meu amor.”
VIDA E PAIXÃO
Tributo ao centenário de nascimento de Emeric Marcier
De segunda a sexta-feira, das 9h às 18h, até 17 de agosto
Pró-Música (Av. Rio Branco 2.329 – Centro)
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Olimpíadas 2016
Data: 31/07/2016
Link: http://www.tribunademinas.com.br/mais-4-delegacoes-chegam-hoje/
Mais 4 delegações chegam hoje
Cerca de 110 atletas e profissionais de comissões técnicas do atletismo de mais quatro países chegam hoje a Juiz de Fora para o período de aclimatação no país e treinamentos para a disputa dos Jogos Olímpicos do Rio. Eles vão dividir com os chineses, que estão na cidade há uma semana, a pista de atletismo da Faculdade de Educação Física e Desportos (Faefid) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Os egípcios do vôlei, que há uma semana treinam no ginásio da Federal, também prosseguem com a preparação na cidade antes de seguirem, dia 3 de agosto, para a Vila Olímpica, na Cidade Maravilhosa. Também são aguardados, a partir de hoje, mais 31 membros da delegação da China.
A delegação canadense desembarca na cidade com 80 membros. Já a equipe polonesa tem previsão de trazer 40 representantes. São esperados ainda um atleta dos Estados Unidos e outro do Qatar, sendo que o asiático terá a companhia de quatro pessoas de seu departamento técnico. Amanhã começa o desembarque de representantes olímpicos da Eslováquia – 30 ao todo – e na terça (2), de quatro da Estônia.
O motivo da hospedagem do único americano em Juiz de Fora, Ashton Eaton, é curioso. O atleta de 28 anos, bicampeão mundial de decatlo (2013 e 2015), é marido da canadense Brianne Theisen, atual campeã mundial do pentatlo em pista coberta, que irá integrar a equipe de seu país em Juiz de Fora. Além disso, o casal é treinado pelo mesmo técnico, Harry Marra.
Mutaz Barshim será o representante solo do Qatar na cidade. O atleta acumula no currículo o quarto lugar no salto em altura do Mundial de Atletismo em 2015, além de medalha de bronze em Londres 2012 e prata no Mundial de 2013. Barshim ainda foi campeão na modalidade nos Jogos Mundiais Militares disputados no Brasil em 2011, tendo, portanto, experiência no país dos Jogos Olímpicos de 2016.
A programação de todos os treinos será divulgada pela UFJF no site ufjf.br/ufjf2016 assim que os chefes das delegações informarem à equipe de comunicação da universidade. De acordo com documento enviado à imprensa pela UFJF, das delegações que chegam hoje, a Polônia será a primeira, ao lado de Barshim, do Qatar, a deixar Juiz de Fora. A saída está programada para 10 de agosto. Já delegação olímpica canadense tem data de partida para o Rio de Janeiro prevista para 12 de agosto, mesmo agendamento do americano Eaton. Os chineses treinam na UFJF até 16 de agosto.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Economia
Data: 31/07/2016
UFJF planeja lançar novo edital para o Parque Tecnológico
Caminhando para completar dez anos de lançamento, o Parque Científico e Tecnológico de Juiz de Fora e Região segue no papel, à espera de solução para o impasse entre a UFJF e o Tribunal de Contas da União (TCU), que se estende por quatro anos. Embargado pelo tribunal, o projeto tem área para ser implementado, estudo de viabilidade técnica e econômica concluído, plano de negócios definido e empenhos orçamentários prometidos. Na luta para superar os imbróglios jurídicos, a UFJF garante que está dando andamento ao processo, que vai envolver, necessariamente, nova licitação. A expectativa é que novo edital – o terceiro desde o início do processo – possa ser lançado ainda este ano.
Segundo o diretor de Inovação da UFJF, Ignácio Godinho Delgado, existe uma controvérsia jurídica a ser superada. A questão é saber se é possível utilizar um empenho de 2012, no valor R$ 40,7 milhões, que está associado a uma licitação realizada no mesmo ano, para novo certame que trata do mesmo objeto. “Para não haver frustração mais à frente – outra frustração, estamos conversando com o Ministério da Educação, que se dispôs a colocar sua assessoria jurídica para dirimir esta questão. “Este empenho, afirma, também está sendo negociado na esfera estadual, visando a “garantir tranquilidade jurídica”. Além disso, o reitor Marcus David estaria conversando com outros reitores “para deixar totalmente aplainado o terreno na esfera jurídica”.
Ainda conforme Ignácio Delgado, a Pró-Reitoria de Infraestrutura está fazendo avaliação técnica do empreendimento. Ele afirma que será preciso promover atualização da planilha de custos, já que o novo projeto, refeito após as ponderações do TCU, data de 2014. Resolvidas as pendências e após o lançamento do edital, é estimado prazo de um ano e oito meses de obra para a posterior instalação das empresas. “Estamos muito empenhados em desembaraçar os obstáculos para encaminhamento das ações que viabilizam o edital e o início das obras.”
À Tribuna, o TCU informou que a medida cautelar que incide sobre o contrato 166/2012 continua vigente. A última decisão relacionada ao empreendimento aconteceu em abril de 2014. Na época, o tribunal informou à UFJF que a restrição continuaria valendo até que fosse apresentado termo aditivo, assinado entre a universidade e a vencedora da licitação, a Collem Construtora, com a supressão de sobrepreço identificado em alguns itens. A fiscalização também havia identificado “deficiências” no projeto. Segundo o TCU, a universidade, até o momento, não apresentou o termo aditivo.
