Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 16/08/2020
Título: Qualificação e preconceito desafiam empregabilidade LGBTQIA+
Em um cenário de crise econômica intensificada pela pandemia do coronavírus, com o fechamento do comércio não-essencial e a paralisação de serviços, aumentaram os desafios para se conseguir um emprego ou manter-se empregado no Brasil. Para as pessoas LGBTQIA+, que já enfrentam obstáculos para obter formação escolar e profissional e se colocar no mercado de trabalho, o quadro atual agravou a busca por empregabilidade, visto que muitas dessas pessoas têm trabalhos informais, em espaços artísticos e em serviços voltados para o entretenimento, que não estão funcionando desde março. O tema foi assunto do quarto dia de atividades da IV Semana Rainbow da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em uma discussão que permeou a falta de políticas públicas robustas e integradas para a geração de emprego e renda para esta população.
A psicóloga, comunicadora, artista plástica, ativista trans e diretora de empregabilidade e qualidade da Câmara de Comércio LGBT, Fe Maidel, foi uma das convidadas para a roda de conversa “Empregabilidade LGBTQIA+, olhares para o futuro”. À Tribuna, ela falou sobre os principais gargalos para que as pessoas LGBTQIA+ consigam uma colocação e a falta de perspectiva para a geração de postos de trabalho, muito em decorrência do alto número de desempregados no Brasil, que era de 12,4 milhões até o fim de junho. “Estamos desguarnecidos de políticas públicas. Então, o que acaba acontecendo é que a população LGBTQIA+, que antes da pandemia tinha como meio de sobrevivência fazer pequenos trabalhos, como freelancers, ou na carreira artística, se vê alijada desses meios e se vê sujeita aos dessabores das coisas”, diz Fe.
Para exemplificar essa situação, ela cita os trabalhares de boates, casas noturnas e teatros, que participavam como ajudantes, camareiros ou em qualquer outro posto dentro dessas estruturas, que se viram sem ter com o que contar desde março. “Muitos não conseguiram acesso nem ao auxílio emergencial. Se pensarmos friamente, não é só a população LGBTQIA+ que passa por isso, mas as populações periféricas estão em situação muito semelhante.”
Com a pandemia, a vulnerabilidade social desta população ficou ainda maior. Há quem não têm onde morar, o que comer, assim como há muitos LGBTQIA+ sendo expulsos de casa. “A pandemia acirrou os humores de tal forma que as pessoas começam a discutir por nada. Chega até mim casos de pessoas que não aguentam mais ficar em casa e não têm para onde ir, não têm trabalho.”
Para ela, a principal demanda é a criação de políticas públicas que revigorem os setores da economia que foram prejudicados com a pandemia e que geravam renda para muitas pessoas LGBTQIA+. “O que fazer? Infelizmente, não tenho soluções, não tenho nada que não esbarre no poder público. A economia se molda da base da pirâmide para cima. Se o pequeno tem trabalho e tem uma pequena renda, ele começa a alimentar a economia local, e isso começa a se movimentar”, diz, sobre a necessidade de reabilitar esses empregos.
‘Acesso a formação é o primeiro obstáculo’, diz pesquisador
O professor Anderson Ferrari, um dos coordenadores do Grupo de Estudos e Pesquisas pesquisas em Gênero, Sexualidade, Educação e Diversidade (Gesed) da UFJF, corrobora que a empregabilidade é o grande desafio da população LGBTQIA+, por vários fatores que se somam. Para ele, a luta por cidadania, que passa pela necessidade de emprego e de acesso à educação, permeia essa discussão. “O emprego diz muito mais do que uma carteira assinada e um salário no final do mês. Diz de um pertencimento e de uma ideia de cidadania fundamental para todo mundo.”
Nesse sentido, o primeiro obstáculo a ser vencido para melhorar a empregabilidade passa pelo processo de formação, que afeta diretamente a comunidade. “Não só as escolas, mas as faculdades, são ambientes muito difíceis para algumas pessoas. Acontece um processo de expulsão da população LGBTQIA+ dos bancos escolares e da universidade. Não podemos dizer que elas evadem. Elas são expulsas por processos de violência e agressões que vivenciam”, destaca Ferrari. As escolas não estão preparadas, conforme o professor, para discutir essas questões e trabalhar com a diversidade.
