Veículo: G1

Editoria: Zona da Mata

Data: 13/08/2019

Link: https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/concursos-e-emprego/noticia/2019/08/13/inscricoes-de-concurso-para-tecnico-administrativos-da-ufjf-terminam-nesta-quinta-feira.ghtml

Título da matéria: Inscrições de concurso para técnico- administrativos da UFJF terminam nesta quinta-feira

As inscrições para o concurso para técnico-administrativos em educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) terminam às 23h59 de quinta-feira (15), no site da Fundação Cefet Minas, organizadora da prova.

A taxa é de R$ 80 para cargos de nível D e R$ 120 para os de nível E. Candidatos inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) podem solicitar isenção até sexta-feira (19). As dúvidas devem ser encaminhadas para o e-mail concursopublico@fundacaocefetminas.org.br.

Desde a semana passada, os candidatos podem concorrer a 30 vagas nos campi de Juiz de Fora e Governador Valadares. Um edital de retificação incluiu um posto de Analista de Tecnologia da Informação (Nível D – 40h) para o campus de Juiz de Fora. Há reserva de vagas para pessoas com deficiência e candidatos declarados pretos e pardos, conforme legislação. Confira o quadro de cargos atualizado.

Os salários variam de R$ 2.446,96 (para nível D, Ensino Médio) a R$ 4.180,66 (para nível E, Superior), sendo acrescido ao valor outros benefícios.

A validade será de dois anos, a contar da data da publicação do ato de homologação do resultado final, podendo ser prorrogado por igual período, a critério da Administração.

Prova

A prova objetiva de múltipla escolha, para todos os cargos, será aplicada no dia 15 de setembro em Juiz de Fora e Governador Valadares. Serão 50 questões, dez de Língua Portuguesa, dez de Legislação, cinco de Raciocínio Lógico e Matemático e 25 de Conhecimentos Específicos. As questões de Conhecimentos Específicos têm peso três, e as demais têm peso um.

Para o cargo de Tradutor Intérprete de Linguagem de Sinais também será aplicada prova prática, com duração de meia hora, com três fases. Participarão dessa etapa os 30 primeiros classificados na prova objetiva.

Outras informações sobre o concurso podem ser conferidas no site da organizadora do concurso http://concurso.fundacaocefetminas.org.br

— —

Veículo: PCI Concursos

Editoria: 

Data: 13/08/2019

Link: https://www.pciconcursos.com.br/noticias/processos-seletivos-sao-anunciados-pela-ufjf-em-minas-gerais

Título da matéria: Processos Seletivos são anunciados pela UFJF em Minas Gerais

Estão abertas as inscrições para dois novos Processos Seletivos da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), no Estado de Minas Gerais.

As seleções buscam a admissão de Professores Substitutos nas áreas de Clínica Médico Cirúrgica V – Nefrologia (1) e Contabilidade Avançada I: Aplicações de recursos em títulos e valores mobiliários, Avaliação de investimentos em participações societárias, Consolidação das demonstrações contábeis, Investimento em empreendimento controlado em conjunto (Joint Venture). Investimentos em coligadas e controladas no exterior, Contabilidade Avançada II: Transações entre partes Relacionadas. Reestruturações societárias – incorporação, fusão e cisão de empresas, Contabilização dos tributos sobre o lucro, Juros sobre o Capital Próprio, Ajustes de avaliação patrimonial, Tributação simplificada (1).

Os Docentes devem atuar em jornadas de 20 e 40h semanais de trabalho de acordo com o especificado para a área pretendida, nos Departamentos de Clínica Médica e Finanças e Controladoria.

Os interessados podem inscrever-se até o dia 16 de agosto de 2019, diretamente nas Secretarias dos locais aos quais destinam-se às contratações.

A classificação dos candidatos vai acontecer por meio de provas escritas, didáticas, de títulos e entrevista, conforme consta nos editais nº 112 e 113/2019 que podem ser consultados em nosso site.

— —

Veículo: G1

Editoria: Zona da Mata

Data: 13/08/2019

Link: https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2019/08/13/manifestantes-fazem-ato-em-defesa-da-educacao-e-contra-o-programa-future-se-em-juiz-de-fora.ghtml

Título da matéria: Manifestantes fazem ato em defesa da Educação e contra o programa Future-se em Juiz de Fora

Estudantes, professores, representantes de movimentos sociais, sindicais e de partidos políticos participaram nesta terça-feira (13) de um ato em defesa da educação e contra a adesão ao programa Future-se em Juiz de Fora.

A manifestação, intitulada como “Tsunami da Educação”, teve início às 15h30, quando um grupo se reuniu na Praça Cívica da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e segiu em direção ao Centro da cidade.

Para a coordenadora do Diretório Central dos Estudantes (DCE), Luiza Travassos, o programa apresentado pelo Ministério da Educação (MEC) representa uma tentativa de privatização do ensino público.

“Não se tem uma clareza específica do MEC sobre o que é este projeto, quais vão ser de fato as fontes de financiamento e qual vai ser o papel do estado em meio a isso tudo. Porque coloca a própria universidade com uma dependência do setor privado. Então a gente vê que claramente é um pacote da privatização das universidades, embora não esteja sendo apresentado dessa maneira”, declarou.

Às 16h26 os estudantes deixaram a Praça Cívica e se encaminharam até o anel rodoviário da UFJF, onde iniciaram a caminhada em direção ao Centro, para se reunirem com outro grupo de manifestantes, inicialmente no Parque Halfeld.

Por conta da presença dos estudantes na pista, o trânsito em direção ao pórtico sul da universidade ficou fechado e uma longa fila de veículos se formou às 16h32. Neste momento, o G1 não identificou policiais militares acompanhando o movimento e o trânsito foi controlado por agentes de segurança da UFJF.

Para o professor de Ciências Sociais, Leonardo Andrada, que também participou do ato, a proposta representa uma forma do Poder Público se ausentar do financiamento e manutenção das atividades nas universidades públicas.

“A gente acha que é muito importante defender a universidade pública, porque o projeto que está sendo apresentado como uma modernização, na verdade é uma tentativa de esvaziamento da responsabilidade do poder público para manutenção da universidade pública. Da forma como ele é apresentado, ele inviabiliza o acesso da população, da classe trabalhadora principalmente, e torna a universidade um centro de elite, o que não cumpre adequadamente às suas funções de educação, pesquisa e extensão”, declarou.

Manifestantes protestaram a favor da Educação no anel viário da UFJF em Juiz de Fora

Às 17h13 a organização do protesto informou que a concentração dos protestos previstos para o Parque Halfeld havia sido transferida para a Rua Halfeld, em frente à agência do Banco Brasil. A alteração no local ocorreu em respeito a Moacyr Toledo, um dos maiores ídolos da história do Tupi, que morreu nesta terça, aos 87 anos, e terá o corpo será velado a partir das 18h na Câmara Municipal.

Um grande número de manifestantes tomou o calcadão da Rua Halfeld às 17h38 com faixas, cartazes e outros materiais. Foram registrados gritos de ordem e ações de conscientização. Os estudantes que saíram da UFJF chegaram e se uniram aos demais manifestantes às 17h56. A Polícia Militar (PM) acompanhou o movimento e não registrou nenhuma ocorrência.

Às 18h05 participaram do protesto na Rua Halfeld representantes do DCE, da União Nacional dos Estudantes, Sindicato dos Professores de Juiz de Fora (Sinpro-JF), União Estadual dos Estudantes (UEE), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Associação dos Professores do Ensino Superior de Juiz de Fora (Apes-JF) e da Frente Brasil Popular.

O movimento ganhou novos adeptos após as 18h10, quando ocupou grande parte do calçadão da Rua Halfeld. Manifestantes também se concentraram em frente ao Cine-Theatro Central, onde representantes de movimentos sociais e de partidos políticos discursaram. Faixas contrárias à reforma da Previdência também foram exibidas.

Representantes de partidos políticos e de movimentos sociais se revezaram nos discursos e às 19h02 os manifestantes seguiram em direção à parte baixa da Rua Halfeld, com destino à Praça da Estação.

Os manifestantes foram até o cruzamento com a Avenida Getúlio Vargas, que por volta das 19h20 teve o trânsito de veículos totalmente interditado. Os veículos pequenos foram desviados pelos policiais para a Rua Marechal Deodoro da Fonseca. Os ônibus ficaram parados na avenida e passageiros chegaram a desembarcar dos coletivos.

Durante o período em que o local foi fechado, manifestantes discursaram no carro do som sobre as reivindicações do movimento. O trânsito foi liberado novamente na Avenida Getúlio Vargas às 19h37, quando o grupo seguiu na Rua Halfeld em direção à Praça da Estação, onde os discursos foram retomados.

Durante o período em que o local foi fechado, manifestantes discursaram no carro do som sobre as reivindicações do movimento. O trânsito foi liberado novamente na Avenida Getúlio Vargas às 19h37, quando o grupo seguiu na Rua Halfeld em direção à Praça da Estação, onde os discursos foram retomados.

O diretor de finanças do DCE, Rafael Donizete, considerou que o movimento realizado nesta terça-feira alcançou as expectativas da organização.

“Foi um ato positivo e que surpreendeu nossa expectativa porque por ser início do segundo semestre letivo não imaginávamos que teria tanta gente. Nossa estimativa é da participação de cerca de mil estudantes em marcha, que ao chegarem ao Centro se encontraram com um movimento unificado, contando com a participação das centrais sindicais e representantes dos partidos. A marcha pela Halfeld mostra que as pessoas de Juiz de Fora estão entendendo que as reformas estão nos tirando direitos e vamos lutar para evitar a privatização das universidades públicas”, afirmou.

Após diversos discursos na Praça da Estação, às 20h21 o ato foi encerrado, quando foi iniciada a dispersão dos manifestantes.

— —

Veículo: Hoje em Dia

Editoria: Horizontes

Data: 13/08/2019

Link: https://www.hojeemdia.com.br/horizontes/nova-resolu%C3%A7%C3%A3o-prev%C3%AA-desativa%C3%A7%C3%A3o-de-barragens-a-montante-at%C3%A9-2027-1.734907

Título da matéria: Nova resolução prevê desativação de barragens a montante até 2027

Empresas responsáveis pelas 41 barragens construídas no método de alteamento a montante em Minas, semelhantes a que se rompeu em Brumadinho, na Grande BH, ganharam mais tempo para eliminar as estruturas. Inicialmente previsto para se encerrar em 2021, o prazo de desativação foi estendido por até seis anos, conforme resolução publicada nesta segunda-feira (12) pela Agência Nacional de Mineração (ANM).

Dos reservatórios do tipo que ainda operam no Estado, 18 foram classificados como de dano potencial associado alto, o que significa que, em caso de acidentes, podem provocar mortes e perdas econômicas, ambientais e sociais. Os dados são do Cadastro Nacional de Barragens de Mineração (CNBM).

A ampliação do prazo foi definida após análises técnicas e consultas públicas realizadas pela ANM, informou o Ministério de Minas e Energia. A extensão já era esperada por especialistas, que afirmam ser complexo o processo de descomissionamento das estruturas.

