Veículo: G1 Zona da Mata

Editoria: Saúde

Data: 01/05/2020

Link: https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2020/05/01/alta-taxa-de-ocupacao-de-leitos-de-uti-impede-reabertura-do-comercio-em-juiz-de-fora.ghtml

Título: “Alta taxa de ocupação dos leitos de UTI impede reabertura do comércio em Juiz de Fora”

Em live transmitida na manhã desta sexta-feira (1º), prefeito Antônio Almas (PSDB) informou que o município tem 84% dos leitos para tratamento intensivo ocupados, o que é sinal de alerta para o enfrentamento à Covid-19.

Em live transmitida na manhã desta sexta-feira (1º), o prefeito Antônio Almas (PSDB) revelou que a alta taxa de ocupação dos leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) em Juiz de Fora, durante este período de pandemia, é o principal fator que impede a flexibilização e retorno das atividades comerciais.

Segundo o prefeito, atualmente a cidade tem 84% dos leitos de UTI ocupados, por pacientes de diversas patologias – inclusive Covid-19, o que coloca o município em situação de alerta.

Na noite de quinta-feira (30), Almas anunciou a manutenção das medidas restritivas em relação ao funcionamento do comércio e da cadeia produtiva da cidade.

A medida é por tempo indeterminado e é acompanhada pelo Comitê Municipal de Enfrentamento à Covid-19.

Leitos ocupados

Durante a coletiva, que contou com a participação do recém nomeado secretário adjunto de Saúde, Clorivaldo Rocha Corrêa, o chefe do Executivo explicou sobre as discussões em torno de uma possível flexibilização para volta das atividades comerciais.

Na quarta-feira (29), o Governo de Minas lançou o programa Minas Consciente, que estabelece diretrizes e classificações para um retorno gradual das atividades.

A Prefeitura informou que estuda, junto com o Comitê, sobre a adesão ou não ao programa.

O Minas Consciente estabelece uma divisão das atividades comerciais e industriais através de “ondas”.

Serviços essenciais, como supermercado, produção agrícola, farmácia e instituições financeiras, são classificadas como “onda verde” e funcionam em todas as cidades mineiras.

Para avançar na liberação de outros setores, seria preciso atender à alguns requisitos, e um dos principais é a taxa de ocupação das UTIs, para evitar um colapso no sistema de saúde da cidade.

“Para avançar na flexibilização e liberar o funcionamento de alguns setores, é preciso estar com a taxa de ocupação dos leitos de UTI abaixo de 78%. Estamos com 84%. Pelo Governo estadual, se a cidade está entre 78% e 90% de ocupação, é um sinal de alerta para avançar. Se ultrapassa 90%, é preciso voltar para uma fase anterior e adotar medidas mais restritivas”, relatou o prefeito.

Antes da pandemia, Juiz de Fora contava com 107 leitos para tratamento intensivo pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Desde março, o município ampliou para 127 leitos. “Conseguimos a incorporação de mais 10 leitos pelo Hospital João Penido, o que deve ocorrer na próxima semana.”, reforçou Almas.

Mesmo com a liberação dos novos leitos, o prefeito apontou que o número ainda não é o suficiente, caso as medidas de isolamento social continuem sendo desrespeitadas.

“Quanto maior for a adesão ao isolamento social, nós achatamos a curva e diminuímos a necessidade de leitos. O número crescente de casos na cidade acendeu um alerta que podemos precisar de mais leitos do que temos capacidade no período entre o final de maio e início de junho. Se não fizermos a nossa parte, que é respeitar o distanciamento, teremos um grande problema sanitário ali na frente. O que estamos assistindo em diversos lugares do Brasil pode ocorrer em Juiz de Fora”, destacou o prefeito.

O secretário adjunto Clorivaldo apontou que houve um aumento de 58% dos casos suspeitos de coronavírus em relação a última semana.

