A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) empossou nessa quarta-feira, 13, cinco novos servidores aprovados por meio de concurso público, sendo quatro docentes e um técnico-administrativo em Educação (TAE). Os servidores foram recebidos pelo reitor Marcus Vinicius David; pela pró-reitora de Gestão de Pessoas, Renata Mercês Oliveira de Faria; e pela coordenadora geral do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação nas Instituições Federais de Ensino de Juiz de Fora (Sintufejuf), Elaine Bem.
A pró-reitora de Gestão de Pessoas, Renata Faria, destacou que a chegada dos novos servidores traz “renovação” à instituição e ressaltou os grandes desafios da educação pública. “Nesse momento de grande desafio, de ataques à educação, cortes no orçamento, que vocês tenham um engajamento com a instituição. A gente tem uma missão muito bonita, que é a educação pública. Então se apossem diariamente das atividades que vocês cumprirão na instituição”, afirmou a pró-reitora, que também destacou a difusão de ensino, pesquisa, extensão, cultura e inovação que caracteriza a universidade.
Após o vídeo de boas-vindas, a coordenadora do Sintufejuf destacou a possibilidade de representação na universidade, algo que foi percebido pela servidora desde a sua graduação. “Aqui é um lugar de voz, onde o aluno tem voz. Eu tive voz como aluna, tenho voz como TAE e há voz para nós do sindicato. Eu acho que hoje, mais do que nunca, a discussão política tem que fazer parte da nossa formação”, ressaltou Elaine Bem.
Momento de alegria e realização
Para a professora do Departamento de Enfermagem Aplicada da Faculdade de Enfermagem, Roberta Teixeira Prado, essa é a realização de um “sonho antigo”. A docente já havia participado de concursos em outras ocasiões e agora ingressa no corpo docente após ser aprovada em primeiro lugar. Esse é o retorno de Roberta à UFJF, onde passou pela graduação, mestrado e pós-doutorado. “É uma emoção muito grande. Estou muito feliz e satisfeita, com muitos planos. Estou muito animada”, conta.
O professor André Luiz Silva Alvim também ingressou no Departamento de Enfermagem Aplicada. Oriundo de Belo Horizonte, Alvim conta que escolheu a UFJF pela sua localização (em Minas Gerais) e pela boa reputação da instituição. “Foi algo pelo qual eu sempre lutei a vida inteira. Sempre quis ser professor de uma universidade federal e agora eu tenho essa oportunidade. Agora a UFJF é a minha segunda casa. Fui muito bem acolhido tanto pela universidade, quanto pelas pessoas de Juiz de Fora”, relata.
A professora do Departamento de Estruturas, Paula de Oliveira Ribeiro, também retorna à UFJF, onde fez sua graduação. “É muito gratificante. Eu aprendi muito aqui e agora poder voltar, poder contribuir com a sociedade e com a qualidade do ensino da UFJF deixa a gente sem palavras. Estou muito feliz”, afirma.
Empossada como professora do Departamento de Música do Instituto de Artes e Design, a docente Raquel Almeida Rohr de Oliveira Isidoro já era TAE na unidade desde 2014. Segundo a violoncelista, agora ela chegou ao cargo com o qual sempre sonhou. “Ter essa oportunidade em uma universidade em que eu gosto muito de trabalhar é uma realização completa. Pretendo continuar cooperando, dar o melhor com o meu trabalho.”
O técnico-administrativo em educação Luiz Filipe Ribeiro de Paula também vive a sua segunda nomeação a um cargo público da universidade. Após mais de dois anos como técnico em Tecnologia da Informação (TI), ele passa para a posição de analista na mesma área. “Agora novos desafios surgem, é um novo cargo, tem outras atribuições e estamos aí, dispostos a servir à universidade.”
Reitor: Projeto de nação desenvolvida passa pela universidade pública
O reitor Marcus Vinicius David encerrou a cerimônia e deu seus parabéns aos novos servidores pelo êxito obtido com a nomeação. Para o reitor, o resultado positivo demonstra a dedicação e a competência de cada um dos aprovados. Em sua fala, Marcus David chamou atenção para o compromisso que os trabalhadores têm com a sociedade. “A carreira de servidor público tem sido muito injustiçada. Baseado em estereótipos, têm se desenvolvido um perfil de que seriam trabalhadores não comprometidos. Certamente aqui na universidade vocês vão perceber exatamente o contrário. Vocês devem estar orgulhosos e estar cientes da responsabilidade que nós temos em conseguir derrubar essa imagem equivocada sobre o serviço público e nos comprometermos para construir um Estado que seja cada vez mais capaz de atender às demandas da nossa sociedade.”
Marcus David também destacou a importância da universidade pública para o país. “Não existe projeto de nação desenvolvida social e economicamente que não conte com uma rede de qualidade de universidades públicas. Um país, para se dizer desenvolvido, precisa dessa rede que forme os nossos jovens, produza conhecimento através das suas pesquisas, se interaja com a sociedade através dos projetos de extensão, contribua com o desenvolvimento econômico através da inovação da ciência e tecnologia e com a arte e a cultura produzida e disseminada com seus cursos e equipamentos culturais. Esse papel que as universidades cumprem provoca a profunda transformação social. São as universidades que terão um papel fundamental para que o nosso país se torne efetivamente desenvolvido. Em alguns momentos da história, essa importância não é percebida.”