“O descomissionamento de barragem é novidade no país. O prazo de 2021 foi uma prerrogativa pela urgência do assunto, mas as mineradoras ponderaram que a pressa poderia gerar um novo desastre” (Eduardo Leão, diretor da ANM)

Tamanho

Conforme a nova resolução, o limite para a desativação vai levar em consideração o tamanho do reservatório. Antes, todos deveriam operar somente até 15 de agosto de 2021. Agora, as mineradoras devem concluir as obras em setembro de 2022, para locais com até 12 milhões de metros cúbicos (m³) de rejeitos, agosto de 2025 (até 30 milhões de m³) e agosto de 2027, para as estruturas com mais de 30 milhões de m³.

Professor da Faculdade de Engenharia da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Mario Riccio Filho reforça que a determinação anunciada ontem respeita uma limitação técnica.

“Não se descomissiona uma barragem de um dia para o outro. O processo é engenhoso e é melhor que se faça com um projeto técnico e prazos seguros do que rapidamente, mas sem garantias. As empresas diziam desde o início do ano, e com razão, que não conseguiriam cumprir a meta inicialmente proposta”, frisou o docente.

Datas

A regulamentação também prevê prazos para outras medidas a serem adotadas pelos responsáveis pelas barragens. O projeto de obras para estabilizar as estruturas precisa ser apresentado até dezembro, com as intervenções propostas concluídas até setembro do próximo ano.

Fica proibida, também, a construção de instalações das mineradoras na zona de autossalvamento (região bem próxima aos reservatórios e que não oferecem tempo suficiente para evacuação, em caso de rompimento). As irregularidades desse tipo devem ser corrigidas até 12 de outubro.

— —

Veículo: Correio Braziliense

Editoria: Política

Data: 13/08/2019

Link: https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/politica/2019/08/13/interna_politica,776983/o-presidente-jair-bolsonaro-psl-recebeu-a-condecoracao-de-comenda.shtml

Título da matéria: Bolsonaro recebe condecoração no TST por destaque no exercício da profissão

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) recebeu a condecoração de comenda da Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho, no Tribunal Superior do Trabalho (TST) na tarde desta terça-feira (13/8).

Além de Bolsonaro, outros 50 foram agraciados, entre eles os presidentes do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli; da Câmara dos Deputados, deputado Rodrigo Maia e do Senado Federal, senador Davi Alcolumbre. Receberam também o vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, e os ministros de Estado da Casa Civil, Onyx Lorenzoni; da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva; do Gabinete da Segurança Institucional, general Augusto Heleno Ribeiro Pereira; e da Justiça, Sérgio Moro.

Duas instituições foram escolhidas para receber a comenda neste ano: a Associação Pestalozzi de Brasília, entidade filantrópica que presta atendimento a pessoas especiais e com deficiências múltiplas, e a Faculdade de Direito da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

A lista de homenageados inclui ainda os ministros do STF Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Alexandre de Moraes; os ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) João Otávio de Noronha (presidente), Humberto Martins e Marcelo Navarro Ribeiro Dantas; e o presidente do Superior Tribunal Militar (STM), almirante de esquadra Marcus Vinicius Oliveira dos Santos.

A Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho também agraciará o advogado-geral da União, André Luiz de Almeida Mendonça, e os comandantes da Marinha, almirante de esquadra Ilques Barbosa Junior, do Exército, general Edson Leal Pujol, e da Aeronáutica, tenente-brigadeiro Antônio Carlos Moretti Bermudez.

De acordo com o Tribunal, a Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho foi criada em 1970 para homenagear quem se destaca no exercício de sua profissão, serve de exemplo para a sociedade ou, de algum modo, contribui para o engrandecimento do Brasil. A solenidade de entrega das comendas ocorre anualmente.

— —

Veículo: G1

Editoria: Educação

Data: 13/08/2019

Link: https://g1.globo.com/educacao/noticia/2019/08/13/cidades-brasileiras-tem-atos-em-defesa-da-educacao.ghtml

Título da matéria: Cidades brasileiras de todo o país têm atos em defesa da educação e contra a reforma da Previdência

Cidades brasileiras de todo o país registraram, desde a manhã desta terça-feira (13), atos em defesa da educação e contra a reforma da Previdência. Até por volta de 19h, 85 cidades dos 26 estados e do Distrito Federal haviam tido protestos pacíficos.

Desde maio, após governo do presidente Jair Bolsonaro anunciar cortes na educação, esta é a terceira mobilização nacional em defesa do setor. A primeira foi em 15 de maio e ocorreu em ao menos 222 cidades de todos os estados e do DF. A segunda aconteceu em 30 de maio, em pelo menos 136 cidades de 25 estados e do DF.

Os protestos desta terça-feira foram convocados por entidades estudantis, como a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes).

A pauta contra a reforma da Previdência tem sido recorrente em atos que envolvem críticas ao governo federal. A proposta de emenda à Constituição que altera as regras da Previdência foi enviada pelo Executivo ao Congresso. O texto já foi aprovado em dois turnos na Câmara e agora está sendo discutido pelo Senado.

Veja como foram os atos em cada estado:

Distrito Federal

No DF, professores, estudantes e lideranças indígenas de todo o país se reuniram na Esplanada dos Ministérios, área central de Brasília, para protestar contra os cortes da educação e contra a reforma da Previdência. Mais cedo, manifestantes fecharam três faixas da Estrada Parque Núcleo Bandeirante (EPNB) com pneus em chamas, o que causou engarrafamento antes das 7h.

São Paulo

Na capital do estado, professores, estudantes e representantes de centrais sindicais de todo o país promovem ato na Avenida Paulista, região central de São Paulo. Convocados por entidades estudantis como a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Brasileira dos Estudantes Segundaristas (Ubes), eles se posicionam contra os cortes da educação e contra a reforma da Previdência. Os manifestantes se reuniram no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp). Às 16h, fecharam a pista da Avenida Paulista no sentido Consolação.

Em Piracicaba, no interior do estado de São Paulo, um grupo de estudantes da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP) realizou uma passeata pelas ruas da cidade. Em São Carlos, estudantes da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) saíram em passeata com faixas e cartazes. Também houve atos em Campinas, Sorocaba, Limeira, Salto, Jaú, Assis, Botucatu, Bauru, Marília, Ribeirão Preto e Franca.

Rio de Janeiro

Estudantes de universidades públicas promoveram ato contra os cortes na educação e a reforma da Previdência no centro do Rio.

Houve também manifestação em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, durante a tarde desta terça. O ato também conta com sindicalistas.

A concentração foi marcada nos campus da Universidade Estadual Norte Fluminense (Uenf), Universidade Federal Fluminense (UFF) e Instituto Federal Fluminense (IFF). O ato começou por volta das 15h. Estudantes caminharam em direção ao Pelourinho, no Centro. Houve ainda ato em Macaé.

Bahia

No Centro de Salvador, professores, estudantes, centrais sindicais e sociedade civil organizada realizaram ato nesta manhã. A concentração começou por volta das 9h no Largo do Campo Grande e seguiu em direção à praça Castro Alves. Também houve protesto em Feira de Santana, em Itabuna, Vitória da Conquista e Juazeiro.

Ceará

No Ceará, já de manhã havia protestos em Fortaleza e em cidades do interior. Na capital, manifestantes se concentraram desde as 8h em frente à Praça da Gentilândia, no Bairro Benfica, com faixas e carro de som para dizer palavras de ordem contra o governo federal e contra a reforma da Previdência. Também houve atos nas cidades de Cascavel, na Região Metropolitana, e em Sobral, Jaguaribara, Itapipoca e Iguatu, no interior do estado.

Pernambuco

Em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, o ato começou por volta das 9h. Professores, alunos e representantes de partidos e associações participaram do movimento. Também foram registrados atos em Petrolina e Terra Nova, no Sertão pernambucano.

Em Recife, estudantes, integrantes de movimentos sociais e representantes de sindicatos se reuniram na parte da tarde para protestar contra bloqueios das verbas para as universidades federais, determinados pelo Ministério da Educação (MEC). Os manifestantes também se mobilizaram para criticar a reforma da Previdência.

Piauí

No Centro de Teresina, nesta manhã havia três protestos contra a proposta de reforma da Previdência e contra os cortes do governo federal na educação.

Alagoas

Em Maceió, estudantes, professores e servidores públicos participam do ato nacional pela educação e contra a reforma da Previdência. A manifestação começou em frente ao principal complexo educacional de Alagoas, o Cepa. Também houve ato no Centro do município de Arapiraca.

Rio Grande do Sul

Em Porto Alegre, manifestantes se reuniram para protestar contra cortes no orçamento do Ministério da Educação e no Future-se. Houve também atos em outras cidades do estado: em Santa Maria, estudantes e servidores da universidade federal do município (UFSM) participaram de ato em frente ao arco que dá acesso ao campus. Também houve mobilização de estudantes e professores da rede estadual de ensino. No município de Passo Fundo, um protesto reuniu professores, estudantes e sindicalistas durante cerca de 2 horas. Em Caxias do Sul, estudantes se concentraram em uma praça. Em Rio Grande, no Sul do estado, a concentração ocorreu no largo Doutor Pio, no Centro. Em Pelotas também houve protesto.

Paraíba

Na Paraíba, diferentes categorias se reuniram em pontos da Campina Grande, no interior, para sair em caminhada e se encontrarem na Praça da Bandeira, no Centro da cidade.

Na capital, manifestantes protestaram à tarde contra o Future-se, e cortes e contingenciamentos na educação federal e a reforma da previdência. A concentração do ato ocorreu em frente ao Lyceu Paraibano, no Centro de João Pessoa.

Amapá

No Amapá, uma aula pública marcou o início da manifestação de professores, estudantes e técnicos da Universidade Federal do Amapá (Unifap) contra cortes na educação. O grupo se reuniu na entrada da instituição e bloqueou a passagem de veículos. À tarde, alunos, professores e servidores se reuniram na praça da Bandeira, na região central.

Mato Grosso

Em Mato Grosso, manifestantes fizeram protesto em Cuiabá e em Rondonópolis, a 218 quilômetros da capital do estado. Os participantes levaram faixas e utilizam um carro de som para dizer palavras de ordem contra o governo federal.

Mato Grosso do Sul

Em Mato Grosso do Sul, houve atos em ao menos quatro cidades. Em Campo Grande, Três Lagoas e Dourados, a concentração dos manifestantes começou por volta das 8h (horário local de MS). Depois, os grupos fizeram caminhadas pela área central das respectivas cidades. Também houve protesto em Nova Andradina. À tarde, um ato reuniu professores da rede municipal, estadual, universitários e estudantes em Corumbá.

Minas Gerais

Sindicalistas de Divinópolis se reuniram na manhã desta terça para fazer panfletagem contra a reforma da Previdência e cortes de verba na educação.

Em Belo Horizonte, no início da tarde, trabalhadores da educação e centrais sindicais se reuniram na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

Em Juiz de Fora, estudantes e professores se reuniram na Praça Cívica da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). A manifestação foi intitulada como Tsunami da Educação.

Em Uberlândia, manifestantes marcaram a concentração para a Praça Tubal Vilela, no Centro da cidade.

