Um quarto exemplar de bicho-preguiça foi solto no Jardim Botânico da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) na última sexta-feira, 7. O animal, um jovem da espécie Bradypus variegatus, foi resgatado em rua do bairro Aeroporto, próximo ao posto policial. A captura foi realizada pelo Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas/IEF).
Desde 2016, este é o quarto bicho-preguiça a ser solto no Jardim Botânico da UFJF. O último caso foi no dia 30 de janeiro, quando uma fêmea adulta da mesma espécie foi encontrada no Instituto de Ciências Biológicas. Segundo Breno Moreira, vice-diretor do Jardim Botânico, a área é o principal destino desses animais, possuindo 512 hectares e vasta vegetação.
Moreira explica que as frequentes aparições de bichos-preguiças justificam-se pela época reprodutiva pela qual esses animais estão passando. “Durante esse período, eles tendem a ampliar sua movimentação, deslocando-se entre fragmentos de florestas em busca de parceiros sexuais. É comum, então, que acabem transitando por áreas antropizadas, entrando em contato com a população humana.”
Uma das soluções, conforme Moreira, para evitar possíveis acidentes seria a criação de corredores ecológicos (faixas de vegetação) entre esses fragmentos de mata.
Caso algum bicho-preguiça seja avistado em áreas de habitação humana, a recomendação é que se avise imediatamente a Polícia Militar do Meio Ambiente, o Ibama ou o próprio Cetas; órgãos que possuem especialistas capacitados no recolhimento e encaminhamento do animal. O contato direto com o bicho-preguiça deve ser evitado, uma vez que suas fortes garras podem causar ferimentos.
Sobre bicho-preguiça
São animais mamíferos encontrados somente nas Américas. Dividem-se, ao todo, em seis espécies, das quais cinco podem ser encontradas no Brasil. Possuem hábitos diurnos e noturnos e, graças às suas garras, vivem pendurados em copas de árvores, alimentando-se de folhas, ramos e brotos de várias plantas. Pelo seu hábito arborícola, B. variegatus é altamente vulnerável no chão. Segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), não há uma expectativa de vida precisa desses animais. Machos e fêmeas atingem a maturidade sexual com seis anos, quando então alcançam peso e tamanho de um adulto. É considerada regionalmente extinta no estado do Paraná. (Fonte: ICMBio).
Outras informações:
4ª Companhia de Meio Ambiente: (32) 3228-9050
Ibama: (32) 3233-1269
Instituto Estadual de Florestas