Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cultura

Data: 19/05/2020

Link: https://tribunademinas.com.br/blogs/sala-de-leitura/19-05-2020/um-viva-a-murilo-mendes.html

Título: “Um viva a Murilo Mendes”

No dia 13 de maio, Murilo Mendes teria completado 119 anos. Em 20 de dezembro deste ano, daqui a sete meses, o Museu de Arte Murilo Mendes (Mamm), espaço dedicado à preservação, conservação e divulgação dos acervos bibliográficos e de artes visuais do escritor, completa 15 anos. Duas datas que merecem que paremos para aplaudir o autor de “A idade do serrote”. Como não podia ser diferente, quem conversa comigo na edição de hoje desta coluna são as professoras, estudiosas de Murilo Mendes e amigas inseparáveis Leila Barbosa e Marisa Timponi. E já posso adiantar que o Sala de Leitura desta terça-feira é uma verdadeira aula sobre a obra muriliana.

A propósito, as pesquisadoras são as responsáveis pela produção do vídeo “Vida e obra de Murilo Mendes – O eixo da tradição moderna”, editado pelo Mamm e disponível no site da instituição. Lançado nas redes sociais no dia do aniversário do poeta, o trabalho, conduzido pelas duas, leva-nos a passear pela história do escritor por meio de poemas declamados por integrantes da Liga de Escritores, Ilustradores e Autores de Juiz de Fora, movimento do qual elas fazem parte.

A viúva do autor, Maria da Saudade Cortesão Mendes, doou a biblioteca dele à Universidade Federal de Juiz de Fora, em 1976, um ano após a morte do escritor. Em 1994, Leila e Marisa estavam lá, ajudando a fundar o Centro de Estudos Murilo Mendes, hoje, Museu de Arte Murilo Mendes. Quem conhece essa dupla dinâmica, sabe do amor incondicional que elas nutrem pelo poeta e, na entrevista de hoje, elas rememoram essa história, iniciada há mais de 40 anos. E, antes de começarmos essa conversa, um viva ao poeta que inaugura “no mundo o estado de bagunça transcendente”.

Marisa Loures – Quando e de que maneira começou a relação de vocês duas com Murilo Mendes?

Leila Barbosa – No final da década de 70, terminei meu mestrado em Teoria da Literatura (UFRJ/UFJF), fiz concurso e entrei como professora no Departamento de Letras. Logo após, Marisa, finalizando o mestrado em Literatura Brasileira na UFF, veio ser minha colega. Sua dissertação era sobre Murilo Mendes, a minha sobre Belmiro Braga, e meu orientador, na época, o presidente da ABNT, o que me possibilitou a ajudar vários colegas a organizarem seus trabalhos de acordo com as normas técnicas. Um deles, por sorte, foi o da Marisa e, imediatamente, iniciamos nossa parceria ao constatar a semelhança em nossa escolha e em nosso interesse: estudar a literatura de Juiz de Fora. E nossa ligação começou quando percebemos que Belmiro Braga era um capítulo de “A idade do serrote”, livro de memórias de Murilo Mendes. Ao constatarmos a importância do poeta Murilo no cenário da Literatura Brasileira e sua divulgação em nossa cidade, percebemos também que os juiz-foranos ouviam falar muito sobre um Murilo Mendes, mas pouco sabiam de sua vida e sua obra. Partimos, então, como professoras de literatura, a tentar ensinar o porquê da popularidade de Murilo. Ao mesmo tempo, surgiu a descoberta do acervo de arte que se encontrava com a viúva do poeta, Maria da Saudade Cortesão Mendes, em Portugal, e que ela se interessava em negociá-la com o Brasil. Logo apareceram vários interessados e nós, de Juiz de Fora, empreendemos um grande esforço para que pudéssemos trazê-lo para sua cidade. Por sorte, assumiu a presidência da república, Itamar Franco, o que nos facilitou a vitória na empreitada. E nossa relação pessoal e com Murilo foi ampliada na medida em que, além de nos tornarmos comadres (batizei sua filha Juliana e ela, meu neto Cael), junto ao chefe da biblioteca da UFJF (onde tudo começou) ajudamos a fundar o Centro de Estudos Murilo Mendes, hoje nosso inigualável Museu de Arte Murilo Mendes. Criamos, então, nosso projeto de pesquisa “História literária de Juiz de Fora”, aprovado pelos órgãos superiores da universidade e nele trabalhamos até hoje.

– E como é o Murilo Mendes que vocês descobriram ao longo de uma vida dedicada a estudá-lo?

Marisa Timponi – Murilo Monteiro Mendes é um escritor intrigante, um homem que sempre valorizou as relações pessoais, familiares, intelectuais, culturais, sempre voltado para nossa condição humana. Em meu livro “O processo da invenção na busca da liberdade” (uma leitura crítica da poética de Murilo Mendes), nascido de minha dissertação de mestrado, construí, ao fim, uma síntese gráfica, em forma de mandala, representando a convergência muriliana de um autor de olho armado. Ou seja, é um poeta em vanguarda pelo processo da invenção, busca permanente da liberdade, que chega a criar uma linguagem própria: os murilogramas. Importante ressaltar que Murilo Mendes nos chegou e ficou no decorrer de mais de 40 anos de convivência de estudo e com a família Mendes, sempre muito solícita. Ele nos deixou um aprendizado único: “É preciso testar diariamente a nossa polida paciência.” Nos reforçou o discurso da philia aristotélica, aquela que é estruturalmente intrínseca à virtude e à felicidade, da amizade, pela relação com Ismael Nery, o que é possível entre os amigos com senso de justiça e equidade, norte para a minha amizade com a Leila, além de termos elaborado texto sobre essa amizade, fizemos muitos outros textos sobre o autor, coletados, por nós duas em “A Trama poética de Murilo Mendes”, de 2000.

 – Em uma entrevista de 2014, Silviano Santiago lamentou o fato de que o escritor juiz-forano fosse menos lido do que outros autores modernistas, como Drummond, Mario e Oswald de Andrade e, por isso, era um pouco esquecido. Murilo Mendes tem o reconhecimento que merece? Essa constatação de Silviano Santiago procede? Por que isso acontece?

Marisa Timponi – Como diz o nosso querido poeta Manuel Bandeira na “Apresentação da poesia brasileira”: “Murilo Mendes é um escritor difícil”. Acredito que a questão passa mais por aí. O esquecimento não se deu em toda sua plenitude, porque tivemos uma edição exemplar feita pela Editora Nova Aguilar, em papel Bíblia, uma obra muito bem organizada por Luciana Stegagno Picchio, amiga italiana do poeta, editada por Isabel Lacerda, em 1994. Essa edição é “Poesia completa e prosa: Murilo Mendes”, que tivemos a honra de lançar no MAMM da UFJF.  Um livro referência que temos até hoje, em suas 1782 páginas. Nosso projeto Murilo Mendes vai à Escola, desenvolvido em parceria com a Prefeitura de Juiz de Fora, atingindo mais de 20 mil alunos, leitores em potencial do poeta, nossa atuação, minha e da Leila, com palestras no Brasil e no exterior, também colaboram até hoje para divulgar o poeta. Muitas teses foram feitas, reedições separadas da obra, mas o que o deixa vivo é esse trabalho de lê-lo e explicá-lo à exaustão, como acabamos de fazer com o vídeo “Murilo Mendes: vida e obra”, disponível no site do MAMM. Isso temos feito como dever de casa!

Murilo Mendes deixou Juiz de Fora cedo. Como nossa cidade esteve presente em seus escritos? Como é a Juiz de Fora de sua poesia?

Leila Barbosa – Podemos dizer que Murilo saiu de Juiz de Fora, mas Juiz de Fora não saiu de Murilo e que, aqui, vinha sempre visitar sua família. Segundo estudiosos do poeta, entre eles a organizadora de sua vasta obra, a também nossa prefaciadora no livro “A trama poética de Murilo Mendes”, a italiana Luciana Stegagno Picchio, o poeta nunca conseguiu se distanciar das montanhas mineiras, de sua cidade de origem, de seu famoso rio. Partindo da própria afirmativa de Murilo de que: “A memória é uma construção do futuro, mais que do passado”(372, p.851), podemos entender como o microcosmo retratado por ele, em “A idade do serrote” (publicado no Brasil em 1965), livro de memórias da época em que viveu em Juiz de Fora, é palco de personagens familiares, como tio Chicó, de escritores, como Belmiro Braga e Lindolfo Gomes, de gente comum, como as lavadeiras do Paraibuna, de Sebastiana e Etelvina, marcas vivas da escravidão, de guardiões da fé, como Padre Júlio Maria. A cosmovisão do poeta, nascido na província e que saiu para o mundo e universalizou-se, é ressignificada em prosa poética, recheada de lembranças, especialmente dos juiz-foranos que o cercaram. Descreve também as imagens: os jardins-pomares, os afetos, as orações, o fogo das mulheres, as chuvas de granizo e os arco-íris, o dilúvio, as festas carnavalescas, os brinquedos e as doenças infantis, as primeiras letras e os primeiros instrumentos hostis, o pai, a mãe, a madrasta. E inicia a sua condição de poeta irrevogavelmente quando observa a “Passagem do cometa Halley. A subversão da vista. A primeira ideia do cosmo”. Refere-se ainda à importância da música, que valoriza a noção do tempo sobre o espaço e educa-lhe o ouvido para a sonoridade das palavras e que também o transformou em poeta. A figura feminina, promotora do despertar da sexualidade, entra na memória do autor por meio de Lili de Oliveira, que lhe apresenta o sexo fonte de delícias, contrapondo-se ao contato negativo de Dona Coló, “mito menor; resumindo aspectos negativos da vida”.Assim, com “A idade do serrote”, Murilo Mendes ressignifica o espaço – Juiz de Fora – inserido em um espaço-poético universal, através de casos pessoais, do cotidiano, apresentado em flagrantes, e do uso de citações como recurso de confirmação de seu discurso. Os trinta e três retratos-casos que compõem “A idade do serrote” contêm exemplos, analogias e citações que recontam o trajeto-vida de Murilo – o homem juiz-forano, o ser mineiro-brasileiro, implicando conclusões genéricas relativas a sua vida de adulto. O “olho precoce” do autor é uma confirmação da importância da visualidade e que vai estar presente em toda sua obra: “O prazer, a sabedoria de ver, chegavam a justificar minha existência”. O texto de “A idade do serrote” situa-se num espaço e num tempo circunstancial, mas ultrapassa-os, transcende-os, na medida em que se coloca literariamente, fundindo presente, passado e futuro, temporal e espacialmente. Juiz de Fora descrito no livro abriga o desabrochar do poeta, sua formação, suas perplexidades, seu crescimento. No entanto, apesar de parecer que as influências político-sociais foram pouco mobilizadoras, o cidadão do mundo, Murilo Mendes, conseguiu captar, de forma brilhante, a vida pacata e tímida de uma cidade que começava a engatinhar e, naquele determinado período, início do século XX, preocupava-se mais com os pequenos problemas domésticos do que com o destino da humanidade.

