Veículo: CEERT

Editoria: Educação

Data: 25/03/2020

Link: https://ceert.org.br/noticias/educacao/26556/colecao-ceert-gestao-escolar-e-central-para-enfrentar-desigualdades-raciais

Título: “Coleção CEERT: Gestão escolar é central para enfrentar desigualdades raciais”

No mês em que se comemora o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial, a coleção  Gestão Escolar e Relações Étnico-Raciais coloca a gestão como peça central no enfrentamento das desigualdades e na elaboração de estratégias de ações afirmativas contínuas para a melhoria de aprendizagem do jovem negro e da jovem negra.

Compreendendo as facetas do racismo como uma prática estrutural, institucional e interpessoal, a escola e o ambiente escolar em muitos aspectos refletem e reproduzem ações e imaginários históricos do último país do planeta a abolir a escravidão. As desigualdades raciais e sociais presentes na sociedade brasileira são transversais ao sistema escolar, impondo um abismo entre as condições de acesso, permanência e sucesso dos estudantes negros e dos não negros. E, apesar dos avanços alcançados na última década no que diz respeito à presença dos jovens negros no Ensino Médio e Superior, ainda são insuficientes os resultados de aprendizagem que temos conseguido produzir. Quando comparamos os percentuais de jovens entre 19 e 24 anos que concluíram o Ensino Médio, os índices[1] são de 81,2% para as mulheres brancas e de 66,7% para as mulheres negras, e de 70,4% para os homens brancos e de 55,8% para os homens negros, o que nos convoca à elaboração desta coleção.

A coleção Gestão Escolar e Relações Étnico-Raciais coloca a gestão escolar como peça central no enfrentamento às desigualdades e na elaboração de estratégias de ações afirmativas contínuas para a melhoria de aprendizagem do jovem negro e negra, provocando a discussão e a produção de conhecimento/reflexão com os objetivos de evidenciar: i) práticas de gestão que compreendam as questões étnico-raciais no ambiente escolar associada à melhoria de rendimento escolar e à superação de desigualdades; ii) a importância da participação da comunidade escolar no processo de pertencimento, identificação e conscientização contra o racismo; iii) o protagonismo negro e suas práticas, o entendimento das juventudes e suas diversidades presentes na escola.

Justamente por essa característica de transversalidade, a problemática das desigualdades raciais deve ser analisada por um amplo espectro de perspectivas, ao passo que nos possibilita identificar as manifestações do racismo na aprendizagem e no direito à educação dos estudantes negros, assim como compreender potencialidades na atuação da gestão escolar a partir de ações direcionadas à equidade racial e à redução das desigualdades existentes.

Para conhecer os desafios do enfrentamento do racismo na escola e, principalmente, inspirar reflexões e ações que possam contribuir com esse enfrentamento, apresentamos os destaques desta coleção.

A valorização da diversidade no mundo educacional é apontada por diferentes autores como uma estratégia de combate ao racismo, que vai em direção da construção de convivência harmônica em configurações heterogêneas. Esse desafio permeia os métodos que se propõem a trabalhar com a construção de identidades na escola a partir da teoria das configurações sociais e das histórias de suas vidas, que embasam análises de como a configuração escolar pode contribuir para a presença, a permanência e o pertencimento dos estudantes a partir do fortalecimento das políticas educacionais com o recorte racial explícito. Essa discussão é apresentada no artigo “Desafios para a política educacional: a presença negra na configuração escolar”, dos autores Maria da Conceição dos Reis, Edílson Fernandes de Souza e Vilde Gomes de Menezes, da Associação Nacional de Política e Administração da Educação.

A valorização da diversidade no âmbito escolar pode ser uma ferramenta importante contra as desigualdades educacionais entre os estudantes, e a escola deve tomar medidas que não aprofundem e agravem a estrutura racial desigual que permeia nossa sociedade. A pesquisa “Sem querer você mostra o seu preconceito!”, da autora Fernanda Vasconcelos Dias (UFMG), apresenta reflexões sobre como a naturalização do silenciamento e da invisibilização de situações de preconceito racial dentro e fora da escola atingem e demarcam as concepções dos estudantes acerca do grupo racial negro. A reflexão, que provoca a necessidade de estudar a correlação entre o tripé diversidade, oportunidades educacionais e desigualdade, oferece boas pistas sobre o comportamento de uma gestão que intenciona ser um vetor na luta contra o racismo.

Como solidificação desse tema, a Lei nº 10.639/2003 é um grande marco sobre as relações raciais e o campo da educação, fruto de conquistas históricas do movimento negro. Há uma ampla bibliografia que trata da aplicação de suas diretrizes no ambiente da escola e do papel da participação da comunidade escolar. Um exemplo é a dissertação “Abrindo os portões da escola: a participação efetiva da comunidade no ambiente escolar”, de Rosângela da Silva Campos de Paula (UFJF), que aborda a importância da gestão democrática na dialética entre as determinações legais e seus fundamentos, em defesa da escola pública, da democracia, da cidadania e da participação comunitária.

Há também nesta coleção materiais abordando atividades práticas, como o vídeo “Projeto Interlocuções Africa e Diáspora Africana””, que, de modo muito sensível, apresenta o educador Josivaldo Félix Câmara em um diálogo plural com estudantes, professores, comunidade, universidade (a UEDEC) e o Movimento Negro Unificado sobre a formação da comunidade dos estudantes, a favela Pau-Brasil, estimulando reflexões e análises sobre a relação centro/periferia e desigualdades raciais. Há também o vídeo “Projeto Minha Comunidade Minha História”, um resgate da memória das pessoas mais velhas do povoado Seco das Mulatas, atividade que é fruto da junção dos conhecimentos adquiridos em sala de aula com os contidos nas memórias da comunidade, aproximando gerações de seus saberes/conhecimento e identidade, a Sankofa[2]. Ambas as iniciativas foram participantes do Prêmio Educar para a Igualdade Racial e de Gênero, realizado pelo CEERT.

Outra prática muito interessante é apresentada na dissertação de Laura Ferrari Montemezzo (UFRS), “Um galho na árvore da música negra: movimento Hip Hop e Rap no ensino de história e nas relações étnico-raciais da educação básica”, trabalho que utilizou o rap, uma das manifestações culturais do movimento de origem negra estadunidense hip-hop, para compreender de que forma os estudantes percebem rupturas e continuidades de resistência do povo negro ao longo da história do Brasil, bem como as africanidades e os marcadores da diferença presentes na sociedade brasileira.

As dimensões teóricas e práticas são igualmente importantes, pois compõem um espectro de linha auxiliar para quem está diariamente à frente da execução das políticas educacionais e lida diuturnamente com as desigualdades raciais. Assim, esta coleção disponibiliza um arcabouço de conteúdos que apoia caminhos mais assertivos para a escola, amplia repertórios de pesquisadores e gestores educacionais para fomentar esse debate na sociedade e reconhece que, para a real garantia do direito à educação, a busca pela equidade racial é condição imprescindível.

[1]Fonte: Folha de S.Paulo (dados da Pnad Contínua 2018 tabulados pelo Instituto Unibanco).

[2]Como parte de um conjunto de ideogramas chamados adinkras, da tradição africana, a Sankofa é representada por um pássaro que volta a cabeça à cauda. O símbolo é traduzido por: “retornar ao passado para ressignificar o presente e construir o futuro”.

