Veículo: Estadão 

Editoria: Política

Data: 10/07/2020

Link: https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,livro-discute-elo-entre-integralistas-e-a-nova-extrema-direita,70003359509

Título: “Livro discute elo entre integralistas e a nova extrema direita no Brasil”

Com a discussão sobre um possível flerte do presidente Jair Bolsonaro e de parte de seus apoiadores com o autoritarismo e o fascismo na ordem do dia, turbinada pelo inquérito que corre no Supremo Tribunal Federal (STF) para apurar a realização de atos considerados antidemocráticos, um novo livro dedicado ao integralismo promete esquentar ainda mais o debate sobre a questão.

Intitulado O Fascismo em Camisas Verdes – do Integralismo ao Neointegralismo, o livro vai além da história do movimento criado pelo político e escritor Plínio Salgado, em 1932, e procura relacioná-lo com o presidente, os bolsonaristas e os grupos de extrema direita que surgiram no País nos últimos anos.

Numa manobra arriscada, os historiadores Odilon Caldeira Neto e Leandro Pereira Gonçalves, professores da Universidade Federal de Juiz de Fora (MG) e autores de outros títulos sobre o tema, misturam acontecimentos longínquos, cuja análise é favorecida pela ação do tempo, com fatos atuais, cujos desdobramentos ainda estão por se revelar em toda a sua extensão.

Em nome da atualidade da obra, cujo lançamento da edição digital está marcado para a próxima terça-feira, eles resolveram encarar o desafio, mesmo sem ter o distanciamento que costuma permitir uma melhor compreensão dos acontecimentos históricos e do papel desempenhado por seus protagonistas.

Ao final, porém, podem ter chegado a conclusões precipitadas, ao concluir que Bolsonaro carrega os genes do integralismo e do fascismo, presentes também nos grupos neointegralistas. Mesmo levando em conta que, de um jeito ou de outro, Bolsonaro está participando do jogo democrático, eles o colocam na extrema-direita do espectro ideológico, lado a lado com os neointegralistas, defensores da mudança do regime, com a adoção do chamado Estado integral, formado por representantes de categorias profissionais, como pregava Plínio Salgado nos velhos tempos.

Para os autores do livro, Bolsonaro já deu diversas demonstrações ao longo de sua trajetória política que o afastam até do que eles classificam de direita radical e o aproximam dos integralistas e da extrema direita, como o apoio ao regime militar, o anticomunismo, o antidemocratismo e o conservadorismo na área de costumes. A crítica à “velha política”, presente em seu discurso de campanha e hoje deixada de lado, em razão da aliança firmada com o Centrão, é outro ponto que reforça, na visão dos autores, sua identificação com os integralistas em seus primórdios, quando se levantavam contra as forças políticas tradicionais.

É preciso levar em conta, porém, que a política econômica liberal praticada pelo ministro Paulo Guedes pouco ou nada tem a ver com o nacionalismo e o protecionismo defendidos pelos integralistas ou neointegralistas. São, aliás, motivo de rusgas com Bolsonaro. O mesmo se pode dizer em relação à aproximação do Brasil com os Estados Unidos e com Israel, promovida pelo atual governo, alvo de críticas contundentes dos neointegralistas. Ao contrário da maior parte dos grupos que reivindicam a herança do integralismo, que sempre cultivou um sentimento antissemita, principalmente as correntes mais identificadas com o advogado e escritor cearense Gustavo Barroso, Bolsonaro também, ao que se sabe, não costuma colocar os judeus como a razão de todos os males do mundo.

Hoje em dia, o termo fascismo perdeu muito de seu significado original. Os traços autoritários de Bolsonaro e de muitos de seus seguidores podem ser observados a olho nu. Provavelmente, as ideias e as posturas de Bolsonaro tenham pontos em comum com as dos integralistas. Agora, também há divergências, que o afastam do grupo. Carimbar o presidente como fascista pode ser compreensível no jogo político, por parte de seus adversários. Agora, do ponto de vista histórico, ainda é algo que está por se confirmar.

