Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Economia

Data: 25/06/2016

Link: http://www.tribunademinas.com.br/entrevista-marisa-ulhoa-gerente-na-votorantim-metais-em-jf/

Entrevista/ Marisa Ulhoa, gerente na Votorantim Metais em JF

A diversidade de gênero na indústria, com foco na atuação feminina. Um tema espinhoso para a maioria das corporações começa a ser discutido por empresas interessadas em mudar o perfil de seu quadro de funcionários. Essa foi a missão dada à gerente de desenvolvimento humano e organizacional da Unidade Juiz de Fora da Votorantim Metais, Marisa Ulhoa, há 11 anos no comando do departamento. Na última quarta-feira, ela participou de um debate com alunos da Faculdade de Administração da UFJF e depois conversou com a Tribuna. A especialista
apresentou números que comprovam a menor proporção de mulheres no ambiente corporativo e abordou questões como competências, oportunidades e desafios para quebra de paradigmas no mercado de trabalho. Formada em psicologia e mãe de dois filhos, Marisa também falou sobre a conciliação da carreira com a vida pessoal. A apresentação integra campanha da Votorantim, após a constatação de que o público feminino representa apenas 6% do seu quadro de funcionários.

Tribuna – Como você avalia a participação feminina na indústria?
Marisa Ulhoa- O percentual é baixo e se concentra no setor administrativo. Nós percebemos, por exemplo, que a participação feminina nos processos seletivos é menor do que a masculina. Ao analisarmos esta realidade nos questionamos se a mulher juizforana conhece as oportunidades que a indústria oferece, e então surgiu o projeto de ir a campo divulgar a nossa empresa e deixar claro que ela tem condições de estar e fazer carreira no setor. Estamos lutando para trazer a mulher para as mais diversas posições, pois competências nós temos de sobra.

– Quais são as vantagens da mão de obra feminina?
– Homens e mulheres têm habilidades diferentes, e todas elas são muito importantes no ambiente corporativo. No caso delas, a sensibilidade diferenciada, a empatia, a capacidade de liderança e de adaptação, a flexibilidade e a criatividade são pontos fortes. Nós estamos caminhando para a sociedade do conhecimento, que irá exigir cada vez mais dos profissionais a aplicação destas características. Se as empresas abrirem os olhos e contratarem mais mulheres, perceberão essa diferença positiva, pois muitas destas habilidades e competências são inerentes ao público
feminino. Na minha experiência como mãe e dona de casa, eu vejo o tempo todo a necessidade de liderar, ser flexível e trabalhar em equipe, por exemplo.

– Quais são os desafios para a mulher em um ambiente predominantemente masculino?
– É preciso ser confiante para desempenhar bom trabalho. Além disso, como todo profissional, a mulher deve mostrar competência, comprometimento, ser participativa.

– Mas ainda há preconceito?
– No nosso país isso ainda acontece. Sabemos que há casos de preconceito, mas acredito que já evoluímos, e ainda temos muito o que caminhar. Iniciei a minha carreira na indústria em 1987, passei apenas por duas empresas, mas tive a sorte de nunca vivenciar uma situação desse tipo. E percebo que, naquela época, a inserção da mulher no mercado de trabalho era bem mais difícil do que hoje.

– O que mudou nesses quase 30 anos?
– Muitas mudanças vieram com o processo de globalização, e as empresas estão conectadas o tempo todo, conhecendo outras culturas e trocando conhecimento. Além disso, a própria luta da mulher aumentou a participação feminina no mercado de trabalho, na política e em outros setores, o que foi capaz de nos dar vários exemplos, ao longo desses anos, de que a mulher é capaz de atuar onde ela quiser.

– No Brasil, a diferença salarial entre homens e mulheres que ocupam o mesmo cargo chega a 20%, conforme a Employee RH. O setor da indústria ainda reserva diferenças na remuneração?
– Se fizermos um análise global, sim. No nosso país ainda existe essa diferenciação. A luta para a inserção da mulher no mercado de trabalho é nova, e ainda existem empresas que têm preconceito, duvidam da capacidade e até mesmo consideram a questão da dupla jornada na hora de estabelecer a remuneração, pois não sabem se a funcionária, por ser também mãe e dona de casa, estará à disposição.

– O que é preciso para mudar para essa cultura?
– As empresas precisam se conscientizar que a mulher é competente, é capaz e que, independente da dupla jornada, tem habilidades suficientes para fazer uma carreira promissora, seja na indústria ou em qualquer outro setor.