Só nas últimas 24 horas, o G1 mostrou que foram 27 novos casos confirmados. Os casos suspeitos ultrapassam 2.200. Correa reforçou que o pico de contágio e de casos no município ainda não ocorreu, segundo análises de estudos feitos entre a Prefeitura e a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

Para o município adquirir mais leitos de UTI, além da compra de respiradores, camas, remédios e materiais hospitalares, é necessário o credenciamento destas unidades pelo governo estadual e pelo Ministério da Saúde.

Almas contou que o Comitê de Enfrentamento, a Prefeitura e o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) seguem trabalhando para a aquisição de novas unidades de tratamento intensivo pelo SUS.

‘Barreira sanitária não vai resolver esse problema’

Almas também se posicionou sobre a questão de moradores do estado do Rio de Janeiro que estão vindo à Juiz de Fora em busca de atendimento médico.

“Desde que a Prefeitura tomou conhecimento desta situação, tive uma conversa com o secretário estadual de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, e disse à ele nossa preocupação já que a situação atinge entes federativos diferentes. Na semana passada, 10 pessoas se deslocaram de cidades do Rio de Janeiro para buscar atendimento aqui.”

O prefeito pontou que a situação de fluminenses buscando atendimento ocorre a alguns anos e que “Juiz de Fora pode ser um caminho de busca quando o Sistema de Saúde do Rio de Janeiro entra em colapso.” Ele explicou que o secretário estadual tem se movimentado para buscar uma interlocução com o Ministério da Saúde para debater a situação.

Sobre o pedido da Ouvidoria Municipal de Saúde e de outras entidades da cidade sobre uma possível instalação de barreiras sanitárias, o chefe do Executivo relatou que acredita que esta não é a melhor solução para o problema.

“Barreira sanitária não vai resolver esse problema. Qual profissional de saúde, que estiver atuando na barreira, vai realizar um diagnóstico, de um paciente com risco eminente de morte, e vai mandá-lo de volta para a cidade de origem? A solução não é fazer barreiras. Precisamos ter garantias por parte do Ministério da Saúde que, na possibilidade disso acontecer, conseguiremos atuar de forma efetiva para realizar estes atendimentos.”

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Veículo: O Tempo

Editoria: Saúde

Data: 01/05/2020

Link: https://www.otempo.com.br/cidades/casos-de-coronavirus-em-juiz-de-fora-aumentam-mais-de-50-em-uma-semana-1.2331943

Título: “Casos de coronavírus em Juiz de Fora aumentam mais de 50% em uma semana”

Entre quinta e sexta-feira, casos confirmados aumentaram em quase 30; prefeitura acredita que crescimento se deve ao descumprimento das medidas de isolamento

O descumprimento das medidas de isolamento social por parte da população de Juiz de Fora, na Zona da Mata, pode estar na raiz do aumento considerável no número de casos confirmados e suspeitos de coronavírus na cidade no curto período de uma semana. Até quinta-feira passada (23), o município contava com 118 moradores diagnosticados com a infecção, e outros 1.649 com sintomas, mas que ainda não haviam sido submetidos a testes. Transcorridos sete dias, relatório da Secretaria Municipal de Saúde aponta 179 casos confirmados nessa quinta-feira (30), enquanto outros 2.239 aguardam diagnóstico.

Diante do crescimento significativo e do temor de que os leitos de UTI do município não sejam suficientes para acolher os doentes em um possível pico da pandemia estimado para acontecer no início de junho, o prefeito Antônio Almas (PSDB) se pronunciou na manhã desta sexta-feira (1º) e respondeu às perguntas enviadas pela imprensa.

O secretário adjunto de Saúde, o médico Clorivaldo Rocha Corrêa, participou da entrevista e esclareceu que, se não houver conscientização imediata da população, a situação tende a se tornar cada dia mais drástica na cidade. “Nós percebemos um aumento de 58,5% nos casos suspeitos em relação à semana anterior. Com isso, fica muito flagrante o descumprimento das medidas de isolamento social por parte da população. Se as pessoas não tiverem responsabilidade com a própria saúde, não conseguiremos avançar”, comentou.