– Em uma entrevista à “Ilustrada”, outro estudioso da obra muriliana, Murilo Marcondes de Moura, disse que Murilo Mendes tem “diferenças profundas com a tradição lírica brasileira moderna”. O que distingue a obra de Murilo Mendes da dos demais modernistas? E, ao mesmo tempo, como ele conversava com seus contemporâneos?

Marisa Timponi – Murilo Mendes, de fato, apresenta diferenças profundas com a tradição lírica brasileira moderna, pois ele tem uma forma própria de escrever, ele tem uma forma única de registrar o seu texto. Pelo processo de invenção de palavras, ele chega à invenção. No continuum de sua obra, vê-se que a necessidade de as palavras falarem por ele, fazerem o seu juízo final, é o que o leva a ter um código. Inventa palavras, o que eu creio ser uma nova gradação do seu processo de criação, de sua forma de ser lírico, quando escreve, por exemplo:,” FORMIDÁVEL / FORMADÁVEL/ …FORMIDONDO/ FORMIDÁVEL”, em seu último livro de poemas, “Convergência”, onde se nota semelhança com tendências concretistas. Liberto do acordo tácito estabelecido pelo sistema linguístico, quanto ao distanciamento da decodificação já pronta, ele cria, desse modo, palavras desenhos como em uma pauta musical. Ou mesmo revê o nacionalismo de origem pela oposição à estrutura opressora, de desmonte do mito da cordialidade, quando faz paródia da “Canção do exílio”, do romantismo de Gonçalves Dias, e diz: “Minha terra tem macieiras da Califórnia/ onde cantam gaturamos  de Veneza./…/Nossas frutas mais gostosas/ mas custam cem mil réis a dúzia./ Ai quem me dera chupar uma carambola de verdade/ e ouvir um sabiá com certidão de idade”. E tal se dá em seu primeiro livro, “Poemas”, que, neste ano, faz 90 anos. Assim ele faz a diferença dos demais poetas modernistas, porém dialoga com eles, pois trabalha questões fundamentais para a época, como o uso dos ismos (cubismo, dadaísmo, surrealismo), o direito a uma pesquisa estética, e a busca de uma linguagem nacional, como nos diz Mário de Andrade sobre quais tendências teria tido o modernismo. Mas observa-se que Murilo vai além: avança do modernismo para o pós-modernismo, pois ultrapassa os modismos, e muito mais, faz jogo com novas palavras, posiciona-se no tempo em que o futuro acontece.

– E Manuel Bandeira dizia que Murilo Mendes era “conciliador de contrários”. Por que o poeta juiz-forano merece esse adjetivo?

Marisa Timponi- Manuel Bandeira também disse que “Murilo Mendes é o mais complexo, o mais estranho e seguramente o mais fecundo poeta desta geração”, corroborando sua tese do poeta conciliador de contrários. Sempre buscando vencer tempo e espaço para alcançar a eternidade, como no poema “Ecclesia”, une o concreto com o abstrato, a “construção com a destruição”, princípios surrealistas, como em “Pré-história”, do livro “O visionário”, com que termino essa questão: “Mamãe vestido de rendas/ tocava piano piano no caos.,Uma noite abriu as asas/ cansada de tanto som, /equilibrou-se no azul,/ de tonta não mais olhou/ para mim,  para ninguém: cai no álbum de retratos.”

– Há exatamente dez anos, “Ismael Nery e Murilo Mendes: Reflexos”, livro que trata da amizade entre o poeta de Juiz de Fora e o artista plástico paraense e escrito por vocês duas, era indicado ao Prêmio Jabuti. Qual foi o real impacto causado em Murilo com a morte do amigo? 

Leila Mendes – O pintor Ismael Nery, em 1921, torna-se grande amigo de Murilo Mendes, sobre o qual exerce grande influência, com sua pintura e sua religiosidade: o essencialismo. Murilo mostra Ismael Nery como um “Ente magnético”, na medida em que registra as teorias estéticas, a visão de mundo, a exuberância intelectual de Nery, múltiplo ente: poeta, filósofo, pintor, desenhista, arquiteto, dançarino e teólogo. Para Murilo e seus amigos contemporâneos, Ismael era um “ente magnético”, carismático e pessoa extremamente sedutora.  Em seu poema “Ismael Nery”, o poeta amigo afirma: “…O germe da poesia, essencial ao teu ser,/ Se prolongará através das gerações/ Eras sábio, vidente, harmonioso e forte./ …Morres lúcido aos trinta e três anos,/ Quando se fecha uma idade e se abre outra./ Morres porque nada mais tens que aprender./ É a manhã. Teu corpo jaz na urna./ Mas erguendo os olhos para o céu diviso/ Um poderoso Ente que gira sobre si mesmo/ Se levantar com o nascimento do sol.” Quando Ismael morre, Murilo, em seu velório, surta e dá margem a um texto magistral de Pedro Nava publicado no seu terceiro livro de memórias “Chão de ferro”. Nosso livro “Ismael Nery e Murilo Mendes: Reflexos” nasceu em 2006, quando o dono da Editora Quatro Estações convidou-nos para ilustrar o livro “Recordações de Ismael Nery”, de David Arrigucci, professor da USP, que havia coletado, em jornais, artigos de Murilo Mendes sobre Ismael Nery que acabara de falecer. Ao iniciarmos as pesquisas, resolvemos ir além do solicitado, na medida em que tentamos esgotar o que Murilo havia escrito sobre Ismael. Pesquisamos, em vários locais, públicos e particulares. O livro foi lançado em 2009. É um álbum de arte, retrato da amizade entre os dois artistas, produto de nossa pesquisa, primeira obra publicada pelo Museu de Arte Murilo Mendes da UFJF. Convidamos estudiosos de Murilo e Ismael para também, com artigos, comporem o livro. O poeta Murilo Mendes aparece, nos textos do livro, como crítico de arte, pois os quadros de Nery são abordados tanto quanto a personalidade do pintor e sua poesia. Em 2010, o livro foi finalista do Prêmio Jabuti, o que muito valorizou nossa pesquisa sobre a literatura de Juiz de Fora e, em 2019, esteve no Museu de Arte Moderna de São Paulo, fazendo parte da exposição “Ismael Nery: feminino masculino” e citado como indispensável para o conhecimento da obra de Nery.

– O Mamm completa 15 anos de atuação na cultura de Juiz de Fora e de todo o Brasil.  Através dos grifos de Murilo Mendes e dedicatórias feitas a ele, é possível fazer uma releitura de suas apreensões, entender um pouco mais sobre o universo muriliano e do contexto do período em que ele viveu. Destaque a importância acadêmica e cultural do acervo do Mamm nestes 15 anos de existência.

Leila – O Mamm, em seu aniversário de 15 anos, representa para nós de Juiz de Fora uma aquisição que veio confirmar a vocação da cidade para a cultura. Sua pinacoteca, de nível internacional, detém os grandes nomes da pintura moderna e uma característica especial porque as obras, além do trabalho pictórico, vêm revestidas por dedicatórias dos autores para o poeta Murilo Mendes e para sua esposa Maria da Saudade Cortesão Mendes. A biblioteca do museu, origem de tudo, é extremamente rica e também especial por terem seus livros marcados por Murilo, onde podemos estudar e reconhecer seu fazer poético. O museu é aberto à visitação pública e à pesquisa para os estudiosos e interessados na obra de Murilo e de outros autores que pertencem a seu acervo. Várias teses e dissertações já foram publicadas como resultado do trabalho de alunos e professores, assim como também dos estudantes e artistas plásticos. Em seu prédio, funcionam cursos, palestras e exposições. E nós, Marisa e eu, como fundadoras e sempre presentes em seus eventos, só temos que parabenizar e nos congratular com o que representa para nós esta casa de Murilo Mendes.

Sala de Leitura – Toda segunda-feira, às 9h40, na Rádio CBN Juiz de Fora (FM 91,3)

Assista aqui ao vídeo “Vida e obra de Murilo Mendes – O eixo da tradição moderna”, produzido por Leila Barbosa e Marisa Timponi e editado pelo Mamm, em homenagem a Murilo Mendes.

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Veículo: Diário do Comércio

Editoria: Cidade

Data: 19/05/2020

Link: https://diariodocomercio.com.br/inovacao/startups-juiz-foranas-apuram-crescimento-na-crise/

Título: “Startups juiz-foranas apuram crescimento na crise”

Pesquisa realizada pelo Sebrae Minas com 500 empresas mineiras aponta que 89% das micro e pequenas empresas (MPEs) estão sendo negativamente afetadas pela crise do novo coronavírus.

Algumas startups de Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, estão fora dessa realidade e têm registrado crescimento no período, inclusive, com contratações de novos colaboradores.

Criada em 2018 pela App Master, a plataforma Programadores em Juiz de Fora é uma ferramenta completa para o desenvolvedor que busca novas oportunidades e para as empresas que precisam destes profissionais. Desde o início da pandemia, a plataforma registrou um alto índice de pessoas contratadas.

“Filtramos tanto empresas quanto desenvolvedores disponíveis no mercado. Dessa forma, a maioria das vagas foi preenchida pela plataforma neste período e isso é bom para os dois lados”, diz o fundador da App Master, Tiago Gouvêa de Oliveira.

A ferramenta cria uma tendência de demanda que apresenta em tempo real o que está em alta na cidade. “A plataforma permite aos desenvolvedores encontrarem oportunidades de trabalho relevantes, que se encaixam com seu momento atual. Do lado da empresa, ela facilita apresentar suas vagas para a comunidade de desenvolvedores e também permite expor as tecnologias com as quais trabalha”, ressalta Oliveira.