_____________________

Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cultura

Data: 25/06/2016

Link: http://www.tribunademinas.com.br/uma-pa-de-lembrancas/

Uma Pá de lembranças

Evento que marcou a vida artística e cultural de Juiz de Fora na década de 1970, celebrado até hoje por quem viveu ou ouviu falar dele, o festival Som Aberto volta a acontecer na UFJF, repaginado e com novidades, neste sábado. A iniciativa da Pró-Reitoria de Cultura tem uma programação que promete música, artes plásticas, moda, literatura, dança, yoga, gastronomia e outras atividades na Praça Cívica do campus da UFJF. A parte musical, que pode ser considerada a “alma” do Som Aberto, terá shows de duas bandas escolhidas por meio de edital da instituição, que buscou valorizar nomes que atuam na UFJF, entre alunos, professores e técnicos: Cangaia Blues e Capivara de Netuno. Mas a grande atração será a primeira banda a se apresentar no evento, em 1974: A Pá, que retorna para um show especial com todos os seus 12 integrantes após um hiato de 15 anos de apresentações. A programação ainda inclui a discotecagem de Pedro Paiva, DJ do Vinil é Arte.
A ideia de retomar o festival com seu nome original foi da pró-reitora de cultura Valéria Faria, há cerca de um ano, fruto do desejo de promover no campus um espaço de vivência para aluno e que fosse estendido à comunidade. “É um projeto piloto, que esperamos que seja mensal. O campus da UFJF é um lugar ideal para essa reunião de artes, cultura, poesia. Como a ideia é que seja um resgate do que aconteceu nos anos 70, resolvemos manter o nome e convidar A Pá.”
O combo musical-poético-artístico que durou de 1974 a 1978 foi a âncora do festival em seu início. Há 15 anos sem se apresentar, o grupo subirá à concha acústica com todos os 12 integrantes: todos os irmãos Teixeira (Xico, Domingos, Estevão, Faustino, Henrique, João e Luzia), Márcio Itaboray, Hélio José Barbosa, Carlos Augusto Gomes, Sérgio Evangelista e Márcio Hallack – este, na dependência da possibilidade da presença de um piano no palco.
O repertório, segundo Xico Teixeira, terá desde canções folclóricas até clássicos da MPB no período: “Clube da Esquina”, “Plantador” (Geraldo Vandré), “Agnus Sei” (João Bosco), “Paraná” (Airto Moreira), “Zé do Cão” (Sérgio Ricardo), entre outras. “Tínhamos um show autoral e outro com o cancioneiro popular do Sudeste e Nordeste, e posteriormente com ‘lados B’ de compositores da MPB’”, acrescenta Márcio Itaboray.
Os integrantes do grupo tomaram conhecimento do retorno do Som Aberto há cerca de dois meses. “Foi uma alegria, porque ele foi um movimento cultural muito importante para a cidade. Foi o momento em que universitários e secundaristas começaram a se organizar para enfrentar a ditadura. Foi um momento de muita movimentação política, com os diretórios acadêmicos sendo reabertos. Eu era o presidente do diretório da comunicação social na época, que foi o primeiro a voltar. Todo sábado nos juntávamos ali para poder cantar e falar num momento de reação ao que rolava na época”, lembra Xico.
De acordo com Xico Teixeira, ter a oportunidade de voltar com A Pá no festival que ajudaram a organizar é motivo de orgulho. “Há 42 anos acreditamos que a melhor forma de luta contra a ditadura seria juntar os estudantes num movimento político e cultural como era o Som Aberto, que tinha o espírito também de juntar outras expressões artísticas”, declara. “Lembro que o Antônio José Marques, que hoje é médico, participava abertamente do festival na parte da literatura. O Xanxão e o Biel faziam os cenários para os shows d’A Pá, foi um movimento que mobilizou uma
série de grupos.”
Junto ao orgulho de poderem participar desse recomeço, veio um problema: colocar uma dúzia de artistas para ensaiar juntos após tantos anos. “A primeira coisa que nós pensamos foi em como ensaiar esse povo (risos). Praticamente todos nós somos ex-alunos da universidade, sendo que alguns continuam em Juiz de Fora, outros foram para o Rio de Janeiro. Alguns se tornaram músicos profissionais, dando origem a diversos talentos na área cultural, mas também temos médicos, professores, engenheiros, jornalistas”, diz ele. “Já fizemos três ensaios, nesta sexta-feira vamos fazer o ensaio geral e com certeza faremos um espetáculo mararvilhoso no sábado.”