Desse modo, para reverter o problema, é preciso encontrar meios de manter a população LGBTQIA+ dentro dos quadros de formação, tanto escolar, quanto profissional, técnico e acadêmico. Havia algumas iniciativas voltadas para essa necessidade, segundo o professor, como cursos voltados para a profissionalização de pessoas trans ou travestis, mas eles foram suspensos antes mesmo da pandemia. Com a Covid-19, entretanto, o acesso à formação ficou ainda mais prejudicado, porque muitas pessoas dentro da população LGBTQIA+ não têm acesso aos mecanismos básicos para acompanhar o ensino remoto.
Ainda não é possível, segundo Anderson, prever quais serão as consequências ao fim da pandemia. “Se vai afetar a população de forma geral, a tendência é afetar de maneira mais cruel a comunidade LGBTQIA+. É difícil para uma pessoa trans conseguir emprego, mesmo com o nome social. Para a pessoa travesti também é muito difícil. Nossas escolhas ainda estão muito baseadas em um modelo heteronormativo, que afasta qualquer um que se distância disso”.
Mudança no olhar
Para os especialistas, uma importante mudança que precisa acontecer é na visão cultural do todo. “As pessoas LGBTQIA+ não são vistas como humanas. Enquanto for assim, elas serão vistas como aquelas que precisam ter menos direitos, menos chances. É preciso inverter isso”, destaca o professor Anderson Ferrari. Esse entendimento passa pela base da concepção do Movimento LGBTQIA+, do século passado, como reforça o pesquisador. Entretanto, ainda há a necessidade de desconstruir as imagens negativas da comunidade e construir imagens positivas, problema que atinge a todos os grupos da sigla em algum grau, em alguns casos, em níveis mais elevados, como pode ocorrer com as pessoas trans e travestis.
Falta, então, uma ação integrada, robusta, que não seja isolada no contexto social, mas que modifique toda a estrutura cultural que ainda sustenta as relações de trabalho. Para Ferrari, ainda é fundamental modificar a mentalidade das pessoas. “É preciso ter uma mudança cultural, que passa por um processo educativo, de investimento do governo. As empresas que contratam pessoas LGBTQIA+ precisam ter apoio. Deve ser construído um vínculo entre o governo e movimento social que facilite essa empregabilidade.”
Outra possibilidade é a busca por formas de oferecer capacitação profissional, por meio de uma aproximação com as empresas. Mas, para ele, falta colocar em pauta a discussão para os governos com um tratamento mais adequado de empregabilidade para a população LGBTQIA+. Formação e investimento precisam caminhar juntos, uma não anda sem a outra, frisa Anderson.
Soluções econômicas
Fe Maidel pontua ainda que essa mudança no olhar pode colaborar para que haja soluções econômicas que vão beneficiar, inclusive, todo o cenário. “Em um momento como esse, é muito importante que a gente pense que pessoas encaradas como diferentes ou fora do padrão podem guardar soluções de trabalho e econômicas que você pode desconhecer. Quando uma pessoa se propõe a contar para todo mundo quem ela é, como sente – e isso é uma questão base da população LGBTQIA+, ela guarda dentro dela as sementes do criativo.” Essa característica, segundo a psicóloga, dota de muita força e coragem as pessoas que fazem parte dessa população. “Proponho uma mudança de olhar e percepção para essas pessoas, porque elas podem ajudar a alavancar muitos negócios.”
Empresa local busca equipe plural para criar ambiente receptivo
Um exemplo de estabelecimento local que contribui para ampliar a empregabilidade da população LGBTQIA+ é o bar Birosca. A contratação de pessoas LGBTQIA+ no estabelecimento se deu de maneira muito natural, conforme um dos proprietários, Thiago Venâncio, que também atua como gerente. De acordo com ele, sempre houve a preocupação de criar um ambiente receptivo e que abrace o universo LGBTQIA+, pois, para ele, um espaço que acolhe a diversidade pode atender a todos.