O Fascismo  em Camisas Verdes – do Integralismo ao Neointegralismo

Autores: Odilon Caldeira Neto e Leandro Pereira Gonçalves

Editora: FGV 

Páginas: 207

Preço: R$28 (e-book) e R$40 (edição impressa)

Lançamento: 14/7 (e-book)

— —

Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 10/07/2020

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/10-07-2020/projecao-aponta-para-quase-4-mil-casos-de-covid-19-em-jf-ate-proxima-sexta.html

Título: “Projeção aponta para quase 4 mil casos de Covid-19 em JF até próxima sexta”

Grupo de modelagem epidemiológica da UFJF também avaliou que cidade bateu novo recorde semanal, entre 28 de junho e 4 de julho, com mais de 600 novos casos

Juiz de Fora atingiu novo recorde de casos de Covid-19 em uma semana, de acordo com a Nota Técnica 6, divulgada pelo grupo de modelagem epidemiológica da Covid-19, formado por pesquisadores da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Conforme o documento, que tem como base os números contabilizados pela Prefeitura, no dia 20 de junho, Juiz de Fora tinha 1.258 casos confirmados e registrava 46 mortes em decorrência da doença. Estes números evoluíram para 2.244 e 63, respectivamente, no dia 4 de julho, representando aumentos de 78,4% e 37%. Na 27ª semana epidemiológica (28 de junho a 4 de julho), Juiz de Fora atingiu o recorde semanal desde o início da pandemia, com 626 novos casos.

Além disso, conforme os pesquisadores, pela primeira vez, a projeção do modelo subestimou o real número de casos confirmados. A inclinação da curva do número de casos confirmados foi maior que a prevista anteriormente, indicando uma mudança de regime. Na Nota Técnica 5, a previsão para o dia 4 de julho era de 1.817 casos. No entanto, nesta data, o município registou 2.244, uma diferença de 427 casos (23% a mais que o previsto).

Ainda são previstos 3.993 casos acumulados até 17 de julho, ou 1.749 novos casos desde 4 de julho.

Taxa de letalidade volta a subir

De acordo com os dados, os casos confirmados de Covid-19 em Juiz de Fora duplicaram em 16 dias – e, neste mesmo período de tempo, o número de óbitos aumentou 40%. No dia 18 de junho, o total de casos acumulados era de 1.108, e de mortes, 45; já no dia 4 de julho, eram 2.244 casos e 63 óbitos. Além disso, desde o dia 22 de junho, a taxa de letalidade não apresentava aumento, porém, nos dias 6 e 7 de julho, ela voltou a crescer, chegando a 2,9%.

Macrorregião e leitos

Os pesquisadores alertam que a Zona da Mata, refletindo a situação de Minas Gerais, passa por um momento de rápido aumento de número de casos. Entre as microrregiões que a compõem, a de Juiz de Fora ainda é, disparadamente, a que lidera o grupo em número de casos confirmados, seguida por Muriaé e Cataguases.

O grupo notou ainda um processo de aceleração das taxas de crescimento do número de casos acumulados em Juiz de Fora e na macrorregião Sudeste (que abrange Além Paraíba, Carangola, Juiz de Fora, Leopoldina/Cataguases, Lima Duarte, Muriaé, Santos Dumont, São João Nepomuceno/Bicas e Ubá), cerca de 3,6% para Juiz de Fora e de 4,7% para a macro Sudeste. “Essa aceleração se deu a partir da 25ª semana epidemiológica, ou seja, 14 a 20 de junho. Esse padrão de aceleração persiste no período de análise da nota que foi até 4 de julho”, analisa Isabel Leite, uma das autoras do documento. A taxa de crescimento do número de óbitos continua apresentando grande oscilação ao longo do tempo, tendo alcançado 11% em Juiz de Fora e 10% na macro Sudeste no dia 3 de julho.