Da escola para a universidade

Autor do livro “Assuntos de vento – Breves histórias da MPB em Juiz de Fora”, no qual o Som Aberto é lembrado, Márcio Itaboray conta que a banda teve seus primeiros passos ainda em 1969, sem o nome que a tornou famosa, em um festival no Colégio de Aplicação João XXIII, uma das instituições mais visadas pela ditadura na cidade. A partir daí, participaram de festivais intercolegiais e adotaram posteriormente o nome A Pá, tirado de um aviso escrito pelo cantor Milton Nascimento: “A pá é essa”.
Em outubro de 1974, com os diretórios acadêmicos da UFJF – proibidos pela ditadura – voltando às atividades, Xico e Márcio foram dois dos principais responsáveis pela realização do primeiro Som Aberto, no anfiteatro do antigo Instituto de Ciências Biológicas (ICGB). A primeira banda a se apresentar? A Pá.
A partir de então, o movimento ganhou força e contou com o apoio dos estudantes secundaristas. O palco era aberto para quem chegasse no sábado de manhã e quisesse mostrar seu trabalho. Na falta de atrações, Itaboray lembra que sua banda estava sempre preparada para tocar. ” O Som Aberto virou o point da molecada, porque poucos cursos tinham aula aos sábados. O Xico era o apresentador, e A Pá, o grupo fixo. Se não tivesse ninguém, a banda tocava. E não tinha inscrição, o palco estava disponível para quem quisesse chegar lá e se apresentar “, conta. Com essa liberdade, artistas novatos, locais e futuros nomes de peso da MPB, como João Bosco, Leci Brandão e Gonzaguinha – este último no Cine-Theatro Central, em 1975 – fizeram shows no festival. Por ali também se apresentaram Cezar Itaboray, Guela Seca, Vértice, Luisinho Lopes, Coisa & Tal, Carlos Carreira e Gardênia Dourada, entre tantos outros.
Outro motivo de orgulho para o grupo é a primeira apresentação deles no Teatro Pró-Música. “Fomos a primeira banda a fazer show de música popular ali, que antes só recebia música clássica”, relembra Xico Teixeira. Nem tudo, porém, foram flores, como salienta Márcio Itaboray. “Tivemos duas músicas censuradas pelo pessoal da ditadura. Mas todo mundo na plateia sabia cantar, então a gente tocava, e a plateia cantava, foi muito emocionante.”
Com seu último show em 1980, A Pá fez apresentações comemorativas desde então, em 1990 e 2001, por ocasião do lançamento do livro de Márcio. Mesmo que cada um tenha seguido caminhos relativamente diferentes, as lembranças e a sensação de relevância continuam firmes e fortes.

Comidinhas e artesanato
Dentro da proposta de interação, a organização do festival abriu espaço para o bazar, com 40 vendedores que confeccionam seus próprios produtos. “Convidamos também o pessoal normalmente ligado à universidade, como a Deborah Lisboa, que tem um trabalho bem interessante com o circo. Haverá aula de capoeira com o Mestre Cuité, de ioga, é uma oportunidade para que eles se reconheçam. As palavras-chaves são reunir e interagir”, destaca Valéria Faria.
Os shows começarão às 17h, mas, desde as 14h, terá food trucks, cantinas da UFJF e opções para quem precisa/deseja uma alimentação sem glúten, oferecida pela A Rara. Haverá quiosques de confecções, brechós, decoração, acessórios, artesanato, papelaria.
A pró-reitora aposta que o caráter contestador e conscientizador de outrora vai se fazer presente neste sábado. “Assim como naquela época, a gente continua com muitas dificuldades, muitas frentes de luta. Temos a luta contra o racismo, temos o feminismo, inclusive o Coletivo Artemísia fará parte da segunda edição, e a arte é importante nesse momento.

SOM ABERTO
Com A Pá, Capivaras de Netuno e Cangaia Blues
Neste sábado, a partir das 14h
Praça Cívica da UFJF