Novas contratações a caminho – A startup juiz-forana Nvoip é uma plataforma de voz, SMs e API comandada por Leandro Campos e Irina Campos e está no mercado há três anos.

“Você pode fazer e receber ligações de onde estiver através do computador, celular ou integrado ao seu CRM, além de ter um sistema de atendimento digital com gravação e histórico de ligações, filas de atendimento, business intelligence e muito mais”, ressalta o CEO da empresa, Leandro Campos.

Desde o início da pandemia do novo coronavírus, a startup cresceu duas vezes mais em março e abril se comparado com os meses de janeiro e fevereiro deste ano. “Nunca consideramos que a pandemia seria um empecilho para o nosso crescimento, já que a plataforma auxilia no trabalho remoto e nós migramos ainda em março para esta modalidade de trabalho”, diz.

Em março, a empresa suspendeu as contratações para analisar como iria realizar todo o processo de forma remota. Em abril, restabeleceu três vagas, uma já preenchida e outras duas que serão preenchidas em maio. Para junho, a Nvoip tem previsão de abrir mais quatro vagas.

“Atualmente, somos 18 pessoas na equipe e vamos chegar a 24 até o próximo mês. A meta para o ano é de 40 colaboradores na empresa”, destaca o CEO.

Com a pandemia, a empresa colocou todos os colaboradores para trabalharem de forma remota, sendo que alguns setores já trabalhavam em sistema de home office. “Para evitar desencontro de informações, tivemos que aumentar o número de reuniões on-line. A pandemia também intensificou o stress dos colaboradores. Para tentar sanar esse problema, toda semana propomos algum jogo on-line colaborativo, além de sessões de bate-papo em vídeo para descontrairmos”, diz Campos.

A Nvoip criou o Disque Coronavírus, uma iniciativa para ajudar a população no combate ao Covid-19. Através de ligação, a pessoa pode fazer o autodiagnóstico e receber orientações a respeito da doença. As prefeituras podem usar os dados coletados para fazer um mapeamento de infecção e para direcionar casos suspeitos para um médico, que pode estar em casa.

A prefeitura de Juiz de Fora e a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) já estão usando o sistema desde abril. O uso do Disque Coronavirus é gratuito e 24 cidades do país já aderiram ao sistema.

Além disso, a startup também está ajudando empresas a migrarem para o home office, através do seu sistema. “Estamos migrando todo o sistema de telefonia das empresas para a Nvoip e, assim, permitimos que os colaboradores usem nossa plataforma 24 horas na segurança de suas casas”. (ASN)

PROJETO VISA MELHORAR EMPREGABILIDADE

Segundo dados divulgados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Brasil a taxa de desemprego é de 11,6% no trimestre encerrado em fevereiro, ou seja, hoje no País existem mais de 12,3 milhões de pessoas sem emprego.

O número já é alto, mas, segundo alguns especialistas a taxa para o próximo trimestre deve ser ainda pior devido os efeitos do novo coronavírus. Para Celson Hupfer, CEO da Connekt, plataforma inteligente de recrutamento digital, as empresas se encontraram sem saída e, mesmo com uma série de cartilhas e recomendações, algumas tiveram que demitir ou congelar contratos.

Mas, foi pensando nos colaboradores que tiveram seus cargos cortados pela pandemia que a startup criou uma vaga exclusiva em seu site, a Reconnektados.

“Nosso objetivo com isso é nos tornarmos um canal que não só que disponibiliza vagas, mas que também pensa na empregabilidade do País. Além disso, queremos unir forças com empreendedores que estão contratando, ou seja, nosso papel agora é conectar quem precisa de um novo emprego a um profissional que busca uma recolocação, principalmente aqueles que tiveram cargos cortados ou quem já está procurando emprego há um tempo”, explica o CEO da startup, Celson Hupfer.

O #Reconnektados é uma área exclusiva da plataforma Connekt para quem teve o cargo afetado devido aos efeitos do Covid-19 ou para quem está em busca de um novo emprego a um longo tempo. Para se inscrever, o candidato deve clicar no link e, em seguida, o perfil do colaborador é compartilhado às empresas que estão contratando.

Já para as empresas que desejam receber os perfis, podem se cadastrar gratuitamente no link. A Connekt é responsável por selecionar e enviar as informações dos candidatos que possuem fit com o cargo que precisa ser preenchido. (Da Redação)

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Veículo: G1 Zona da Mata

Editoria: Cidade

Data: 19/05/2020

Link: https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2020/05/19/colegio-joao-xxiii-promove-campanhas-de-apoio-a-alunos-e-familiares-durante-quarentena.ghtml

Título: “Colégio João XXIII promove campanhas de apoio a alunos e familiares durante quarentena em Juiz de Fora”

O objetivo da iniciativa é manter a aproximação entre a escola e alunos, por meio das publicações e, em alguns casos, com doações de cestas básicas.

O Colégio de Aplicação João XXIII, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), promove duas campanhas de conscientização e doação de materiais à estudantes e membros da equipe que possam estar em situação de emergência, por conta da pandemia do novo coronavírus.

1+1 é sempre + que 2

A primeira campanha, “1+1 é sempre + que 2”, divulga material de conscientização e informação sobre a Covid-19 nas redes sociais do João XXIII.

Segundo a UFJF, a ação utiliza linguagem acessível para conseguir atingir os diferentes grupos da comunidade escolar.

O objetivo da iniciativa é manter a aproximação entre a escola e alunos por meio das publicações.

Os posts informativos são produzidos como conteúdo audiovisual, e as redes sociais do João XXIII também publicam os vídeos e imagens que recebem com a rotina dos alunos.

Dê uma lição de solidariedade

Já a segunda campanha, “Dê uma lição de solidariedade”, arrecada e distribui alimentos às famílias de estudantes que estejam em situação de vulnerabilidade social por conta da pandemia.

As doações recebidas são de servidores do colégio e da UFJF, além de estudantes, pais, bolsistas, estagiários e pessoas da comunidade em geral.

As cestas básicas são montadas com a ajuda de frentes de trabalho estruturadas pela UFJF para esta função, e muitos dos alimentos são doados pelo Programa Mesa Brasil Sesc.

Além disso, kits de máscaras de proteção e barras de sabão são disponibilizadas pelo Instituto de Ciências Exatas (ICE).

Segundo a UFJF, o material arrecadado ajuda famílias cadastradas no Programa de Assistência ao Educando, assim como as que demonstram necessidade de apoio por meio de cadastro eletrônico no site do Colégio. O projeto já atendeu mais de 180 famílias.

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Veículo: G1 Zona da Mata

Editoria: Polícia

Data: 19/05/2020

Link: https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2020/05/19/padre-de-santo-antonio-do-aventureiro-e-encontrado-morto-em-estrada-rural-proxima-a-recreio-mg.ghtml

Título: “Padre de Santo Antônio do Aventureiro é encontrado morto em estrada rural próxima à Recreio, MG”

Segundo a Polícia Civil, pároco Antônio José Gabriel foi vítima de latrocínio. Duas pessoas suspeitas de envolvimento no crime foram presas.

Equipes da Polícia Civil e Militar encontraram na segunda-feira (18) o corpo do padre Antônio José Gabriel em uma estrada da zona rural entre Recreio e Santo Antônio de Pádua.

O pároco, de 72 anos, que atuava em Santo Antônio do Aventureiro, estava desaparecido desde domingo (17). E, segundo os policiais civis, foi vítima de latrocínio.

O delegado Marcos Vignolo, da Polícia Civil de Além Paraíba, contou ao G1 que o corpo do padre tinha sinais de estrangulamento.

Segundo o delegado, conforme relato do suspeito pela autoria do crime, um jovem de 21 anos, a vítima foi morta em um motel de Pirapetinga, após ter sido roubada pelo rapaz, que levou o carro, pertences e dinheiro da vítima.

O corpo foi abandonado em uma estrada vicinal próxima à Recreio. De acordo com o Tenente Santiago, da Polícia Militar, o carro do padre foi encontrado em Pirapetinga após os militares rastrearem o sinal de celular da vítima. O veículo foi localizado com o jovem, de 21 anos, junto com os pertences do religioso.

Conforme o Boletim de Ocorrência (B.O), em depoimento aos policiais, o rapaz confessou a autoria do crime. Um homem, de 30 anos e um adolescente, de 17, chegaram a ser detidos e levados para a Delegacia Polícia Civil por suspeita de envolvimento no crime, entretanto foram liberados após depoimento.

A Polícia Civil apontou que o dinheiro roubado foi trocado por drogas em uma boca de fumo da região. Um outro rapaz, de 20 anos, foi preso por receptação de celular do padre. Os dois foram levados para o presídio de Matias Barbosa.

Serão analisadas imagens de câmeras que vão auxiliar na conclusão das investigações. A ação de busca pela vítima contou com diversos policiais civis e militares da 4ª Região.

A assessoria da Polícia Civil informou que o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal de Juiz de Fora para a realização de necropsia.

Padre Antônio iniciou a trajetória na Paróquia de Santa Rita de Cássia, em Além Paraíba, e atuou em cidades da Zona da Mata.

Ele também era professor aposentado do Instituto de Ciências Humanas (ICH), da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), onde foi diretor.

A Diocese de Leopoldina e a Universidade emitiram uma nota de pesar (Veja abaixo).

Nota da Diocese de Leopoldina

“Ao clero, religiosos, religiosas, familiares do Pe. Gabriel e a todo o Povo de Deus da diocese de Leopoldina!

Estamos vivendo um momento de muita tristeza na caminhada de nossa Igreja Particular. Recebo a notícia do trágico falecimento de um dos padres da diocese: o Pe. Gabriel. Penso nas palavras de Jesus a Pedro: “Eu orei por ti” (cf. Lc 22,32) e sei que Deus, pelas mãos carinhosas de Nossa Senhora, jamais desamparou esse seu filho dileto.

Recém-empossado na diocese, não cheguei a privar de sua convivência, mas sinto uma grande consternação pela sua morte repentina e violenta.

Solidarizo-me com a família, o Povo de Deus de Santo Antônio do Aventureiro e todos os seus muitos amigos. Muito particularmente, manifesto meus sentimentos aos padres da diocese, irmãos e amigos do Pe. Gabriel, e que se angustiam com essa notícia tão cruel.