As curvas de ocupação total de leitos de enfermaria e UTI no município apresentam crescimento constante, com pequenas oscilações. Segundo a nota, houve pequena queda no número médio de leitos ocupados, mas a tendência ainda é de crescimento. De acordo com Isabel, o padrão de crescimento de casos é mais expressivo do que o de ocupação de leitos, sugerindo que a maior parte dos infectados faz parte da população economicamente ativa, ou seja, mais jovem e, potencialmente, com menos comorbidades. “Consequentemente, os serviços de enfermaria e de UTI são menos utilizados por essa população. Dado bom para o sistema de saúde, mas não podemos esquecer o potencial dessas pessoas de disseminar o vírus, inclusive para os mais vulneráveis”, pontua.

Um indivíduo infectado pode produzir mais de um caso secundário

O Número de Reprodução Efetivo (Rt) indica a quantidade de casos secundários produzidos em média por um indivíduo com infectado, em uma população onde nem todos são suscetíveis. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, valores de Rt menores que 1 motram condições para que a pandemia esteja sob controle. O Rt estimado para Juiz de Fora alcançou o valor de 1,7 no dia 23 de junho, 1,6 no dia 3 de julho e era de 1,5 no dia 4 de julho. Quando considerados os dados da macro Sudeste como um todo, o Rt foi de 1,6 no dia 26 de junho e de 1,2 no dia 4 de julho.

“Considera-se, quando combinado com outros indicadores como o número de casos, número de óbitos, taxa de ocupação de leitos, por exemplo, que uma pandemia está sob controle quando o Rt é menor do que 1 de forma persistente”, explica Marcel Vieira, um dos integrantes do grupo e desenvolvedor da Plataforma JF Salvando Todos.

Os documentos são publicados nesta plataforma, que apresenta gráficos e estatísticas referentes sobre a Covid-19 referentes não apenas à cidade, mas a todas as regiões do Brasil.

— —

Veículo: Portal Onda Sul

Editoria: Saúde

Data: 11/07/2020

Link: https://www.portalondasul.com.br/governo-do-estado-habilita-laboratorios-e-amplia-testagem/

Título: “Governo do Estado habilita laboratórios e amplia testagem”

Em busca de melhores resultados no enfrentamento à covid-19, a  Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais ampliou em 1.177% a capacidade de testagem molecular (RT-PCR) e emissão de diagnóstico pela rede de saúde pública do estado.

Se em março – mês em que o estado declarou Situação de Emergência em Saúde Pública – eram feitos, em média, 77 testes por dia, conforme dados do Boletim Epidemiológico Especial n.12 (emitido pela SES-MG), em maio este número cresceu quatro vezes: foram realizados cerca de 311 exames, diariamente, pelos laboratórios públicos. Em junho a média diária saltou para 593 exames e até o meio de julho a expansão alcançou média de 984 exames por dia.

“A SES-MG conseguiu ampliar a capacidade da testagem por meio da habilitação de outros laboratórios públicos de pesquisa e diagnóstico para realização da testagem, em parceria com o Laboratório Central de Análises Clínicas e a ” Fundação Ezequiel Dias (Funed)”, explica a coordenadora estadual de Laboratórios e Pesquisa em Vigilância da SES-MG, Jaqueline Silva de Oliveira.

Até o momento, a rede de laboratórios do Estado realizou 44.083 testes moleculares. Outros 1.701 exames estão em análise. Com a iniciativa, a SES-MG descentralizou o diagnóstico da covid-19 e instituiu uma rede que atende à demanda regional para detecção do vírus por biologia molecular (RT-PCR).

Insumos

Levados em consideração os recursos próprios da SES-MG, o Estado ainda tem a capacidade de realizar mais exames. No entanto, para a ampliação, explica Jaqueline, “é necessário o abastecimento dos insumos da cadeia de diagnóstico molecular”. Segundo a coordenadora, os materiais são fornecidos ao governo estadual pelo Ministério da Saúde. A remessa que Minas Gerais receberá equivale a 500 mil exames; que correspondem a apenas um item desta cadeia.

