Da esquerda para a direita: professor Eduardo Krempser da Silva, professor Francisco Augusto Lima Manfrini, mestrando Geraldo Furtado Neto, professor Leonardo Goliatt da Fonseca, professora Michéle Cristina Rezende Farage (foto: arquivo pessoal)

Um estudo de mestrado que reúne as áreas de Modelagem Computacional e Engenharia Civil avaliou um modelo considerado mais prático e eficaz para a previsão de propriedades mecânicas de misturas de concreto. A pesquisa realizada por Geraldo Furtado Neto foi apresentada no Programa de Pós-graduação em Modelagem Computacional, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). A técnica utilizada é conhecida como Stacking e pode substituir os testes mecânicos e proporcionar mais segurança estrutural, rapidez no trabalho, reduzir custos e impactos ambientais.

“Na área de Engenharia Civil encontramos a necessidade de realizar, com maior agilidade e sem perda de qualidade nos resultados, a determinação de uma característica muito importante para misturas de concreto, a resistência à compressão”, explica o acadêmico. Segundo ele, trata-se de uma propriedade diretamente ligada à estabilidade e segurança estrutural, que valida a qualidade da estrutura. Geraldo acrescenta, ainda, que a determinação desta característica é realizada normalmente através de testes mecânicos, que submetem os corpos a provas de carga até que ocorra a sua ruptura.

A pesquisa apontou que o Stacking apresenta-se como uma técnica promissora para a previsão da resistência à compressão. “Existem ainda diferentes campos de trabalho, dentro do uso das técnicas de aprendizado em conjunto, que podem ser explorados para melhorar os resultados alcançados e possibilitar o uso destas técnicas na indústria da construção civil,” conclui o Geraldo.

O orientador da dissertação, professor Leonardo Goliatt da Fonseca, ressalta que a resistência do concreto é uma informação crucial para o engenheiro durante a elaboração de um projeto. “Nessa pesquisa, dados de ensaios já realizados alimentaram um modelo de inteligência artificial (desenvolvido na dissertação) que prevê a resistência do concreto. O modelo computacional recebe informações da quantidade de materiais (cimento, areia, agregado leve e água) e simula o resultado do ensaio.” O orientador avalia que o modelo computacional não substitui os ensaios laboratoriais, ainda sim é uma alternativa para  evitar ensaios desnecessários, o que permite, segundo ele, reduzir o custo e o gasto de material, o que também reduz o descarte, diminuindo o impacto ambiental.

Contatos:
Geraldo Furtado Neto – (mestrando)
geraldofurtado@gmail.com

Leonardo Goliatt da Fonseca – (orientador)
 goliatt@gmail.com

Banca Examinadora:
Prof. Dr.Leonardo Goliatt da Fonseca – UFJF
Prof. Dra. Michéle Cristina Rezende Farage – UFJF
Prof. Dr. Eduardo Krempser da Silva – FIOCRUZ
Prof. Dr. Francisco Augusto Lima Manfrini – IF SUDESTE MG

Outras Informações: (32) 2102-3481 – Programa de Pós-Graduação em Modelagem Computacional