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Veículo: Diário do Rio

Editoria: Ciência

Data: 25/03/2020

Link: https://diariodorio.com/universitarios-criam-mapa-online-para-monitorar-avanco-do-coronavirus-no-rio-de-janeiro/

Título: “Universitários criam mapa online para monitorar avanço do Coronavírus no Rio de Janeiro”

A Universidade Veiga de Almeida (UVA) lançou um mapa online que vai indicar os casos diagnosticados de Coronavírus na cidade do Rio de Janeiro, por bairro, e nos outros municípios do estado.

O objetivo é acompanhar a disseminação da doença pelo território e ajudar órgãos públicos a tomarem decisões mais eficientes para conter a pandemia.

O projeto de mapeamento é liderado pelo coordenador dos cursos de Geografia e Tecnologia de Geoprocessamento da UVA, Rodrigo Lobato, que conta com o apoio de estudantes do grupo de pesquisa PANGEA e do pesquisador Francisco Carlos Gomes, da Universidade Federal de Juiz de Fora.

“Neste momento de crise, informação é matéria prima fundamental. A Geografia é mais que uma disciplina: é uma ciência e potencializa a inteligência geográfica, que vai além de simplesmente colocar uma tachinha no mapa. Aplicada ao planejamento estratégico, pode ajudar a tomar as melhores decisões e mudar o curso dos acontecimentos”, explica Lobato.

O mapa será atualizado duas vezes ao dia a partir das informações disponibilizadas pelos órgãos oficiais. A ferramenta vai dar detalhes precisos da incidência do Covid-19 pelos bairros da cidade do Rio de Janeiro e, de forma mais branda, os casos registrados nos outros municípios fluminenses.

O mapeamento está sendo desenvolvido na plataforma ArcGIS online. A solução será disponibilizada nos próximos dias em um aplicativo para smartphones, que poderá ser baixado gratuitamente na Play Store, loja de aplicativos do Google.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 25/03/2020

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/economia/25-03-2020/gasolina-cai-30-nas-refinarias-mas-queda-nos-postos-de-jf-e-de-02.html

Título: “Gasolina cai 30% na refinarias, mas queda nos postos de JF é 0,2%”

Diminuição acumulada do preço do combustível em 2020 não é sentida pelo consumidor juiz-forano nas bombas

Mesmo com os anúncios da Petrobras de redução dos preços do óleo diesel e da gasolina nas refinarias, os consumidores juiz-foranos ainda não sentiram a queda dos valores de forma significativa. Até 19 de março deste ano, a empresa estatal acumulava redução de preço de 29,1% para o óleo diesel e de 30,1% para a gasolina nas refinarias. Levantamento realizado pela Tribuna, com base nos dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), mostrou que, comparando a média dos preços dos combustíveis em janeiro e março deste ano, a gasolina teve uma queda de 0,2%, enquanto o diesel, de 3,85% em Juiz de Fora.

Em janeiro, a gasolina foi encontrada na cidade pelo preço médio de R$ 4,873, com valor mínimo de R$ 4,65 e máximo de R$ 4,999. Já em março, o levantamento de preços da ANP mostrou que a média está a R$ 4,863, custando, no mínimo, R$ 4,599 e, no máximo, R$ 4,989. A última pesquisa da Agência em Juiz de Fora, entre 15 e 21 de março, mostrou que a gasolina vale, em média, R$ 4,853. Na semana de referência, os consumidores encontraram o combustível entre R$ 4,788 e R$ 4,989.

Já o óleo diesel estava sendo comercializado na cidade, em janeiro, pelo preço médio de R$ 3,838, variando entre R$ 3,699 e R$ 3,999. Em março, o valor médio está a R$ 3,69, com mínimo de R$ 3,499 e máximo de R$ 3,899.

Na semana passada, a Petrobras anunciou novos reajustes nos preços em suas refinarias, sendo que o diesel teria nova queda de 7,5%, e a gasolina, de 12%. Isto levou ao acumulado do ano, no qual a redução de preço de óleo diesel é de 29,1%, e de gasolina, de 30,1%.

Impostos e custos logísticos influenciam valor do combustível

O preço final de combustíveis, passado aos consumidores, leva em consideração não só o preço do produto em si, mas de outros componentes, como impostos e custos logísticos de deslocamento, de acordo com a professora da Faculdade de Economia da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) Fernanda Finotti. Desta forma, quando há redução nas refinarias, o valor só incide sobre a parte referente ao combustível. “Vamos imaginar que o custo do combustível seja 50% do preço da bomba. Em um litro de R$ 5, R$ 2,50 é gasolina. Os outros R$ 2,50 são outros gastos: custo de transporte, impostos, remuneração do posto etc. Então, quanto tem uma redução, por exemplo, de 30%, esses 30% só vão incidir sobre os R$ 2,50. Então 30% de R$2,50 vão dar R$ 0,75. Não é para você esperar uma redução de 30% nos R$ 5, caindo para R$ 3,50, e sim uma redução só nos R$ 2,50”, exemplifica.

Além disso, em Juiz de Fora, a especialista aponta que a realidade de estrutura dos postos é “cartelizada”, onde os estabelecimentos cobram preços semelhantes. “Em uma estrutura desse tipo, que simula um monopólio – como se fosse apenas um posto oferecendo, porque todos praticam a mesma política e é o que a gente chama de cartel -, eles têm muita resistência em baixar preço, porque, ao baixar preço, eles diminuem a margem.”

Disputa pelo petróleo

O valor dos combustíveis tem sido impactado, de maneira geral, por outros fatores, como a concorrência pelo petróleo entre a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), da qual a Arábia Saudita é a maior produtora, e a Rússia. A disputa geopolítica levou a Arábia Saudita a reduzir o valor do barril. Segundo Fernanda Finotti, a “guerra de preços” ocorreu por uma previsão de recessão global, somada à pandemia do coronavírus no mundo. “A Arábia Saudita queria manter esses preços artificialmente, fazendo também um cartel na produção para não deixar o preço cair. Isso é impossível, porque tem as forças de mercado, o preço cai”, explica. “Por exemplo, essa semana eu não abasteci, porque não saí de casa. Várias indústrias não queimaram o combustível porque não operaram. Então, quando você não demanda um item, o preço dele, naturalmente, cai. Caiu lá atrás, na expectativa da recessão.”

Apesar do cenário, onde grande parte da população se mantém em regime de isolamento social para evitar contaminação pelo coronavírus, a professora da UFJF alerta para o fato de que haverá soluções futuras. “O isolamento social deve ser mantido, pelo menos nessas próximas duas semanas, que vai ser o pico do coronavírus. Mas as pessoas não precisam acreditar que medidas de correções técnicas não virão. Nós temos equipes de economistas e de formuladores de política voltadas só para verificar os efeitos disso e minimizar. Ainda que seja com subsídios, com política de renda mínima… então não é para as pessoas se desesperarem. A solução virá, mas virá daqui a pouco. Primeiro o isolamento, depois a correção do problema.”