Para a complementação destes insumos, de maneira a suprir a realização dos exames, a SES-MG está com processos de compra para complementação dos itens. “Estamos passando por uma fase mundial de escassez de insumos. Estamos tentando comprá-los em um cenário de fornecimento sobrecarregado. São materiais de naturezas distintas, muitos importados, o que dificulta mais o processo”, explica Jaqueline. A intenção é adotar estratégias para nova ampliação de testagem.

Em relação aos testes rápidos – também chamados sorológicos – o Ministério da Saúde encaminhou, para Minas Gerais, total de 783.960 testes, devidamente repassados pela SES-MG a todos os municípios. A previsão é de que o Estado receba, ao todo, 1.040.720 destes testes.

Laboratórios habilitados

Parceiros que trabalham de forma integrada com a Fundação Ezequiel Dias:

– Fundaçao Hemominas;

– Fiocruz Minas;

– Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA);

Universidades

– Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG);

– Universidade Federal de Viçosa (UFV);

– Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM);

– Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM);

– Universidade Estadual de Montes Claros ( Unimontes);

– Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ);

– Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

– Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop)

Laboratórios municipais:

– Secretaria de Saúde de Sete Lagoas;

– Prefeitura de Belo Horizonte.

— —

Veículo: Acessa

Editoria: Cidade

Data: 10/07/2020

Link: https://www.acessa.com/saude/arquivo/noticias/2020/07/10-nota-tecnica-ufjf-mostra-que-juiz-fora-atinge-recorde-semanal-covid-19/

Título: “Nota técnica da UFJF mostra que Juiz de Fora atinge recorde semanal de Covid-19”

O grupo de modelagem epidemiológica da Covid-19, formado por pesquisadores da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), publicou esta semana sexta nota técnica a respeito da disseminação e controle do vírus na cidade em Juiz de Fora. O grupo busca analisar dados de diversas fontes oficiais sobre a pandemia de Covid-19 em de Juiz de Fora e macrorregião Sudeste de Minas Gerais, fazendo comparações com dados semelhantes do estado de Minas Gerais e do Brasil.

De acordo com a nota, no dia 20 de junho, Juiz de Fora tinha 1258 casos confirmados e, segundo com a Prefeitura de Juiz de Fora, registrava 46 vidas perdidas. Estes números evoluíram para 2244 confirmados e 63 óbitos no dia 4 de julho, representando aumentos de 78,4% e 37%, respectivamente. Na 27ª semana epidemiológica (28 de junho a 4 de julho), Juiz de Fora atingiu o recorde semanal desde o início da pandemia, com 626 novos casos.

O grupo notou ainda um processo de aceleração das taxas de crescimento do número de casos acumulados em Juiz de Fora e na macrorregião Sudeste (Além Paraíba, Carangola, Juiz de Fora, Leopoldina/Cataguases, Lima Duarte, Muriaé, Santos Dumont, São João Nepomuceno/Bicas e Ubá), ficando ao redor de 3,6% para Juiz de Fora e de 4,7% para a macro Sudeste.

“Essa aceleração se deu a partir da 25ª semana epidemiológica, ou seja 14 a 20 de junho. Esse padrão de aceleração persiste no período de análise da nota que foi até 4 de julho”, reforça Isabel Leite, uma das autoras do documento. A taxa de crescimento do número de óbitos continua apresentando grande oscilação ao longo do tempo tendo alcançado 11% em Juiz de Fora e 10% na macro Sudeste no dia 3 de julho.

As curvas de ocupação total de leitos de enfermaria e UTI no município apresentam crescimento constante, com pequenas oscilações. Segundo a nota, houve pequena queda no número médio de leitos ocupados, mas a tendência ainda é de crescimento. De acordo com Isabel, o padrão de crescimento de casos é mais expressivo do que o de ocupação de leitos, sugerindo que a maior parte dos infectados faz parte da população economicamente ativa, ou seja, mais jovem e, potencialmente, com menos comorbidades. “Consequentemente, os serviços de enfermaria e de UTI são menos utilizados por essa população. Dado bom para o sistema de saúde, mas não podemos esquecer o potencial dessas pessoas de disseminar o vírus, inclusive para os mais vulneráveis”, lembra.

