Com o tema “Por uma história decolonial: Gênero, raça e classe na América Latina”, começa nesta segunda-feira, 17, a 38ª Semana de História da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). O evento segue até sexta-feira, 21, e busca romper com a visão clássica sobre o continente, com um aprofundamento na análise do contexto latino-americano. A programação tem formato híbrido, com atividades presenciais no Instituto de Ciências Humanas (ICH), e on-line. As inscrições para ouvintes ainda podem ser feitas pela internet.
A Semana de História da UFJF é a mais antiga semana acadêmica da área de estudo em atividade no Brasil, sendo realizada desde 1979. O encontro conta com mesas-redondas, minicursos, oficinas e apresentações de comunicações em simpósios temáticos. Pesquisadores participam dos debates que visam o rompimento com uma visão “estereotipada” sobre a realidade da América Latina. Segundo a organização, mais de cem pesquisas foram inscritas para apresentação nos simpósios.
“Os simpósios temáticos estruturados no evento abarcam desde graduandos, ainda dentro dos programas institucionais de Iniciação Científica, até doutorandos e doutores de diversas Instituições de Ensino Superior. Da mesma forma, por acontecer presencialmente no ICH, a comunidade acadêmica da UFJF tem a oportunidade de criar redes com diversos pesquisadores do país, que comparecem ao evento para suas palestras”, afirma o mestrando Marco Antônio Campos e Souza, aluno do Programa de Pós-Graduação em História (PPGH) e membro da Diretoria Executiva da Comissão Organizadora da Semana de História.
Neste ano, a Semana conta com atividades presenciais pela primeira vez desde o começo da pandemia. Na avaliação de Souza, a procura pela Semana é um reflexo da tradição do evento como um espaço relevante de interlocução e criação do conhecimento acadêmico na Universidade. “Estamos entusiasmados com a nossa primeira edição presencial, após dois anos em formato remoto. Entretanto, apesar de todos os esforços, não conseguimos subsidiar a presença de todos os convidados, presencialmente, em Juiz de Fora. É importante demonstrar à comunidade acadêmica e à sociedade as consequências tangíveis dos cortes e do processo de estrangulamento das universidades públicas. Esta é uma das primeiras edições, em muitos anos, em que o evento não conta com subvenções ou auxílios da instituição, fruto dos bloqueios orçamentários que atingiram a UFJF. Mesmo assim, esperamos receber todos e todas no ICH para mais uma edição.”
Estudantes de graduação que contam com Assistência Estudantil têm acesso a tarifas sociais de inscrição. A programação e a lista de pesquisadores participantes da Semana de História podem ser acessados na página oficial do evento no Instagram. A Semana de História é realizada por estudantes da graduação em parceria com o Centro Acadêmico de História Galba Di Mambro.
Filme
Como parte das atividades, será pré-lançado o documentário “Quando ousamos existir: Uma história do movimento LGBTI+ brasileiro”. A exibição acontece na segunda, 17, no Anfiteatro 3 do ICH, a partir das 14h. Está prevista uma roda de conversa depois da sessão.
Os diretores da obra, Cláudio Nascimento e Márcio Caetano, estarão presentes. Nascimento é presidente do Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBT+, sediado no Rio de Janeiro, e Caetano é professor do Departamento de Ensino e do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). O filme é uma iniciativa do Centro de Memória João Antônio Mascarenhas e do Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBT+, com apoio da Universidade Federal do Rio Grande (FURG) e da UFPel.
Outras informações
Site oficial da 38ª Semana de História
Página do evento no Instagram