Postos dependem de decisões e repasses, diz Minaspetro

De acordo com o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais (Minaspetro), entidade que representa os cerca de 4 mil postos de combustíveis do estado, os estabelecimentos responsáveis pela revenda dos produtos integram a cadeia de comercialização, composta por “players” durante todo o processo, que vai desde o refino à disponibilização do combustível ao consumidor. Desta forma, segundo a categoria, “os postos, sendo o último e mais visado elo no segmento de distribuição e revenda, dependem de decisões e repasses – caso estes aconteçam – por parte dos outros agentes do setor; ou seja, Governo, refinarias, usinas de etanol e companhias distribuidoras”.

O Minaspetro explica, ainda, que não estima o período para que determinadas baixas ou altas de preço dos combustíveis nas refinarias, aumento de impostos e/ou quaisquer decisões políticas ou de cunho comercial tenham impacto direto nas bombas, por não ser papel sindical, por não realizarem pesquisas de preço, estoque, volume de compra ou qualquer outra informação de cunho comercial, e por não existir tabelamento do setor. A entidade reforçou que demonstra insatisfação “em relação à alta tributação incidente sobre os combustíveis, que sufoca o empresário, fecham dezenas de estabelecimentos em todo o Brasil e impedem o crescimento sustentável do país.”

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Saúde

Data: 25/03/2020

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/25-03-2020/jf-vai-receber-mais-doses-da-vacina-contra-a-gripe-nesta-quarta.html

Título: “JF vai receber mais doses da vacina contra a gripe nesta quarta”

Grande procura pela imunização levou a desabastecimento em alguns postos durante parte desta terça

Os juiz-foranos têm formado filas nos postos de vacinação contra a gripe em Juiz de Fora. A campanha, antecipada em razão da pandemia de coronavírus, começou nesta segunda-feira (23), quando já foi registrada grande demanda. Somente no posto da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), 790 idosos receberam a dose no primeiro dia. Nesta terça-feira, a alta procura pela vacina foi relatada por leitores da Tribuna, que verificaram falta de doses durante parte do dia. Questionada pela Tribuna, a Secretaria de Estado de Saúde (SES), responsável por repassar as vacinas aos municípios, informou que uma nova remessa será enviada a Juiz de Fora.

Uma leitora relatou que na Unidade Básica de Saúde (UBS) do Bairro Filgueiras, na região Nordeste, a aplicação foi interrompida por volta das 10h por falta de doses. Na parte da tarde, o trabalho teria sido retomado. Quem procurou pela vacina na UBS do Bairro Teixeiras, Zona Sul, na parte da manhã, se deparou com o cartaz fixado com o informe “Vacina influenza acabou. Aguardamos reabastecimento”. Questionada, a Secretaria de Saúde da Prefeitura informou que recebeu, na última semana, a primeira remessa de doses do Estado, que foram destinadas às 63 unidades. Outra parte foi destinada aos profissionais dos serviços públicos e privados de saúde, que, juntamente com os idosos, estão no grupo prioritário da primeira fase da campanha. Ainda de acordo com a pasta, “a cada recebimento, o setor de imunização prepara uma nova rota de abastecimento para as salas de vacinação”.

A expectativa é de que mais doses sejam recebidas nesta quarta-feira (25), segundo informou a SES. À Tribuna, a pasta estadual disse que repassará às superintendências regionais mais doses da vacina contra o Influenza, vírus da gripe, nesta quarta, quando a campanha nacional chega ao seu terceiro dia.

Alta demanda

Na tarde desta terça, a reportagem registrou que o movimento no PAM-Marechal era controlado, e as filas que se formaram respeitavam o distanciamento mínimo de um metro entre as pessoas, recomendado pelas autoridades em saúde para evitar a proliferação do vírus.

Ainda como medida para evitar o contato entre quem procura a vacina a pasta promoveu a aplicação de doses em sistema de drive thru nesta segunda, em posto especial montado na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). A alternativa, que promoveu a aplicação das doses dentro de automóveis, resultou na imunização de 790 idosos. Neste posto, o horário de vacinação é de 11h a 16 às segundas-feiras; das 8h às 16h de terça a sexta; e de 9h a 14h aos sábados.

Campanha se estende até maio

A cada semana, idosos de uma faixa etária diferente receberão as doses até o final da primeira fase, em 15 de abril. O sistema foi adotado pela Secretaria de Saúde da Prefeitura para evitar aglomerações de pessoas nas 63 unidades de saúde do município, tendo em vista o combate ao novo coronavírus. Pessoas com 80 anos ou mais serão vacinadas até esta sexta. Já os idosos de 70 a 79 anos receberão as doses de 30 de março a 3 de abril, e aqueles que têm 60 a 69 anos serão vacinados de 6 a 15 de abril. Recomenda-se o uso de máscara ao idoso que se dirigir até uma unidade de saúde.

Na segunda fase serão vacinados professores, profissionais das forças de segurança e salvamento e doentes crônicos. A terceira fase será destinada a imunizar crianças de 6 meses a menores de 6 anos, pessoas com 55 anos ou mais, grávidas, mães no pós-parto, população indígena e pessoas com condições especiais.

A vacina ofertada é a trivalente, que protege contra os três subtipos do influenza: H1N1, H3N2 e Influenza B. Composta por vírus inativados, ou seja, mortos, é bastante segura. A dose é contraindicada para pessoas que têm histórico de reação grave a doses anteriores ou alergia grave a ovo de galinha. Ressalta-se que a vacina não imuniza contra a Covid-19, doença causada pelo coronavírus. A antecipação do período para imunização, pelo Ministério da Saúde, tem como objetivo auxiliar os profissionais de saúde a descartarem o Influenza na triagem de casos da doença.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Saúde

Data: 25/03/2020

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/25-03-2020/pjf-recebe-mais-18-mil-doses-de-vacina-e-admite-demanda-maior.html

Título: “PFJ vai receber mais 18 mil doses de vacina e admite demanda maior”

Nesta quarta houve novos relatos de falta de vacina contra influenza na UBS do Teixeiras e também no Centro

Novos relatos de faltas pontuais de vacina contra o vírus da gripe nesta quarta-feira (25) demonstram que a corrida aos postos em Juiz de Fora tem sido grande nesta primeira semana da 22ª Campanha Nacional de Imunização contra a Influenza. Ao mesmo tempo em que a adesão reforça a preocupação dos idosos diante da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), a tentativa de vacinação frustrada coloca justamente o grupo mais vulnerável à nova doença exposto, já que a primeira fase da campanha prioriza a imunização de idosos com 80 anos ou mais e essas pessoas têm saído de casa mais de uma vez para conseguirem se imunizar contra a gripe. Segundo a Secretaria de Saúde do Município, foram recebidas do Estado 18 mil doses nesta quarta e as mesmas foram encaminhadas para as 63 Unidades Básicas de Saúde (UBSs), PAM-Marechal, Departamento de Saúde do Idoso (DSI) e para o posto extra da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), que funciona em esquema de “drive thru”, vacinando os idosos nos carros.

Mesmo assim, a vacina chegou a faltar na UBS do Teixeiras, Zona Sul, onde a situação já havia acontecido na terça, e na UBS Centro-Sul, na Avenida Rio Branco, conforme denúncias recebidas pela Tribuna. A Secretaria de Saúde admitiu que a demanda nesta primeira semana tem sido além da esperada, e que as doses não estão sendo suficientes diante da procura. Para evitar o deslocamento desnecessário, a orientação da Prefeitura é para os usuários tentarem fazer contato com os postos de saúde antes de comparecerem às unidades, a fim de confirmar a disponibilidade. Os telefones estão neste link. “A responsabilidade de envio das doses é da Secretaria de Estado de Saúde. Sempre que chegam, fazemos nova rota de entrega para as unidades”, reforçou a pasta, acrescentando que a reposição é feita durante todo o dia.