Sergipe

Em Sergipe, professores e estudantes paralisaram as atividades. Desde a madrugada, os portões da Universidade Federal de Sergipe (UFS), em São Cristóvão, foram fechados e as atividades, suspensas. Professores e servidores de todos os campi do Instituto Federal de Sergipe (IFS) também decidiram paralisar nesta terça-feira, de acordo com o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe).

Pará

No Pará, manifestantes se concentraram desde as 8h na Praça da República, em Belém, com faixas e cartazes. A UFPA e a UFRA paralisaram as atividades. Na cidade de Marabá, no sudeste do estado, professores e estudantes se concentraram por volta de 8h no Polo I da instituição e saíram por volta de 9h em caminhada pelas principais ruas no centro.

Santa Catarina

Estudantes de universidades públicas e privadas, além de trabalhadores, protestaram em Joinville, no norte do estado de Santa Catarina.Também pela manhã, houve protesto em Caçador, Chapecó e Curitibanos, no Oeste do Estado. À tarde também houve protesto em Jaraguá do Sul e Blumenau.

Em Florianópolis, manifestantes estiveram reunidos nesta manhã na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). No início da tarde, por volta das 14h, o grupo começou a se deslocar para o Centro da cidade, em ônibus e caminhando pelo bairro Trindade.

Paraná

No Paraná, estudantes, professores e funcionários da área da educação em Cascavel, no oeste do estado, se reuniram nesta manhã em frente à Catedral Nossa Senhora Aparecida para protestar contra os cortes de verbas federais e estaduais da educação e a reforma da Previdência. Houve também ato em Guarapuava, na região central do Paraná.

Rio Grande do Norte

Em Natal, professores, estudantes, centrais sindicais e sociedade civil organizaram uma manifestação à tarde, no bairro Tirol Zona Leste da capital do estado, contra bloqueios de recursos na educação e contra a reforma da Previdência.

Pela manhã, um grupo de manifestantes já havia feito um ato em Mossoró, na região Oeste potiguar.

Goiás

Estudantes, servidores públicos e sindicalistas protestaram em Goiânia contra a reforma da Previdência e em defesa da Educação. O ato aconteceu na Praça Universitária e conta com apresentações culturais, como uma roda de samba.

A organização do movimento é do Fórum Goiano Contra a Reforma da Previdência, composto por centrais sindicais, como CUT, CTB, UGT, Intersindical e Força sindical, além de sindicatos, entre eles o Sintego e o Sindsaúde. Também estão presentes representante da União Nacional do estudantes (UNE) e da União Estadual dos Estudantes (UEE) e de movimentos populares.

Maranhão

Em São Luís, professores, estudantes e servidores públicos participaram na tarde desta terça de um ato contra os cortes de verba e contra a reforma da Previdência. O grupo se concentrou na praça Deodoro, na região central, e saiu em caminhada em direção à avenida Beira-Mar.

Amazonas

Servidores públicos se reuniram na praça da Saudade, no Centro de Manaus, para protestar contra os cortes na educação. Houve interdição parcial da avenida Epaminondas.

Espírito Santo

Em Vitória, o protesto começou por volta das 16h em dois campi da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e também no Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes). Houve caminhada por volta das 17h50.

Rondônia

Em Porto Velho, estudantes e professores da Universidade Federal de Rondônia (Unir) e do Instituto Federal de Rondônia (Ifro) fizeram ato na praça das Três Caixas d’Água, no centro da cidade contra os cortes na educação. Representantes da CUT e de outros sindicatos estiveram presentes.

Roraima

Estudantes, professores e representantes de centrais sindicais fizeram ato contra cortes de recursos na educação em Boa Vista. A concentração ocorreu por volta das 15h na Universidade Federal de Roraima (UFRR). De lá, seguiram até o Centro da cidade.

Acre

Estudantes, professores, técnicos e outros servidores da Universidade Federal do Acre (Ufac) se reuniram em um ato contra cortes na educação no centro de Rio Branco. Houve críticas também ao Future-se.

Tocantins

Em Palmas, um ato contra a reforma da Previdência e contra cortes na educação ocorreu por volta das 18h. A concentração foi na Praça dos Povos Indígenas. Pela manhã, houve uma manifestação em Peixe, cidade no sul do estado.

— —

Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 13/08/2019

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/13-08-2019/pacientes-alertam-para-risco-de-contrair-tuberculose-em-jf.html

Título da matéria: Pacientes alertam para risco de contrair tuberculose em JF

Inadequações na sala onde é realizado o atendimento a pacientes com tuberculose em Juiz de Fora têm preocupado pacientes que dependem do Sistema Único de Saúde (SUS). A principal reclamação é com relação à falta de janelas no Setor de Tisiologia, divisão destinada ao tratamento dos pacientes, localizada na loja 7 do PAM-Marechal. Por não haver ventilação, a preocupação é com o risco de contaminação, visto que, em ambientes mal ventilados, o bacilo causador da doença pode permanecer no ar por até 12 horas. Há relatos de ex-funcionários do PAM-Marechal que acreditam terem contraído a doença apenas por trabalharem perto da sala. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que a tuberculose é a doença infecciosa que mais mata no mundo. Em Juiz de Fora, foram registrados 309 casos de tuberculose em 2017. Levantamento que coloca a cidade em segundo lugar na lista dos municípios com maior número de casos da doença em Minas Gerais, atrás apenas da capital Belo Horizonte.

Apesar do tratamento oferecido ser efetivo quando feito do início ao fim e de haver campanhas de conscientização realizadas pela Secretaria de Saúde da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), a estrutura física é motivo de insatisfação e medo. “A estrutura não é adequada. Na verdade, o prédio todo é uma vergonha. Com certeza eu peguei essa doença lá. A iluminação é muito ruim, fraca, a ventilação não é a ideal. Eu passava muito tempo no prédio trabalhando, e muitas vezes fazia hora extra. Eu tinha muito contato com muitos pacientes, inclusive com os que se tratavam no setor de tisiologia”, relatou o ex-funcionário do PAM, Wagner Luis Ferreira, 40 anos. Ele atuava no Departamento de Clínicas Especializadas. No entanto, de acordo com ele, algumas vezes era deslocado de setor para realizar outros trabalhos, principalmente de fiscalização e orientação de usuários. Por esse motivo, ele permanecia por muitas horas no térreo, próximo ao Setor de Tisiologia.

A circunstância, em sua avaliação, o levou a adquirir e a ser diagnosticado com tuberculose em outubro do ano passado. De lá pra cá, ele afirma que fez o tratamento durante seis meses e que aguarda avaliação para saber se está curado.

“Depois que recebi o diagnóstico precisei me afastar do trabalho, e logo depois disso fui exonerado. Atualmente, estou desempregado e tentando me recuperar. Mas o pior foi saber que eu tinha pegado a doença lá. Na mesma hora (que recebi o diagnóstico) eu desmoronei, não sabia nem o que fazer. Até eu me acostumar com essa ideia, fazer o tratamento, passei por uma fase muito difícil na minha vida. Os pacientes e profissionais correm o risco, com certeza, de pegar essa doença no local”, afirmou.

Wagner informou não ter conhecimento sobre casos de outros pacientes que frequentam o PAM-Marechal e que teriam sido diagnosticados com tuberculose. Contudo, ele afirma que outros colegas tiveram de ser afastados de suas ocupações para realização de quimioprofilaxia – medida para a prevenção da infecção ou para evitar o desenvolvimento da doença nos indivíduos infectados. “No PAM-Marechal não existe um local de isolamento para pessoas com tuberculose. No local onde está funcionando muitas pessoas ficam expostas. É uma situação muito difícil da nossa cidade, que merecia uma atenção da Prefeitura”, analisou.

“Condições deploráveis”

O paciente Kleber Aprigio Moreira, 34 anos, é atendido no setor há cinco meses. Ele recebe tratamento contra a tuberculose, que atacou sua garganta, um pulmão e um testículo. Ele tem artrite reumatóide juvenil, doença autoimune, fator que facilitou o contágio. Apesar de avaliar de forma positiva o atendimento e o serviço, Kleber também denunciou as más condições do local.

“Eu tenho essa doença, e por isso fico vulnerável. Passei muita coisa até descobrir a doença. Inclusive, as funcionárias do setor de tisiologia são muito eficientes. O atendimento é excelente, lá você chega em um dia e no outro é atendido, mas as condições do espaço são deploráveis”.

Ele também relatou à Tribuna que as salas e consultórios não têm ventilação, e que a única abertura é a da porta de entrada para o setor, no térreo do prédio. “Qualquer pessoa que passa ali na porta está correndo risco, ainda mais se alguém tiver alguma doença autoimune, como eu. Os funcionários correm risco. O espaço é muito fechado e facilita a contaminação. Eu já questionei as enfermeiras que trabalham lá se elas não têm medo de pegar a doença, porque a chance de contaminação ali é alta e isso é um absurdo, um descaso. A tisiologia deveria ser uma ala separada, uma área de espaço aberto”, opinou.

Serviço poderá ser transferido para o HU

Questionada, a Secretaria de Saúde explicou que são atendidos no Setor de Tisiologia pacientes da rede de atenção secundária, isto é, quando o caso extrapola o nível de atendimento das Unidades Básicas de Saúde (UBSs). A pasta pontuou ainda que um grupo de trabalho da PJF estaria em processo de negociação com a direção do Hospital Universitário (HU/UFJF) para que o serviço de tisiologia seja transferido para as dependências do prestador.

Falta de circulação de ar aumenta risco de contaminação, diz especialista. Em local fechado, permanência do bacilo causador da doença poderá durar até 12 horas

Sobre a situação do ex-funcionário da unidade, a pasta pontuou que não é possível afirmar que o paciente tenha adquirido a doença no local. De acordo com a secretaria, seria necessária uma investigação mais aprofundada sobre o caso, que levasse em consideração condições de saúde do paciente e outros fatores.

No texto, a pasta ainda informa que está ciente dos desafios no controle da doença, e que a partir das demandas pontuadas pelo Comitê Técnico de Prevenção e Controle da Tuberculose, atua com frentes de trabalho na atenção básica e também com as ações do “Consultório na Rua”, em que a equipe responsável verifica pontos estratégicos de abordagem a moradores em situação de rua. A pasta citou ainda que, além de identificar, o grupo é responsável por direcionar o paciente para uma unidade de saúde ou fazer o acompanhamento do caso.

PAM-Andradas

Antes de ser deslocado para o atual endereço, o Setor de Tisiologia funcionava no prédio do antigo PAM-Andradas, na Avenida dos Andradas. A mudança, em fevereiro de 2016, aconteceu devido à instalação do Centro de Hidratação contra Dengue no antigo espaço, conforme divulgou a Prefeitura, na época. Segundo texto publicado pela Secretaria de Saúde, o centro funcionaria no local por 90 dias. Apesar disso, a pasta não garantiu que o Setor de Tisiologia voltaria a funcionar no antigo local após esse prazo.

Até fevereiro de 2016 Setor funcionava no antigo PAM-Andradas. Atualmente local está fechado e sem condições de uso. PJF alega não haver verba para reforma do prédio (Foto: Olavo Prazeres)

Por outro lado, o ex-funcionário do PAM-Marechal ouvido pela Tribuna disse que, na época, foi garantido aos servidores do setor que, após o funcionamento do centro de hidratação, os serviços de tisiologia voltariam a ser oferecidos no antigo endereço. Conforme informações apuradas pela Tribuna, o espaço do antigo PAM-Andradas oferecia melhores condições para o tratamento de tuberculose – com salas amplas, circulação de ar e grandes janelas que permitiam ventilação e entrada de luz natural.