Por conta dessa preocupação, Thiago explica que o estabelecimento acaba atraindo pessoas LGBTQIA+ interessadas em trabalho, por deixá-las à vontade. “Atualmente, boa parte do nosso quadro de funcionários é LGBTQIA+, e isso nem é um critério na hora da contratação. Assim, a gente vai formando boas equipes de trabalho, com a tendência a serem mais abertas à diferença.” Para o empresário, quanto mais plural for a equipe e o ambiente, mais vivências e visões de mundo eles terão. “Além de ser o mínimo aceitável, acredito que isso só faça a empresa crescer.”
Empreender
Para aqueles que buscam criar um negócio próprio, outro caminho possível, que também foi mostrado durante a Semana Rainbow da UFJF, é a possibilidade de empreender. Independente do segmento, a modalidade tem ajudado a pessoas LGBTQIA+ a gerar emprego e renda. De acordo com o analista Paulo Veríssimo, oferecer ferramentas para que as pessoas possam constituir seus negócios e serviços também é uma forma importante de promover a empregabilidade.
Com o comércio digital, hoje há inúmeras questões que precisam ser pensadas, antes de abrir um negócio. Planejamento, pesquisa de mercado, estabelecer a rede de fornecedores e cálculo de riscos são as premissas básicas para qualquer empreendedor. “Há segmentos que independente da pandemia ou não, têm crescido, então, identificando as oportunidades é possível pensar em bons negócios. O empreendedor LGBTQIA+ precisa ter esse olhar, com base na informação.” Ele ainda pontua que o Sebrae recebe e orienta empreendedores por meio de seus canais digitais e também em atendimento presencial com horário marcado.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Painel
Data: 17/08/2020
Título: Respiradores doados pela Fiemg vão para hospitais e municípios mineiros
UFJF participa de projeto para fabricação de equipamentos de combate à Covid
A Universidade Federal de Juiz de Fora é uma das participantes do projeto Fasten Vita, do Instituto de Ciência e Tecnologia – Inesc PY&D Brasil, para ofertar, de forma voluntária, produtos de fabricação rápida para o enfrentamento do coronavírus.
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Veículo: G1 Zona da Mata
Editoria: Notícia
Data: 17/08/2020
Título: UFJF abre vagas para cursos de mestrado e doutorado em Economia
O Programa de Pós-graduação em Economia (PPGE) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) divulgou editais para os cursos de Mestrado e Doutorado na faculdade, com início em 2021. As inscrições já estão abertas e são feitas pela internet.
Confira as informações:
Mestrado
As inscrições para o curso de Mestrado podem ser feitas até o dia 30 de setembro, pelo site da Associação Nacional de Centros de Pós-graduação em Economia (Anpec). Veja o edital.
A taxa de inscrição é de R$ 400, se o pagamento for feito entre 20 de julho e 31 de agosto. Já aqueles que realizarem o pagamento entre 1 e 30 de setembro, o preço é R$ 450.
Segundo a UFJF, a seleção será realizada em etapa única, através de um exame aplicado pela Anpec. São ofertadas 20 vagas.
O site da Associação também conta com o programa e bibliografias das provas, que serão aplicadas nos dias 21 e 22 de outubro, nos horários estabelecidos no Manual do Candidato.
Os resultados das provas objetivas serão divulgados no dia 16 de novembro, às 14h, no Portal do Candidato.
Já no dia 11 de dezembro, às 18h, será divulgado o resultado definitivo, com a lista nominal, ordenada por classificação, com atribuição das notas de cada candidato. As informações poderão ser conferidas no site do PPGE.
Doutorado
Para o curso de Doutorado, as inscrições podem ser feitas até as 23h45 do dia 18 de agosto, preenchendo um formulário de inscrição e o submetendo juntamente aos documentos pedidos no edital, por meio da plataforma Siga.
O resultado do deferimento das inscrições será divulgado no dia 20 de novembro, no site do Programa.
A seleção será feita em quatro etapas, sendo elas prova escrita, proposta fundamentada de pesquisa, arguição oral e análise de curriculum vitae.
Segundo a Universidade, a não realização de quaisquer etapas do processo de seleção ocasiona a eliminação do candidato.