A vacinação contra o vírus Influenza teve o calendário adiantado e tem sido ainda mais recomendada neste momento de pandemia porque, apesar de não prevenir contra o novo coronavírus, ajuda os profissionais de saúde nos diagnósticos, já que a testagem da Covid-19 não tem sido feita em massa. Além da possibilidade de se descartar a gripe em casos suspeitos, a ideia é desafogar o sistema de saúde, já que a doença, considerada comum, também leva a quadros de pneumonia grave.

Com essa consciência, a moradora do Filgueiras, Zona Nordeste, Marileia Ricardo, 65 anos, foi até a UBS do bairro na última terça, mas não conseguiu ser imunizada na primeira tentativa, por volta das 10h. “Não fomos na segunda-feira para evitar tumulto, mas não adiantou. Saímos de casa com medo, com máscara e tudo.” Apesar de ter menos de 80 anos, ela se adiantou por estar no grupo de risco da Covid-19 não só pela idade, mas também por sofrer de problemas no pulmão e coração. Marileia e o marido diabético, 69, conseguiram ser vacinados por volta das 14h do mesmo dia. “Disseram que só no primeiro dia receberam 280 idosos (na UBS do Filgueiras). Acho que agora deve normalizar, graças a Deus, porque aqui temos muitas pessoas mais velhas.” Ela acrescentou que a região conta com apenas dois médicos para cerca de dez mil moradores. “Eles são nossos heróis, estão sempre lutando por nós e merecem nosso apoio.”

“Não há falta da vacina”

Em nota publicada na manhã desta quarta, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) esclareceu que a distribuição das doses utilizadas na 22ª Campanha Nacional de Imunização contra a Influenza é de responsabilidade do Ministério da Saúde. “O papel da secretaria é receber as doses enviadas pelo Ministério e as repassar para as 28 regionais de saúde do estado, que, por sua vez, fazem o encaminhamento para cada município sob sua jurisdição.”

Conforme o fluxo definido pelo Ministério da Saúde, as doses estão sendo enviadas para os estados semanalmente, e a previsão é que durante a campanha sejam totalizadas, aproximadamente, 14 remessas. No último dia 16 foram recebidas 913.200 vacinas em Minas, que já foram distribuídas para as unidades regionais de saúde para repasse aos municípios. Já as 592 mil doses contra a Influenza que chegaram ao Estado na segunda-feira (23) ainda estão sendo direcionadas.

Ainda conforme a SES, o Ministério da Saúde garante que o quantitativo de vacinas necessário para atender as pessoas incluídas nos grupos prioritários será disponibilizado. “Não há falta da vacina”, destacou.

UFJF alerta sobre cuidados na vacinação

Preocupada com alguns comportamentos nos dois primeiros dias de vacinação contra a gripe no campus da UFJF, a universidade divulgou em suas redes sociais, nesta quarta, um alerta sobre as observações da equipe de enfermagem atuante no “drive thru”. Indo contra as orientações, foram constatados carros cheios de idosos, pessoas fora da faixa etária foco desta semana, que é de 80 anos ou mais, e idosos com roupas que dificultam a aplicação da vacina sem sair do carro. “Com tudo isso, para aplicar a vacina, tem sido preciso mais proximidade e toques, que, por segurança, neste momento, poderiam ser evitados”, enfatizou a instituição.

A recomendação é para que, sendo possível, haja apenas um ou dois idosos em cada carro. Também deve-se seguir o calendário de vacinação prioritário por faixa etária. Pessoas da terceira idade abaixo de 80 anos serão atendidas nas semanas seguintes, sendo a próxima direcionada ao público entre 70 e 79 anos. Já de 6 a 15 de abril, serão recebidos aqueles entre 60 e 69 anos. “Vá com camisa ou camiseta que facilite o acesso ao braço e a aplicação da vacina com mais distância. Ou se for de blusa, retire-a momentos antes”, finalizou a UFJF.

A vacina disponibilizada é a trivalente, que protege contra os três subtipos do Influenza: H1N1, H3N2 e Influenza B. A dose é contraindicada para pessoas que têm histórico de reação grave ou alergia grave a ovo de galinha. A meta é imunizar 90% do público-alvo, que em Juiz de Fora corresponde a 132.592 pessoas. Na segunda fase, de 16 de abril a 9 de maio, será a vez de professores, profissionais das forças de segurança e salvamento e doentes crônicos. Já na terceira e última etapa, de 9 a 22 de maio, serão atendidas crianças de 6 meses a menores de 6 anos, pessoas com 55 anos ou mais, grávidas, mães no pós-parto, população indígena e portadores de condições especiais.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cultura

Data: 26/03/2020

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cultura/26-03-2020/como-a-fe-pode-ajudar-a-lidar-com-a-pandemia-e-a-supera-la.html

Título: “Como a fé ajuda a lidar com a pandemia”

Especialistas discutem o impacto da religião na saúde e seu poder para enfrentar momentos difíceis como a pandemia vivida neste momento

Para muitas pessoas, a espiritualidade está diretamente ligada à sua forma de interpretar o mundo. O propósito da vida, as dificuldades encontradas e a morte estão entre os questionamentos que encontram sentido na fé. Para os especialistas, crer em algo que transcende pode ser o antídoto para que a humanidade atravesse com segurança a pandemia da Covid-19.

Segundo o professor de psiquiatra da UFJF e coordenador da sessão de Espiritualidade da Associação Mundial de Psiquiatria, Alexander Moreira-Almeida, há muitos estudos que investigam o impacto da espiritualidade sobre a saúde. Em linhas gerais, os resultados mostram que quanto maior o nível de envolvimento religioso, menores são os níveis de depressão, índices de suicídio, problemas com álcool e outras drogas, maior qualidade de vida e menor mortalidade geral.

“Não sabemos exatamente porque, mas uma hipótese provável é de que o indivíduo mais religioso tende a ter um pensamento mais saudável, cuidando mais do corpo como um presente de Deus, por exemplo. A religião enfatiza o vínculo social, o indivíduo passa a se preocupar mais com os outros e não pensar só em si mesmo. Também sabemos que ter um sentido para a vida está mais associado à saúde e ao bem-estar. Outros mecanismos que podem ter efeitos benéficos à saúde são as práticas religiosas de oração, meditação e jejum”, observa o psiquiatra, ressaltando que a religiosidade também está associada ao equilíbrio imunológico.

Para o especialista, a pandemia vivida por todo o mundo atualmente chama a atenção das pessoas como um lembrete da mortalidade. “Percebemos que não estamos no controle das coisas, desperta para o aspecto da transitoriedade do mundo material, e essa é uma mensagem geral das religiões. E ao trabalhar com o propósito existencial, a vida imaterial e de que existe algo além, a religião pode trazer serenidade para essa situação. Do ponto de vista saudável da religião, há a ideia de que faço o melhor que posso e o resto está nas mãos de Deus.

