Juiz de Fora tem ganhado papel de destaque em promover manifestações culturais que celebram a juventude negra e periférica. Em mais uma dessas ações, a Makoomba, movimento que começou como uma festa, mas se tornou um conceito de resistência, possibilita um espaço de integração de diversas expressões artísticas, como dança, música e performance, através da 2ª Residência Artística, que acontece na Escola de Artes Pró-Música da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), a partir de desta quarta-feira, 6.
A residência artística é um lugar onde um grupo de pessoas se reúne para imergir em trabalhos, diálogos e estudos sobre um determinado assunto e contexto, a fim de produzir um trabalho artístico.
No primeiro semestre de 2019, aconteceu a primeira edição da residência artística, que fez parte da programação do Corredor Cultural da Funalfa. O tema de pesquisa foi o funk, e os participantes discutiram algumas questões que abordam esse estilo musical, como o conteúdo jovem encontrado no gênero e a presença das mulheres.
Já na 2ª Residência Artística, o mesmo grupo de pesquisadores, artistas e produtores envolvidos na Makoomba dá continuidade aos estudos, trabalhando desta vez as pessoalidades, demandas e processos artísticos que envolvem as músicas das periferias do mundo, especialmente as do Brasil.
Serão realizados quatro encontros, nos dias 6, 13, 22 e 27 de novembro, das 14h às 17h no espaço da Escola, cedido pela Pró-reitoria de Cultura, em que os participantes vão se aprofundar no desenvolvimento da música nas periferias, explorar a dança e a sonoridade da discotecagem, além de analisar como os sons reverberam no ambiente teatral e na dança.
Como resultado das atividades trabalhadas durante as oficinas, serão realizadas duas mostras de um musical, Makoomba Musical/Show. A proposta multidisciplinar mistura a ideia de uma festa com uma viagem musical pelas diversas possibilidades artísticas que as periferias negras criam. O espetáculo, aberto ao público, acontece nos dias 7 e 14 de dezembro, às 19h, no Centro Cultural Bernardo Mascarenhas, e tem como objetivo valorizar a cultura negra e LGBTQI para divertimento, consolidação de identidade e liberdade dos corpos.
O Centro Cultural Bernardo Mascarenhas fica na Avenida Getúlio Vargas 200, no Centro.
Os ingressos estão sendo vendidos por R$ 15, na portaria do Centro Cultural Bernardo Mascarenhas.
Outras informações: (32) 3215-3951