1ª Bienal do Livro de Juiz de Fora (Foto: Alexandre Dornelas)

Márcio Guerra: “Essas histórias (das pessoas que fazem muito pelo município) não podem ser desconhecidas na cidade, não podem se perder no caminho” (Foto: Alexandre Dornelas)

Em tempos de novas tecnologias, há quem não troque por nada aquele amigo de papel, cabeceira, aquele livro que carregamos para cima e para baixo. São muitos que movidos por essa paixão, resolvem se aventurar nesse mundo chamado literatura. Na tarde de sábado, dia 18, a mesa “Novos caminhos, escritores novos” falou sobre os desafios dos novos escritores na 1ª Bienal do Livro de Juiz de Fora.

A mesa, conduzida pelo escritor e editor André Luiz Gama, contou com a presença do diretor de Imagem Institucional da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Márcio Guerra, dos integrantes da Academia Juizforana de Letras, Ismair Zaghetto, da escritora Maria Helena Sleutjes, da blogueira Mariana Ornellas, e do escritor Alexandre Hill.

A importância de se contar as histórias da cidade foi um dos pontos destacados por  Márcio Guerra. Autor dos livros “Mário Helênio” e “Mosaico”, Guerra ressaltou que em sua produção literária busca contar histórias de Juiz de Fora, seus bairros e pessoas que fizeram coisas importantes pelo município. “Essas histórias não podem ser desconhecidas na cidade, não podem se perder no caminho.” Ao falar sobre o evento, destacou a importância para os novos escritores: “A Bienal incentiva os novos escritores, traz às pessoas a vontade de transformar seus sonhos no desejo de produzir e contar uma história”.

Já André Luiz Gama afirmou que juntar pessoas que gostam de literatura, seja em encontros ou pela internet contribui com o surgimento de novos autores. O grupo “Café com Poesia e Arte” é um desses exemplos. Maria Helena Sleutjes coordena o grupo e foi categórica ao dizer que há muito tempo Juiz de Fora merecia um evento desse tipo: “Livros, leitura e escritor precisam ser amparados e incentivados, por isso que estamos hoje aqui nessa primeira Bienal do Livro, a cidade merecia isso com toda certeza”.

Blogs

A blogueira Mariane Ornellas, destacou a importância dos blogs para os novos autores. Segundo ela, os blogs literários incentivam novos escritores e os ajudam a divulgar seu trabalho: “É engraçado, pois o blog reúne os novos leitores, que estão entrando agora nesse mundo e também traz os leitores mais antigos, que já têm essa paixão pela literatura”. Alexandre Hill, enfatizou a importância dos novos escritores irem atrás de meios para realizarem seus projetos e não dependerem apenas de financiamentos públicos. “Nós temos que fazer por nós mesmos, varrer nosso quintal, varrer nossa calçada. Primeiro, descubra a paixão de ler e depois as coisas acontecem naturalmente.”

O jornalista e sociólogo Ismair Zaghetto contou estar feliz em saber que hoje existem tantas ferramentas à disposição dos novos escritores e que estas possibilitam que se abram as portas para que se coloquem os sonhos para fora: “Bom saber que temos tantas ferramentas hoje. Sou da época que alguém lançar um livro aqui em Juiz de Fora era um grande acontecimento.” Zaghetto concluiu sua participação comovido, incentivando a todos que continuem amando os livros: “Estou emocionado por ver que lá fora tem uma multidão, que outras bienais venham pela frente”.

A bienal termina neste domingo, mas ainda há muitas opções para toda a família. Confira a programação completa do último dia da 1º Bienal do Livro de Juiz de Fora