Agradeço ao bom Deus pelos muitos trabalhos do Pe. Gabriel, por tudo que ele foi como pessoa e como padre. Pelas suas qualidades e méritos que, certamente, superam em muito seus limites e fragilidades.

Estamos no tempo pascal: convido a todos para meditarmos sobre o mistério da paixão, morte e ressureição de Jesus e renovarmos a nossa confiança na misericórdia de Deus, que é a maior riqueza que D’ele recebemos e devemos anunciar a todo tempo e em toda circunstância.

Dom Edson Oriolo”

Nota da UFJF

“A Universidade Federal de Juiz de Fora, com profundo pesar, comunica o falecimento do ex-professor e diretor do Instituto de Ciências Humanas, António José Gabriel. Ele foi professor do departamento de ciência da religião desde 1978. Foi diretor do ICH de 1994 a 1998. Estava aposentado e era padre na cidade de Aventureiro, próximo a Pirapetinga. Sua passagem pela UFJF foi muito expressiva e sua morte causa a todos nós profundo pesar.”

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Veículo: G1 Zona da Mata

Editoria: Ciência

Data: 19/05/2020

Link: https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2020/05/19/pesquisadores-da-ufjf-participam-de-projeto-para-producao-de-respiradores.ghtml

Título: “Pesquisadores da UFJF participam de projeto para produção de respiradores”

O ‘Inspirar’ tem o objetivo desenvolver e disponibilizar ventiladores pulmonares inteligentes, em larga escala no menor prazo possível.

Pesquisadores da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) estão participando do “Projeto Inspirar”, idealizado pela empresa belo-horizontina Tacom. O objetivo é a produção de ventiladores pulmonares inteligentes, em larga escala no menor prazo possível.

Os respiradores são utilizados para o tratamento de uma das complicações mais preocupantes da Covid-19, a insuficiência respiratória. Em alguns casos a inflamação pulmonar não permite que a pessoa consiga respirar sozinha, necessitando de ventilação mecânica para sobreviver.

O grupo do Núcleo de Pesquisa em Pneumologia e Terapia Intensiva da Faculdade de Medicina da UFJF, é coordenado por Bruno Pinheiro, que aponta que as parcerias foram instituídas em função das necessidades para a idealização da confecção dos ventiladores mecânicos.

Com a alta demanda por respiradores por causa da pandemia do novo coronavírus, profissionais de saúde e empresários mineiros se uniram no projeto para suprir Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) com esses equipamentos.

A ação conta com a participação de diferentes empresas mineiras, cada uma com as competências próprias e com apoio da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).

De acordo com Bruno Pinheiro, o RI-C19, modelo do respirador desenvolvido especialmente para a Covid-19, tem sistema de exaustão a vácuo, o que isola o ambiente do ar expirado pelo paciente, reduzindo o risco de contaminação dos profissionais da saúde.

“O baixo preço do produto em questão é decorrente do uso de produtos nacionais e por se tratar de um projeto que não visa lucro, com grande parte dos envolvidos trabalhando como voluntários, o que reduz os custos”, explicou.

“A participação nesse projeto vem solidificar posição de nosso Núcleo, na medida em que alia a pesquisa à atividade prática, com retorno direto à sociedade”, completou Pinheiro.

A produção e posterior distribuição dos ventiladores ainda depende da aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Para que os respiradores sejam aprovados como ventiladores convencionais, testes prolongados serão necessários.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Saúde

Data: 19/05/2020

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/19-05-2020/ufjf-oferece-vacinacao-contra-influenza-no-proximo-sabado.html

Título: “UFJF oferece vacinação contra influenza no próximo sábado”

As doses serão ministradas por meio de sistema drive thru, como foi realizado na primeira fase no local

Será realizada, no próximo sábado (23), nova etapa da vacinação contra a gripe influenza H1N1 no campus da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). As doses serão ministradas por meio de sistema drive thru, como foi realizado na primeira fase no local. A ideia é que as pessoas possam ser imunizadas sem sair do carro, reduzindo o risco de exposição ao coronavírus. A vacinação ocorrerá de 8h a 16h, no estacionamento da Faculdade de Educação, próximo à cantina.

Desta vez, a campanha é destinada a pessoas com 60 anos ou mais; adultos entre 55 e 59 anos; gestantes; puérperas (até 45 dias após o parto); trabalhadores da saúde; professores de escolas públicas e privadas; forças de segurança e salvamento; e pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais.

Para se vacinarem, os interessados devem apresentar documento de identificação que comprove a necessidade da imunização, como carteira profissional, documento que comprove exercício da profissão, atestado ou declaração médica. Os imunizados receberão um adesivo com as informações sobre a dose para ser colado, posteriormente, no cartão de vacinação.

Orientações

As pessoas devem usar roupas que facilitem a aplicação da vacina. Além disso, é preciso que todos estejam utilizando máscaras. Aqueles que estiverem com algum quadro de síndrome gripal ou em quarentena indicada por médico não devem se vacinar no momento.

A vacinação é uma parceria entre a UFJF e a Secretaria de Saúde da Prefeitura de Juiz de Fora. Na primeira fase, entre os dias 23 e 28 de março, a Universidade imunizou 6.782 pessoas por meio do sistema drive thru.

A vacina ofertada é a trivalente, que protege contra os três subtipos da influenza: H1N1, H3N2 e B. Ela é composta por vírus inativados, ou seja, mortos, e, por isso, é muito segura. A dose é contraindicada para pessoas que têm alergia grave a ovo de galinha. Essa vacina não imuniza contra a Covid-19, doença causada pelo coronavírus.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Polícia

Data: 19/05/2020

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/regiao/19-05-2020/suspeitos-da-morte-de-padre-vao-responder-por-latrocinio-ocultacao-de-cadaver-e-receptacao.html

Título: “Suspeitos da morte de padre vão responder por latrocínio, ocultação de cadáver e receptação”

Jovem, de 21 anos, teria praticado crime de latrocínio, em Recreio, a cerca de 200 quilômetros de Juiz de Fora

Depois de prestar depoimento, o investigado, de 21 anos, suspeito de autoria na morte do padre Antônio José Gabriel, de 72 anos, em Pirapetinga (MG), foi autuado pelos crimes de latrocínio (roubo seguido de morte) e de ocultação de cadáver. Outro suspeito, 20, por receptação, como informou, nesta terça-feira (19), a Polícia Civil. Ambos foram conduzidos ao sistema prisional, permanecendo à disposição da Justiça. De acordo com o delegado Marcos Vignolo, a princípio, não havia elementos para ratificar a prisão em flagrante do terceiro envolvido, um homem de 30 anos.

Conforme informações dos delegados Marcos Vignolo e Thiago Carvalho Couri, que participaram da ação que resultou nas descobertas dos suspeitos, as informações apuradas pela Polícia Civil indicam que o jovem, de 21 anos, teria praticado o crime de latrocínio, no município de Recreio (MG), a cerca de 200 quilômetros de Juiz de Fora.

Como aponta a investigação, posteriormente, ele teria abandonado o corpo do idoso, na Zona Rural, e encontrado com outros envolvidos em uma possível boca de fumo, onde teria comprado droga e tentado vender o veículo, o que não foi concretizado. Já o suspeito de 20 anos, mesmo após ter dirigido o carro e permanecido com o aparelho celular – que seria da vítima _ para tentativa de desbloqueio, alegou, segundo a investigação, não ter conhecimento da morte da vítima, mas imaginava que o veículo e o celular seriam roubados.

Desaparecimento

Na segunda-feira (18), uma ação conjunta entre as Polícias Civil e Militar resultou na prisão dos três suspeitos de envolvimento no caso relacionado ao desaparecimento do padre Antônio José Gabriel, que atuava na Diocese do município de Santo Antônio do Aventureiro, localizado na Zona da Mata mineira, e estava sendo procurado desde o último domingo (17).

Após buscas realizadas por policiais civis e militares, o corpo da vítima foi localizado em uma mata, na Zona Rural, na estrada que liga os municípios de Recreio a Santo Antônio de Pádua (RJ). Além disso, durante as apurações, foram apreendidos um adolescente, de 17 anos, dois aparelhos celulares, o veículo da vítima, um relógio de pulso e documentos pessoais.

O corpo do padre foi encaminhado ao Instituto Médico Legal de Juiz de Fora, para a realização de necropsia e a fim de identificar a causa da morte. Também serão analisadas imagens de câmeras que vão auxiliar na conclusão das investigações.

O chefe do 4º Departamento de Polícia Civil, com sede em Juiz de Fora, Gustavo Adélio Lara Ferreira, ressaltou que essa integração entre as Polícias Civil e Militar foi fundamental para esclarecimento do crime. “A Polícia Militar conseguiu fazer os levantamentos iniciais, com o seu trabalho qualificado, e a Polícia Civil, com a sua expertise em investigação, conseguiu a confissão do suspeito de ter cometido o crime. Todos trabalharam incansavelmente na elucidação desse caso e, por isso, merecem o nosso reconhecimento pelo profissionalismo e dedicação”.

Enforcamento

De acordo com o boletim de ocorrência a respeito do caso, após ser rastreado o celular da vítima, foi acusado o sinal de que o aparelho estava localizado na cidade de Pirapetinga, às 17h, de domingo. Mais tarde, no mesmo dia, o sinal indicou que o veículo estava no Bairro Ibitinema, na mesma cidade, e, às 23h, o rastreamento apontou que o carro estava na cidade de Recreio. Por fim, o rastreador acusou que o automóvel localizava-se, na madrugada de segunda (18), novamente em Pirapetinga.

Com as informações colhidas por meio do rastreador, teve início a busca nos endereços acusados, sendo encontrado o carro da vítima, em Pirapetinga. O suspeito de 21 anos estava próximo ao veículo no momento da abordagem policial. Ele foi questionado e relatou que tinha comprado o carro e mostrou que estava com chave do automóvel. O rapaz foi submetido a uma busca pessoal e com ele foi descoberto o aparelho celular e um relógio de pulso do padre.

Os dois objetos foram identificados por familiares da vítima, o que fez o suspeito relatar outra história, diferente da versão de que teria comprado o veículo. Segundo o boletim de ocorrência, o rapaz afirmou que tinha marcado de se encontrar com a vítima e que, depois, outros dois homens conhecidos dele enforcaram o padre. Segundo relatou o suspeito, o trio se desfez do corpo da vítima, que foi abandonado na estrada vicinal. Todas essas informações do boletim de ocorrência, ainda estão sob investigação da Polícia Civil.