Com relação ao questionamento sobre o uso do PAM-Andradas, a secretaria informou, em nota, que não haveria condições de uso do prédio nas atuais circunstâncias, sendo necessária uma reforma que, no entanto, não seria viável ao Município devido à crise fiscal.

A reportagem também solicitou dados atualizados sobre os casos de tuberculose em Juiz de Fora, mas a Secretaria de Saúde informou que o dado mais atualizado é o de 2017, e que não há números mais recentes devido às especificidades da doença, como o longo período de tratamento, que impede que os dados sejam inseridos com antecedência no sistema.

Falta de circulação de ar aumenta risco de contaminação, diz especialista

Chefe do Setor de Gestão da Qualidade e Vigilância em Saúde do Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora (HU/UFJF), o infectologista Rodrigo Daniel de Souza explica que a tuberculose é transmitida de pessoa para pessoa nas formas pulmonar ou laríngea – tipo que acomete as cordas vocais – por meio dos chamados aerossóis, partículas microscópicas onde há o bacilo da doença e que ficam em suspensão no ar mesmo após um paciente infectado deixar o ambiente. A permanência desta bactéria em determinado espaço pode variar de cinco a 12 horas. Portanto, em ambientes onde há a presença de pacientes com tuberculose e pouca circulação do ar, há o risco de uma pessoa não contaminada adquirir o bacilo.

A partir disso, ela pode ou não desenvolver a doença, explica o médico. “Então, a pessoa respirando o mesmo ar que o contaminado, há um infecção inicialmente pulmonar, que pode não manifestar a doença naquele momento ou, ainda, vir a manifestá-la no futuro, em meses ou até anos. Portanto, para evitar ou diminuir o risco de contaminação, tanto as residências quanto os estabelecimentos de saúde devem ser muito bem ventilados”.

Em relação aos locais onde há tratamento de pacientes com a doença, Rodrigo sustenta que a repartição “deve ser muito bem protegida, até porque um paciente não tem o mesmo tipo de tuberculose que outro; um pode ter uma tuberculose comum, mais simples, totalmente sensível aos tratamentos, enquanto outro paciente que também esteja em tratamento pode ter o tipo resistente da doença. Ao colocar os dois em um mesmo ambiente com as condições inadequadas, você está expondo esse paciente com tuberculose sensível a adquirir uma forma resistente da doença. Com isso, o tratamento feito para a tuberculose normal não irá ter efeito para a forma resistente da doença, que inclusive é um caso de emergência pública”.

Nestes casos, a complexidade do tratamento, de acordo com o médico, é maior e, geralmente, é feito em setores específicos, o que demanda uma adequada infraestrutura para que se reduza os riscos de transmissão cruzada entre esses e outros pacientes e profissionais. No caso de funcionários que atuam em estabelecimentos de saúde, o infectologista aponta medidas a serem tomadas para protegê-los. “Os estabelecimentos de saúde deveriam fazer, anualmente, o exame PPD, que é um teste intradérmico para detectar se uma pessoa está infectada com o bacilo da tuberculose. Caso neste intervalo acuse positivo, a recomendação é que a pessoa faça um tratamento chamado Tuberculose Latente, antigamente chamado de quimioprofilaxia. Isso quer dizer que a pessoa tem a doença e ainda não manifestou sintomas. Com esse tratamento, diminui-se o risco de adoecimento por tuberculose”.

Soluções

Na impossibilidade de haver circulação natural de ar, a solução pode ser a utilização de mecanismos de ventilação e exaustão mecânica. “O ambiente precisa ser muito bem ventilado e é preciso cuidado com a saída desse ar, que pode ter o bacilo. Esse ar pode ser levado por dutos para um área mais elevada ou pode-se instalar filtros na saída dos dutos de exaustão”, explica o infectologista Rodrigo Daniel.

Além destas técnicas, o médico diz que a utilização das máscaras de proteção não são dispensáveis. No entanto, ele complementa que, erroneamente, as pessoas se sentem seguras apenas com a utilização do equipamento. “O profissional que realiza atendimento aos pacientes com tuberculose, devem utilizar o equipamento de proteção individual durante toda a sua jornada. Mas, ainda assim, a utilização apenas máscara não é uma garantia melhor que a do ambiente, e que as soluções de engenharia. É fundamental que o ambiente seja arejado. Isso garante mais segurança do que a utilização da máscara, o que não dispensa seu uso”, pontuou.

— —

Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cultura

Data: 13/08/2019

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cultura/13-08-2019/artista-queer-comenta-trilogia-em-cartaz-em-jf.html

Título da matéria: Artista queer comenta trilogia em cartaz em JF

Antony chegou à Tribuna cumprimentando-me à moda brasileira: com dois beijinhos, sem qualquer estranheza – como às vezes acontece com estrangeiros não familiarizados ao nosso simpático costume beijoqueiro de saudar mesmo pessoas desconhecidas. Foi o primeiro indício de que o cineasta não se prende a normas. Em Juiz de Fora, como atração da Semana Rainbow, Antony Hicking terá uma trilogia sua exibida como parte da Mostra de Cinema Queer da Semana Rainbow da UFJF, realizada no Mamm. Nesta quarta (14), será exibido o primeiro, “Little gay boy” (2013); seguido por “Where horses go to die” (2016) que passa no dia 15; e “Frig” (2018), que se divide em três partes (“Love”, “Shit” e “Sperm”, que encerra o evento no dia 16.

Durante a conversa, Antony me disse que é nascido em Joanesburgo (África do Sul), filho de pai indiano e mãe inglesa, e que vive no Reino Unido, mas passou boa tarde da vida em Paris. “Esse meu passado se relaciona com essa trilogia e meu trabalho em geral. Fui ator e diretor de teatro em Manchester por sete anos e depois fui para Paris, onde voltei à vida universitária para fazer artes cênicas em suas mais variadas linguagens. Fiz dois mestrados e um doutorado pesquisando arte queer, o que incluía performances de todo tipo: dança, teatro, tudo! Até que cheguei ao cinema. Então meu cinema engloba todo esse passado: a pesquisa queer, o palco, a dança, a atuação. Meu cinema é um crossover de artes”, diz ele. Nada poderia ser mais queer.

Cada vez mais discutido, o termo “queer” designa pessoas, manifestações, expressões e tudo que busca reafirmar o rompimento com a heteronormatividade e a(s) normatividade (s) de forma geral. “Inclusive acho importantíssimo que meu trabalho provoque, incite à reflexão não apenas as pessoas fora da comunidade LGBTQ+ por motivos óbvios, mas também cutucar as pessoas dentro da comunidade. Eu quero que atinja ambos os grupos. Na comunidade gay, por exemplo, há uma grande questão entre as gerações mais velhas, que sobreviveram à Aids e que questionam se a luta deles e delas foi para que a comunidade LGBTQ+ se enquadrasse cada vez mais ao heteronormativismo: casar, ter filhos. Eles pensam: ‘é por isso que fizemos tanto? É por isso que perdemos tantas pessoas? Para caber neste padrão?’”, diz ele.

Ao falar sobre o trabalho exibido no evento da UFJF, ele compara o processo de criação à pintura. “Quando comecei, não sabia que seria uma trilogia. Usei minhas experiências pessoais como um ponto de partida e comecei a ‘pintar’. Quando acabei “Little gay boy”, pensei ‘ok, acabou’. Depois pensei que a história precisava de uns retoques, não estava acabada de fato e quando vi, saiu “Where horses go to die”. Fiz outras coisas, uns filmes mais clássicos, mas senti que precisava de um último filme, e “Frig” é a última pincelada nessa obra. Mas veja, foi a arte que me mostrou que o processo estava terminado. Enquanto isso não aconteceu, eu sentia sempre um impulso de continuar criando sobre aquele trabalho”, conta o artista queer, que chamamos aqui assim porque é como Antony almeja ser reconhecido por seu trabalho. “Eu abracei o rótulo LGBTQ+, gay queer, não só porque é parte de mim, mas é o meu trabalho também. E, apesar de fazer filmes, meu processo criativo é muito artístico, da criação que vai nos impulsionando. Então sim, um artista queer”.

Tribuna – Como você descreveria os três filmes que serão exibidos em Juiz de Fora?

Antony Hicking – Eles são todos histórias pessoais. Trazem minha história, meus pais aparecem neles… então parti desse ponto e comecei a criar em cima deles. É o que eu chamo de metodologia pessoal. Em ‘Little gay boy’, por exemplo, meu pai e minha mãe são, respectivamente, Deus e a Virgem Maria, daí você imagina o que isso não causou por abordar símbolos religiosos tão icônicos (risos). “Where horses go to die”….

Eu amei esse título, é tão poético!

Não é? O filme é muito poético, ele explora o universo da sexualidade e o universo queer, e/ou eu como artista olhando para onde quer ir no próximo passo. “Frig” completa esse ciclo, é a última parte, completa um ciclo, e é a história do fim de um relacionamento, uma história pessoal mais uma vez. Em um nível, todos eles são autobiográficos, mas eles não são só isso (ainda bem!). O movimento queer tem origem na literatura, é sobre reler a literatura, recontar histórias. No meu caso, neste trabalho, recontar a Bíblia, recontar Oscar Wilde, DH Lawrence, todas as referências homossexuais, historicamente ignoradas, aparecem nestas releituras. Acho que eles são uma exploração de o que é queer para mim, uma inspiração de diferentes artes para comunicar sentimentos, pensamentos, reflexões, de uma maneira não convencional. Esse era o objetivo. Eu chamo as minhas experiências de vida de potinhos de tinta – para continuar com a metáfora de pintura – todas elas são ferramentas que eu usei e uso para criar essa mistura vibrante de diferentes estilos. É difícil assistir aos meus filmes, mostrá-los, porque eles são tão íntimos, mas ao mesmo tempo, acredito que para se comunicar com alguém é preciso partir do que é real. Pelo menos na minha visão como artista.

O conteúdo continua após o anúncio

E desde o primeiro filme da trilogia, as discussões sobre queer foram crescendo cada vez mais, como isso foi afetando seu trabalho?

Exato, a discussão cresceu muito. Quando me formei em Manchester, lá por 1999, escrevi uma tese que abordava o queer. Anos depois, em Paris, no departamento de teatro em que estudei, as pessoas ficavam se perguntando o que era queer, porque em francês não faz sentido, a palavra queer significa ‘couro’. Eles me perguntavam, e eu continuava realizando pesquisas e trabalhos queer, sem me preocupar muito em defini-los. Mas fui continuando….