Almas reforçou a declaração do secretário e destacou que existe, sim, uma grande preocupação com o sistema público de saúde, que pode estrar em colapso nas próximas semanas. “Hoje, nós temos 127 leitos de UTI ativos em Juiz de Fora, o que não quer dizer que são leitos disponíveis apenas para Covid-19. É importante que a população não esqueça que a necessidade de ter mais leitos está diretamente relacionada com a nossa adesão ou não ao isolamento. Nos últimos dias, nós assistimos a esse aumento considerável, o que cresceu ainda mais o alerta para o risco de chegarmos entre maio e junho com uma necessidade de leitos superior à que temos condições hoje de incorporar. Se nós não fizermos a nossa parte, teremos um grande problema sanitário, logo ali na frente. Precisamos diminuir o risco de colapso”. De acordo com o prefeito, outros dez leitos serão incorporados ao sistema ainda na próxima segunda-feira (4), no Hospital Regional João Penido.

Com o crescente número de casos, o município ainda estuda se realmente vai aderir às etapas do Minas Consciente, projeto do governo estadual para a reabertura lenta e gradual do comércio. Inicialmente, não há qualquer previsão de relaxamento do decreto que determina a interdição completa das atividades econômicas não essenciais na cidade. “Juiz de Fora ainda não chegou ao pico da doença, não está no pico da doença, estamos tentando achatar a curva. A definição quanto à volta das atividades se estabelecerá de acordo com parâmetros epidemiológicos”, comentou.

Durante a transmissão do pronunciamento pelas redes sociais, muitos moradores questionaram o porquê de o município não optar por medidas mais duras de repressão ao descumprimento do isolamento social. Almas afirmou que não há quantidade suficiente de profissionais para que isso seja feito, além disso declarou que optou por trabalhar com a conscientização da população em vez de adotar práticas mais duras de controle.

Pacientes do Rio de Janeiro

Além dos moradores de Juiz de Fora infectados pelo coronavírus, existe uma preocupação do município com a chegada de pacientes trazidos do Rio de Janeiro, onde a situação do sistema de saúde é considerada crítica e à beira do colapso. Até 28 de março, a cidade na Zona da Mata havia recebido dez pacientes vindos do Estado vizinho, oito com suspeita de Covid-19 e outros dois com ferimentos causados por acidente de trânsito. Eles viajaram até Juiz de Fora dada a ausência de vagas nos hospitais do Rio.

Segundo Almas, a prefeitura analisa se será confirmada essa tendência de que moradores do Estado fluminense tomam o município de Juiz de Fora como uma opção para atendimento médico. Ele adiantou que não haverá instalação de barreiras sanitárias em uma rodovia federal. Apesar de esse momento ser tratado inicialmente com cautela, a Secretaria de Estado de Saúde, o governo de Rio de Janeiro e o Ministério da Saúde já foram acionados, como esclarece o prefeito.

“O secretário estadual de Saúde sabe da nossa preocupação com o deslocamento desses pacientes do Rio para Juiz de Fora. Alguns não tinham quadros só de síndrome respiratória aguda grave ou de qualquer outra síndrome gripal. Dois deles, por exemplo, saíram de Volta Redonda e vieram de ambulância após um acidente automobilístico. Não pensamos em instalar barreiras sanitárias. Quero deixar bem claro que estamos atuando, o Ministério da Saúde tem um olhar específico sobre a posição estratégica de Juiz de Fora”, pontuou.

Testes na UFJF

Com instalações preparadas, a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) já realiza testes para diagnosticar pacientes com coronavírus. Contudo, os laboratórios ainda não estão credenciados pela Fundação Ezequiel Dias (Funed) e, portanto, as conclusões obtidas nos testes não possuem validade para os balanços do município ou do Estado de Minas Gerais. Ainda não se sabe quando esses laboratórios serão certificados. Certo é que, para Almas, a incorporação dos resultados dos testes da UFJF será determinante para entender qual é a real situação da cidade.