_____________________

Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 25/06/2016

Link: http://www.tribunademinas.com.br/sindicancia-apura-assedio-na-ufjf/

Sindicância apura assédio na UFJF

“A família toda ficou muito abalada. É um choque para nós. Minha filha está no último período, e tememos pela formatura dela”, desabafou o pai da estudante de Odontologia que denunciou o professor da UFJF por assédio sexual e agressão. Conforme ele, que terá o nome preservado, a filha, após fazer a denúncia, precisou de atendimento médico para tomar calmantes. A jovem preferiu não dar entrevista por enquanto. Segundo o pai, ontem ela ainda estava sob efeito do remédio. Ele contou que estava em casa, quando a universitária ligou pedindo socorro na última
quinta-feira. “Quando ela me contou o que havia acontecido, tive que sair correndo de casa para socorrê-la na faculdade, porque o que tinha acontecido é inaceitável”, relatou, acrescentando que a UFJF garantiu que vai apoiar a família. “Agora vamos esperar o que vai acontecer. Se houver justiça, não haverá impunidade.”
Ontem mesmo uma comissão de sindicância foi constituída pela direção da Faculdade de Odontologia para apurar a denúncia formalizada pela estudante, que tem 23 anos, contra o professor, 61. Os trabalhos da comissão começam na próxima segunda-feira, dia 27. O reitor da UFJF, Marcus David, garantiu que a sindicância vai contar com todo o suporte da Reitoria. “A Administração da UFJF é absolutamente intolerante com qualquer ação de violência. A apuração será rigorosa, garantindo todos os procedimentos legais”, ressaltou, por meio da assessoria. Já na terça-feira, no período da tarde, estudantes da Faculdade de Odontologia prometem realizar manifestação, cobrando providências e alertando sobre a importância das denúncias para que outros casos não fiquem silenciados. A Polícia Civil também recebeu o registro do ocorrido e vai investigar a denúncia por meio da 2ª Delegacia, sediada no Bairro São Mateus.
A criação da comissão foi decidida em reunião na Reitoria, na manhã de ontem, com a presença também da vice-reitora, Girlene Silva, da diretora da Faculdade de Odontologia, Maria das Graças Afonso Miranda Chaves, da coordenadora do curso, Milene de Oliveira, e da ouvidora especial da Diretoria de Ações Afirmativas, Vânia Bara, que, na tarde de quinta-feira, ouviu e acolheu a estudante após a denúncia.
De acordo com a jovem, ela teria sido trancada em uma sala reservada, onde o docente a teria agarrado pelos braços e a forçado contra a parede, ocasião na qual ele teria dito que a universitária era uma reles acadêmica e que ela não teria lugar entre doutores. A estudante ainda foi ameaçada de reprovação. A aluna também denunciou ter sido assediada pelo suspeito, quando estava no quinto período e que tinha conhecimento de que o suspeito assedia outras alunas. Segundo ela, os fatos não foram denunciados anteriormente, porque o professor dizia que ela não se formaria.
A coordenação da Faculdade de Odontologia, juntamente com a chefia de Departamento de Clínica Odontológica, elabora um planejamento para que não haja prejuízo acadêmico para a aluna, que ontem ficou em casa para se recuperar do abalo emocional. Assim, a jovem deverá contar com outro docente para cursar as disciplinas que ainda lhe restam com o professor suspeito.

Ações educativas
A vice-reitora Girlene Silva também garantiu à família da estudante que a denúncia seria tratada com seriedade. A UFJF informou que, como instituição pública, deve observar os procedimentos legais para apurar casos como este, sendo necessária a formalização das denúncias. Com o objetivo de conscientizar a comunidade acadêmica, a UFJF afirma que tem realizado diversas ações educativas, como, por exemplo, a campanha “A Universidade é pública, meu corpo não”, lançada em março deste ano, para chamar a atenção sobre casos de assédio e violência contra a mulher no ambiente acadêmico e estimular a formalização de denúncias contra agressores. Também houve a criação da Ouvidoria Especial da Diretoria de Ações Afirmativas, no início deste mês, que tem o objetivo de funcionar como um local seguro para acolhimento das vítimas e uma porta de entrada para as denúncias formais.

Apes
Conforme o vice-presidente da Associação de Docentes de Ensino Superior de Juiz de Fora (ApesJF), Agostinho Beghelli Filho, o professor denunciado solicitou à direção da entidade que intercedesse por ele junto à Administração Superior da UFJF, para que houvesse uma reunião com o reitor e a vice-reitora, que foi atendida e realizada na manhã de ontem. Não foi divulgado o conteúdo da conversa. Ainda como apontou Beghelli, a ApesJF só terá uma posição oficial a respeito do caso depois dos fatos apurados.

Ouvidoria garante apoio jurídico psicológico para as vítimas
O episódio envolvendo a universitária de Odontologia não foi o único que repercutiu na UFJF este ano. Em abril, uma estudante cancelou a matrícula em uma disciplina após ouvir de um docente ofensas de gênero. Segundo ela, no primeiro dia de aula, ele deixou muito claro que mulher tatuada era puta, que a que usava roupa curta era vagabunda e que tinha que ser passada a mão e estuprada, conforme mostrou reportagem da Tribuna na época. A mesma matéria também apontava que cinco docentes tiveram seus nomes citados por estudantes da UFJF em depoimentos que apontam cobranças de favores sexuais. Contudo, em nenhum dos casos houve formalização das denúncias.
Para receber este tipo de denúncia, foi criada, no início deste mês, por meio de aprovação no Conselho Superior, a Ouvidoria Especializada da Diretoria de Ações Afirmativas da UFJF. O órgão tem como finalidade receber denúncias e depoimentos a respeito das situações de discriminação, preconceito, violência e opressão vivenciadas no ambiente universitário, acolher a vítima e realizar o encaminhamento dos registros para serviços de atendimento especializado no interior da UFJF ou na rede pública.
O atendimento será realizado provisoriamente na sala da Diretoria de Ações Afirmativas (Diaaf), de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 14h às 18h, ou por meio do telefone 2102-6919. A Ouvidoria dará a garantia de anonimato às vítimas. Conforme a ouvidora Vânia Bara, a unidade também prestará atendimento psicológico e jurídico e fará o acolhimento dos denunciantes. “Também faremos o acompanhamento do andamento dos casos que chegam até nós, pois temos uma preocupação muito grande com a permanência do estudante, técnico-administrativo ou docente na Universidade”, destacou a ouvidora, por meio da assessoria da UFJF.