A UFJF informa, também, que a prova escrita consiste na realização do Exame Nacional de Seleção da Anpec, que, neste ano, será realizada na forma remota, e terá caráter classificatório e eliminatório. As informações sobre o exame podem ser acessadas pelo site da Associação.
São oferecidas 15 vagas, sendo duas destinadas à candidatos estrangeiros, que tiverem avaliação condizente com os critérios estabelecidos.
O resultado final será divulgado no site do PPGE, às 18h do dia 18 de dezembro.
No caso de dúvidas, o contato deve ser feito pelos números (32) 2102-3543 ou (32) 2102-3554.
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Veículo: Diário do Aço
Editoria: Cidade
Data: 17/08/2020
Link: https://www.diariodoaco.com.br/noticia/0081274-escolas-focam-no-plano-de-atendimento-2021
Título: Escolas focam no Plano de Atendimento 2021
TEXTO NÃO COPIÁVEL
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Veículo: G1 Zona da Mata
Editoria: Notícia
Data: 18/08/2020
Link: https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2020/08/18/ufjf-aprova-data-para-inicio-do-ensino-remoto-emergencial-nos-cursos-de-graduacao.ghtml
Título: UFJF aprova data para início do ensino remoto emergencial nos cursos de graduação
A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) anunciou na noite desta terça-feira (18) o início do ensino remoto emergencial nos cursos de graduação para o dia 21 de setembro. A data foi aprovada durante reunião do Conselho Setorial de Graduação (Congrad).
No último sábado (15), o G1 mostrou que a instituição havia publicado a Resolução n° 33/2020, com o regulamento do ensino remoto emergencial. A retomada das atividades acadêmicas de forma não-presencial foi aprovada na quinta-feira (13) passada.
De acordo com a UFJF, a Administração Superior havia previsto o reinício das aulas online para 8 de setembro. No entanto, o cronograma após discussões de representantes dos segmentos estudantis e de professores, a maioria dos conselheiros votou pela nova data.
Com isso, o novo calendário acadêmico da UFJF, com todas as datas ajustadas, tem previsão para ser publicado nesta quarta-feira (19). Em março, a instituição suspendeu o calendário acadêmico de 2020 por tempo indeterminado após o avanço do novo coronavírus.
A Resolução n° 33/2020 do Conselho Superior (Consu) da UFJF prevê a realização do método de ensino nos cursos de graduação da instituição, em caráter excepcional, respeitando as orientações de proteção à saúde no contexto da pandemia de Covid-19.
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Veículo: G1 Zona da Mata
Editoria: Notícia
Data: 18/08/2020
Título: UFJF lança ações de inclusão digital para alunos de graduação e pós-graduação em Juiz de Fora
Nesta segunda-feira (17), a Pró-reitoria de Assistência Estudantil (Proae), da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), lançou três editais para a execução de ações de apoio social e inclusão digital em relação à suspensão das aulas presenciais na Universidade.
Por conta da pandemia do novo coronavírus, a UFJF aprovou a adoção do ensino remoto emergencial nos cursos de graduação.
Leia também: UFJF aprova ensino remoto emergencial na graduação
A UFJF informou que o investimento das ações é custeado através dos recursos do Programa Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes) e de recursos próprios da UFJF, e tem previsão de duração de seis a sete meses.
Confira as informações sobre os editais de Auxílio Digital Graduação, Auxílio Digital Pós-graduação e Auxílio Emergencial Graduação.
Auxílio Digital Graduação
Com valor de R$ 120 mensais, o Auxílio Digital Graduação é estabelecido pelo Edital nº 01/2020, e tem como objetivo minimizar os impactos referentes à permanência na educação pública, enquanto as atividades acadêmicas presenciais estiverem suspensas.
O valor pago ao aluno é destinado a contratação de serviços que permitam o acesso à internet através de rede fixa ou pacote de dados, a fim de manter o aluno com acesso às aulas.
Os inscritos precisam ter renda bruta familiar per capita mensal de até 1,5 salário mínimo, além de não participar do programa de conectividade oferecido pelo Ministério da Educação (MEC).
As inscrições são feitas por meio da plataforma Siga, clicando na opção “Siga 3”, até domingo (23). A opção “Auxílio de Inclusão Digital” estará disponível na aba “Assistência Estudantil”.