Nossa, e isso é totalmente queer! (risos)

Exatamente (risos). E o movimento queer foi se tornando uma coisa maior, sendo mais debatido em várias esferas, de direitos LGBTQ+ de forma geral, por exemplo, há portas se abrindo no mundo. Quer dizer, o fascismo está aí, né? O fascismo é uma reação a estas portas abertas. Mas a arte sempre foi e sempre será uma resposta contra ele. Estou feliz de estar exibindo meus filmes agora. É uma época aterrorizante para se ser brasileiro. Mas também é na Europa. Fico vendo políticos ultraconservadores como Thereza May Boris Johnson, vejo o fascismo na Itália, na Rússia, enfim…. Eu penso que meus filmes fazem frente a isso, são provocativos, levam a pensar. “Frig” trata dos gays assassinados na Chechenia, por exemplo! São filmes difíceis, mas a gente está vivendo num mundo difícil pra cacete! Eu me tornei um ativista, não faço filmes que você vê e fala ‘ah que lindo!’ e vai para a cama dormir. Estou aqui para provocar mudança com meu trabalho, e é por isso que estou tão feliz em estar no Brasil agora. É este o sentido da arte.

Para terminar, qual é a importância de eventos como a Semana Rainbow?

Para mim, e espero que para muita gente, está na visibilidade da batalha que mencionei antes. É um sinal de liberdade, de voz, e tem muita gente que quer calar essas vozes. Além de tudo, é um incentivo para que festivais como este continuem acontecendo. O que mais me encanta num evento como este, e nos similares a ele – porque existem muitos formatos – é a diversidade de expressões que ele abarca: teatro, filme, palestras, pintura, fotografia. Eles são totalmente transdisciplinares, há muitas vozes contando histórias de muitas formas. São um espaço de aprender, trocar e compartilhar com a comunidade, com quem é e o que é queer. Porque queer não diz respeito só a ser LGBTQ+. E o simples fato de que a Semana Rainbow existe é um sinal forte de esperança.

Mostra de Cinema Queer

Dias 14 (“Little gay boy” – ficção 2013), 15 (“Where horses go die – ficção 2016) e 16 (“Frig” – ficção 2018), às 19h, no Museu de Arte Murilo Mendes (Rua Benjamin Constant 790)

— —

Veículo: Tribuna de Minas

Editoria:

Data: 13/08/2019

Link: https://tribunademinas.com.br/blogs/sala-de-leitura/13-08-2019/cristina-caral-minha-obra-literaria-e-um-ato-de-resistencia-as-politicas-racistas-e-discriminatorias.html

Título da matéria: Cristina Cabral: “Minha obra literária é um ato de resistência às políticas racistas e discriminatórias”

A professora universitária, escritora e pesquisadora uruguaia, radicada nos Estados Unidos, Cristina Rodriguez Cabral, foi a convidada do último “Encontros com a literatura”, realizado no primeiro semestre de 2019, na UFJF. Por cerca de três horas, a autora falou, principalmente, sobre “Memória & resistência” (Manatí, 171 páginas). Digo “principalmente”, porque falou também sobre sua vida. Todavia, sua biografia pode ser facilmente traduzida por meio da segunda palavra que compõe o nome do livro, publicado, pela primeira vez, em 2004.

A obra traz uma seleção de poemas e artigos que nos dão conta de sua militância social e de sua força para resistir a uma opressão tanto racial como de gênero. “O impulso de resistir vem do fato da existência do duplo racismo de gênero e etnia que, como mulher negra, tive que enfrentar na minha vida”. Quando fala de memória, Cristina se justifica que ela “há sido la energia vital que nos pemitió no entregarnos jamás y creer, pese a todo, en el ser humano”, dispara, para logo completar. “’Memoria y resistência’ es parte de mi vida y de la historia de millones de mujeres em nel mundo guerreando de diferentes maneras durante siglos. Desarrollhando variadas estrategias para vencer el genocídio mantenido sobre nuestros pueblos em lãs Américas.”

Já no primeiro poema da antologia, encontramos uma mulher que escreve numa condição de negra, latina, mãe de uma filha, também guerreira. “Soy uma negra uruguaya,/parida en lá América Mestiza/ con sangre Africana templando/ el tambor de mis venas./ Latina Hispana, sudamericana/ que más da;/ soy ante todo/ um Ser Humano,/ uma Mujer Negra”, versa ela, que acredita que se dizer autora negra mulher dentro do campo literário atual seja um rótulo que demarca e aprisiona, porém ainda necessário. “Enquanto vivemos em sociedades discriminatórias, acho importante mostrar o orgulho étnico na poesia como sinal da identidade de uma “minoria” invisível na academia e sem voz própria.”

Cristina Rodriguez Cabral é de Montevidéu. Tem formação em enfermagem e licenciatura em sociologia. Ainda é doutora em filosofia, título conquistado na Universidade de Missouri, sediada nos Estados Unidos. Entre as obras publicadas por ela, estão “Bahía, mágica Bahía”, trabalho que lhe rendeu o Prêmio Casa de las Américas, no ano de 1986, além de “Pájaros sueltos”, “Entre giros y mutaciones”, “Quinientos años después y hoy más que nunca”, “Desde el sol” e “Noches sin luna, días con sol”.

O bate-papo de hoje traz alguns dos principais apontamentos discutidos no dia do encontro com os alunos da graduação do Curso de Letras da Universidade Federal de Juiz de Fora. Falamos, entre outros assuntos, sobre a poesia que ela faz e que é vinculada à vida real, marxismo, o racismo que ela enfrentou quando tentou vir estudar no Brasil e os sonhos que ela tem para a literatura que faz.

Marisa Loures – Sua obra tem um caráter social. Na conversa aqui em Juiz de Fora, você disse que tem formação marxista. Sua obra também seria um ato de resistência às políticas americanas de exclusão? E como você convive com essa questão lá?

Cristina R. Cabral – Sim, minha formação ideológica é marxista; mas, baseada na experiência e na pesquisa, afirmo que o maior problema do negro éétnico e, logo, de classe. O marxismo evidencia que, depois de abolida as diferenças de classes sociais, o racismo iria desaparecer; mas não foi assim. No capitalismo, um negro rico tem maiores oportunidades do que um pobre, mas os dois vão ter que enfrentar o racismo ou a discriminação em diferentes setores da sua vida. Minha obra literária é um ato de resistência às políticas racistas e discriminatórias em qualquer parte do mundo e sistema político.

– Você também trata da relação do homem com o consumo em sua obra. Como lida com o excesso de consumismo na sociedade americana sendo uma crítica dessa relação que acorrenta o homem?

– O excesso de consumismo é global, seja nos países desenvolvidos e nos em via de desenvolvimento. Todo mundo quer consumir carros novos, nova casa, roupa nova, última tecnologia, etc. Fica difícil resistir à compulsiva tentação de comprar quando os meios de comunicação, permanentemente, nos bombardeiam com propaganda consumista em que comprar equivale a ser feliz. O nível educativo das pessoas, suas ideologias e valores, podem controlar em certa forma esses impulsos acumulativos pelas coisas materiais.

– Por falar nisso, na introdução do livro “Memória & resistência”, você diz que fala da resistência porque seu cotidiano é o de “madre pobre, latina y negra, em um mundo donde, digamos… nos somos nosotros lo que regimos.” Acredita numa poesia que seja desvinculada da vida real?

– Não acredito em uma poesia desvinculada da vida real. Isso não significa que a poesia seja cópia fiel da realidade. Senão for uma reação artística do escritor aos eventos do mundo, uma recriação literária da realidade.

“O Brasil ainda segue discutindo o tema das ações afirmativas para as minorias, ainda continua matando negros na rua, sem ninguém fazer-se responsável. Ainda o cinema e a televisão brasileira buscam atores e atrizes brancos para o rol de protagonistas, ainda não tem embaixadores negros representando o país. Estamos no século XXI, gente, jáé tempo de realmente mudar.”

– Na palestra aqui em Juiz de Fora, contou que, quando saiu do Uruguai, tentou estudar aqui no Brasil. No entanto, deparou-se com um racismo muito forte. Acabou indo para os Estados Unidos. De que maneira o racismo se apresentou para você naquele momento? E como vê essa questão no Brasil atualmente?

– Nos anos 80, a Sudáfrica era, oficialmente, o primeiro apartheid do mundo, e o Brasil era, extraoficialmente, o segundo; mas essa situação era percebida pelos afro-brasileiros e parte da população progressista do Brasil. O resto acreditava no mito da democracia racial. O racismo, para mim, se manifestou no momento em que passei em todas as provas acadêmicas e da língua exigidas no processo de receber uma bolsa de estudos para uma universidade brasileira que já havia me aceitado. Fui jogada fora no último passo do processo, na entrevista com as autoridades da embaixada em Montevidéu. No momento em que o representante diplomático me viu, ele disse “não”. Não tive a mínima oportunidade por ser negra. Atualmente, vejo a situação no Brasil mais ou menos igual. Mudou pouco, sendo o segundo país com a maior população negra no mundo, depois da Nigéria. O Brasil ainda segue discutindo o tema das ações afirmativas para as minorias, ainda continua matando negros na rua, sem ninguém fazer-se responsável. Ainda o cinema e a televisão brasileira buscam atores e atrizes brancos para o rol de protagonistas, ainda não tem embaixadores negros representando o país. Estamos no século XXI, gente, jáé tempo de realmente mudar.

– Certa vez, conversei com a escritora Míriam Alves, uma das representantes da literatura negra brasileira. Na época, ela tinha dividido uma mesa com Ignácio de Loyola Brandão e João Almino nos Estados Unidos. Ela disse que estavam, os três, discutindo literatura numa mesa que fala “igual”. Ela é da opinião de que, nos Estados Unidos, valorizam “a nossa história de escrita literária”. Já no Brasil, quando não se consegue negar a existência da literatura negra, cria-se um gueto, “cria-se um quarto ao lado, nos fundos, para discutir a nossa literatura”. A briga dela é: “eu sou literatura brasileira e faço literatura negra. Eu quero estar numa mesa, como estive nos Estados Unidos, com Marina Colasanti. Quero estar com as mulheres brancas que fazem literatura assim como eu”. Essa nossa conversa aconteceu em 2016. Já se vão três anos. Você é uma escritora negra latino-americana. Sobre essa questão, como você vê esse cenário, hoje, em termos de América Latina?

– Coincido com Miriam Alves; isso acontece comigo no Uruguai também. Devemos nos lembrar de que os Estados Unidos representam o império, e latino-américa suas colônias, daí as diferenças. Fica mais fácil fazer coisas e obter reconhecimento intelectual no Império que nas colônias.

– O poema “500 anos depois” é uma crítica às comemorações do descobrimento, sobretudo, à escravidão africana e ao genocídio indígena. Nós sabemos que não há o que comemorar, talvez a palavra certa seja rememorar. Acha que esse tipo de atitude das autoridades, endossada pela sociedade, tem relação com a ausência de uma política de memória?

– Em Uruguai, não se festeja mais o 12 de outubro como o Dia do Descobrimento há muitos anos. De fato, eu participei nos anos 80 na comemoração do dia 11 de outubro como o último dia de liberdade para os índios. A gente saía à rua com os tambores rememorando o genocídio indígena feito pelos conquistadores. O trabalho das organizações afro-indigenistas, os sindicatos, os partidos políticos da esquerda, ajudou a criar na população consciência sobre o significado social e político da conquista da América, da invasão dos portugueses, espanhóis, britânicos, franceses e outros. Esse poema ao qual você se refere foi lido por mim na Embaixada Espanhola na celebraçãopelos 500 anos do descobrimento da América.