Um indivíduo infectado pode produzir mais de um caso secundário

O Número de Reprodução Efetivo (Rt) estimado para o município alcançou o valor de 1,7 no dia 23 de junho, 1,6 no dia 3 de julho e era de 1,5 no dia 4 de julho. Quando considerados os dados da macro Sudeste como um todo, o Rt foi de 1,6 no dia 26 de junho e de 1,2 no dia 4 de julho. De acordo com a Organização Mundial de Saúde valores de Rt menores que 1 é uma das condições para que a pandemia esteja sob controle. Essa medida indica o número de casos secundários produzidos em média por um indivíduo infeccioso em uma população onde nem todos são suscetíveis.

“Considera-se, quando combinado com outros indicadores como o número de casos, número de óbitos, taxa de ocupação de leitos, por exemplo, que uma pandemia está sob controle quando o Rt é menor do que 1 de forma persistente”, explica Marcel Vieira, um dos integrantes do grupo e desenvolvedor da Plataforma JF Salvando Todos.

Previsões anteriores são superadas

Na nota, também são apresentadas as previsões passadas em comparação com o que foi observado, como uma forma de se avaliar o desempenho dos modelos e mesmo detectar mudanças no cenário, uma vez que estes são totalmente baseados em dados. Pela primeira vez, o modelo subestimou o real número de casos confirmados. A inclinação da curva do número de casos confirmados foi maior que a prevista anteriormente, indicando uma mudança de regime. Na Nota Técnica 5, a previsão para o dia 4 de julho foi de 1817 casos, com intervalo de predição de 95% de cobertura dado por (1738; 1952). Porém o observado foi de 2244 casos, uma diferença de 427 casos (23% casos a mais que o previsto). São previstos 3993 casos acumulados até 17 de julho, ou 1749 novos casos desde 4 de julho.

— —

Veículo: Acessa

Editoria: Saúde

Data: 10/07/2020

Link: https://www.acessa.com/saude/arquivo/noticias/2020/07/10-universidades-oferecem-auxilio-saude-mental-pandemia-pelo-projeto-calma-nessa-hora/

Título: “Universidades oferecem auxílio à saúde mental durante a pandemia pelo projeto Calma Nessa Hora”

As regras de distanciamento e isolamento social, devido à pandemia do novo coronavírus, têm provocado mudanças na saúde física e mental das populações ao redor do globo. Com o intuito de oferecer suporte às pessoas neste momento complexo, pesquisadores de seis instituições, incluindo a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), desenvolveram o projeto de extensão “Calma Nessa Hora”. A iniciativa, voluntária e gratuita, tem como objetivo prestar acolhimento básico para quem esteja passando por situações difíceis, como estresse, ansiedade, conflitos interpessoais e depressão. Desde o início das atividades, em abril, já foram realizados mais de 2.200 atendimentos.

Segundo o professor do Departamento de Psicologia da UFJF, Telmo Ronzani, um dos coordenadores e idealizadores do projeto, as problemáticas apresentadas têm variado desde o início da pandemia. “As queixas mais comuns são sintomas de ansiedade e alteração de humor e sono, problemas de relação interpessoal e de convivência na quarentena, de adaptação de rotina de trabalho e estudos, até alguns casos de violência domiciliar e ideação suicida.”

O grupo de especialistas possui experiência na área de acolhimento em saúde, saúde mental e E-Saúde (relação da área com os recursos da internet), prezando a busca conjunta por intervenções baseadas em evidências científicas. Além dos supervisores, conta com cerca de 40 voluntários do Brasil, mais 30 voluntários e dez supervisores argentinos. A plataforma envolve alunos e ex-estudantes voluntários da UFJF e das universidades Salgado de Oliveira (Universo), Federal de Viçosa (UFV) e Católica de Petrópolis (UCP), Universidad Nacional de Tucumán (UNT), da Argentina, e Universidade de Berna, na Suíça.

