Francisco Perrout participa dos Jogos Mundiais Escolares, que começam nesta segunda, na Turquia (Foto: Géssica Leine)
Em ano de Jogos Olímpicos, acontece também o Gyminasiade, Jogos Mundiais Escolares. A edição 2016 começa nesta segunda-feira, 11, e será realizada em Trabzon, na Turquia. O aluno do projeto Atletismo da UFJF Francisco Perrout, 16, que já viajou para o país europeu, no último domingo, correrá pela seleção brasileira a prova de 3 mil metros rasos.
Francisco foi campeão da fase nacional, que ocorreu, em Belo Horizonte (MG), nos dias 14 e 15 de maio, quando disputou com mais dez atletas e cumpriu a prova em 9min8s76. “Vou competir com gente de vários países. Preciso fazer o máximo para alcançar meu melhor resultado”, disse o atleta, que viajou acompanhado do pai e treinador, o professor da Faculdade de Educação Física e Desportos (Faefid), Jorge Perrout. As disputas de atletismo começam na quarta-feira, 13; e Francisco correrá na quinta.
Gyminasiade: caminho para uma carreira olímpica
O Gyminasiade é o maior evento esportivo escolar do mundo. Além do atletismo, engloba ginástica artística, aeróbica e rítmica, judô, karatê, natação, tênis, luta livre, esgrima, tiro com arco e xadrez. O evento pode ser comparado às olimpíadas, porém, podem disputar apenas estudantes que tenham entre 14 e 17 anos.
Atletas olímpicos como Keri-Anne Payne (nadadora britânica), Hugues Duboscq (nadador francês) e Xing Awoei (ex-ginasta chinês) já foram campeões dessa competição. Para Francisco, as olimpíadas são o seu sonho futuro, para o qual diz que vai se esforçar para alcançar.
Inspiração e formação esportiva
O jovem atleta começou a treinar aos 11 anos por influência do pai. “Ele é minha maior inspiração, tanto no atletismo, quanto na vida”, declara. Sobre treinar o próprio filho, Perrout avalia que o treinamento e cobrança é como de qualquer atleta, porém com proximidade maior. “Toda família está orgulhosa e animada com essa conquista”, acrescenta.
Perrout é coordenador do projeto de extensão Centro Regional de Atletismo (Cria), que é desenvolvido na Faefid. O projeto é aberto à comunidade. Podem participar crianças a partir dos sete anos. Francisco é integrante dessa equipe, pela qual também já passaram outros campeões brasileiros de categorias de base. ” O trabalho do Cria é excelente, pois, além de formar atletas e professores, forma cidadãos melhores”, avalia Francisco.