– Quais outras mulheres negras escritoras você gostaria de indicar para que conhecêssemos?

– São muitas, a lista é longa, e cada dia aparecem mais escritoras jovens fazendo rap, hip-pop, ou literatura oral em todo o mundo. Menciono algumas das clássicas norte-americanas: Toni Morrison, Maia Angelou, Sonia Sanchez, Alice Walker, Niki Giovanni. As latino-americanas: Edelma Zapata Perez, Shirley Campbell, Nancy Morejon, Georgina Herrera, Teresa Cardenas, Beatriz Santos, Virginia Brindis de Salas, Cristina Cabral. Realmente são muitas escritoras negras cujas obras foram publicadas e não publicadas. Essas escritoras afro-descendentes são intelectuais e ativistas com consciência social, racial e de gênero na sua escritura, além de criarem uma literatura de alto nível literário. Elas não fazem propaganda literária, fazem literatura.

– O que você ainda sonha para sua literatura?

– Que seja valorizada, avaliada e apreciada simplesmente como literatura, sem outros rótulos. Que as comunidades afrodescendentessaibam que é parte da minha contribuição na luta por um mundo mais justo, tolerante e igualitário.

“Encarando el exilio”, poema retirado do livro “Memória & resistência”

Por cristina Cabral

Antes de la puesta de sol

curaré mis heridas

O conteúdo continua após o anúncio

me levantaré

sacudiré el povo maloliente

de mis zapatos

y echaré a andar…

antes que los recuerdos

horizonten mi cabeza

la sonrisa de mi madre

reflejada en el rostro de Nzinga

me enviará luz.

Naufrago

momentâneas tormentas

vida sin placer…

los fantasmas no me arrebatarán

los sueños

muralhas infranqueables caerán

lo imposible

solo cuesta um paso más.

Por eso cuando caiga la noche,

sin más tormenta

ni feos recuerdos,

ante

la

puesta de sol

serena estaré

y de pie

me bañarán

lãs estrellas.

— —

Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Política

Data: 13/08/2019

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/politica/13-08-2019/juiz-foranos-vao-as-ruas-em-manifestacao-a-favor-da-educacao.html

Título da matéria: Juiz-foranos vão às ruas em manifestação a favor da educação

Pela terceira vez em 2019, setores ligados à educação marcam presença nas ruas de Juiz de Fora para protestar contra o Governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Assim como em atos anteriores, a mobilização desta terça-feira (13) segue calendário nacional e vem sendo chamada de “3º Dia Nacional de Paralisação da Educação” ou “3º Tsunami da Educação”. Os manifestantes contestam decisões que consideram como ataques à educação pública, como as retenções orçamentárias impostas pelo Ministério da Educação (MEC) às universidades federais, além de críticas ao programa Future-se, recentemente apresentado. Os presentes também repudiam a reforma da Previdência aprovada pelo Câmara dos Deputados, que muda as regras de aposentadoria e ainda carece de debate no Senado. Além de setores ligados à educação, a manifestação recebe representantes de movimentos sindicais e sociais e de partidos políticos posicionados mais à esquerda do espectro político nacional.

Inicialmente, a manifestação em Juiz de Fora estava marcada para acontecer a partir das 17h, no Parque Halfeld. No entanto, como, a partir das 18h, o prédio da Câmara receberia o velório do ex-jogador do Tupi Moacyr Toledo, que faleceu nesta terça-feira, a concentração foi transferida para o Calçadão da Rua Halfeld. Com a mudança de endereço, os manifestantes tiveram que negociar com a Polícia Militar (PM) o acesso de um carro de som ao Calçadão.

Concomitantemente ao protesto, professores das redes municipal, estadual e federal convocaram paralisação para esta terça-feira, comprometendo, assim, as aulas nas escolas do município e do estado e também na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), no IF Sudeste e no Colégio de Aplicação João XXIII. Técnicos-administrativos em educação e estudantes da UFJF também decidiram cruzar os braços no dia de mobilização dos setores da educação. O destino final do grupo foi a Praça da Estação.

Durante a manifestação, várias lideranças estudantis discursaram no caminhão de som, entre cânticos e gritos de guerra, as principais críticas dos discentes foram com relação ao Future-se, defendido pelo MEC. Para os manifestantes, a proposta significa o início de um processo de privatização das universidades e dos institutos federais. Antes da mobilização no Parque Halfeld, os estudantes se concentraram na Praça Cívica do Campus da UFJF, de onde partiram em marcha até a região central da cidade.

Entre detentores de mandato, o deputado estadual Roberto Cupolillo (Betão, PT) e o vereador Juraci Scheffer (PT) marcaram presença no evento. “Estamos vivendo um momento de grande desrespeito pelos direitos dos trabalhadores, pela educação e pela universidade pública”, afirmou Scheffer, defendendo a sequência da mobilização nas críticas ao Governo do presidente Jair Bolsonaro. “Quero saudar em especial a juventude. Ela vai ser triplamente prejudicada por estas propostas do Governador Bolsonaro”, afirmou Betão, alegando possíveis prejuízos para os mais jovens. Sobre o Future-se, o deputado afirmou que a proposta quer “transformar as universidades públicas em organizações sociais que vão ter que buscar na iniciativa privada recursos para a pesquisa e a extensão”.

Durante a manifestação, também ocorreram momentos de críticas à atuação do ex-juiz federal e atual ministro da Justiça, Sérgio Moro, nos processos da Operação Lava Jato, e pleitos pela liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso em Curitiba desde o ano passado após condenação em segunda instância pelo caso do Triplex. A passagem dos manifestantes pela Getúlio Vargas comprometeu a fluidez do trânsito na via, que precisou ser organizado por destacamentos da Polícia Militar.

Adesão

De acordo com o Sindicato dos Professores de Juiz de Fora (Sinpro-JF), 86% dos docentes da rede municipal aderiram à paralisação. Antes do ato, a categoria se reuniu em assembleia e discutiu os rumos das negociações mantidas com a Prefeitura, relacionadas à campanha salarial de 2019. Por sua vez, a Secretaria Municipal de Educação afirmou que, “das 101 escolas da rede municipal, cerca de 80% aderiram a paralisação”.

Já com relação à rede estadual, o braço local do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE) avaliou que 70% dos professores estaduais que integram a Superintendência Regional de Juiz de Fora aderiram à paralisação. Por outro lado, a Secretaria de Estado de Educação (SEE) encaminhou nota à Tribuna afirmando que, em balanço até o meio da tarde, mais de 91% das escolas estaduais tiveram funcionamento normal ou parcial nesta terça-feira.

A reportagem também buscou uma avaliação da paralisação junto à assessoria da UFJF, por e-mail e contato telefônico, mas não conseguiu contato até por volta das 17h30. Via de regra, a instituição federal evita comentar e diz respeitar as deliberações de classe. Na avaliação do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições Federais de Juiz de Fora (Sintufejuf), até 90% dos trabalhadores cruzaram os braços nesta terça, o que comprometeu os serviços da Reitoria e de secretarias, bibliotecas, de transporte e da Farmácia Universitária. Já a Associação dos Professores de Ensino Superior de Juiz de Fora (Apes) avaliou que a adesão atingiu 90% dos professores da rede federal.

— —

Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Empregos

Data: 13/08/2019

Link: https://tribunademinas.com.br/empregos/13-08-2019/ufjf-amplia-para-30-o-numero-de-vagas-para-concurso.html

Título da matéria: UFJF amplia para 30 o número de vagas para concurso

O número de vagas do concurso para técnico-administrativo em educação (TAE) da UFJF foi novamente ampliado, passando de 29 para 30. A nova oportunidade é para o cargo de técnico na área de tecnologia da informação, para o campus de Governador Valadares. Essa é a segunda retificação relacionada ao número de vagas; em 17 de julho, a instituição ampliou a oferta de 21 para 29 oportunidades.

O concurso oferece 18 vagas para o campus juiz-forano, distribuídas entre os cargos de assistente em administração, que exige nível médio; tradutor intérprete de Linguagem de Sinais, para candidatos com nível médio e proficiência em Libras; e analista de tecnologia da informação e administrador, direcionados aos profissionais graduados nestas áreas. Para o campus de Governador Valadares são ofertadas 12 oportunidades para os cargos de assistente em administração, que exige ensino médio; técnico de tecnologia da informação; analista de tecnologia da informação e médico na área de Medicina da Família e Comunidade, para candidatos com curso superior.

O prazo final para as inscrições do concurso se encerra nesta quinta-feira (15). Interessados deverão se inscrever pelo site da Fundação Cefet Minas. A taxa de inscrição varia de R$ 80 a R$ 120, de acordo com o cargo pretendido. A previsão é de que as provas objetivas de múltipla escolha, exigidas a todos os cargos, sejam aplicadas no dia 15 de setembro em Juiz de Fora e Governador Valadares.

— —

Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Esportes

Data: 13/08/2019

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/esportes/13-08-2019/congresso-de-medicina-esportiva-da-ufjf-traz-profissionais-de-diversas-cidades.html

Título da matéria: Congresso de Medicina Esportiva da UFJF traz profissionais de diversas cidades

Música aumenta a performance de atletas? É possível evitar a morte súbita dentro do esporte? Essas são algumas das questões que vão embalar os dois dias de programação do IV Congresso de Ortopedia e Medicina Esportiva da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), que, neste ano, acontece em conjunto com a XXII Jornada de Reumatologia de Juiz de Fora. O evento, que contempla as mais variadas áreas da saúde em torno de temas que permeiam o esporte de alto rendimento e também a prática de atividades físicas cotidianas, acontecerá nas próximas quinta (15) e sexta-feiras (16), no Hospital Monte Sinai, localizado na Avenida Presidente Itamar Franco 4.000, Bairro Cascatinha.

O encontro entre profissionais da Medicina Esportiva surgiu a partir da carência, na região, de um espaço para discutir os traumas do esporte, fator observado pelo organizador do evento, Adriano Mendes Júnior, ortopedista da UFJF e organizador do evento desde a primeira edição. Segundo ele, a organização sempre prezou por ter um evento multidisciplinar e agregador entre as áreas da saúde. “A gente viu que era uma oportunidade, mas a gente nunca deixou de deixar bem claro que as discussões sempre foram multidisciplinares e que não eram de especialistas, eram para que todo mundo pudesse equilibrar seu nível de conhecimento e ser o melhor para o paciente”, explica.

Pela primeira vez, o evento será realizado em parceria com a Jornada de Reumatologia do município, tradicional encontro de profissionais dedicados ao estudo e tratamento das doenças reumáticas. A edição conjunta também foi uma oportunidade de ampliar as áreas contempladas pelas discussões, de acordo com o ortopedista. “Sabemos que a dor é o que motiva o paciente a procurar qualquer profissional da saúde, e o local mais aparente de dor é no aparelho locomotor. Dessa forma, temos vários profissionais e também reumatologistas que atendem a algumas queixas, e a gente quis que todos esses profissionais estivessem no mesmo local”, conta.

Programação

Assim foi pensada toda a programação do evento, que, nos dois dias, vai das 8h às 20h. Haverá mesas e palestras, que abordam desde dores no joelho de praticantes de crossfit, até o doping no esporte de alto rendimento e a questão dos transgêneros dentro do atletismo profissional. Entre os palestrantes envolvidos também constam nomes expressivos como Nathália Figueirêdo, médica da Seleção Brasileira de Atletismo e Esporte Clube Vitória, e Filippo Coutinho, do Volta Redonda Futebol Clube.

