Estão abertas as inscrições para as atividades de celebração do Mês da Consciência Negra, que acontecem nos dias 10, 17 e 24 de novembro. Promovido pelo Grupo de Estudos Relações Raciais, Estado e Sociedade (Gerres) do campus da Universidade Federal de Juiz de Fora em Governador Valadares (UFJF-GV), este ano o evento tem como tema ‘Nossa presença está em todos os lugares: resistir na re(existência)’.
Segundo o grupo, a escolha do tema remete a lutas e resistências históricas: “os povos não brancos foram, de diferentes formas, marginalizados e desautorizados a manterem suas tradições, sua religiosidade e seus laços familiares. Apesar do racismo estrutural, que assola nossa sociedade, os povos não brancos sempre lutaram para manterem vivas suas tradições e seus traços familiares. Durante os encontros, vamos celebrar essa resistência e também dialogar sobre alternativas para que a população brasileira se reconheça – sem estigmas e preconceitos – dentro de sua diversidade”.
Entre as diferentes ações que compõem a programação, o destaque fica por conta das rodas de conversa, que acontecem durante os três dia do evento, sempre das 18h30 às 20h30. De acordo com a produtora cultural e integrante do Gerres, Flávia Carvalho, “as ações desenvolvidas visam dar destaque aos trabalhos de conscientização promovidos pelo grupo e também fortalecer as relações com instituições e grupos parceiros. Além das rodas de conversa, o Gerres irá publicar em um jornal local artigos escritos por membros do grupo, convidando a comunidade a refletir sobre a importância de nossa luta pela igualdade racial, que ganha ainda mais visibilidade no Mês da Consciência Negra”.
No dia 10, o tema da conversa é o impacto da colonização na história e saúde mental da comunidade negra. A psicóloga do campus GV, Alessandra Efrem, e a socióloga Merly Gonçalves vão tentar diagnosticar os principais problemas relacionados às questões envolvendo saúde e raça, e buscar alternativas para resolvê-los ou, pelo menos, minimizá-los. A mediação é do professor do Departamento de Direito, Braulio Magalhães.
Compreender os desafios e as oportunidades na construção e no fortalecimento de grupos raciais dentro das instituições públicas de educação é o objetivo da roda de conversa do dia 17. O coletivo de estudantes do curso de medicina da UFJF-GV, o ‘Med+Preta’, o Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabi) do campus Governador Valadares do Instituto Federal de Educação de Minas Gerais (IFMG-GV) e a pesquisadora Luana Trindade debaterão o tema, sob a mediação de Mariana Lage.
E no dia 24, quem participa da discussão é o grupo Origens e Horizontes, da UFJF-GV, Gonçalo Eleutério (mestre Caboclinho), além de Cidade Futuro e Beabá Audiovisual. No centro dessa roda de conversa – que será mediada pela produtora cultural do campus, Flávia Carvalho – está a importância da ancestralidade e da genealogia para o desenvolvimento individual e coletivo do país.
As inscrições são gratuitas e pode sem realizadas neste link, até a véspera de cada atividade. Os participantes receberão certificado na modalidade evento de extensão.