Comoção

O caso provocou grande comoção, em razão de sua brutalidade, sendo repercutido em diversos sites de notícia da região, uma vez que o padre Antônio José Gabriel era muito querido nas comunidades em que atuava. A Diocese de Leopoldina, a qual o pároco estava ligado, publicou em seu endereço eletrônico uma nota de pesar, comunicando sobre o falecimento do padre, classificando sua morte como uma situação trágica e violenta. “O passamento, decorrente de situação trágica e violenta, está sendo investigado pelas autoridades competentes. Roguemos ao Senhor da vida, para que em sua infinita misericórdia receba o Padre Gabriel e console a todos os seus familiares, paroquianos e amigos, que choramos a sua perda”, diz o texto.

O bispo da diocese de Leopoldina, Dom Edson Oriolo, também emitiu uma nota de condolências pela morte do pároco, dirigindo-se ao clero, religiosos, familiares da vítima e ao povo. No texto, ele diz que é recém-empossado na diocese e não teve convivência a vítima, mas sente grande consternação pela sua morte repentina e violenta. “Solidarizo-me com a família, o Povo de Deus de Santo Antônio do Aventureiro e todos os seus muitos amigos. Muito particularmente, manifesto meus sentimentos aos padres da diocese, irmãos e amigos do Padre Gabriel, e que se angustiam com essa notícia tão cruel”, afirmou.

Atuação

Padre Antônio José Gabriel foi ordenado padre da Diocese de Leopoldina, em 21 de abril de 1994, na Igreja Santa Rita de Cássia, em Além Paraíba. Recentemente havia celebrado 26 anos de vida sacerdotal. Possuía mestrado em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica (Puc/RJ) e doutorado em Teologia pela mesma Instituição.

Ele trabalhou muitos anos na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), como professor, secretário e posteriormente chefe do Departamento de Ciência da Religião. Foi Reitor do Seminário Maior Nossa Senhora de Guadalupe durante muitos anos, contribuindo para a formação de inúmeros presbíteros da diocese. Foi também pároco na Paróquia Mãe de Deus, em Angustura, Distrito de Além Paraíba, e, por muitos anos, padre na Paróquia de Santo Antônio, em Santo Antônio do Aventureiro.

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Veículo: G1 Zona da Mata

Editoria: Saúde

Data: 19/05/2020

Link: https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2020/05/19/prefeitura-de-juiz-de-fora-ja-recebeu-mais-de-500-testes-de-covid-19-feitos-na-ufjf.ghtml

Título: “Prefeitura de Juiz de Fora já recebeu mais de 500 testes de Covid-19 feitos na UFJF”

Os laboratórios da instituição foram certificados pela Fundação Ezequiel Dias para realização dos exames.

A Prefeitura de Juiz de Fora recebeu 516 resultados de testes para diagnóstico de Covid-19 realizados em laboratórios da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Até o último domingo (17), os exames deram positivos para o coronavírus em 133 pessoas.

O G1 divulgou nesta terça-feira (19) que dois laboratórios da instituição receberam, nesta segunda-feira (18), o certificado de qualidade da Fundação Ezequiel Dias (Funed), vinculada à Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG).

O material é coletado e transportado nas condições adequadas para os laboratórios, no Instituto de Ciências Biológicas e na Faculdade de Farmácia. Ambos passaram por inspeção da Vigilância Sanitária e estão credenciados para o funcionamento e efetuação dos testes.

O público-alvo para a realização dos exames é composto por profissionais de saúde sintomáticos, entre o terceiro e o décimo dia de sintomas; todos os pacientes internados em “leitos covid”, pactuados com o Município.

Também estão incluídos neste público, os pacientes atendidos na atenção básica, em situação de vulnerabilidade (acima de 65 anos, cuidadores de idosos, diabéticos, hipertensos descompensados e obesos); e servidores da segurança pública, Departamento Municipal de Limpeza Urbana (Demlurb) e Companhia de Saneamento Municipal (Cesama).

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Saúde

Data: 19/05/2020

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/19-05-2020/mais-de-500-resultados-de-testes-foram-entregues-a-prefeitura-pela-ufjf.html

Título: “Mais de 500 resultados de testes foram entregues à Prefeitura pela UFJF”

Nesta semana, os dois laboratórios da instituição que realizam as testagens foram certificados pela Funed

A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) já entregou 506 resultados de testes para diagnóstico da Covid-19 à Prefeitura de Juiz de Fora (PJF). Deste total, 133 deram positivo, segundo informou o Executivo municipal. As amostras são avaliadas em dois laboratórios do campus, qualificados para efetuar os exames, sendo um no Instituto de Ciências Biológicas e outro na Faculdade de Farmácia. Ambos receberam, nesta segunda-feira (18), o certificado de qualidade da Fundação Ezequiel Dias (Funed), vinculada à Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais. A capacidade dos dois laboratórios é de cem testes diários, e o resultado é disponibilizado até 48 horas após o recebimento das amostras dos pacientes.

Conforme as normas da Funed, as certificações refletem o reconhecimento da qualidade dos serviços da instituição. Desta forma, os resultados são lançados diretamente no sistema de gestão do Estado e permanecem contabilizados nas estatísticas oficiais, diminuindo o quadro de subnotificação da doença no município e na região.

Por meio da Diretoria de Imagem Institucional, o diretor do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), Lyderson Viccini, pontuou que “a UFJF passa a integrar a rede de diagnóstico da Covid-19, que é vinculada ao Centro de Operações de Emergência em Saúde do estado”.

Para receber os certificados, os espaços precisam atender requisitos em relação ao nível de biossegurança e à capacidade técnica e operacional para executar os exames RT-PCR em tempo real. Outros critérios atendidos são a realização de análises de caráter clínico e científico em amostras biológicas humanas e a presença de recursos humanos e infraestruturas adequadas para aplicação dos testes.

Além disso, é necessário passar por uma prova que funciona da seguinte maneira. A Funed envia para os laboratórios dez amostras com resultados positivos e negativos para o coronavírus. Enquanto a Fundação já conhece os resultados, cabe aos laboratórios testarem as amostras e enviarem as conclusões das próprias análises para que, desta forma, seja comprovada a concordância com os exames obtidos pela Funed. Os laboratórios da UFJF conquistaram 100% de concordância.

A iniciativa visa a atender a demanda do sistema público de saúde, e teve início no dia 17 de abril. Os exames feitos pela UFJF passaram a constar no boletim epidemiológico no Município desde 30 de abril.

Como funciona

O material é coletado por quatro equipes, fruto da parceria da PJF com a UFJF, e transportado nas condições adequadas. A técnica usada é o PCR, sigla que, traduzida para o Português, significa Reação em Cadeia da Polimerase. São exames moleculares, feitos a partir de amostras coletadas do nariz e da garganta por meio de um cotonete estéril.

O público-alvo das amostras recebidas pela UFJF é composto por profissionais de saúde sintomáticos, entre o terceiro e o décimo dia de sintomas; pacientes internados em “leitos Covid” pactuados com o Município; e aqueles atendidos pela atenção básica, em situação de vulnerabilidade (acima de 65 anos, cuidadores de idosos, diabéticos, hipertensos descompensados e obesos). Servidores da segurança pública, do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (Demlurb) e da Companhia de Saneamento Municipal (Cesama) também integram o grupo.

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Veículo: G1 Zona da Mata

Editoria: Saúde

Data: 20/05/2020

Link: https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2020/05/20/ufjf-produz-e-distribui-mais-de-2-toneladas-de-alcool-em-gel-para-combate-ao-coronavirus-em-juiz-de-fora.ghtml

Título: “UFJF produz e distribui mais de 2 toneladas de álcool em gel para combate ao coronavírus em Juiz de Fora”

A fabricação do produto foi viabilizada também pela Prefeitura de Juiz de Fora, que recebeu doações de insumos de empresários da cidade.

A Universidade Federal de Juiz de Fora já garantiu a entrega de mais de duas toneladas de álcool em gel para o uso de profissionais de saúde e pacientes de unidades de saúde do município.

De acordo com a instituição, diversos equipamentos de segurança e proteção contra o coronavírus são produzidos por vários setores da UFJF para garantir mais eficácia nas medidas de proteção frente à pandemia.

A ação também promoveu a produção de mais de 13 mil viseiras de proteção e 200 litros de álcool 70% saneante.

A Farmácia Universitária é um dos maiores polos de produção de álcool em gel na região, e já doou cerca de 174 quilos do material para unidades de saúde de Juiz de Fora, como Hospital Universitário (HU-UFJF), o Hemominas e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).

Ainda de acordo com a UFJF, a fabricação de álcool em gel é viabilizada também pela Prefeitura de Juiz de Fora, que recebeu doações de insumos feita por uma rede colaborativa de empresários da cidade.

O material produzido é recolhido pela Prefeitura, semanalmente, e distribuído para as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da cidade.

Segundo a Universidade, cerca de 1.855 quilos de álcool gel foram entregues por meio desta parceria, na qual também estão envolvidos pesquisadores da Faculdade de Farmácia e do Departamento de Química do Instituto de Ciências Exatas (ICE).

Já a produção de álcool 70%, usado na limpeza de superfícies, é realizada pelo Departamento de Bioquímica do Instituto de Ciências Biológicas (ICB).

Segundo a UFJF, o Departamento recebeu a doação de mil litros de álcool a 96% GL da BR Distribuidora, material que foi diluído por equipes compostas por docentes e técnico-administrativos em educação (TAEs).

Cerca de 200 litros do material produzido foram entregues ao Samu. O material será usado na higienização dos veículos de transporte.

As viseiras de proteção, por sua vez, são produzidas pelo Grupo de Robótica Inteligente (GRIN) e o Laboratório de Modelagem Digital e Prototipagem (Laprot) da UFJF, e entregues a diversos hospitais e instituições de saúde da região.

De acordo com a Universidade, 13.177 viseiras já foram produzidas e cerca de 10.108 unidades foram distribuídas.

