Unindo conteúdo científico e cultural, a revista “A3”, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), chega à sua nona edição. O lançamento acontece dia 1º de junho, quarta-feira, na Sala de Demonstração da Faculdade de Educação da UFJF, a partir das 10h.
O intuito do encontro é ampliar a discussão da reportagem de capa da edição, “Em busca de uma escola inclusiva e transformadora”. O coordenador do projeto noticiado pela edição, Eduardo Margrone, fará a primeira apresentação sobre o conteúdo do estudo desenvolvido pelo grupo multidisciplinar Equidade, Políticas e Financiamento da Educação Básica no Brasil.
Em seguida, a professora do Colégio de Aplicação João XVIII, Rosângela Ferreira, apresentará o projeto de sua coordenação, “As múltiplas linguagens no ensino de geografia e história: dimensões de letramento”. A iniciativa, que busca ampliar o vocabulário das crianças nos campos de História e Geografia por meio de leituras planejadas coletivamente, recebeu distinção pelo Ministério da Educação (MEC) como instituição que desenvolve práticas inovadoras.
De acordo com Rosângela, a baixa carga horária dessas disciplinas em relação a outras estimulou o desenvolvimento de um módulo para tratar essas grandes áreas a partir de múltiplas linguagens, como literatura, arte, linguagem fotográfica e cinematográfica, entre outras. “Essa metodologia gerou o reconhecimento do colégio como uma entre instituições no Brasil inteiro a desenvolver práticas inovadoras.” As atividades são desenvolvidas a partir do segundo ano do ensino fundamental, e retomadas no quinto, o que “sustenta que as ações que estão sendo desenvolvidas tenham sido significativas para as crianças”.
A diretora da Escola Estadual Maria Ilydia Resende, Marines Miranda Esteves, também fará parte do evento, mostrando a busca por um diferencial na educação, presente na escola que dirige. De acordo com a ela, foram desenvolvidos parcerias para transformar a imagem da escola, que atende a comunidade dos bairros Vila Ozanan, Furtado de Menezes e Olavo Costa. A ideia é “fazer com que os alunos passem mais tempo na escola e menos tempo na rua”, por meio da promoção de atividades educativas e culturais. Marines destaca a formação do Grêmio Estudantil como um dos principais projetos desenvolvidos. “Era um ponto de fundamental importância empoderar os jovens do ensino médio para que eles tivessem participação em algumas questões dentro da escola.”
Para encerrar o evento, a subsecretária de Articulação das Políticas Educacionais (SsAPE) da Prefeitura de Juiz de Fora, Andréa Borges de Medeiros, abordará inclusão na Rede Municipal de Ensino, ponto recorrente de discussão da SsAPE. “Tais políticas procuram desenvolver, justamente, a questão da educação para todos, mas de forma que envolva o trabalho educativo com a colaboração dos alunos.” Durante o lançamento da revista, a subsecretária pretende trazer reflexões a respeito do tema, além de focar a história desse trabalho de inclusão como uma rede, uma parceria da diversidade humana. O debate será mediado pela professora da Faculdade de Educação da UFJF, Katiuscia Cristina Vargas Antunes.