Segundo a UFJF, os estudantes que não participam do Programa de Bolsas e Auxílios da Pró-reitoria devem encaminhar a documentação exigida para avaliação socioeconômica para e-mails informados no edital.
O resultado final será divulgado no dia 8 de setembro, enquanto o final será liberado no dia 14, ambos no site da Proae.
Auxílio Digital Pós-graduação
Também oferecendo valor de R$ 120 por mês, o Auxílio Digital Pós-graduação é para estudantes regularmente matriculados e frequentando curso de pós-graduação presencial da UFJF, como mestrado ou doutorado. Clique aqui e confira o edital.
Assim como o Auxílio Digital Graduação, o valor oferecido ao aluno é destinado à contratação de serviços que permitam o acesso à internet.
Os alunos inscritos precisam apresentar renda bruta familiar per capita mensal de até 1,5 salário mínimo.
Além disso, o auxílio não pode ser oferecido a estudantes que recebam bolsas de órgãos de fomento, como da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), ou do Programa de Bolsa da UFJF.
Os interessados têm até domingo (23) para preencher um formulário online, além de encaminhar a documentação necessária para e-mails informados no edital.
O resultado final será divulgado no dia 8 de setembro, enquanto o final será liberado no dia 14, ambos no site da Proae.
Auxílio Emergencial Graduação
Oferecido por meio do Edital nº 03/2020, o Auxílio Emergencial Graduação disponibiliza o valor de R$ 200 para alunos que participem do Programa de Bolsas e Auxílios da Proae e apresentam renda bruta familiar per capita mensal de até meio salário mínimo.
A inscrição é feita pela plataforma Siga, clicando na opção “Siga 3”, até domingo (23). A opção “Auxílio de Inclusão Digital” estará disponível na aba “Assistência Estudantil”.
Segundo a UFJF, os alunos inscritos não precisam enviar nova documentação, por já serem cadastrados no Programa de Bolsas e Auxílios da Proae.
O resultado parcial será divulgado no dia 31 de agosto, enquanto o final será liberado em 8 de setembro, no site da Proae.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 18/08/2020
Título: UFJF publica editais de auxílio para inclusão digital dos aluno
A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) lançou editais com auxílios para estudantes de graduação e da pós-graduação com o objetivo de fomentar o apoio social e a inclusão digital na instituição. As medidas visam a diminuir o impacto da pandemia de coronavírus e dar condições aos estudantes de permanência na educação pública por meio do ensino remoto emergencial, enquanto as atividades acadêmicas presenciais estiverem suspensas.
Os três editais estão disponíveis na página da Pró-Reitoria de Assistência Estudantil (Proae). O primeiro disponibiliza R$ 120 mensais para viabilizar a contratação de serviços de rede fixa ou de pacote de dados para estudantes de cursos de graduação, cuja renda mensal per capita não ultrapasse 1,5 salário mínimo. Além disso, o discente também não pode participar do programa de conectividade oferecido pelo Ministério da Educação (MEC).
Já os estudantes de cursos de pós-graduação stricto sensu – mestrado ou doutorado – que também correspondem ao critério de renda e que não recebem bolsas de órgãos de fomento, podem solicitar o auxílio de R$ 120 para a contratação de serviços de acesso à internet fixa ou de pacote de dados.
Por fim, além das duas modalidades, há um terceiro auxílio previsto, também voltado para os estudantes de graduação, mas direcionado para os que são contemplados por programas de bolsas e auxílios da Proae e apresentam renda bruta per capita mensal de até 0,5 salário mínimo. Esse grupo pode ter acesso ao auxílio de R$ 200. As regras e os prazos também podem ser conferidos no site da Proae.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 18/08/2020
Título: Aulas remotas na UFJF começam em 21 de setembro
Foi aprovado, nesta terça-feira (18), pelo Conselho Setorial de Graduação (Congrad) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), a data para o início do ensino remoto emergencial nos cursos de graduação. A retomada das atividades acadêmicas de forma não-presencial será iniciada em 21 de setembro. O novo calendário acadêmico, com todas as datas ajustadas, tem previsão para ser publicado nesta quarta (19).