O médico ressalta, porém, para o risco de alguns comportamentos religiosos não apropriados. “É o uso inadequado da religião de que ‘não preciso fazer nada, Deus me protege’”, observa o psiquiatra, relembrando o culto religioso na Coreia do Sul que, ao aglomerar fiéis no mesmo ambiente que uma pessoa infectada, espalhou o vírus para a comunidade presente. “Embora a maioria esteja colaborando, houve esse episódio em que não foi trabalhada a parceria com Deus, deixaram só na mão dele.”

Uma nova proximidade

Segundo o professor do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Religião da UFJF, Faustino Teixeira, o fato de as pessoas orarem e buscarem por seus templos quando enfrentam algum problema se deve ao “poder” que a religiosidade tem para superar dificuldades. Ele ressalta, ainda, que aqueles que estão ligados a uma comunidade de fé ou a uma vida espiritual conseguem lidar com as questões-limite com mais tranquilidade e serenidade.

Para ele, o isolamento social forçado – medida adotada pelo Poder Público na tentativa de reduzir o avanço do novo coronavírus, inclusive em Juiz de Fora – é duro para muitas pessoas. Com isso, é necessário que sejam reforçados os laços de amizade, ainda que por telefone ou internet. “São momentos muito difíceis e nem todos estão preparados para lidar com essa crise com o equilíbrio necessário. Saber que estamos envolvidos por amizade forte é fundamental nessas circunstâncias. São pequenos gestos que falam por si e que garantem a alegria de um sorriso em tempos sombrios”, reflete. E é essa virtude do acolhimento que deve ser exercida pelas religiões, sobretudo daqueles que mais necessitam, ressaltadas por Teixeira como sendo os “carentes de terra e de teto”.

“Os guias espirituais devem deixar-se habitar por essa solidariedade e capacidade de hospitalidade, buscando a todo custo manter viva a esperança, apesar de tudo. Os momentos de isolamento são essenciais para rever nossa posição no mundo e também colocar nossa vida em seu devido lugar, longe das arrogâncias e autossuficiências. São momentos geradores ou propiciadores de humildade”, diz, relembrando a fala do Papa Francisco a um jornal italiano em que sublinhou a importância de descobrirmos “uma nova proximidade”, pontuada pela atenção, cuidado e paciência.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Social

Data: 26/03/2020

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/26-03-2020/professor-da-ufjf-esta-na-uti-com-suspeita-de-coronavirus.html

Título: “Professor da UFJF está na UTI com suspeita de coronavírus”

Universidade destaca que, após retornar de viagem da França, ele não voltou a frequentar a instituição

Um professor do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFJF está internado na UTI com suspeita de infecção pelo novo coronavírus (Covid-19). Uma mensagem postada por familiares e que circula no aplicativo WhatsApp relata que Daniel Sales Pimenta, de 57 anos, esteve na França e voltou da Europa no último dia 14. “Sabendo da gravidade da pandemia, ele tomou os devidos cuidados com a utilização de máscara e realização de quarentena voluntária”, informa a nota. No entanto, com o passar dos dias, os sintomas começaram a aparecer, e ele precisou ser internado no sábado (21). Até quarta (25), segundo a mesma divulgação, o docente estava internado na UTI, sedado e com ventilação mecânica, sendo ainda aguardado o resultado do teste para confirmação da Covid-19. A informação é de que ele está no Monte Sinai, mas a assessoria do hospital não se posicionou sobre o caso específico, porque apenas os familiares estão autorizados a receber os dados diretamente dos médicos assistentes.

Procurada pela Tribuna, a UFJF informou ter sido alertada de forma informal, por meio de nota emitida por aplicativo de mensagens, sobre a suspeita de coronavírus do docente do ICB, Daniel Pimenta. “Reforçamos, portanto, que o professor em questão – conforme consta na nota – apresentou sintomas ao retornar de uma viagem feita, por iniciativa pessoal e não acadêmica, à França. Ao retornar a Juiz de Fora, ele se manteve em regime de quarentena, portanto, não voltou a frequentar a UFJF. Lembrando que as atividades da instituição também já haviam sido suspensas.”

Ainda conforme a assessoria, a administração da universidade está acompanhando o caso e torcendo para que ele se recupere o mais rápido possível. “No momento é importante dar tranquilidade à comunidade universitária de que a possível contaminação não ocorreu em Juiz de Fora e que não houve transmissão dentro da UFJF, pois ao chegar o professor se colocou em isolamento imediato”, concluiu.

Na mensagem postada e assinada por quatro filhos, os parentes dizem que estão confiantes na recuperação de Daniel. “Pedimos a todos que se cuidem e cuidem das pessoas ao seu redor. Boas energias e orações são bem vindas.” A Tribuna está tentando contato com a família do professor.

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Veículo: G1 Zona da Mata

Editoria: Ciência

Data: 26/03/2020

Link: https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2020/03/26/pesquisadores-da-ufjf-desenvolvem-prototipo-de-epi-para-uso-medico-atraves-de-impressora-3d.ghtml

Título: “Pesquisadores da UFJF desenvolvem protótipo de EPI para uso médico através de impressora 3D”

Segundo os pesquisadores, ideia do projeto é para tratamento de pacientes com o novo coronavírus.

Pesquisadores da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) estão desenvolvendo um protótipo de Equipamento de Proteção Individual (EPI) para uso por equipes médicas durante o tratamento de pacientes do novo coronavírus.

Segundo os professores do Departamento de Física, do Instituto de Ciências Exatas (ICE), Rodrigo Alves Dias e José Paulo Mendonça de Furtado, a ideia do projeto é a criação de uma cúpula em formato semi cilíndrico que permite o acesso às mãos do médico por um lado e da equipe transdisciplinar, com aparelhos, do outro.

Para a construção das peças são utilizadas impressoras 3D e plástico transparente, de forma que possa ser de fácil remoção para trocar de pacientes. “O EPI ajuda protegendo das gotículas de vapor que exalam do paciente, enquanto ele se encontra na maca cirúrgica, de se espalharem naquele ambiente. A idéia é proteger a equipe de saúde, pois o contaminado acaba tossindo ou escarrando, exalando essas microparticulas, e o equipamento evita essa aproximação e contágio”, explicou Dias.

A intenção dos pesquisadores é aperfeiçoar o modelo de caixa e levar uma solução que possa ser produzida em larga escala pelo Brasil, em qualquer lugar que tenha uma impressora 3D. O professor Rodrigo explicou que a ferramenta cria uma forma de proteger os profissionais da saúde.

“Preciso reforçar que ainda é um protótipo e que precisa ser testado pelos profissionais da área. Essa é nossa contribuição para que saibam que estamos aqui para ajudar com tudo o que temos de melhor.”, reforçou.

De acordo com o pesquisador, a proposta para o futuro é fazer produções diárias de várias peças, pois esta estrutura está sendo projetada para ser articulada e montada similarmente ao jogo de Lego. A intenção é testar os primeiros protótipos no Hospital Universitário (HU-UFJF).