A lista de institutos que recebem o equipamento é atualizada semanalmente e está disponível no site da Laprot.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Saúde

Data: 20/05/2020

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/20-05-2020/ufjf-mobiliza-se-na-producao-de-itens-para-combate-a-covid-19.html

Título: “UFJF mobiliza-se na produção de itens para combate à Covid-19”

Mais de 13 mil viseiras de proteção e duas toneladas de álcool gel foram produzidos na Universidade

Nem mesmo a paralisação de aulas e atividades administrativas na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) conseguiu esvaziar completamente a estrutura universitária. Nos últimos meses, diversos professores, servidores e alunos da instituição têm permanecido assíduos no ambiente acadêmico, engajados na produção de itens para o combate ao coronavírus. Conforme balanço da UFJF, milhares de viseiras de proteção e toneladas de álcool gel foram produzidos nas dependências da Universidade para auxiliar profissionais da saúde e pacientes.

Na Farmácia Universitária ocorre a produção de álcool gel 70% para instituições de saúde da região. Cerca de 174 quilos do produto foram produzidos internamente e repassados ao Hospital Universitário (HU-UFJF), ao Hemominas e ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Ao todo, são 25 pessoas envolvidas no processo, entre professores, servidores e alunos da pós-graduação, divididos em duas equipes.

A partir da metade de abril, inclusive, a produção de álcool gel alcançou outra escala em parceria com a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), que recebe insumos de empresários juiz-foranos e os repassa para a UFJF. À Farmácia Universitária, juntaram-se pesquisadores da Faculdade de Farmácia e do Departamento de Química do Instituto de Ciências Exatas (ICE), e, em um mês, 1.855 quilos de álcool gel foram entregues à PJF, que os distribui entre as Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) do município.

Em outra frente, o Departamento de Bioquímica do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) trabalha na diluição de mil litros de álcool 96% doados pela BR Distribuidora, com o intuito de transformá-los em álcool 70%. Até terça-feira (19), 200 litros já haviam sido entregues ao Samu para a higienização dos veículos utilizados nos atendimentos emergenciais.

Além da produção em larga escala de álcool gel, o Grupo de Robótica Inteligente (Grin) e o Laboratório de Modelagem Digital e Prototipagem (Laprot) da UFJF produzem viseiras de proteção com objetivo de repassá-las a instituições de saúde da região. Até o momento, cerca de 13 mil itens foram produzidos, sendo que dez mil já foram distribuídos para unidades de saúde como a Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora, o Hospital Regional Doutor João Penido e o Hospital e Maternidade Therezinha de Jesus, instituições que integram a linha de frente no combate ao coronavírus.

‘É a nossa função pública’

Integrante da equipe que produz álcool gel na Faculdade de Farmácia, o professor Marcelo Silva Silvério acredita que o trabalho de apoio às unidades de saúde da região faz parte da função pública dos profissionais da Universidade. “É (um trabalho) voluntário no sentido de que muitos trabalhadores estão em trabalho remoto, mas quem está na frente de trabalho da Universidade está desenvolvendo a função pública. Alguns deles adaptando a sua função”, argumenta.

Para o pesquisador, que também é diretor da Faculdade de Farmácia da UFJF, o trabalho devolve para a comunidade o investimento público que é destinado à Universidade. “Não deixa de ser um trabalho com louvor, porque estão saindo de casa para cumprir o compromisso de devolver para a sociedade o investimento que é feito na gente. A infraestrutura e a capacitação que todo mundo tem estão sendo colocadas diretamente a serviço do combate à pandemia e do enfrentamento desse momento difícil que vivemos”, completa Silvério.

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Veículo: G1 Zona da Mata

Editoria: Saúde

Data: 19/05/2020

Link: https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2020/05/19/laboratorios-da-ufjf-sao-certificados-pela-funed-para-testes-do-coronavirus.ghtml

Título: “Laboratórios da UFJF são certificados pela Funed para testes do coronavírus”

Universidade em Juiz de Fora tem dois laboratórios credenciados e aptos. Agora, resultados são lançados diretamente no sistema do Governo.

A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) informou que os laboratórios responsáveis pela realização de testes para diagnóstico de Covid-19 receberam, nesta segunda-feira (18), o certificado de qualidade da Fundação Ezequiel Dias (Funed), vinculada à Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG).

De acordo com as normas da Funed, as certificações refletem o reconhecimento da qualidade dos serviços da instituição. Com isso, os resultados obtidos pelos testes realizados no campus são lançados diretamente no sistema de gestão de resultados do Estado e permanecem contabilizados nas estatísticas oficiais, diminuindo o quadro de subnotificação da doença em Juiz de Fora e na região.

A Fundação informou ao G1 que a Universidade está habilitada, mas, para o início dos exames os laboratórios devem definir junto a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) o fluxo de recebimento das amostras, bem como passar por treinamento.

São dois laboratórios credenciados e aptos a realizar os testes, um localizado no Instituto de Ciências Biológicas (ICB) e outro na Faculdade de Farmácia.

Processo para certificação

A Funed explicou que para as instituições serem consideradas habilitadas, elas precisam encaminhar a documentação necessária para iniciar o processo de habilitação e obter resultado satisfatório do estudo de concordância.

Para receber os certificados, os espaços precisam atender a um mínimo de requisitos em relação ao nível de biossegurança e à capacidade técnica e operacional para executar os exames RT-PCR em tempo real.

Além disso, é necessário passar por uma prova: a Funed envia para os laboratórios dez amostras com resultados positivos (com carga viral detectável) e negativos (sem carga viral detectável) para o novo coronavírus.

Enquanto a Fundação já conhece os resultados, cabe aos laboratórios testar as amostras e enviar as conclusões das próprias análises para que, desta forma, seja comprovada a concordância com os exames obtidos pela Funed. Os laboratórios da UFJF conquistaram 100% de concordância.

Com o reconhecimento da Fundação, a UFJF passa a integrar a lista de instituições aptas a receberem insumos para testes de Covid-19 adquiridos pelos estado de Minas Gerais.

Os pré-requisitos atendidos pelos laboratórios da Universidade são a realização de análises de caráter clínico e científico em amostras biológicas humanas, a presença de recursos humanos e infraestruturas adequadas para aplicação do teste e o comprometimento com normas de qualidade e biossegurança.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Política

Data: 20/05/2020

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/politica/20-05-2020/psol-define-pre-candidatura-a-prefeitura-de-juiz-de-fora.html

Título: “PSOL define pré-candidatura à Prefeitura de Juiz de Fora”

Professora da UFJF, Lorene Figueiredo foi indicada por aclamação por correligionários em reunião remota

O diretório municipal do PSOL deliberou pela indicação de pré-candidatura própria da legenda à Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) nas eleições municipais inicialmente marcadas para outubro. O nome escolhido por aclamação como possível candidata ao Poder Executivo Municipal foi de Lorene Figueiredo. professora da Universidade Federal de Juiz de Fora, ela é presidente da sigla na cidade desde 2018 e, neste mesmo ano, disputou uma cadeira na Câmara dos Deputados e obteve 2.260 votos.

A partir da definição da pré-candidatura, o PSOL de Juiz de Fora entende que já é possível iniciar os trabalhos para apresentar os projetos da legenda para a cidade. Em um primeiro momento, todavia, a pré-candidata à PJF antecipou à Tribuna o intuito de utilizar o processo eleitoral para fazer uma discussão sobre o atual cenário político vivenciado no Brasil, com tom críticos a outras esferas como os governos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e do governador Romeu Zema (Novo). “Queremos uma cidade que se materialize como uma cidade solidária”, pontua.

“A nossa candidatura faz um chamado para o campo da esquerda. Não estamos aqui para crescer por autofagia. Não queremos enfrentar outros companheiros de esquerda. Queremos uma construção cooperada e discutir e debater no bom trato republicano aquilo que é um caminho alternativo para a cidade e também para o estado e para o país”, considera a pré-candidata. Neste sentido, o PSOL sinaliza diálogo aberto com frente de esquerda e de movimentos sociais, por exemplo. “Mas no momento estamos privilegiando um trabalho interno para discutir eixos de intervenção na cidade.”

Presidente do diretório municipal da sigla, lorena afirma ainda que o partido vai trabalhar para eleger o seu primeiro vereador em Juiz de Fora, “A nossa Câmara é vergonhosa do ponto de vista de sua composição de maioria conservadora. “É um cenário difícil, mas nunca fácil para aqueles que levantam bandeiras de luta como maior distribuição de renda, de redução de desigualdades e de que haja um projeto de desenvolvimento para a cidade que seja para o conjunto dos que trabalham e não para o favorecimento de alguns grupos econômicos”, avalia.

Perfil

Professora desde 1985, Lorene tem graduação em História e pós-graduação nas áreas de Educação e Políticas Públicas. Ela também já atuou nas redes de educação municipal, estadual e privada. Desde 2010 trabalha em universidades federais, acumulando passagem também pela Universidade Federal Fluminense (UFF) _ Campus Santo Antônio de Pádua.

O diretório municipal do PSOL considera que já iniciou sua mobilização de olho nas discussões das eleições de outubro ainda no ano passado, quando realizou seminários que abordaram temas relacionados a saúde pública, assistência Social e educação. Tais encontros devem ser usados para o pontapé inicial da consolidação do programa da legenda para a disputa da PJF.

Partido ressalta nova aposta em uma mulher

Lorene também destaca o fato de o PSOL de Juiz de Fora optar uma vez mais pela indicação de uma mulher para a disputa da Prefeitura. Em 2016, a servidora da UFJF, Maria Angélica, foi a candidata do partido ao Poder Executivo. “É inegável que, desde o ‘Fora, Cunha!’, as mulheres vêm protagonizando lutas importantes no cenário nacional. Também no cenário internacional como a ‘Greve Mundial de Mulheres’ que vem acontecendo desde 2017. Isto por um motivo muito objetivo. Em um cenário de aprofundamento de recessão e de avanço do conservadorismo, as mulheres, junto com o negro e os LGBTQI+ acabam sendo os setores mais oprimidos. Esta candidatura expressa este movimento e essa luta e se dispõe a representá-la”, afirma,

No mesmo sentido, a pré-candidata lembrou ainda o movimento “Ele não”, que marcou posição contra o presidente Jair Bolsonaro durante a campanha presidencial de 2018. “Foi marcadamente construído pelas mulheres”. Todavia, Lorene considerou que não basta ser mulher, citando a possibilidade de que a cidade tenha outras candidatas à PJF, alguma delas posicionadas no espectro mais conservador do tabuleiro político nacional. “Não basta ser mulher. Temos candidaturas colocadas na cidade para este pleito que representam o oposto desta luta. Ter a candidatura de uma mulher implica em ter um projeto que dê uma resposta ao avanço do conservadorismo, da direita e do autoritarismo.”