Conforme a própria instituição, a vencedora da licitação não teria interesse em continuar o projeto, daí a necessidade de novo edital. A Tribuna questionou o TCU se a instituição poderia lançar novo edital para reiniciar o trâmite. O tribunal afirmou que “aguarda manifestação da universidade no processo para avaliar essas e outras questões que surgirem”.
O Parque Científico tem por objetivo favorecer o desenvolvimento de novas tecnologias e negócios, com ênfase em inovação, junto a empresas e prestadores de serviço. Visa a aproximar as universidades e centros de pesquisa da Zona da Mata ao sistema empresarial e à sociedade, promovendo o empreendedorismo e a geração de emprego e renda.
Recursos empenhados são insuficientes
Além de resolver o imbróglio jurídico, a universidade tem que resolver outro problema: a alegada falta de recursos para realizar a primeira etapa do Parque Tecnológico. Inicialmente, essa fase demandaria recursos da ordem de R$ 57,4 milhões, para obras de infraestrutura e área administrativa. Além dos R$ 40,7 milhões já empenhados junto ao Ministério da Educação, o então ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo, em outubro do ano passado, chegou a garantir compromisso de R$ 25 milhões para o projeto. O empenho propriamente dito não foi
confirmado nem pela pasta, nem pela UFJF. No final deste mês, foi a vez de o atual ministro, Gilberto Kassab (PSD), anunciar a instauração de um grupo de trabalho, para criar um plano diretor com cronograma e efetivar o empreendimento.
Sobre o Parque Tecnológico, o Ministério afirmou à Tribuna que a UFJF participou de chamada pública por meio da Fundação de Apoio e Desenvolvimento ao Ensino, Pesquisa e Extensão (Fadepe). O projeto foi contratado em fevereiro de 2016 e tem como objetivo apoiar a estruturação do núcleo. O valor total é de R$ 78,17 milhões, sendo R$ 4.257.593,01 da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Da Fadepe, viriam R$ 1.570.800, além de outros R$ 72,3 milhões de contrapartida não financeira. Está previsto ainda um aporte de R$ 900 mil da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes), como interveniente. A informação é que a primeira parcela da Finep, no valor de R$ 3.467.931,97 já estaria na tesouraria do órgão, na iminência de ser liberada.
Já a Sectes informa, por meio de sua assessoria, que aportou cerca de R$ 2,5 milhões para estudos de viabilidade, consolidação e implantação do processo, incluindo início das obras de infraestrutura urbana. “Atualmente, a contribuição da Sectes para a efetiva concretização do Parque Tecnológico é fornecer auxílio técnico e operacional à gestão do parque, realizando atividades que visam a dinamizar a capacidade de geração de riqueza em Juiz de Fora e região, assim como fomentar parcerias e dar suporte institucional em reuniões, eventos e divulgações promovidos pelo parque.”
Alternativas
O diretor de Inovação, Ignácio Delgado, afirma que a UFJF tem hoje duas alternativas: adaptar o projeto de infraestrutura, criado em 2014 após as ponderações do TCU, para se encaixar nos R$ 40,7 milhões já empenhados; ou garantir o valor adicional para realizar o projeto original na íntegra, orçado inicialmente em R$ 57 milhões. Para isso, teria que ser confirmado com o Ministério da Ciência e Tecnologia o empenho da diferença.
Segundo Ignácio, não existe hoje o empenho dos R$ 25 milhões, anunciados por Rebelo em 2015, mas um compromisso de previsão orçamentária. Para concretizar o prédio da sede administrativa no terreno localizado na BR-040, próximo ao Expominas, seria usado o recurso da Finep. O projeto, confirma, está aprovado pelo órgão financiador, mas exige uma contrapartida da Sectes, que ainda não teria sido garantida pelo Estado. “Estamos negociando, quando tivermos um sinal verde, vai ser feito.”
Imbróglio se arrasta desde 2012
O primeiro edital do Parque Tecnológico foi lançado em outubro de 2012 e embargado dois meses depois pelo TCU. Na época, o órgão apresentou medida cautelar, após ajuizamento de representação contra supostas irregularidades no certame. O contrato chegou a ser assinado com a Collem Construtora e previa a concretização da primeira etapa do núcleo. A obra incluía a construção de dois prédios para a implantação da sede administrativa e de um galpão em terreno de 1,2 milhão de metros quadrados às margens da BR-040.
Entre outubro e novembro do ano passado, chegou a ser lançado um segundo edital, respeitando as observações feitas pelo TCU. A concorrência, no entanto, foi cancelada pela própria universidade, em função da identificação de “outros equívocos” não detalhados.
A âncora do empreendimento seria a fabricante portuguesa de semicondutores Nanium, que assinou protocolo de intenções ainda em 2012 com UFJF, Prefeitura e Governo de Minas. A expectativa era de que a companhia investisse até R$ 60 milhões na unidade juizforana, criando 150 empregos diretos e 40 indiretos. Ao longo do embargo, mais de 20 empresas tiveram a instalação confirmada no local.
No ano passado, a universidade alegou que o atraso estava dificultando a interlocução com agentes e empresas relacionados ao parque. A Nanium, por exemplo, teria declinado do projeto.