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Ciência

Data: 26/03/2020

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/26-03-2020/pesquisadores-da-ufjf-desenvolvem-epi-utilizando-impressora-3d-para-profissionais-de-saude.html

Título: “Pesquisadores da UFJF desenvolvem EPI utilizando impressora 3D para profissionais de saúde”

Equipamento busca evitar que gotículas de vapor d’água, exaladas por pacientes diagnosticados com coronavírus, se propaguem pelo ar e contaminem profissionais da saúde

Na linha de frente no combate ao novo coronavírus, trabalhadores da saúde lidam com pacientes infectados diariamente e, desta forma, necessitam de reforço na proteção para evitar contaminação pela doença. Pensando no cuidado com esses profissionais, os professores do Departamento de Física, do Instituto de Ciências Exatas (ICE), da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Rodrigo Alves Dias, José Paulo Furtado de Mendonça e Evandro Bastos dos Santos, estão desenvolvendo um protótipo de Equipamento de Proteção Individual (EPI) para utilização durante o tratamento de pacientes de coronavírus, produzido por meio de uma impressora 3D. 

Na prática, o EPI em elaboração busca evitar que as gotículas de vapor d’água, exaladas por pacientes diagnosticados com a doença, se propaguem pelo ar e cheguem até o rosto do profissional de saúde, complementando os outros acessórios de proteção, como a máscara, ou mesmo suprindo a ausência deles. Trata-se de uma cúpula que permite o acesso às mãos do médico por um lado e do restante da equipe do outro. “Como está tendo falta de EPIs, a ideia é fazermos um que possa ser útil para os médicos e que possa ser de fácil confecção, com material bem acessível que possa encontrar no comércio”, explica o professor José Paulo Furtado de Mendonça. “Isso vai evitar que, quando o médico se aproximar do paciente que esteja na UTI para fazer alguma análise, esse contato pelo ar ocorra.”

Com a fabricação por meio da impressora 3D, qualquer pessoa que tenha o instrumento em casa poderia produzir o equipamento a partir do desenho dos pesquisadores. O EPI também está sendo planejado de forma que possa ser facilmente reutilizado, segundo Mendonça. “É um esqueleto, feito de um material muito semelhante àquele lego, que contém uma película de plástico. A ideia é que esse plástico possa ser trocado à medida que for necessário. Já o esqueleto pode ser esterilizado com álcool em gel ou com limpeza comum que tenha no hospital.”

Fase de testes

Mesmo com as aulas suspensas na UFJF e com o regime de isolamento social para evitar a propagação do coronavírus, os professores continuam trabalhando no protótipo. A intenção é que ele seja finalizado o quanto antes para iniciarem a fase de testes. “Apesar da Universidade estar parada, os pesquisadores estão trabalhando em casa, buscando ajudar a sociedade”, aponta Mendonça. “Eu estou na minha casa, e o Rodrigo está na casa dele. O Rodrigo tem a impressora 3D, nós estamos discutindo isso durante a semana, sobre como a técnica tem que ser aperfeiçoada, aí ele produz, faz alguns testes em casa, e assim que esse protótipo estiver na fase final, a ideia é entregar para iniciar alguns testes e verificar se precisa fazer alguma alteração.”

Segundo o professor, o objetivo é que o protótipo seja testado no Hospital Universitário (HU) da UFJF. “Se funcionar e eles derem o ok, a ideia é espalhar isso para o Brasil inteiro para que cada um que tenha uma impressora 3D possa produzir em casa e entregar para os hospitais.”

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Veículo: G1 Zona da Mata

Editoria: Saúde

Data: 26/03/2020

Link: https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2020/03/26/farmacia-universitaria-produz-alcool-em-gel-para-servicos-de-saude-em-juiz-de-fora.ghtml

Título: “Farmácia Universitária produz álcool em gel para serviços de saúde em Juiz de Fora”

Material é distribuído para higienização de profissionais, que feita de forma adequada previnem e protegem também pacientes contra o coronavírus.

Após o avanço do novo coronavírus, a Farmácia Universitária da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) adotou medidas para minimizar o impacto na cidade. Atualmente, o local produz álcool em gel e distribui o material para os serviços de saúde do município

O ponto de vacinação contra a gripe, localizado no campus, e o Hospital Universitário (HU-UFJF) foram os primeiros a serem contemplados com a produção. Cerca de 50 frascos de 125 ml de álcool em gel são produzidos por dia, a partir de insumos próprios.

Segundo o diretor da Faculdade de Farmácia da UFJF, Marcelo Silvério, o produto é enviado para a proteção dos trabalhadores e, consequentemente, dos próprios pacientes.

“Quando os profissionais têm condições de fazer uma boa higienização, eles protegem tanto a própria saúde, quanto daqueles que são atendidos”, explicou.

Para aumentar a produção, a UFJF já autorizou a compra de mais insumos. O Hospital Universitário também busca adquirir materiais. Conforme Silvério, “a produção diária pode ser dobrada, contribuindo para maior segurança a todos”, finalizou.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Saúde

Data: 26/03/2020

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/26-03-2020/farmacia-da-ufjf-produz-alcool-gel-para-servicos-de-saude.html

Título: “Farmácia da UFJF produz álcool em gel para serviços de saúde”

Produtos são elaborados com insumos da própria instituição e distribuídos para HU e posto de vacinação

A Farmácia Universitária da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) está produzindo álcool gel e distribuindo para serviços de saúde. As primeiras instituições a receberem o produto foram o Hospital Universitário (HU) e o posto de vacinação contra gripe influenza estabelecido no próprio campus da UFJF. A farmácia tem em média uma produção 50 frascos de 125 ml por dia.

O Hospital Universitário, junto à administração da UFJF, está em busca de abastecer o estoque de matéria-prima para aumentar a produção de álcool gel. A compra de novos materiais já está autorizada. De acordo com o diretor da faculdade de Farmácia da UFJF, Marcelo Silvério, em nota distribuída à imprensa, a chegada de novas matérias-primas pode dobrar o número de frascos produzidos.

O diretor ainda defende a causa como uma maneira de proteger tanto os profissionais da saúde quanto a população. “Quando os profissionais têm condições de fazer uma boa higienização, eles protegem tanto a própria saúde quanto a daqueles que são atendidos”, disse em nota. A iniciativa está sendo coordenada pela farmacêutica Juliane Felicíssimo e pelos professores Guilherme Tavares e Alessandra Mendonça.

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Veículo: Acessa

Editoria: Educação

Data: 25/03/2020

Link: https://www.acessa.com/educacao/arquivo/noticias/2020/03/25-ufjf-suspende-calendario-academico/

Título: “UFJF suspende calendário acadêmico”

Nesta terça-feira, 24 de março, a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) publicou a Resolução nº 23/2020 que suspende, por tempo indeterminado, o calendário acadêmico. A medida passa a valer a partir desta quarta-feira, 25. A suspensão será aplicada em todos os cursos de graduação, presenciais e a distância, dos campi de Juiz de Fora e de Governador Valadares.

De acordo com a resolução, o Conselho Setorial de Graduação (Congrad) deverá propor novo calendário para cumprir as demandas acadêmicas e avaliativas que ainda não foram realizadas, assim que o Conselho Superior (Consu) indicar o retorno das atividades. A medida foi tomada em razão da suspensão das atividades acadêmicas e administrativas presenciais no âmbito da UFJF, em decorrência da pandemia do novo coronavírus.