“Quando a gente montou a programação, a gente quis tirar essa áurea de congresso médico. Ele tem um foco voltado para o entendimento das doenças musculoesqueléticas, de todas as áreas. E em uma das partes, que é a de Medicina do Esporte, a gente tenta trazer temas que são tranquilos de serem respondidos, que são instigantes, porque geralmente a gente não tem essas respostas nos livros”, salienta Adriano. “Por exemplo, essa questão da música aumentar ou não a performance. Quando você vai fazer uma corrida, se colocar uma música, instintivamente você tem uma performance aumentada. Então, todos os temas têm o foco multidisciplinar e o entendimento para que a plateia saiba o que é o melhor cuidado do praticante de Educação Física”, finaliza.

Inscrições

Ainda restam 30 vagas para o evento. Os interessados devem procurar os acadêmicos das Ligas de Ortopedia e Reumatologia no Instituto de Ciências Biológicas, na Faculdade de Medicina e na Faculdade de Educação Física e Desportos da UFJF, ou na Faculdade Suprema, das 11h às 13h. Também pode ser feito contato direto pela página do evento no Instagram. As inscrições custam R$ 50 para graduandos e R$ 70 para os demais públicos.

— —

Veículo: G1

Editoria: Zona da Mata

Data: 13/08/2019

Link: https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2019/08/13/trabalhadores-da-educacao-e-integrantes-de-movimentos-estudantis-paralisam-atividades-em-juiz-de-fora.ghtml

Título da matéria: Trabalhadores da educação e integrantes de movimentos estudantis paralisam atividades em Juiz de Fora

Servidores, trabalhadores da educação e integrantes de movimentos estudantis nas redes municipal, estadual e federal estão paralisados nesta terça-feira (13) em Juiz de Fora. A categoria participa do Dia Nacional de Mobilização contra o Desmonte da Previdência e em Defesa da Educação Pública.

As categorias federais protestam contra os bloqueios no orçamento do Ministério da Educação (entenda ao fim da reportagem); a proposta de implantação do programa “Future-se” apresentada pelo Ministério de Educação (MEC) e contra a Reforma da Previdência aprovada na Câmara Federal e encaminhada para tramitação no Senado.

Além disso, demandas locais e estaduais também foram incluídas na pauta de reivindicações.

Ato pela educação e contra reforma da Previdência reúne professores, alunos e indígenas em Brasília

A Secretaria de Estado de Educação (SEE) informou que esta terça é dia letivo no calendário da Rede Estadual e que acompanhará, ao longo do dia, a adesão das unidades escolares da rede ao movimento nacional de mobilização. O balanço com os números da paralisação das escolas estaduais será possível no fim da tarde.

O G1 solicitou posicionamento sobre o impacto da paralisação na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), no Instituto Federal Sudeste de Minas (IF Sudeste), na Prefeitura de Juiz de Fora e aguarda retorno.

Reivindicações

De acordo com a Associação de Docentes de Ensino Superior de JF (APES), com o Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino no Município de Juiz de Fora (Sintufejuf), a adesão foi aprovada em assembleia na semana passada. A decisão inclui professores e servidores da UFJF e do IF Sudeste.

“Ideia é de protestar mais uma vez contra o corte, no ponto de vista das instituições de ensino, nos orçamentos já neste ano de 2019. E também contra o programa novo do governo, que asfixiou financeiramente e apresenta como solução a privatização das instituições. Vamos dialogar com a população sobre isso”, esclareceu a presidente da Apes, Marina Barbosa ao G1.

A coordenadora geral do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFJF, Luiza Travassos, ressaltou que os integrantes dos movimentos estudantis são contrários à adesão da instituição ao “Future-se”

“Qual é o futuro que se está se falando? Não tem uma clareza do que é o projeto, quais vão ser de fato as fontes de financiamento. Não teve nenhuma consulta aos estudantes, ao corpo docente e à sociedade civil sobre como construí-lo, tira a responsabilidade do Estado em relação à gerência e ao desenvolvimento das universidades e coloca toda uma dependência do setor privado. Esse ‘Future-se’ na verdade não é o futuro, é um grande cenário de sucateamento da universidade, da educação. A gente se coloca contra esse projeto porque quer que as universidades continuem existindo e tenham um futuro”, analisou.

O Sindicato dos Professores de Juiz de Fora (Sinpro) destacou, em nota, que os “cortes e o avanço da privatização também ameaçam a educação pública de qualidade. O único caminho possível para a reversão desse quadro é a união de forças entre trabalhadores e estudantes”. Também ressaltou a importância de discutir os pontos da negociação salarial e analisar as alterações no plano de carreira proposta pela Prefeitura.

Além das pautas nacionais, o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE) destacou a importância de conversar sobre o Regime de Recuperação Fiscal proposto pelo governo de Minas.

“A paralisação é contra os ataques realizados pelos governos federal e estadual. Em Minas, o governador ainda não realizou a nomeação do concurso público e manteve o pagamento parcelado de salário e 13º. E também protestamos contra a reforma da Previdência, entre outros ataques à educação”, disse a diretora do departamento de comunicação Yara Aquino.

Contingenciamento de verbas

Na última quarta-feira (7), o Ministério da Educação bloqueou R$ 348,4 milhões que deveriam ser aplicados na produção, aquisição, distribuição de livros e de materiais didáticos e pedagógicos da Educação Básica, área considerada prioritária pelo ministro Abraham Weintraub.

O bloqueio ocorre para atender ao novo contingenciamento de R$ 1,44 bilhão, anunciado pelo governo federal em julho. Na época, o governo divulgou que o Ministério da Educação deveria bloquear justamente R$ 348,47 milhões (24,1% do total).

Os dados são do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) e foram divulgados pela ONG Contas Abertas que, desde o anúncio do novo contingenciamento, monitora o sistema para saber quais áreas serão afetadas.

— —

Veículo: G1

Editoria: Zona da Mata

Data: 14/08/2019

Link: https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2019/08/14/semana-tem-programacao-especial-de-promocao-da-diversidade-em-juiz-de-fora.ghtml

Título da matéria: Semana tem programação especial de promoção da diversidade em Juiz de Fora

A programação cultural de Juiz de Fora contará com diversas atividades de promoção da diversidade até o final de semana. Diversos eventos estão programados para a 3ª Semana Rainbow da Universidade Federal de Juiz Fora (UFJF), a 22ª Rainbow Fest” e 39º Miss Brasil Gay.

A partir desta quarta-feira (14) até a sexta-feira (16), o Museu Ferroviário sedia a oficina gratuita “A Coreografia das Palavras e a Expressão Literária dos Movimentos”, com Bayard Tonelli – Dzi Croquetes, das 14 às 18 horas. As inscrições podem ser feitas pela plataforma www.sympla.com.br/semanarainbow, onde também está disponível a programação completa do evento.

Também nesta quarta, às 19h, e na quinta (15), às 20h, acontece o espetáculo teatral “Entrega para Jezebel”, no Centro Cultural Bernardo Mascarenhas. A montagem conta a história de uma travesti que cuida do filho adotivo durante o dia e tenta ganhar dinheiro pelas ruas à noite. A entrada é franca e a classificação indicativa é de 14 anos.

Como parte da “Rainbow Fest”, o Anfiteatro João Carriço sedia a oficina “Personagens LGBT no Cinema Brasileiro: Teoria e Prática”, com Aleques Eiterer, dias 16 e 17, das 14h às 17h. Os interessados podem se inscrever pelo link.

Com a chegada do final de semana, o público terá a chance de curtir diversas atividades na Praça Antônio Carlos, no Centro da cidade.

Na manhã de sábado (17) estão previstas apresentações de DJs em uma área gourmet com mostra de curtas, shows, desfiles, feira de adoção de animais, além de feira de moda, acessórios e artesanato, das 10h às 21h.

Às 18h, o espetáculo “Les Girls Forever”, no Teatro Paschoal Carlos Magno conta a história e traz um pouco da memória de artistas travestis e transformistas brasileiras que surgiram na época da ditadura militar, nas décadas de 60 e 70. No palco, Safira Bengell e grande elenco. A entrada é franca.

Às 20h será realizado um dos momentos mais esperados da semana, a 39ª edição do Miss Brasil Gay, com show de Pablo Vittar, duas festas e participação de 27 candidatas. A classificação etária é de 18 anos, e os ingressos são vendidos pelo link.

— —

Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 14/08/2019

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/14-08-2019/projeto-ajuda-estudantes-da-ufjf-a-lidarem-com-a-ansiedade.html

Título da matéria: Projeto ajuda estudantes da UFJF a lidarem com a ansiedade

Projeto ‘DeBoas: lidando com a ansiedade’ está com inscrições abertas para alunos da UFJF até a próxima segunda-feira (19). A iniciativa é oferecida pela Pró-Reitoria de Assistência Estudantil (Proae) e visa a ajudar os alunos a lidarem com os transtornos de ansiedade que atingem, no Brasil, 18,6 milhões de pessoas.

No total, são disponibilizadas 25 vagas para alunos de graduação e pós-graduação. Os encontros do grupo acontecem às segundas e quartas-feiras, das 10h às 12h, no anexo do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), que é o novo endereço da Proae.

O DeBoas oferece vagas para duas turmas por semestre e são feitos seis encontros por grupo. As reuniões envolvem informações teóricas, dinâmicas de grupo, exercícios e atividades de relaxamento com abordagem psicoeducativa.

A intenção é a de que os estudantes possam compreender e internalizar as características próprias e pessoais da ansiedade, intensidade e situações ansiogênicas, para compreender a sua forma de responder a esses episódios, segundo a Proae.

A forte presença da ansiedade verificada na sociedade como um todo é vivenciada dentro da Pró-Reitoria diariamente, na fala dos estudantes atendidos pelo setor. O projeto é pensado como uma ferramenta de prevenção, fazendo com que os participantes estejam preparados para lidar com situações de ansiedade, antes que elas cheguem a causar algum dano ou prejuízo, por exemplo, impedindo ou inviabilizando a realização de alguma atividade.

O trabalho do grupo começa pela apresentação do que é a ansiedade, quais são os seus sintomas e como a mente ansiosa funciona. A partir desses conhecimentos, são ensinadas técnicas para que os estudantes possam lidar com os traços e possam cumprir suas tarefas cotidianas com leveza.

— —

Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cultura

Data: 14/08/2019

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cultura/14-08-2019/com-o-que-sonha-quem-nao-deve-sonhar.html

Título da matéria: Com o que sonha quem não deve sonhar?