Atendimento

O atendimento acontece das 8h às 22h, sempre pela internet, em formato de aplicativo de web (webapp), e funciona por meio de questionários e chats através do serviço “tawk.to”, que garante a supervisão dos voluntários em tempo real e oferece suporte para vários idiomas. Ao todo, mais de 6.500 pessoas já acessaram o site, principalmente, usuários do Brasil e da Argentina. “Aqueles que acessarem fora do horário podem deixar os dados de e-mail. Posteriormente nossa equipe entrará em contato”, acrescenta Ronzani.

Para solicitar o acolhimento, não é necessário nenhum tipo de inscrição, havendo, inclusive, a opção de participação anônima.

— —

Veículo: Acessa

Editoria: Cidade

Data: 11/07/2020

Link: https://www.acessa.com/saude/arquivo/noticias/2020/07/11-juiz-fora-registra-mais-quatro-mortes-92-casos-confirmados-covid-19-24h/

Título: “Juiz de Fora registra mais quatro mortes e 92 casos confirmados de Covid-19 em 24h”

A Secretaria de Saúde registrou nesta sexta-feira, 10 de julho, mais quatro mortes pelo novo coronavírus em Juiz de Fora, contabilizando 77 óbitos. Dois são homens com menos de 60 anos, um de 47 e o ou de 59 anos. O mais novo morreu na sexta-feira, 11, e tinha Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e Acidente Vascular Cerebral (AVC). O segundo teve óbito confirmado na quinta, 9, e possuía Doença Cardiovascular Crônica (DCC). Já os outros dois casos eram uma idosa, 84, que morreu na sexta, e tinha Pneumopatia Crônica, e um idoso, 68, que morreu na quinta e não teve comorbidades relatadas.

Com as atualizações, mais 92 novos casos foram confirmados, totalizando 2.579. Além disso, 283 novas suspeitas foram registradas, contabilizando 9.841. Todos os dados são referentes a moradores de Juiz de Fora.

Nesta semana, o grupo de modelagem epidemiológica da Covid-19, formado por pesquisadores da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), soltou a quinta nota técnica, que prevê até o dia 17 de julho 3.993 casos confirmados de coronavírus acumulados no município, ou 1.749 novos casos desde 4 de julho.

De acordo com a nota, no dia 20 de junho, Juiz de Fora tinha 1258 casos confirmados e, segundo com a Prefeitura de Juiz de Fora, registrava 46 vidas perdidas. Estes números evoluíram para 2244 confirmados e 63 óbitos no dia 4 de julho, representando aumentos de 78,4% e 37%, respectivamente. Na 27ª semana epidemiológica (28 de junho a 4 de julho), Juiz de Fora atingiu o recorde semanal desde o início da pandemia, com 626 novos casos.

O grupo notou ainda um processo de aceleração das taxas de crescimento do número de casos acumulados em Juiz de Fora e na macrorregião Sudeste (Além Paraíba, Carangola, Juiz de Fora, Leopoldina/Cataguases, Lima Duarte, Muriaé, Santos Dumont, São João Nepomuceno/Bicas e Ubá), ficando ao redor de 3,6% para Juiz de Fora e de 4,7% para a macro Sudeste.

A taxa de crescimento do número de óbitos continua apresentando grande oscilação ao longo do tempo tendo alcançado 11% em Juiz de Fora e 10% na macro Sudeste no dia 3 de julho.

Ocupação dos leitos

A taxa de ocupação dos leitos de UTI do Sistema Único de Saúde (SUS), em Juiz de Fora, está em 74,55% nesta sexta-feira, 10 de julho. Já a soma de leitos de UTI públicos e privados têm taxa de ocupação de 70,85%, e a ocupação de leitos de Enfermaria chegou a 57,52%. A média do isolamento social no município, dos últimos sete dias, está em 50,13.