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Veículo: Acessa

Editoria: Saúde

Data: 27/03/2020

Link: https://www.acessa.com/saude/arquivo/noticias/2020/03/27-drive-thru-vacinacao-ufjf-estende-horario-atendimento-neste-sabado/

Título: “UFJF estende horário de atendimento do Drive Thru de vacinação contra gripe neste sábado”

Em função da grande demanda observada na sua primeira semana de funcionamento, o posto de vacinação contra a influenza da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em sistema de drive thru, estenderá seu horário de atendimento neste sábado, 28 de março. Os idosos com 80 anos ou mais poderão ser imunizados das 8h às 16h.

A ideia da vacinação em drive thru é que os idosos possam ser imunizados sem sair do carro, reduzindo risco de exposição ao novo coronavírus. A tenda está localizada no estacionamento da Faculdade de Educação, próximo à cantina. A ação ocorre em parceria com a Secretaria de Saúde da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF).

É necessário que a população respeite a faixa etária estabelecida. As pessoas devem vestir roupas de fácil acesso ao braço, o que diminui o contato. Outra recomendação é a de que os carros estejam mais vazios, evitando filas. Não é necessário levar o cartão de vacinação. Os imunizados receberão um adesivo com as informações sobre a vacina para ser colado posteriormente no cartão.

Pessoas que apresentam algum quadro de síndrome gripal ou estejam em quarentena indicada por médico não devem se vacinar no momento.

A vacina ofertada é a trivalente, que protege contra os três subtipos do influenza: H1N1, H3N2 e influenza B. Composta por vírus inativados, ou seja, mortos, ela é segura. A dose é contraindicada para pessoas com histórico de reação grave anterior ou alergia grave a ovo de galinha. Essa vacina não imuniza contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.

Postos da Prefeitura também oferecem a vacina

Além da imunização realizada na UFJF, a vacinação também acontece no sistema tradicional, de segunda a sexta-feira, nas unidades básicas de Saúde (UBSs), das 8h às 10h30 e das 13h às 16h30; no Departamento de Saúde do Idoso (Rua Batista de Oliveira 943, no Centro), das 8h às 16h30; e no Pam Marechal, das 8h às 16h30.

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Veículo: G1 Zona da Mata

Editoria: Saúde

Data: 27/03/2020

Link: https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2020/03/27/ufjf-amplia-horario-de-vacinacao-contra-a-gripe-neste-sabado-em-juiz-de-fora.ghtml

Título: “UFJF amplia horário de vacinação contra a gripe neste sábado em Juiz de Fora”

Idosos com 80 anos ou mais poderão ser imunizados na tenda localizada no estacionamento da Faculdade de Educação. Saiba as recomendações.

O posto de vacinação contra a influenza da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) estendeu o horário de atendimento, neste sábado (28). Os idosos com 80 anos ou mais poderão ser imunizados das 8h às 16h.

De acordo com a UFJF, a ideia da vacinação em “drive thru” é que os idosos possam ser imunizados sem sair do carro, reduzindo risco de exposição ao novo coronavírus. A tenda está localizada no estacionamento da Faculdade de Educação.

A vacina ofertada é a trivalente, que protege contra os três subtipos do influenza: H1N1, H3N2 e B. A dose é contraindicada para pessoas com histórico de reação grave anterior ou alergia grave a ovo de galinha.

Recomendações

Os idosos devem vestir roupas de fácil acesso ao braço, o que diminui o contato. Outra recomendação é a de que os carros estejam mais vazios, evitando filas.

Não é necessário levar o cartão de vacinação. Os imunizados receberão um adesivo com as informações sobre a vacina para ser colado posteriormente no cartão.

Já pessoas que apresentam algum quadro de síndrome gripal ou estejam em quarentena indicada por médico não devem se vacinar no momento.

Outros locais de vacinação

Além da imunização realizada na UFJF, a vacinação também ocorre de segunda a sexta-feira, nas unidades básicas de Saúde (UBSs), das 8h às 10h30 e das 13h às 16h30; no Departamento de Saúde do Idoso, na Rua Batista de Oliveira 943, no Centro, das 8h às 16h30; e no PAM Marechal, das 8h às 16h30.

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Veículo: Jornal Correio da Cidade

Editoria: Cidade

Data: 26/03/2020

Link: http://www.jornalcorreiodacidade.com.br/colunas/1865-COLUNA-MGRede-de-Notcias-do-Sindijori-MG-2603

Título: “Coluna MG: Rede de Notícias do Sindijori MG 26/03”

Entidades querem flexibilização

Entidades e sindicatos querem a flexibilização do decreto municipal para a reabertura do comércio em Uberaba. Um documento foi apresentado ao prefeito Paulo Piau. A informação é do presidente da Associação Comercial e Industrial de Uberaba (Aciu), Anderson Cadima. Além da Aciu, a mobilização conta com o apoio da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais Vale do Rio Grande (Fiemg), Sindicato do Comércio de Uberaba (Sindicomércio), Sindicato dos Profissionais da Contabilidade e Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Uberaba. O presidente da Aciu sabe da importância de salvar vidas, mas observa o cenário econômico prejudicado com o decreto que determina o fechamento do comércio até o dia 30 de abril. (Jornal da Manhã – Uberlândia)

Anunciada reabertura de hospital

A Prefeitura de Uberlândia comunicou que requisitou a utilização do hospital Santa Catarina para uso no combate e prevenção à Covid-19. A medida já foi publicada no Diário Oficial do Município e a justificativa pelo uso do espaço é devido à “necessidade de adoção de medidas excepcionais e transitórias para resguardar a saúde coletiva e individual, diante do quadro de pandemia provocado pelo novo coronavírus”. Ainda segundo o Executivo, a partir desta terça-feira, 24, um grupo de trabalho vai começar a atuar para colocar em funcionamento os 20 leitos de Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) e outros leitos existentes no hospital, além de todos os equipamentos disponíveis no local. (Diário de  Uberlândia)

Acordo ajuda no combate ao Coronavírus

A Justiça mineira homologou acordo entre o Estado de Minas Gerais e a Vale S.A. que vai  permitir a utilização de R$ 5 milhões e seus rendimentos para a construção de ala específica, no Hospital Eduardo de Menezes, para atender pacientes acometidos pelo Coronavírus (Covid-19). O pedido de homologação foi apresentado pela Advocacia-Geral do Estado (AGE) e pela Vale ao juiz Elton Pupo Nogueira, da 2ª Vara de Fazenda Pública e Autarquias da Comarca de Belo Horizonte, na noite de quarta-feira, 18. O valor liberado vai ser considerado como compensação ou reparação no julgamento final do processo que apura a extensão dos danos causados pela empresa com o rompimento da barragem de rejeitos em Brumadinho. (Jornal Correio do Sul- Varginha)

Cemig coloca à venda imóveis

A Cemig vai vender por meio de pregão eletrônicos 26 imóveis, avaliados em aproximadamente R$ 19 milhões, próximos à represa de Três Marias e, também, no centro de Belo Horizonte, em Lagoa Santa, Araguari, Pouso Alegre e outros municípios do Triângulo, Zona da Mata, Vale do Jequitinhonha e das regiões Norte, Sul, Oeste e Sudoeste de Minas. Nas imediações da represa de Três Marias, vão ser colocados à venda um imóvel em Morada Nova de Minas e oito propriedades no loteamento Náutico Três Marias, no município de mesmo nome. No Sul de Minas, são três imóveis urbanos em Pouso Alegre, São Lourenço e Itutinga. (Gazeta de Varginha)