Coletivo cobra apoio para as denúncias
O Artemísia – coletivo feminista do Instituto de Artes e Design da UFJF – encaminhou nota à Tribuna, afirmando que se sensibiliza e apoia a aluna da Odontologia vítima de assédio sexual e agressão. Conforme o coletivo, é inadmissível que o medo seja recorrente para as mulheres, estudantes e trabalhadoras, num ambiente que deveria oferecer estrutura e proteção, mas em que ainda perpetua a cultura do estupro, a objetificação e a culpabilização da vítima.
“Infelizmente sabemos que esse caso não é exceção, e sim regra do dia a dia das mulheres presentes no Campus da UFJF. Por falta de segurança, apoio nas denúncias e omissão, muitos casos são abafados, e nós mulheres ficamos vulneráveis aos agressores, impossibilitando nossa permanência no campus. É inaceitável que mulheres tenham seu direito de ir e vir suspensos pelo medo”, diz a nota, que acrescenta que cabe à Reitoria buscar entender melhor a situação das mulheres dentro da universidade, além de propor e repensar regimentos e estatutos que ainda privilegiam os agressores. “Não nos contentaremos com uma nota de pesar e campanhas bonitas. Queremos uma Reitoria atuante e que não abafe esses casos. As mulheres do Artemísia estarão na linha de frente, lutando para que toda mulher que esteja nessa universidade faça da sua permanência uma resistência, e que não se curve ao medo. Seguiremos em frente e em luta”, conclui a nota.

_____________________

Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cultura

Data: 26/06/2016

Link: http://www.tribunademinas.com.br/historias-que-rendem-um-filme/

Histórias que rendem um filme

Os mais antigos – este repórter incluso – com certeza se lembram da frase que acompanhava as chamadas da programação dos cinemas do grupo Severiano Ribeiro: “Cinema é a melhor diversão”. A despeito de que hoje a sétima arte ainda permanece como uma das melhores formas de se passar o tempo, ir ao cinema, antigamente, era mais do que comprar ingresso, pipoca e colocar os óculos 3D: era procurar nos jornais a programação da semana, convidar a namorada ou pretendente, vestir a melhor roupa – incluindo terno e gravata para os homens nos anos 50 e 60 – e enfrentar as filas nos cinemas que ficavam nas principais vias da região central ou mesmo nos bairros, ver gente, encontrar os amigos e conversar sobre as produções nos dias seguintes, e aguardar pela próxima sessão. Era uma época em que televisão era para poucos, e internet sequer existia.
É com o objetivo de relembrar essas histórias que se passaram em Juiz de Fora em cinemas como o Central, Palace, Glória, Popular e São Luiz, entre tantos outros, que o grupo de pesquisa Comunicação, Cidade e Memória (Comcime), da UFJF, iniciou neste mês a websérie “Cinema de rua de Juiz de Fora”, integrante do projeto “Cidade e memória: A construção do imaginário urbano pela narrativa audiovisual”. Dividida em episódios, a iniciativa terá novos vídeos disponibilizados quinzenalmente na internet em seu canal no YouTube (Cinemas de Rua de Juiz de Fora). O próximo, que deve ser disponibilizado na segunda-feira, terá como tema o Cinearte Palace. Os episódios fazem parte dos três capítulos em que foi dividida a websérie: “Cinemas da Rua Halfeld”, “Outros cinemas do centro da cidade” e “Cinemas de bairro”, sempre permeados por depoimentos de antigos frequentadores e ex-funcionários.
Coordenadora do Comcime, a professora Christina Musse integra o grupo de pesquisa desde sua criação, há cerca de quatro anos, e que este ano foi escolhido como foco o estudo dos cinemas de rua de Juiz de Fora, atualmente reduzido à permanência do Cinearte Palace. “Fiquei sensibilizada por essa questão, pois tive minha juventude marcada por essa atividade, esse prazer de ir ao cinema, que geralmente era de rua. Considero importante estudar a situação dos cinemas de rua da cidade, onde ficavam, no que se transformaram, e as histórias das pessoas que frequentavam esses locais e quem trabalhava lá”, explica. “Entender como se formavam essas redes de sociabilidade num lugar localizado no centro da cidade e que promovia essas histórias, encontros, criando sociabilidades de fato, incluindo horários que frequentavam, as roupas que usavam e o que deflagrava novas subjetividades, novas formas de ver o mundo. Você não tinha a internet, poucos tinham televisão, então o cinema era o local em que se sonhava a vida de outras pessoas e se conhecia novas realidades.”
Ainda de acordo com Christina, a fase anterior do projeto, realizada no ano passado, buscou mapear as salas de exibição que havia na cidade, incluindo não apenas a região central, mas também os bairros, como São Mateus e Benfica, e ex-funcionários, bibliografia a respeito, plantas dos antigos cinemas, levantamento iconográfico (fotos, filmagens) e pesquisas em jornais na Biblioteca Municipal Murilo Mendes. “Tentamos localizar os cinemas de 1950 até 2015. A programação deles, as sessões por semana, origens dos filmes, gêneros mais exibidos. É um levantamento quantitativo, ainda faremos uns retoques para divulgar.” Mais para frente, Christina não descarta pesquisar também os locais que não eram cinemas mas recebiam exibições. É o caso do Centro de Estudos Cinematográficos de Juiz de Fora (CEC), localizado na Galeria Pio X e que funcionou de 1957 até o final da década de 1970.

