O professor dos programas de Pós-Graduação em Ambiente Construído e em Geografia da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Cézar Henrique Barra Rocha, recebe nesta quarta-feira, dia 27, a Medalha do Mérito Legislativo 2022, outorgada pela Câmara Municipal de Juiz de Fora (CMJF). A solenidade será realizada no Plenário do Legislativo, às 19h30, momento em que os homenageados serão reconhecidos, após dois anos sem a entrega do Mérito, em decorrência da pandemia de Covid-19.
A outorga representa a maior e mais tradicional honraria da CMJF, pois reconhece anualmente pessoas físicas e jurídicas que se sobressaíram na construção da sociedade juiz-forana. Segundo Barra, agraciado na categoria Meio Ambiente e indicado pelo vereador José Márcio Lopes Guedes (Zé Márcio Garotinho), o sentimento é de gratidão e motivação para continuar as lutas que são muitas.
“Às vezes, falta ‘perna’ para tantas demandas. Deveria ser uma luta coletiva porque só temos um planeta. Mas ainda estamos muito atrasados em termos de cultura ambiental. Falta, principalmente, educação em todos os sentidos”, afirma o professor. “O retrocesso que vivemos atualmente no Brasil com relação às leis ambientais é uma angústia. Perdemos nesses últimos anos conquistas de décadas. O estrago é grande nas escalas municipal, estadual e federal. Tem bioma brasileiro que perderá a resiliência e as pessoas não têm a mínima noção da capacidade desses biomas.”
Na prática
O professor também compreende que a UFJF tem cumprido um papel social ainda tímido em relação à temática, que precisa ser ampliado dentro da Instituição, por meio de uma estrutura organizada por professores, técnico-administrativos em educação (TAEs) e estudantes.
“Ainda é complexa a indicação de representantes nos órgãos da área ambiental em todas as esferas. Falta apoio jurídico para a atuação plena dos conselheiros indicados. Há pares que só pensam na parte científica de publicação de artigos e que não colaboram com seus conhecimentos para os problemas locais ou globais. Poderiam ajudar, mas nunca priorizam ou tem tempo para essa participação social. É preciso haver um equilíbrio entre as atividades de ensino, pesquisa, extensão e administrativas”, explica o docente.
Além disso, de acordo com Barra, a ocupação de uma cadeira em conselho da área ambiental toma muito tempo e o indicado geralmente não tem alívio algum nas outras atividades, o que faz com que o trabalho seja voluntário e o sacrifício poucas vezes reconhecido. “As pessoas ficam desestimuladas a contribuir socialmente. Acabam cumprindo o feijão com arroz do ensino de graduação, que é a única obrigação prevista na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) do Ministério da Educação (MEC). É preciso pensar em mecanismos que estimulem as pessoas a querer ter essa participação social que acaba refletindo em sala de aula. As experiências e vivências desses conselhos melhoram o nível das disciplinas porque nos deparamos com problemas complexos e reais. É um desafio que vale a pena”, finaliza.
A Medalha
A Medalha do Mérito Legislativo foi criada por meio do Projeto de Resolução nº 1.138, de 27 de março de 2001. Ao longo dos anos, a Câmara apresentou alterações ao projeto original, com a inclusão de novas áreas fundamentais de atuação na cidade. A indicação dos nomes dos homenageados é feita pelos vereadores e pode ser realizada também por entidades ou associações representativas. Os nomes seguem em lista tríplice encaminhada para apreciação do Conselho Permanente do Mérito.
A medalha é dividida nas seguintes categorias: Comunicação; Cultura; Direitos Humanos; Educação; Esporte e Lazer; Filantropia e Assistência Social; Justiça; Meio Ambiente; Segurança Pública; Saúde; Agropecuária; Política; Indústria e Comércio; Comércio e Serviços; Transporte; Turismo e com mais três honrarias consideradas Mérito Excepcional.
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