Vacinas acabam no primeiro dia

Com a previsão de atender mais de 20 mil idosos durante a primeira fase da Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza em Poços, o estoque de 5,2 mil doses disponível para o primeiro dia em 25 postos durou apenas até o início da tarde desta segunda-feira, 23. A chegada de novas doses está previstas para a próxima semana. Ao todo, ¼ da população dos idosos do município foi imunizada neste primeiro dia. A primeira fase da campanha vai até dia 16 de abril e a meta é imunizar 20,6 mil idosos e 3,5 mil profissionais da saúde. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, a produção das doses da vacina foi antecipada, haja vista que a vacinação só começaria em abril. (Jornal da Cidade- Poços de Caldas)

HU aceita doações de equipamentos

Interessados em doar equipamentos de proteção individual (EPI) para os profissionais que atuam nas unidades do Hospital Universitário (HU) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) vão poder entregar o material a partir desta segunda-feira, 23. O hospital vai aceitar itens de almoxarifado e de farmácia. Embora a instituição tenha assegurado o fornecimento adequado de EPIs para seus trabalhadores, há um cenário mundial de escassez desses materiais que pode se agravar em função da pandemia do novo coronavírus. Portanto, via ser bem-vinda a doação de avental cirúrgico descartável (estéril); avental hospitalar manga longa (SMS); filtro HEPA para ventiladores mecânicos; luva de procedimento P, M ou G (uso em área de saúde); máscara cirúrgica; máscara N95 (BFE 99%); óculos de proteção; óculos de sobreposição; papel toalha; protetor facial; e touca descartável com elástico. (Tribuna de Minas- Juiz de Fora)

Guaxupé Café Festival é cancelada

O prefeito de Guaxupé, Jarbas Corrêa Filho (Jarbinhas), editou o Decreto nº 2183, com medidas de combate ao Coronavírus (por volta das 22h18 da noite de segunda-feira, 23). Iniciado oficialmente há pouco mais de uma semana, o trabalho de enfrentamento à pandemia tem sido realizado por um Comitê, composto por profissionais técnicos e político-administrativos. Após determinar o controle dos acessos às entradas da cidade, assim como o fechamento do comércio e da prestação de serviços, o governo municipal agora cancela o Guaxupé Café Festival, que aconteceria em junho deste ano. (A Folha Regional- Muzambinho)

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Veículo: Acessa

Editoria: Cidade

Data: 27/03/2020

Link: https://www.acessa.com/saude/arquivo/noticias/2020/03/27-prefeito-mantem-decreto-pede-que-juiz-foranos-permanecam-casa/

Título: “Prefeito mantém decreto e pede que juiz-foranos permaneçam em casa”

Em coletiva de imprensa, na tarde desta sexta-feira, 27 de março, transmitida online pela TV Câmara, o prefeito Antônio Almas, falou sobre medidas que estão sendo tomadas para contenção da pandemia do coronavírus em Juiz de Fora. Durante sua fala, ele deixou claro que o decreto municipal será mantido, já que o atual cenário demonstra extrema atenção e cuidado em relação a possível progressão da doença na cidade. Além de pedir insistentemente que as pessoas, sempre quando possível, permaneçam em casa. O prefeito ainda afirmou que existem quatro óbitos suspeitos de COVID-19 sendo investigados no município, lembrando que na manhã desta sexta, 27, o suposto caso de morte registrado no Hospital Santa Casa foi descartado. A paciente era de Barbacena.

Durante todo o momento, o prefeito destacou que a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) não abrirá mão do decreto, mesmo com sinalização de alguns representantes do comércio pedindo para o afrouxamento das medidas, devido os prejuízos previstos na economia. O grupo tem articulado uma manifestação para pedir a reabertura das lojas, agendada para a próxima segunda-feira, 30 de março. “Não é uma avaliação do prefeito de Juiz de Fora, mas do mundo inteiro e OMS. Todos os dados que temos hoje nos mostram que a melhor opção é manter o isolamento social. A atuação efetiva é para que esta curva da doença tenha o formato que todos desejamos. Trabalhamos constantemente o planejamento de uma realidade em branco, construindo com referência nas experiências de outros lugares”, destaca Almas, lembrando que o pico de casos de coronavírus pode ocorrer em 15 dias ou em 30 dias.

O Gabinete de Crise, composto pela Secretaria de Saúde em conjunto com diversas outras secretarias municipais tem organizado grupos de trabalho, ouvindo a sociedade e instituições. A parceria firmada com a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) tem auxiliado, conforme o prefeito, no processo de computar os dados para avaliar as possíveis progressões com intuito de ajudar nas estratégias. A instituição também atua em conjunto com Secretaria Municipal de Saúde na campanha de vacinação contra a gripe, ofertando espaço de drive thru.

O prefeito lembrou que a cidade conta com 60 leitos à disposição pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para pacientes com COVID-19 e que a recomendação feita aos hospitais quando ao cancelamento das cirurgias eletivas foram atendidas, garantindo a liberação destes espaços. Quando questionado sobre possíveis dados subnotificados, ele reforçou que a Prefeitura possui todos os dados, mas que cabe ao Estado publicizá-los através dos boletins diários. Mesmo assim, ele afirmou que os números estão acima dos divulgados pelo último boletim de sexta, 27, e que existem quatro óbitos suspeitos por coronavírus sendo investigados.

Quanto a falta de Equipamento de Proteção Individual (EPI’s), Antônio Almas afirmou que a Prefeitura recebeu um carregamento de equipamentos no início da semana para reabastecimento para os profissionais das unidades de saúde do SUS. “Vários setores empresariais conseguiram importar material para as unidades e algumas pessoas estão fazendo de maneiras artesanais. Se formos para o pior cenário, vamos precisar na ajuda de todos em um esforço de guerra”. Já para as testagens da doença, o prefeito disse que não há recurso para garantir testes para todos os casos. “Precisaríamos de R$ 72 milhões a R$ 150 milhões para testar em todos, por isso a orientação é fazê-lo apenas nas situações realmente necessárias”.

Em relação à disponibilidade de leitos de UTI, Almas falou que todos os esforços estão sendo tomados, até a tentativa de recursos para liberação de leitos em hospitais particulares. “A opção de levantar um hospital campanha não é fora da realidade em um pior cenário, mas antes temos que trabalhar com todo recurso que temos nos espaços já preparados e equipados da cidade. Outra questão é a hospitalização sanitária, que são locais para isolar pessoas que estão com sintomas e não tem como se isolarem em ambiente domiciliar. Já estamos vendo junto com setor hoteleiro que se dispôs a nos ajudar, mas temos que pensar nas outras logísticas de higienização e alimentação dessas pessoas”.

Ao ser questionado em relação ao possível atraso de pagamento dos servidores, Almas afirmou que todos devem se preparar para uma situação difícil. “Não sabemos o tamanho da crise que vamos enfrentar. Já prevemos a diminuição da nossa arrecadação, não fabricamos dinheiro. Em situações difíceis temos que encontrar melhor forma para que seja mais leve”. Ele também falou que estão sendo estudadas medidas para suavizar as cobranças tributárias municipais.

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