Dedicada a conversar sobre fenômenos da comunicação – considerando não somente a perspectiva humana, como também a das máquinas –, a série on-line Traduções estreia o episódio “Animismos digitais”. O objetivo do encontro é discutir as possibilidades e as narrativas criadas a partir da utilização de tecnologias digitais por comunidades tradicionais indígenas. O bate-papo acontece nesta quinta-feira, 25, às 17h30, e será transmitido ao vivo pelo Youtube.
A série é idealizada pelos pesquisadores associados do Programa de Pós-graduação em Comunicação (PPGCom) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Evandro Medeiros e Lara Linhalis. “Neste novo episódio, conversaremos com os convidados sobre como parte dos povos indígenas tradicionais enxerga suas relações com as máquinas, uma vez que compreendem a condição humana de forma compartilhada. Também abordaremos de que forma a apropriação de meios digitais tornou possível, para comunidades indígenas e seus integrantes, a criação de narrativas autônomas, transmitidas sem o intermédio de terceiros, como comunicadores ocidentais, por exemplo”, adianta Medeiros.
Os convidados para o episódio são o jornalista Eric Marky Terena, um dos idealizadores do Mídia Índia, e o pesquisador e professor da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Thiago Franco. A série “Traduções” é fruto da parceria do Núcleo de Jornalismo e Audiovisual (NJA), da UFJF, com o Observatório Jornalismo(S), da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). A primeira temporada está disponível on-line na íntegra, no canal oficial do projeto Jornalismos no Youtube. A coordenadora do NJA e do PPGCom-UFJF, Iluska Coutinho, é uma das convidadas de bate-papos anteriores.
“Entendemos a função de um comunicador como a de um tradutor; e a nossa tradução se faz, o tempo todo, por meio de ‘gambiarras’. Essas gambiarras são os arranjos e rearranjos que possibilitam que o processo da comunicação aconteça, se renove e se transforme”, define Lara Linhares. “Com a série ‘Traduções’, queremos compreender de que forma acontecem essas gambiarras, ou seja, essas experimentações – e como conseguem ligar, pela tecnologia e pela linguagem, a comunicação à outras áreas”, complementa Evandro Medeiros.
Outras informações:
Episódio “Animismos digitais”