A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) vai sediar o 10º Encontro das Mulheres Estudantes da União Nacional dos Estudantes (10º EME da UNE), entre os dias 7 e 9 de abril. Mais de mil mulheres já se inscreveram para participar do evento, cujo tema central será “Feministas em movimento para semear um Brasil novo”. A intenção é discutir o que as mulheres estudantes querem para o novo ciclo político que se inicia no país.
O encontro contará com arenas de debate, plenárias, mesas, feira e apresentações culturais. Haverá uma grande variedade de questões em pauta, relativas à vivência das mulheres na universidade, como reforma universitária, educação pública e privada, meio ambiente, saúde da mulher, educação no campo e experiências das mulheres negras e LBTs (lésbicas, bissexuais e transexual), entre outras temáticas.
A abertura do EME será realizada na sexta-feira, 7, a partir das 18h, no Cine-Theatro Central. O evento terá a participação da vice-reitora da UFJF, Girlene Alves da Silva, da pró-reitora de Assistência Estudantil, Cristina Bezerra, e da prefeita de Juiz de Fora e ex-reitora da Universidade, Margarida Salomão. Representantes de movimentos sociais feministas também estarão presentes na solenidade, que será marcada pela realização de apresentações culturais e místicas.
As participantes ficarão alojadas na Faculdade de Educação Física e Desportos (Faefid), os debates acontecerão na Faculdade de Engenharia e a feira, no Instituto de Artes e Design (IAD). As inscrições podem ser efetuadas on-line ou, presencialmente, na sexta, quando será realizado o credenciamento para o evento, das 8h às 17h, na Universidade.
Na página de inscrição, é possível também conferir os valores para participar. Mulheres graduandas e pós-graduandas podem comparecer ao encontro. Acesse a programação completa.
O EME é auto-organizado por mulheres. De acordo com a diretora de Mulheres da UNE, Carol Azevedo, a intenção é levar aos debates uma nova perspectiva sobre a universidade pública brasileira, tendo o feminismo como referência e as discussões sobre as experiências das mulheres.
Ainda de acordo com Carol, a diversidade das mulheres estudantes – “mulheres negras, LBTs, estudantes do campo, ribeirinhas, quilombolas, indígenas, de centros urbanos, da periferia” – precisam fazer parte da pauta de luta. “Essas especificidades precisam ser levadas em consideração a partir do momento em que a gente pensa em política pública de educação para essas mulheres. É a partir dessas reflexões que temos condições de fazer uma discussão profunda sobre quais são as reais demandas das mulheres estudantes nessa conjuntura posterior à pandemia, à reorganização da educação, e do mundo do trabalho, com o aprofundamento da violência nas universidades, com o processo de sucateamento pelo qual as instituições passaram”, relata.
Esta será a segunda edição do EME sediada na UFJF. O oitavo encontro, realizado em 2018, também aconteceu no campus Juiz de Fora. Segundo Carol Azevedo, a Universidade tem as condições estruturais adequadas para receber o EME e existe na instituição o entendimento da importância de promover o debate sobre a vida das mulheres estudantes nas universidades. “A gente visualiza a UFJF como essa universidade de grande referência, tanto porque tem muitas mulheres no seu quadro de gestão”, assinala Carol.
O 10º EME da UNE é realizado em parceria com a UFJF e a Prefeitura de Juiz de Fora.
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