Para encerrar o curso Methods Field of Ecology, alunos e professores do Programa de Pós-graduação em Ecologia da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) reuniram-se nesta sexta-feira, 27, para compartilhar relatos de experiências e apresentar trabalhos frutos da disciplina. A disciplina com duração de três semanas é ofertada todos os anos, mas pela primeira vez foi aberta para alunos estrangeiros. Nove estudantes alemães e um holandês juntaram-se a alunos da UFJF, da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), da Universidade Federal do Pernambuco (UFPE) e da Universidade Estadual de Maringá (UEM).
O curso foi organizado em quatro visitas: ao Parque Estadual do Ibitipoca, à Reserva Ecológica de Guapiaçu (Regua), a áreas atingidas pelo rompimento da barragem em Mariana e ao Jardim Botânico da UFJF. A partir das visitas e do escopo teórico apresentado, os alunos produziram relatórios e artigos científicos sobre os espaços.
“Esses projetos trouxeram resultados importantíssimos para que possamos discutir, por exemplo, estratégias de conservação e manutenção da biodiversidade, estratégias de reflorestamento, entre outras questões que temos discutido hoje em dia. O curso foi de fato um sucesso em termos de superação, produção científica e redes de colaboração. Vários estudantes da Alemanha já demonstraram interesse em voltar em projetos científicos, ficar mais tempo trabalhando com a UFJF, assim como os outros brasileiros”, destaca o coordenador do programa, Nathan Oliveira Barros.
Para Barros, a presença dos alunos estrangeiros contribuiu para o enriquecimento do curso. “O fato de essas pessoas virem para cá, de culturas e com pensamentos diferentes, trabalhando juntas, propicia olhares distintos sobre o mesmo ecossistema. Por exemplo, temos no curso estudantes que são graduados em Economia e em Turismo, que vieram com o mesmo objetivo, mas com olhares diferenciados para o mesmo cenário.”
Barros acredita que os estudantes da UFJF também se beneficiaram com a experiência compartilhada. “Foram três semanas em que os alunos estiveram imersos em um curso em inglês, com pessoas que falam outras línguas, uma experiência fantástica para os alunos de Juiz de Fora. Foi importante também para outras universidades do Brasil, que puderam ver que a ciência que fazemos aqui na UFJF não perde em nada para a ciência realizada em outras partes do país ou até mesmo fora dele.”