Conforme a UFJF, a Administração Superior havia previsto o reinício das aulas on-line para 8 de setembro, uma vez que a universidade já teria condição de oferecer o ensino remoto emergencial, prevendo estarem prontas as plataformas e as capacitações. No entanto, o cronograma para início das atividades acadêmicas foi amplamente discutido por representantes dos segmentos estudantis e docentes no Congrad, tanto do campus-sede quanto do campus avançado de Governador Valadares, e a maioria dos conselheiros votou pela nova data.
De acordo com a Resolução n° 33/2020 do Conselho Superior (Consu) da UFJF, a realização do método de ensino nos cursos de graduação da instituição, em caráter excepcional, seguem as orientações de proteção à saúde no contexto da pandemia de Covid-19.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 18/08/2020
Título: Infraestrutura para volta às aulas presenciais é desafio para UFJF
Durante participação em debate, promovido pela Rádio CBN de Juiz de Fora, nesta terça, o reitor da UFJF, Marcus David, afirmou que investimentos em infraestrutura serão necessários para a volta às aulas presenciais. Segundo ele, um dos maiores desafios será esse retorno de forma segura e com garantia de qualidade de ensino. Marcus David, que é vice-presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), afirmou que a associação vai entregar relatório acerca do ensino remoto – com início em 21 de setembro – e sobre a adoção de medidas para as atividades presenciais.
“Temos clareza e consciência de que não vamos poder operar com o volume de estudantes que nós operamos. Quando a universidade anunciar o início da aula presencial, vai gerar um movimento de mobilidade estudantil muito grande. A quantidade de pessoas de fora de Juiz de Fora que teria que vir para o município ou para Governador Valadares, onde está o nosso outro campus, traz todo um risco nesse momento atual ainda na pandemia”, ressaltou.
Ele pontua que a questão da aglomeração de estudantes no campus, apesar de grande, resulta em preocupação. “São 20 mil pessoas aqui dentro convivendo. Nós não vamos poder ter a prática do restaurante universitário da forma que sempre funcionou, as alternativas de alimentação de estudante, então, se tornam mais caras. Esse autosserviço que há nos restaurantes tem que ser substituído por outras formas de prática. Então, vamos ter um desafio, teremos que mexer em infraestrutura, mexer em infraestrutura de ambiente, dividir ambientes e colocar protetores”, adverte.
Em razão desses investimentos, a universidade requer aporte orçamentário. Todavia, atravessa um momento de cortes de verbas. “Esse é o momento em que nós demandaríamos investimentos adicionais para enfrentar essa crise, que, certamente, é o que nos espera no início do próximo ano. Nós não poderemos fazer isso com redução de orçamento. Se assim fizermos, as universidades, a educação pública de um modo geral, básica e superior, não terá condição de continuar mantendo a oferta no nível em que oferece, para o volume de atendimento que presta e, principalmente, a fim de manter a qualidade que temos”.
Marcus David assinalou que todas as universidades federais já estão com seus processos de trabalho remoto em funcionamento ou em vias de funcionamento. “De um modo geral, as universidades trabalharam com duas preocupações: de não abrir mão da qualidade e da inclusão dos estudantes. Ontem (segunda-feira), o Governo federal anunciou um programa que oferece conectividade para uma parcela do segmento dos estudantes das universidades e institutos federais. Em um primeiro momento, será para aquele grupo que apresenta faixa de renda familiar per capita igual ou inferior a 0,5 do salário mínimo. Então já é uma contribuição importante do Ministério da Educação, mas reconhecemos que ainda é abaixo da nossa necessidade.”
Perspectivas para 2021
Além de Marcus David, também participaram do debate, cujo tema era “O fim do ano letivo e perspectivas para 2021”, os reitores Demetrius da Silva, da Universidade Federal de Viçosa (UFV); e Marcelo Pereira Andrade, da Universidade Federal de São João del Rei (UFSJ).
Para Marcus David, os desafios enfrentados durante a pandemia podem ser explicados pela dimensão das universidades federais, que contam com mais de 1,2 milhão de alunos em todo o país. Como exemplo, ele citou a Federal de Juiz de Fora, que, atualmente, tem um total de 22 mil alunos entre graduação e pós-graduação, 3.200 servidores entre professores e técnicos administrativos, além de mais uma equipe de trabalhadores terceirizados, além dos trabalhadores da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).