Memória audiovisual e afetiva
A ideia da websérie foi dada pela estudante Valéria Fabri, do curso de comunicação social da UFJF, argumentando que seria uma ferramenta para as pessoas se interessarem pelo objeto da pesquisa do grupo. Ela ficou responsável pela seleção dos entrevistados, além de realizar as entrevistas, filmagens e edição, sob a supervisão de Christina Musse. “Achei interessante fazer um projeto audiovisual que fosse parecido com o cinema. Sugeri a websérie porque poderia ser mais abrangente. Porém, ao invés de um documentário longo, propus produzir episódios curtos para
facilitar o acesso”, conta.
“É uma experiência nova, que nos permite mostrar o que aconteceu com os cinemas, as memórias que as pessoas têm desse lugares. Temos a preocupação de trabalhar com filmes de arquivo, levantar acervos particulares que tenham registrado essas salas em funcionamento, como uma memória visual da cidade, mostrando como se deu essa ocupação. Juiz de Fora tem uma memória cinematográfica e audiovisual intensa, foi a primeira cidade do país a ter uma exibição de cinema, em 1897″, acrescenta a professora Christina, para quem é uma obrigação do pesquisador
compartilhar aquilo que faz.
Ainda que pareça um passado distante, é possível encontrar quem tenha vivido essa época e guarde muitas lembranças de tudo que passou. São pessoas que, de acordo com Christina, estão na faixa dos 60 a 90 anos, incluindo desde espectadores a ex-funcionários, até mesmo menores de idade numa era em que as leis trabalhistas eram mais flexíveis – ou menos fiscalizadas. “É muito curioso, porque se você for à Rua Halfeld à tarde e se encontrar com pessoas de cabelos brancos, eles vão contar essas histórias”, diz a professora.
“Uma coisa legal que percebi nessas entrevistas foi o amor que elas tinham por esse ritual de ir ao cinema, e como isso se refletia na forma com que as pessoas se divertiam, interagiam. Acaba sendo um resgate da cidade e da sua história cultural”, afirma Valéria, para quem um dos desafios com o projeto é separar o que vai entrar nos vídeos. A ideia, então, é colocar futuramente no site da iniciativa (www.cinemaderuajf.wix.com/cine) versões aprofundadas das entrevistas e das histórias dos cinemas.

Cinema, um evento social
Christina Musse lembra de como o cinema era importante e influente na vida social da cidade, com as salas de exibição sendo inauguradas com pompa pelos prefeitos de então, cenário bem diferente dos anos de decadência – em que muitos chegaram a sobreviver exibindo filmes pornográficos – e da ascensão das salas em centros comerciais. “Eu sou do Rio de Janeiro, mas frequentei muitas vezes os cinemas de Juiz de Fora quando passava finais de semana e férias na cidade. Tinha o hábito de ir com meus primos ao Palace e ao Excelsior quando era adolescente. Eram muitos lançamentos, mas também filmes de arte, europeus. Mesmo com todas as mudanças, continuo achando um dos melhores programas do mundo ir ao cinema”, recorda.

_____________________

Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 26/06/2016

Link: http://www.tribunademinas.com.br/instituto-dos-eua-doa-antigenos-para-ufjf/