Além de Lorene, pelos menos quatro mulheres são apontadas como pré-candidata À Prefeitura de Juiz de Fora: a deputada federal Margarida Salomão (PT), a deputada estadual Sheila Oliveira (PSL), delegada da Polícia Civil, Ione Barbosa (Republicanos) e a sindicalista Victória Mello (PSTU).

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 20/05/2020

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/20-05-2020/documento-lista-direitos-de-pacientes-com-covid-19.html

Título: “Documento lista direitos de pacientes com Covid-19”

A publicação “Direitos Humanos dos Pacientes e Covid-19” está disponível na biblioteca da UFJF

Foi disponibilizado na biblioteca da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), o documento “Direitos Humanos dos Pacientes e Covid-19”. O texto, com 35 páginas, contém diretrizes para atuação do Estado, dos profissionais de saúde e da população no que diz respeito às ameaças impostas pelo novo coronavírus.

O documento também está disponível para consulta na plataforma do ResearchGate e no site do Observatório de Direitos do Paciente, da Universidade de Brasília (UnB). Seu conteúdo foi produzido por 12 pesquisadores do país sob a coordenação das professoras da UFJF, Kalline Eler, e da UnB, Aline Albuquerque.

Para se chegar às diretrizes, os estudiosos levaram em consideração a falta de acesso a serviços de saúde, discriminação e perda de privacidade, que são alguns dos direitos humanos violados que se apresentam no caso de pessoas com diagnóstico de Covid-19, uma vez que, desde o início da pandemia, pesquisadores da área da saúde e do direito observaram casos de abusos injustificados.

“Durante uma pandemia, restrições de direitos e limitações são aceitáveis diante do cenário de emergência pública. No entanto, qualquer restrição de direitos humanos tem que ser estrita ao fim que se destina, deve ser proporcional, com um objetivo e tempo de duração muito claros”, alertou a professora de Direito da UFJF, Kalline Eler, por meio da Diretoria de Imagem.

A docente explica que o objetivo foi apresentar, de maneira objetiva, a aplicação dos direitos à vida, à privacidade, à informação e à liberdade no contexto da pandemia. Ao final da abordagem de cada tema, o leitor encontra um quadro resumido sobre seus direitos.

A professora do Programa de Pós-Graduação em Bioética da UnB, Aline Albuquerque, ressaltou que medidas de restrição não podem ser discriminatórias, uma vez que os grupos vulneráveis vão se tornar ainda mais vulneráveis. “É consenso dos órgãos internacionais que a crise provocada pela pandemia é também uma crise de direitos humanos.”

Aline enfatizou que o Estado tem a obrigação de reconhecer e prover os direitos humanos para a população. “Muita gente está perdendo emprego, por exemplo, e o Estado tem que dar uma resposta para essas pessoas, não abandoná-las à própria sorte. De forma prática, é preciso prover uma renda básica para essas pessoas, para que elas possam viver dignamente.”

Privacidade e confidencialidade

A privacidade e a confidencialidade de informações durante o período de tratamento e cuidados com a saúde é outro tema do documento. Elas se fazem importantes, uma vez que são observados casos de discriminação e de hostilidade em relação aos pacientes e ao principal grupo de risco da doença, os idosos. “Nos ambientes hospitalares, por exemplo, este direito diz respeito ao sigilo das informações que constam em prontuário eletrônico, que só devem ser acessadas por pessoas ligadas ao cuidado do paciente. Infelizmente, é muito comum o acesso indevido a essas informações em situações como a pandemia – e inclusive um vazamento não autorizado de informações para a mídia”, explicou Aline.

Ainda segundo a pesquisadora, no que se refere à polêmica acerca da violação de privacidade está o desenvolvimento de aplicativos que podem rastrear as pessoas infectadas e seus contatos, colocando em risco as informações pessoais dos indivíduos. Na Europa, onde a lei de proteção de dados é mais dura, esse tipo de tecnologia não deve ser liberada.

De acordo com a médica nefrologista Caroline Rech, integrante do Comitê de Bioética do Grupo Hospitalar Conceição, de Porto Alegre (RS), que também tem participação no documento, cabem exceções ao direito de confidencialidade sobre a utilização das informações de saúde. A Vigilância Epidemiológica deve ter acesso aos dados dos pacientes infectados por coronavírus, mas precisa garantir que essas pessoas não sejam identificadas no momento da divulgação dos números.

O direito à confidencialidade também não é absoluto quando houver um interesse real da sociedade para assegurar a proteção da saúde pública ou a segurança nacional, por exemplo.

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Veículo: Diário do Comércio

Editoria: Cidade

Data: 21/05/2020

Link: https://diariodocomercio.com.br/dc-mais/monitoramento-de-onca-pintada-e-encerrado/

Título: “Monitoramento de onça-pintada é encerrado”

Há um ano, um grupo de pesquisadores, incluindo profissionais do Instituto Estadual de Florestas (IEF), capturou, colocou um colar de monitoramento e depois soltou uma onça-pintada que vinha circulando pela região metropolitana de Juiz de Fora, na Zona da Mata.

O objetivo era monitorar a rotina do animal. Por um ano, o colar rastreou todos os movimentos da onça-pintada via GPS. Conforme previsto, o equipamento, com abertura programada e automática, foi desativado neste mês de maio e, em seguida, recuperado pelo grupo de pesquisadores.

O colar foi recolhido nos limites da área ambiental em que o animal foi solto há exatamente um ano. Os dados revelados pelo colar de monitoramento serão, agora, usados para pesquisas e ações que possibilitem o manejo adequado da população dessa espécie.

A diretora de Proteção à Fauna do IEF, Liliana Nappi, que participou das tratativas do processo de captura e soltura do animal, comemorou a localização do objeto. “Estamos felizes por saber que há indicativos suficientemente fortes de que a onça-pintada está viva e que esta história teve um desfecho de sucesso. O IEF forneceu apoio logístico aos pesquisadores durante o monitoramento do felino e seguirá acompanhando o animal por meio das pesquisas em andamento”, disse.

Conservação – O diretor-geral do IEF, Antônio Malard, destacou que “o achado é um indicativo importante de que a translocação do animal foi um sucesso, revelando que a atuação do IEF em parceria com as demais instituições nessa missão foi positiva e de importantes resultados para a ciência e a sociedade, mas, sobretudo para a conservação da espécie”.

De acordo com Fernando Azevedo, professor da Universidade Federal de São João Del Rey (UFSJ), que integra a equipe responsável pelo monitoramento do animal, há indícios capazes de confirmar que o colar encontrado pertencia, de fato, à onça-pintada capturada em Juiz de Fora.

Segundo o professor, somente o felino usava um colar com compartimento para GPS na cor branca. As outras três onças-pintadas catalogadas na região possuem o equipamento na cor preta. Além disso, o equipamento foi identificado a cerca de sete quilômetros do local onde foi realizada a soltura em 2019, apontando para um território de uso do animal.

O dispositivo de monitoramento foi encontrado junto à carcaça de um tamanduá-mirim, provavelmente predado pela onça. “Pelos vestígios e manchas de sangue fresco da caça, foi possível estimar também que ela esteve no local se alimentando. São sinais de que o animal está caçando e estabeleceu território na área onde foi solto”, afirmou o professor.

A onça-pintada continuará sendo monitorada por meio de câmeras instaladas nos arredores do local de soltura, e também pelas equipes do IEF, que farão o acompanhamento a partir de pesquisas realizadas na região.

O primeiro registro da onça-pintada foi feito por um vigilante do Jardim Botânico de Juiz de Fora, no dia 25 de abri de 2019. A área faz divisa com uma unidade de conservação estadual administrada pelo IEF no município, a Área de Proteção Ambiental (APA) Mata do Krambeck.

Desde o avistamento do animal silvestre nos limites do município, uma cooperação interinstitucional foi estabelecida. Participaram do processo o IEF, por meio do Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) de Juiz de Fora, e as entidades Campo de Instruções do Exército Brasileiro, Corpo de Bombeiros, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap/ICMBio), Polícia Militar de Meio Ambiente (PMMAmb), Prefeitura de Juiz de Fora e a UFJF, gestora do Jardim Botânico.

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Veículo: Pontal em Foco

Editoria: Cidade

Data: 19/05/2020

Link: https://pontalemfoco.com.br/cotidiano/um-ano-apos-captura-em-minas-equipes-encerram-monitoramento-eletronico-de-onca-pintada/

Título: “Um ano após captura em Minas, equipes encerram monitoramento eletrônico de onça-pintada”

Equipes responsáveis pelo acompanhamento da onça-pintada encontrada em Juiz de Fora, na Zona da Mata Mineira, localizaram, neste mês de maio, o colar de monitoramento implantando no felino após a captura, encerrando a fase de rastreamento via GPS do animal.

O equipamento foi recolhido nos limites da área ambiental onde, com apoio de agentes do Instituto Estadual de Florestas (IEF), foi realizada a soltura do animal, em maio de 2019. O caso gerou repercussão nacional após a onça ser vista em diversos locais no perímetro urbano do município, causando grande alvoroço entre os moradores da cidade.

O colar de monitoramento foi implantado com o objetivo de realizar o acompanhamento do animal após a soltura e permitir o conhecimento de seus hábitos e movimentos diários, possibilitando o manejo adequado da população dessa espécie. O dispositivo, equipado com GPS e transmissão via satélite, estava programado para ser aberto automaticamente cerca de 12 meses após a implantação, por meio de um sistema denominado drop-off.

A diretora de Proteção à Fauna do IEF, Liliana Nappi, que participou das tratativas do processo de captura e soltura do animal, comemorou a localização do objeto. “Estamos felizes por saber que há indicativos suficientemente fortes de que a onça-pintada está viva e que esta história teve um desfecho de sucesso. O IEF forneceu apoio logístico aos pesquisadores durante o monitoramento do felino e seguirá acompanhando o animal por meio das pesquisas em andamento”, disse.

O Diretor Geral do IEF, Antônio Augusto Melo Malard destacou que “o achado é um indicativo importante de que a translocação do animal foi um sucesso, revelando que a atuação do IEF em parceria com as demais instituições nessa missão, foi positiva e de importantes resultados para a ciência e a sociedade, mas, sobretudo para a conservação da espécie”, disse.