Segundo Demetrius da Silva, da UFV, a instituição conta com cerca de 21 mil estudantes, considerando desde o ensino médio federal, passando pelo técnico, graduação e pós-graduação. “Temos, atualmente, cerca de 1.300 professores, 2.300 técnicos administrativos e 500 servidores terceirizadas. Temos 76 cursos de graduação em todas as áreas do conhecimento, 50 programas de pós-graduação, que também contemplam todas as áreas de conhecimento, e vivenciamos um momento extremamente complexo. Eu imaginava que viveríamos essas dificuldades, mas não tanto”, ressaltou Silva.
Ainda conforme ele, o grande desafio é manter a qualidade. “Isso é inegociável e, ao mesmo tempo, temos que continuar a ser inclusivos, porque não podemos, por meio das atividades remotas, excluir aquela parcela dos estudantes que tem maior vulnerabilidade socioeconômica e que sempre foi motivo de grande preocupação”.
Marcelo Pereira Andrade, da UFSJ, tem a mesma visão. Segundo ele, a UFSJ tem campi em São João del Rei, Congonhas, Ouro Branco, Divinópolis e Sete Lagoas. “O número de alunos matriculados em 2020 é de cerca de 16.160 estudantes entre graduação e pós-graduação, o que representa na graduação cerca de 13.000, 2.000 lato senso e 1.188 nos programas de stricto senso. Temos ainda 860 professores, 533 técnicos administrativos, e os nossos colaboradores terceirizados somam 466. Temos um orçamento maior que do município de São João Del Rei, mas a forte restrição orçamentária nos últimos anos é um grande desafio para nós. Ressalto que o princípio da universidade pública federal é manter a qualidade e a gratuidade a serviço do povo brasileiro.”
Para David, o longo período sem correções no orçamento das universidades aliado a cortes nominais no orçamento criou uma dificuldade de operação e de garantia da qualidade. “Manter a qualidade exige investimento, exige comprometimento da sociedade em aportar investimentos nessas instituições. Quando defendemos aportes maiores de recursos é porque temos a compreensão de que para o Brasil continuar se desenvolvendo, tanto do ponto de vista social, sendo capaz de garantir crescimento cultural e social, e também do ponto de vista econômico, porque as pesquisas desenvolvidas dentro das universidades são o que vão dar competitividade para nossas industrias quando se apropria dessa pesquisa por meio de inovação, temos a certeza de que se o Estado interromper esse investimento, está comprometendo não apenas o funcionamento imediato da instituição, mas o futuro da nação”, sentenciou.
O reitor Demetrius Silva observou que, ao longo deste tempo de crise, as instituições procuraram ganhar em eficiência, tentando utilizar da melhor maneira possível os recursos aportados para as universidades. “Só que chega um ponto que isso torna impossível avançar. Então, pensar em um corte linear de 18,02% como está se prevendo no projeto de lei orçamentária de 2021 é impossível, pois já estávamos estrangulados, porque temos uma série de despesas que aumentam ano após ano. Todas as universidades expandiram muito nos últimos tempos e, consequentemente, ainda temos uma série de consolidações por fazer, como cursos novos que foram criados, campi criados que ainda têm carências. Isso tudo torna a situação insustentável. Outra questão é que estamos na contramão do mundo. Todos os países desenvolvidos, em época de crise, é quando mais investem mais em ciência, tecnologia e inovação, que são as maneiras de sair fortalecido do período pós-crise.”
Na visão de Marcelo Pereira Andrade, o percentual de 18,02% de corte, para 2021, é uma verdadeira calamidade. “Porque é justamente agora que precisamos de bolsas para nossos alunos em vulnerabilidade socioeconômica, já que muitos deles as famílias foram acometidas por perda de emprego ou até mesmo de parentes, fazendo muitos deles se tornarem arrimo de família. Sem os programas de apoio estudantil, corremos um risco de a evasão ser ainda maior. Não porque os alunos não tenham interesse nos estudos, mas porque não terão condições de manutenção no curso, mesmo na universidade sendo pública”, destaca.