Instituto dos EUA doa antígenos para UFJF

A Universidade Federal de Juiz de Fora realiza uma parceria inédita na Zona da Mata com o Instituto de Pesquisas em Doenças Infecciosas (Idri) de Seattle, nos Estados Unidos. O acordo prevê a doação de antígenos por parte da instituição norteamericana para pesquisas sobre doenças, como a leishmaniose e hanseníase, pelo Laboratório de Imunologia do Instituto de Ciências Biológicas da UFJF. Antígenos são substância que, ao entrarem em um organismo, são capazes de iniciar uma resposta imune. Apenas o Idri possui os antígenos que serão doados para
a UFJF.
Conforme o professor Henrique Teixeira, responsável pelo acordo entre o instituto estadunidense e a universidade brasileira, as substâncias são difíceis de conseguir sem ter esse tipo de convênio. O acordo estava em andamento desde o ano passado, mas só foi concluído em maio desse ano, com uma visita ao instituto feita pelo professor da UFJF. Os primeiros materiais fornecidos pelo Idri já foram entregues e serão usados pelo programa de doutorado em Imunologia e Doenças Infecto-Parasitárias do ICB. O projeto procura avaliar o diagnóstico da hanseníase na população de Juiz de Fora e Governador Valadares, especialmente entre pessoas que convivem com outras que
tenham a doença.
Segundo o professor, os antígenos doados pelo Idri são importantes para aprimorar o diagnóstico imunológico, baseado na detecção de anticorpos específicos, além de auxiliar na avaliação da atividade celular em resposta a esses antígenos. O estudo com esse material também ajuda no monitoramento da doença.
O Idri também já conta com outras colaborações no Brasil, como o Instituto Butantan, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Esta não é a primeira parceria entre a UFJF e instituições internacionais. O Departamento de Parasitologia, Microbiologia e Imunologia do ICB, por exemplo, também recebeu antígenos para pesquisas sobre diagnóstico da tuberculose do Centro Médico Universitário de Leiden (LUMC, Leiden), da Holanda. Já da Universidade de Marburg, da Alemanha, vieram materiais para trabalhos sobre a leishmaniose.

_____________________

Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Esportes

Data: 26/06/2016

Link: http://www.tribunademinas.com.br/paraquedas-e-tema-de-papo-na-faefid/

Paraquedas é tema de papo na Faefid

Nesta segunda-feira (27), a Faculdade de Educação Física e Desportos (Faefid) da UFJF recebe amantes de saltos esportivos para debater o paraquedismo em palestra agendada para as 17h no Anfiteatro da Faculdade, com entrada gratuita ao público interessado e sem necessidade de prévia inscrição. Um grupo de praticantes da modalidade em Juiz de Fora, SkydiveJF, será responsável por ministrar a discussão.
Durante a reunião haverá abordagem de pontos como as modalidades existentes, equipamentos necessários, custos e informações sobre o início da prática no esporte, caracterizado por saltos de lugares fixos ou de aeronaves com paraquedas para diminuir a velocidade de queda. O compartilhamento das informações no evento será direcionada tanto a iniciantes quanto aos praticantes ativos do paraquedismo na cidade e região.

_____________________

Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Vida Mais

Data: 26/06/2016

Link: http://www.tribunademinas.com.br/app-monitora-servico-de-transporte-escolar/

App monitora serviço de transporte escolar

Um aplicativo de celular desenvolvido em Juiz de Fora promete dar mais segurança aos estudantes que são levados à escola em vans e ônibus escolares. A ideia é que os responsáveis pelos alunos sejam informados sobre tudo o que acontece com o veículo e com as crianças no trajeto casa/escola e escola/casa. O TrackSchool está em fase final de testes e deve estar disponível a partir de agosto, primeiro em Juiz de Fora, e depois em qualquer cidade do país. O aplicativo propõe que os veículos e motoristas sejam cadastrados no sistema e que as crianças e adolescentes usem uma pequena antena transmissora, que pode estar em uma pulseira ou em um cartão levado no bolso. Por radiofrequência, este equipamento se conecta ao celular do motorista e envia, em tempo real, informações sobre trajeto da van, velocidade do veículo, se o motorista ficou muito tempo parado em algum local, se o estudante desembarcou na escola, entre outros dados. Já os pais podem acompanhar tudo pelo próprio celular.
“A plataforma monitora oito variáveis. Qualquer evento inesperado gera um aviso no celular do pai da criança, sem que o motorista precise fazer qualquer comando. É tudo automático. É uma forma de o motorista dar transparência ao serviço e fidelizar os pais. Fizemos uma pesquisa com os motoristas, e a receptividade foi muito boa”, explica o criador do TrackSchool, Júlio Almeida. A ideia é que o aplicativo seja usado tanto no transporte escolar público quanto no privado.
O projeto está sendo desenvolvido por uma startup em processo de encubação pelo Centro Regional de Inovação e Transferência de Tecnologia (Critt), da UFJF. Nesta segunda (27), a empresa participa do Sebrae Like a Boss 1 UP, uma competição em formato de game que vai escolher a melhor startup da Zona da Mata. Na próxima quintafeira,
o TrackSchool participa do Bloom Business Technology, programa de Desenvolvimento Estratégico de Empresas Incubadas, promovido pelo Sebrae Minas em parceria com o Wylinka, a Rede Mineira de Inovação e o Governo de Minas.