De acordo com o professor da Universidade Federal de São João Del Rey (UFSJ), Fernando Azevedo, que integra a equipe responsável pelo monitoramento do animal, há indícios capazes de confirmar que o colar encontrado pertencia, de fato, à onça-pintada capturada em Juiz de Fora.

Segundo o professor, somente o felino usava um colar com compartimento para GPS na cor branca. As outras três onças-pintadas catalogadas na região possuem o equipamento na cor preta. Além disso, o equipamento foi identificado cerca de sete quilômetros do local onde foi realizada a soltura em 2019, apontando para um território de uso do animal.

O dispositivo de monitoramento foi encontrado junto à carcaça de um tamanduá-mirim, provavelmente predado pela onça. “Pelos vestígios e manchas de sangue fresco da caça, foi possível estimar também que ela esteve no local se alimentando havia cerca de 12 horas. São sinais de que o animal está caçando e estabeleceu território na área onde foi solto”, afirmou o professor.

A onça-pintada continuará sendo monitorada por meio de câmeras instaladas nos arredores do local de soltura, e também pelas equipes do IEF, que farão o acompanhamento a partir de pesquisas realizadas na região.

Manejo, captura e soltura

O primeiro registro da onça foi feito por um vigilante do Jardim Botânico de Juiz de Fora, no dia 25 de abri de 2019. A área faz divisa com uma unidade de conservação estadual administrada pelo IEF no município, a Área de Proteção Ambiental (APA) Mata do Krambeck.

Desde que o animal silvestre foi avistado nos limites do município, foi estabelecida uma cooperação interinstitucional para acompanhamento e atuação técnica conjunta formada pelo IEF, por meio do Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) de Juiz de Fora, Campo de Instruções do Exército Brasileiro, Corpo de Bombeiros, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap/ICMBio), Polícia Militar de Meio Ambiente (PMMAmb), Prefeitura de Juiz de Fora e a UFJF, gestora do Jardim Botânico.

Foram 18 dias acompanhando todos os passos do animal, com montagem de armadilhas e cuidados para a realização de uma captura segura, tanto para o animal quanto para a população do entorno dos locais onde a onça-pintada era avistada. O IEF, por meio do Cetas de Juiz de Fora, participou ativamente durante o processo de montagem das armadilhas e também na captura, além de realizar o transporte do animal até a área de soltura.

“Participamos de reuniões estratégicas para a captura do animal e promovemos encontros com a comunidade do entorno do Jardim Botânico para esclarecer sobre os procedimentos adotados e a necessidade de preservação do animal”, explica Glauber Barino, biólogo do IEF e coordenador do Cetas de Juiz de Fora.

Segundo o biólogo, a captura foi uma ação complexa que envolveu mais de 20 pessoas, dos diversos órgãos ambientais envolvidos. “Não havia como estabelecer um prazo e a expectativa, principalmente da população próxima às áreas onde a onça era vista, era de que fosse bem rápida a captura. Podemos dizer que realmente foi, se comparada a outras capturas de onças-pintadas. Sempre nos preocupamos com a saúde do animal e também da população ao redor”, disse.

LINHA DO TEMPO

  • 25/04/2019: Registro em vídeo do animal foi feito em torno de 21h15 pelo vigilante Wamildo Jesus Ribeiro ao redor da sede administrativa do Jardim Botânico/UFJF;
  • 26/04/2019: O Jardim Botânico foi fechado ao público e formou-se a comissão interinstitucional para avaliar o caso. A equipe do Cenap/ICMbio foi acionada e chegou à cidade;
  • 27/04/2019: Foram montadas as estruturas para registro do animal;
  • 29/04/2019: População residente no entorno do Jardim Botânico é orientada quanto a procedimentos de segurança em caso de contato com o animal;
  • 02/05/2019: O secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais, Germano Vieira e o diretor-geral do Instituto Estadual de Florestas (IEF), Antônio Malard, se reuniram com o reitor da UFJF, Marcus David, para disponibilizar total apoio para solução das questões que envolvem a presença da onça;
  • 03/05/2019: Instalação das armadilhas para captura do animal com participação do IEF;
  • 12/05/2019: A onça foi capturada e passou por avaliação dos especialistas;
  • 13/05/2019: O animal foi solto em local apropriado, sendo monitorado por um ano;
  • 11/05/2020: O colar de monitoramento foi desativado automaticamente e, de acordo com avaliação das equipes responsáveis pelo acompanhamento remoto do animal, há indícios que a onça está bem e adaptada ao novo lar.

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Veículo: Blog do Lindenberg

Editoria: Polícia

Data: 20/05/2020

Link: https://www.blogdolindenberg.com.br/jornalista-e-agredido-em-barbacena-e-entidades-exigem-liberdade-de-imprensa/

Título: “Jornalista é agredido em Barbacena e entidades exigem Liberdade de Imprensa”

O agressor é um empresário e dono de uma empresa do ramo alimentício da cidade que bateu no jornalista durante filmagem de uma reportagem.

Uma equipe da TV Integração, que atua na Zona da Mata mineira, foi agredida nesta quarta-feira (20) em Barbacena, durante a gravação de uma reportagem. Os casos de agressão e ameaças contra profissionais da imprensa vêm se repetindo em vários lugares. Esse é o terceiro episódio de agressão física em menos de 15 dias.

No caso dessa quarta-feira, uma repórter e um cinegrafista estavam na rua Santos Dumont, no bairro São José, onde a equipe captava imagens da Escola Preparatória de Cadestes do Ar (Epcar), para a produção de uma matéria, quando um homem parou o carro e começou a agredir verbalmente os jornalistas. Em seguida, ele avançou sobre o repórter cinematográfico Robson Panzera e tomou o equipamento de gravação e reagiu à tentativa do jornalista de recuperar o material.

Com o tripé de câmera, o homem que tem de 54 anos atingiu o cinegrafista e depois chutou a câmera. Em seguida, saiu do local e foi embora de carro. Após o ocorrido, o repórter cinematográfico da emissora afiliada Rede Globo foi levado para a Santa Casa de Misericórdia de Barbacena para ser atendido.

O agressor foi identificado como Leonardo Rivelli, empresário e dono de uma fábrica de massas na cidade, que foi localizado pela Polícia Militar, preso e levado para a delegacia de Polícia Civil para prestar depoimentos.

O advogado do empresário, Pedro Possa, informou à imprensa local que o cliente dele preferiu não se pronunciar sobre o assunto. Já a defesa irá se manifestar somente em inquérito ou em um possível eventual processo. Pedro Possa é um dos advogados de defesa, que trabalhou no caso de Adélio Bispo de Oliveira, que está preso por ter esfaqueado o presidente Jair Bolsonaro, em setembro de 2018.

Ferimentos

O jornalista Robson Panzera teve lesão no dedo e um corte na mão. Após atendimento, o profissional foi liberado no meio da tarde desta quarta-feira. O cinegrafista informou que gravava imagens quando o agressor chegou filmando a situação. O empresário passou a gritar palavras ofensivas e partiu para a agressão logo na sequencia

Em menos de 10 dias, o Blog do Lindenberg já noticiou outras agressões contra jornalistas. Frases ofensivas contra os profissionais de imprensa foram pichadas em um tapume colocado na Avenida Alfredo Balena, ao lado do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); e o caso mais recente, que aconteceu nesse domingo (17), quando uma repórter da TV Bandeirantes foi agredida por uma manifestante durante um ato pró-Bolsonaro, em Brasília.

Notas

A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) publicou nota segundo a qual repudia o ocorrido. No texto a associação diz que: “Nada justifica tamanha violência contra um cidadão, em especial, quando se trata de um profissional da imprensa, em pleno exercício da atividade jornalística. Fecha aspas. A associação também pede às autoridades uma rigorosa apuração do caso e punição do agressor”.

Colegas

Jornalistas que atuam na região do Campo das Vertentes emitiram uma nota de repúdio sobre o ocorrido. Segundo pronunciamento, “é com indignação que os veículos de Barbacena e região receberam a notícia que a equipe da TV Integração foi alvo de agressões físicas”.

Ainda conforme os jornalistas, “Discordar faz parte do jogo democrático, a imprensa nunca foi e nunca será imune ao erro, por mais que use critérios rigorosos na apuração através de seus manuais de redação. Para toda insatisfação, há a pluralidade […] A agressão nunca é alternativa”.

Amirt

A Associação Mineira de Rádio e Televisão (Amirt) também emitiu nota repudiando a agressão. A associação lembrou que “o numero de agressões contra profissionais de imprensa subiu 54, 07% de 2018 para 2019, sendo o Sudeste a região com mais casos registrados. A entidade não aceita que mais casos como este fiquem impunes em nosso país e pede que as autoridades tomem todas as medidas cabíveis para mudar esse cenário”.

UFJF

Em nota, a Diretoria de Imagem Institucional da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) se solidarizou com o repórter cinematográfico da TV Integração, Robson Panzera. “A Diretoria repudia todo e qualquer ato de violência contra a classe jornalística e reitera a defesa do pleno exercício da atividade jornalística”.

A instituição ainda ressalta que “em momentos como este, quando o papel da imprensa é ainda mais imprescindível para que todos os cidadãos se informem e sejam capazes de exercer seu pleno direito à cidadania, assistimos à escalada da violência contra os jornalistas, incitada por governantes que não respeitam a liberdade de imprensa e o direito à informação”.

FENAJ

O Sindicato de Jornalistas Profissionais de Juiz de Fora, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais e a Federação Nacional dos Jornalistas vêm a público manifestar seu total repúdio e indignação contra mais um ato de violência praticado contra um profissional da imprensa.

Por meio desta nota, além do repúdio contra a violência, o Sindicato se coloca à disposição e presta solidariedade à equipe da TV Integração, solidariedade esta estendida a seus familiares; e também a todos os profissionais da empresa e a toda a categoria, que também se sente agredida com tamanho ato de violência, que, tristemente, não é um ato isolado.

O Sindicato entende que a violência contra um profissional de imprensa é uma violência contra toda a categoria, contra a imprensa livre, contra a sociedade e contra a democracia. A escalada de tal violência não pode mais ser tolerada nem por jornalistas, nem por toda a sociedade em geral. Assim, o Sindicato cobra um posicionamento firme das autoridades responsáveis para coibir tais atos e punir, dentro do escopo das previsões legais, agressores.

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