— —

Veículo: Estado de Minas

Editoria: Educação

Data: 12/07/2020

Link: https://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2020/07/12/interna_gerais,1166068/celular-vilao-que-virou-queridinho-nas-aulas-em-tempos-de-covid-19.shtml

Título: “Celular, vilão que virou queridinho nas aulas em tempos de COVID-19”

Aparelho, que era tormento para educadores nas atividades presenciais, agora se tornou ferramenta para que muitos estudantes tenham acesso a conteúdos on-line

Ele já foi o vilão da sala de aula. Afinal, qualquer professor já terá perdido a conta das vezes em que precisou pedir para alunos desligarem o celular. Agora, em tempos de isolamento social, o smartphone virou estrela: é ele que garante o acesso de boa parte dos estudantes ao conteúdo das aulas não presenciais. “Só tenho meu celular”, afirma a estudante do segundo ano do ensino médio Maria Clara dos Santos Silva, de 16 anos. Ela lembra que, no início, não conseguia assistir às aulas, porque o aplicativo da Secretaria de Estado da Educação não era compatível com o sistema operacional do aparelho. Somente há duas semanas o problema se resolveu.

Agora, o telefone, que antes podia ser fonte de distração, é que garante que a adolescente “entre” em sala. Mesmo assim, a relação não é de todo pacífica, e se um problema se resolveu, outros surgiram. “O ensino remoto é meio complicado. Temos muitas atividades para fazer e pouco tempo para entregar. O professor tem pouco contato com a gente. As aulas não têm nada a ver com as atividades”, avalia. Maria lembra que nas aulas presenciais, a figura do educador era essencial para manter a concentração. “Os professores deveriam entrar mais em contato com a gente”, sugere a estudante da Escola Estadual José Maria Bicalho, em Santa Luzia, na Grande BH.

Com tantas mudanças e dificuldades, o calendário se transformou em outro desafio. Ainda não há data fixada para que o semestre se encerre, e muitas escolas não descartam sequer que o atual ano letivo invada o calendário de 2021. A subsecretária de estado de Desenvolvimento da Educação Básica, Geniana Faria, afirma que o objetivo é que todo o conteúdo programático seja dado dentro da carga horária prevista.

“É um desafio imenso. Foi um tempo curto de preparação logística para nosso estado”, afirma Geniana Faria. Ela lembra que o ensino remoto é uma forma de garantir que o aluno manterá o vínculo com a escola, um jeito de “não perder esses estudantes”. Na semana passada, na rede estadual de ensino, tiveram início as atividades remotas do segundo volume dos programas de ensino a distância.

O material traz conteúdos e atividades que representam a continuidade do primeiro volume. Os programas já foram enviados a alunos e professores. Universidades mineiras auxiliaram no processo de revisão do volume 2. “O movimento do regime especial veio, na verdade, colocar no cenário desigualdades que já existiam. Ele não veio trazendo a desigualdade. Já estava posta. O que fez foi escancará-la”, afirma Geniana.

A subsecretária afirma que o material didático foi enviado por e-mail, está no aplicativo, no site e também foi impresso para alunos que têm dificuldade de acessar o ambiente digital. As aulas são transmitidas pela Rede Minas e pela TV Assembleia. Geniana considera que o desafio maior é fazer com que o formato remoto seja inclusivo e, por isso, a Secretaria da Educação oferece várias opções para que o aluno receba o material.

Universidades ajudam a “corrigir o trabalho”

 Depois de apontados os erros em diversos conteúdos produzidos para os alunos da rede estadual, a Secretaria de Estado de Educação estabeleceu parceria com as universidades para a revisão do conteúdo. Cada instituição apoiou na revisão do material por área do conhecimento: a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) fez a revisão de matemática; a Universidade Federal de Viçosa (UFV) ficou responsável pelos conteúdos de ciências humanas e linguagens; e a Unimontes fez a revisão dos conteúdos de ciências da natureza.

A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas), a Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), o Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG) e a Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg) também apoiam a Secretaria da Educação na revisão dos materiais e se somam a esse time para o volume 3.

— —