Segurança
O debate sobre segurança no transporte escolar ganha destaque diante da denúncia de trabalhadores do setor. Em audiência pública na Câmara Municipal na última quinta, o presidente do Sindicato do Transporte Escolar (Sintejur), Nilton Oliveira, afirmou que existem hoje cerca de 200 pessoas realizando o transporte de estudantes de forma irregular. Desse número, o chefe da fiscalização da Settra, Paulo Perón, apontou que 80 placas de veículos já foram identificadas pela secretaria, a partir das denúncias feitas pela própria categoria.
Em Juiz de Fora, um projeto de lei da vereadora Ana Rossignoli prevê a obrigatoriedade de instalação de rastreadores GPS nos veículos de transporte escolar. “A instalação dos rastreadores visa tão somente contribuir com a segurança e a integridade das crianças transportadas e do motorista, servindo, através da conexão de dados móvel, controlar a localização, a velocidade e o itinerário do veículo, como ferramenta eficaz para o combate às irregularidades no transporte escolar”, justifica a vereadora em seu projeto de lei.
A instalação do GPS passaria a ser obrigatória para a emissão da licença de permissão dos novos veículos ou renovação dos antigos. Se aprovada a lei, o custo da instalação e manutenção do equipamento ocorrerá por conta do proprietário do veículo.

_____________________

Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 27/06/2016

Link: http://www.tribunademinas.com.br/alunos-da-odonto-fazem-protesto-contra-assedio/

Alunos da Odonto fazem protesto contra assédio

Alunos e alunas da Faculdade de Odontologia da UFJF marcaram para esta terça-feira, ao meio-dia, uma manifestação de apoio à estudante de 23 anos que denunciou um professor do curso, 61 anos, de assédio sexual e agressão. O ato irá acontecer na entrada da faculdade, no campus universitário. Conforme os alunos que estão organizando o ato, que preferem ficar no anonimato por medo de retaliação, a estimativa, até ontem, era que 130
estudantes participassem do movimento, mas o número de adeptos poderia crescer. “Não é a primeira vez que há relatos deste tipo contra o professor suspeito. É uma situação que se repete, com casos de humilhação contra estudantes e até pacientes. O protesto é para mostrar apoio à aluna que rompeu o silêncio e para que os responsáveis não deixem o episódio na impunidade”, afirmou um dos organizadores, acrescentando que se trata de um ato independente e com iniciativa dos alunos da faculdade.
Para o ato, a organização solicita aos participantes que levem cartazes, apitos e usem roupas pretas. “O nosso objetivo é fazer um apitaço, colocar cartazes pela faculdade, já que não toleraremos mais novos casos de assédio”, disse o organizador.
Na última quinta-feira, a universitária, que está no último período, denunciou à direção da instituição que teria sido trancada em uma sala reservada, onde o docente a teria agarrado pelos braços e a forçado contra a parede, ocasião na qual ele teria dito que a jovem era uma reles acadêmica e que ela não teria lugar entre doutores. A estudante ainda foi ameaçada de reprovação no curso. A aluna também denunciou ter sido assediada pelo suspeito, quando estava no quinto período e que tinha conhecimento de que o ele assedia outras alunas. Segundo ela, os casos nunca foram denunciados anteriormente porque o professor dizia que ela não se formaria.
Uma comissão de sindicância foi constituída pela direção da Faculdade de Odontologia para apurar a denúncia formalizada pela estudante. Segundo a assessoria de comunicação da UFJF, os trabalhos da sindicância tiveram início nesta segunda (27). Todavia, conforme o órgão, as atividades irão ocorrer em sigilo. A universidade só irá se posicionar a respeito da investigação quando a mesma for concluída.

_____________________

Veículo: G1

Editoria: Zona da Mata-MG

Data: 27/06/2016

Link: http://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2016/06/site-desenvolvido-pela-ufjf-ajuda-no-controle-do-consumo-de-alcool.html

Site desenvolvido pela UFJF ajuda no controle do consumo de álcool

O site “Álcool e Saúde”, desenvolvido na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), busca ajudar no controle e redução do consumo de bebidas alcoólicas por meio de acompanhamento gratuito e personalizado.

Após acessar o site, é preciso responder algumas perguntas. Os interessados em participar do programa receberão um plano para guiar as próximas ações para deixar de beber ou reduzir o consumo.

A ferramenta foi desenvolvida pelo Centro de Referência em Pesquisa, Intervenção e Avaliação em Álcool e Outras Drogas (Crepeia), em parceria com o Departamento de Ciência da Computação da UFJF.

“As pessoas podem avaliar o consumo baseado na idade e nas características do tipo de bebida que ela consome, e receber um retorno e um resultado personalizado”, disse o pesquisador e responsável pelo projeto, Leonardo Martins.

O projeto é voltado para qualquer pessoa que consome álcool, não apenas por dependentes ou usuários crônicos. O portal, produzido no mesmo formato do programa “Viva sem tabaco”, lançado em maio deste ano.

As informações e ferramentas online tiveram como base guias clínicos reconhecidos internacionalmente, além de contarem com resultados de pesquisas anteriores, consulta aos especialistas da área, assim como avaliação do público-alvo.

“O sistema monta informações de qualidade, recomenda estratégias que apresentam eficácias em termos de estudos científicos, mostrando que aquelas informações podem ajudar a pessoa a diminuir o consumo”, explicou o pesquisador.