“O número de testes realizados até agora em Juiz de Fora está muito aquém do desejado. Nós temos uma capacidade muito baixa hoje de testar pacientes, profissionais da saúde e a população. A única medida para entendermos a real situação é a ampliação dos testes, é isso que nos permite diminuir a distância entre números de pacientes suspeitos e efetivamente confirmados”, declarou.

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Veículo: G1 Zona da Mata

Editoria: Cidade

Data: 01/05/2020

Link: https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2020/05/01/juiz-de-fora-passa-dos-210-casos-confirmados-de-coronavirus-diz-prefeitura.ghtml

Título: “Juiz de Fora passa dos 210 casos confirmados de coronavírus, diz Prefeitura”

Atualizações foram divulgadas no Boletim Municipal desta sexta-feira (1°). Dados ainda não estão nos boletins do Estado e do Ministério da Saúde.

A Prefeitura de Juiz de Fora divulgou, na tarde desta sexta-feira (1°), que o município chegou a 214 casos confirmados do coronavírus. As informações são do Boletim Municipal Diário e os dados ainda não constam nas divulgações oficiais do Governo de Minas e do Ministério da Saúde.

Conforme o Município, 36 exames, que testaram positivo para Covid-19, foram feitos pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Os laboratórios da instituição ainda não foram credenciados pela Fundação Ezequiel Dias (Funed).

Nesta quinta-feira (30), o G1 mostrou que o Executivo havia informado que a cidade tinha 179 casos. A atualização mostra um aumento de 35 confirmações em 24 horas.

Casos suspeitos

Em relação aos casos suspeitos, Juiz de Fora registra nesta sexta-feira, 2.286. Já na última atualização, foram 2.239. Um aumento de 47 casos em um dia.

Mortes

A cidade continua com seis mortes confirmadas de Covid-19 e cinco óbitos em investigação. Não houve mudança em relação ao último boletim.

Isolamento social

Em entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira, o prefeito Antônio Almas voltou a chamar atenção da importância do isolamento social. O chefe do Executivo informou que não vai flexibilizar a volta das atividades comerciais na cidade.

Segundo o prefeito, atualmente o município tem 84% dos leitos de UTI ocupados, por pacientes de diversas patologias – inclusive do novo coronavírus, o que coloca a cidade em situação de alerta.

Boletim estadual

Também nesta sexta-feira, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) informou que Juiz de Fora chegou a seis mortes por Covid-19 e 146 casos da doença.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 02/05/2020

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/02-05-2020/juiz-de-fora-tem-214-casos-confirmados-de-covid-19.html

Título: “Juiz de Fora tem 214 casos confirmados de Covid-19”

Número divulgado pela Prefeitura revela aumento de 35 diagnósticos positivos até sexta-feira

Juiz de Fora registrou 214 diagnósticos positivos para o novo coronavírus (Covid-19) nesta sexta-feira (1º de maio). A informação foi divulgada pelo Boletim Municipal Diário da Prefeitura. O número revela aumento de 35 novos casos confirmados em 24 horas. Na quinta-feira (30), o Município havia contabilizado 179 diagnósticos positivos para doença.

Ainda conforme o boletim, o Município teve aumento de 47 casos suspeitos no mesmo intervalo de tempo, passando de 2.239 para 2.286.

Óbitos

A cidade tem seis mortes por Covid-19 confirmadas e investiga outros cinco óbitos. Os números são os mesmos do boletim anterior.

Testes

De acordo com a Prefeitura, do total de 214 casos positivos registrados na cidade, 36 foram testados pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Os laboratórios da instituição ainda não foram credenciados pela Fundação Ezequiel Dias (Funed). Os dados ainda não constam nas divulgações realizadas pelo Governo de Minas.

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