Pesquisa realizada na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, e publicada no Journal Plos Biology em outubro, desenvolveu uma lista atualizada com os 100 mil cientistas mais importantes em todo o mundo, o que corresponde a 2% do total. Entre os 600 cientistas de instituições brasileiras elencados está Ilya Shapiro, professor do Departamento de Física da UFJF. A pesquisa utilizou os dados de citações da plataforma Scopus, dividindo a posição dos cientistas em dois critérios: o impacto do pesquisador ao longo do tempo total de sua carreira e o seu impacto no ano de 2019

Foram utilizados o número de artigos e as citações feitas sobre as pesquisas como método de avaliação dos pesquisadores. De acordo com o documento, os cientistas foram classificados em 22 campos científicos e 176 subcampos e os dados ao longo da carreira foram atualizados até o final de 2019.

Ilya Shapiro atualmente estuda vários aspectos de cosmologia quântica – a tentativa da física teórica de desenvolver uma teoria quântica do universo. “Estou estudando a renormalização de termo de superfície em gravitação quântica conforme”, revela. Shapiro também faz parte do grupo de pesquisadores que estudam teoria quântica de campos no Departamento de Física da UFJF. Atualmente também desenvolve pesquisa com o renomado cosmólogo russo Alexei Starobinski. “Tentamos achar aplicações a inflação de termos ímpares no potencial de inflaton, tratando estes termos como correção pequena ao modelo do Starobinsky. O próprio Starobinsky participa neste trabalho”, lembra.

Ex-aluno da UFJF também compõe a lista

Marcus Vinícius de Souza, ex-aluno da UFJF e pesquisador na Fundação Oswaldo Cruz também aparece na lista. “Isso mostra que o Brasil apesar de suas adversidades produz conhecimento científico comparado com os grandes centros internacionais”, aponta. Souza estuda o desenvolvimento de novas substâncias – química medicinal – para o combate à Malária, Chagas, Leishmaniose e Tuberculose. “Tenho colaborações com diferentes pesquisadores da UFJF o que é motivo de grande satisfação e orgulho para mim. Resumindo eu saí da UFJF mas ela nunca saiu de mim”, conclui.