Às vezes, até mesmo secar aquela gota de suor e reclamar do calor que sufoca pode ser um privilégio. Quem aponta isso é Valéria Barcellos, atriz gaúcha, da pequena Santo Angelo, radicada em Porto Alegre, onde construiu sua carreira como cantora. “Temos problemas iguais aos de uma pessoa não-trans. A gente tem que pagar conta, chega ao final do mês e faz conta, também. Costumo dizer que um dos sonhos de nós, pessoas trans, é poder ter problemas como os de todo mundo. Eu quero reclamar que o pão está caro, que está calor, que estou com fome, que o cabeleireiro cortou meu cabelo muito curto. Estamos cansadas de ter que falar em tom de reclamação sobre nossas realidades. As pessoas não conhecem e nem querem conhecer. Elas têm medo de se aproximar. E o medo junto ao preconceito gera cidadãos avessos às nossas realidades. Queremos ter problemas comuns. Estamos cansadas de falar de gênero e sexualidade como se fosse problema”, lamenta a artista de 39 anos, intérprete de Jezebel, uma travesti que se torna mãe do filho de uma amiga. Às voltas com os cuidados com a criança abandonada pela genitora, Jezebel narra os sonhos de encontrar um parceiro e as angustiadas memórias de uma vida marcada pela violência. Em “Entrega para Jezebel”, espetáculo que chega a Juiz de Fora nesta quarta, às 19h, no Centro Cultural Bernardo Mascarenhas (CCBM), na programação da Semana Rainbow da UFJF, Valéria encena o que é realidade para incontáveis Jezebéis pelo país.

“O tema é minha vida. Sou uma mulher da idade da Jezebel, às vésperas de completar 40 anos. Os temas me atravessam. Também sou uma mulher trans que sofreu violência doméstica, que quer ser mãe, também tive problemas na família, na infância”, afirma a atriz, marcada por um período escolar que, segundo ela, privilegiou uma matéria aprendida por todos, todos os dias: a exclusão. “Nós, quando crianças trans, somos excluídas todos os dias.” Companheira constante, a violência nunca saiu de cena. “Temos essa verdade muito latente em nossas cabeças e nossos corpos”, diz ela, apontando para certa institucionalização da violência, como a expressa pela operação Tarântula, que durante anos 1980 exercitou uma traumática caça às travestis e transexuais pelas ruas de São Paulo. “O que mudou foi a forma como isso é feito hoje e a falta de vergonha. Muitas pessoas se orgulham de dizer que bateram em mulheres trans na rua. Um caso desse é o de Dandara”, lamenta, referindo-se à mulher apedrejada e morta a tiros no Ceará em 15 de fevereiro de 2017.

Jezebel, personagem criada pelo dramaturgo e escritor piauiense Roberto Muniz Dias, relata dores, mas expande seu universo ao abordar uma vida de projetos e trivialidades. “Não existe só a violência. Não apago esse problema nem douro a pílula. Ele existe sim, mas as pessoas precisam entender que temos mais a mostrar e a dizer”, assinala a protagonista, criadora que, como a criatura, também sonha com a maternidade. “É um direito natural poder gerar filhos, ou adotar. As pessoas ficam muito surpresas, como se esse amor não fosse nosso direito, como se não pudéssemos fazer isso. Nossos corpos trans são robotizados, servem para o sexo e somente para isso. Nos tiram o direito de amor, seja qual amor for, pelo desejo físico ou pelo laço afetivo e familiar. Quero muito ser mãe. E percebi o quão etéreo é esse assunto para as pessoas. Para mim transexualidade e maternidade são assuntos muito próximos.”

‘Não se pode voltar para um lugar de onde nunca se saiu’

Travesti pode ser mãe? Para o diretor Rodolfo Lima, que também assina a produção geral da montagem, a maternidade é o ponto nevrálgico do texto, cujo embate maior é o retorno da amiga para buscar o filho. “Meu lugar foi mais o da escuta. Interferi esteticamente, mas estava muito mais preocupado em absorver o universo delas do que de contestá-lo”, diz Rodolfo. “A minha dificuldade morou em fazer com que as atrizes se conectassem com um lugar sem passar pelo filtro do pessoal. Elas deveriam interpretar as próprias dores. Eu queria que elas deixassem o depoimento pessoal e imprimissem algo de diferente”, explica o diretor, reconhecido pelos potentes trabalhos “Bicha oca” e “Réquiem para um rapaz triste”, que trouxe na Semana Rainbow da UFJF de 2018 e também na atual edição. “É minha primeira direção grande. Imprimi coisas do meu repertório. Já me perguntaram se o trabalho havia sido negado. Antes de estar pronto, tentei acessos e não obtive nenhum retorno. Depois de ele ficar pronto, teve uma boa adesão. Era para fazermos 20 apresentações e vamos terminar esse final de semana tendo feito 36 ou 37”, celebra Rodolfo, que teve o projeto aprovado pelo extinto ProAc LGBT, do governo estadual de São Paulo.

Os elogios a “Entrega para Jezebel” dão conta de uma honestidade que escorre pelo palco. Desde o primeiro instante Rodolfo diz ter perseguido a verdade nas bocas de um elenco – além de Valéria, integram o elenco a atriz Clodd Dias, também trans, e o ator Daniel Sapiência – que lhe mostrou a urgência da visibilidade e do respeito. “Como homem, branco, cisgênero, gay, acho que a oportunidade que tive de conviver com elas diariamente fez com que eu entendesse a importância da normalização. Para mim era tão comum vê-las como mulheres, porque estavam institucionalizadas no gênero feminino, mas confesso que, quando estou com elas, é visível como as pessoas as percebem de forma diferente. De fora, com um olhar já trabalhado sobre isso, percebo o quanto é difícil lidar com a presença delas, como a presença delas desestabiliza o ambiente, por mais sutil que seja”, lamenta o diretor. “Acho que elas ainda são alvo de um estigma bastante violento, por causa da questão do gênero, por causa da religiosidade xiita que temos e não permite que muitos entendam a singularidade. Elas vivem à sombra desse estigma. E se colocar a questão racial, isso triplica. Existem dados que apontam que o índice de mulheres trans negras assassinadas no Brasil é muito maior do que o de trans brancas”, acrescenta.

Para Valéria a realidade não mudou muito da de tempos atrás. “Digo que não se pode voltar para um lugar de onde nunca se saiu. As pessoas falam muito de retrocessos na esfera econômica, política e de gênero, como se tivesse mudado muita coisa. É bem verdade que tivemos muitas conquistas, como a retificação do nome na certidão de nascimento e da adoção do nome social, mas esse universo não é tão diferente. O que falta é justamente a aproximação. O que acontece de mais louco é a falta de empatia fora da tela do computador”, comenta a atriz e cantora, que participa do projeto “MPB Trans”, no qual artistas expõem suas realidades através da música. Mostrando a faceta cantora, Valéria, inclusive, faz um pocket show no Garten, às 21h, logo após a peça. “A Elisa Lucinda diz que as pessoas pretas têm corpos parlamentares. As pessoas trans têm ainda mais. Ela quer dizer que nossos corpos já têm uma leitura pré-estabelecida”, defende Valéria. “O lugar da pessoa trans é onde ela quiser. Esse é um direito assegurado pela constituição.”

ENTREGA PARA JEZEBEL

Nesta quarta (14), às 19h, e nesta quinta (15), às 20h, no Centro Cultural Bernardo Mascarenhas (Avenida Getúlio Vargas 700 – Centro). Entrada franca.

— —

Veículo: Portal do Holanda

Editoria: 

Data: 14/08/2019

Link: https://www.portaldoholanda.com.br/bastidores-da-politica/estado-do-amazonas-dribla-uea-e-beneficia-universidade-mineira

Título da matéria: Estado do Amazonas dribla UEA e beneficia universidade mineira

O Estado do Amazonas acaba de driblar interesses da UEA ao firmar contrato de R$ 14,3 milhões com a Universidade de Juiz de Fora. O objetivo do contrato é  preparar alunos da rede pública para avaliações oficiais.

INTERESSES CONTRARIADOS – A Seduc alega que a proposta da UFJF “foi exequível e satisfatória ao interesse público’. Mas trata-se de uma instituição de fora do Amazonas e sua contratação, ao contrário do que afirma a secretaria de Educação, fere interesses de uma universidade do Estado, que estava se preparando para assumir esse papel.

DINHEIRO PARA MINAS – E fere o interesse público, à medida que recursos que poderiam ser utilizados pela UEA, acabam desaguando em Minas Gerais…

NO PREJUÍZO – Os amazonenses saem mais uma vez no prejuízo, porque o interesse público na verdade satisfaz interesses  privados, não o interesse do cidadão, que gostaria de ver a universidade estadual do tamanho que ela foi criada, mas que vem sendo cotidianamente solapada e num processo acentuado de estrangulamento.

A REVELAÇÃO

A manifestação do deputado Marcelo Ramos na subcomissão especial da reforma tributária, contra a simplificação do sistema atual, unificando impostos e extinguindo outros, revela o perfil de um político amadurecido para o exercício do cargo federal.

DISCURSO  ENXUTO – Com um discurso técnico, sereno e enxuto, Marcelo coloca que o problema tributário do país não é a complexidade, mas a regressividade, que faz com que os mais pobres paguem mais impostos do que os mais ricos. Comparativamente o Amazonas paga mais tributos do que SP.

PRECONCEITO – Destacado na grande mídia nacional, Marcelo tem sido incompreensivelmente tratado com preconceito pela mídia local, que deveria alinhar-se à sua voz em defesa principalmente das vantagens da ZFM, como política de desenvolvimento regional, na reforma em andamento.

— —

Veículo: Portal Vermelho

Editoria: Política

Data: 14/08/2019

Link: http://www.vermelho.org.br/app/noticia/322749-1

Título da matéria: A Educação contra Bolsonaro: Mais de 40 federais criticam “Future-se”

Lançado pelo MEC em julho, o Future-se prevê a criação de um fundo privado para financiamento das federais e a inserção de OSs (Organizações Sociais) na gestão dessas instituições. Por atuar desde a administração financeira até o ensino, a iniciativa privada terá liberdade – e força – para ferir a autonomia das federais e impor suas prerrogativas. Como a adesão ao programa será voluntária, as federais se pronunciarem de antemão contra o descalabro.

Antes de entrar em vigor, o projeto de lei do Future-se precisa ser aprovado na Câmara dos Deputados, onde ainda não conta com apoio maciço. Um projeto inicial, elaborado pelo MEC, está aberto para consulta pública até o dia 15 de agosto. Segundo o ministério, o projeto final deve ser encaminhado ao Congresso no fim deste mês.

A decisão sobre a adesão ou não das instituições ao Future-se ficará a cargo dos conselhos universitários, órgãos máximos deliberativos das universidades. Os conselhos da UFRJ e da UFMG apontaram a falta de clareza sobre as competências e limites das OSs e uma potencial ameaça à autonomia universitária como justificativas para a rejeição ao programa.

A UFRJ criticou, ainda, a existência de um comitê gestor, que fiscalizaria as ações do Future-se, como sugere a proposta inicial do programa. Ainda não se sabe por quem e nem como esse comitê seria formado. “Pela sua configuração atual, o Future-se não se apresenta disposto a promover o fortalecimento da autonomia universitária”, diz o texto da reitoria da UFRJ que foi aprovado pelo conselho.

Já o documento da UFMG aponta que os eixos centrais da proposta – “cujas ações seriam delegadas a uma organização social” – não levam em consideração a articulação entre ensino, pesquisa e extensão, princípios que caracterizam as universidades públicas brasileiras. “Muito do que está colocado na proposta já é, há bastante tempo, executado de maneira eficiente pelas Ifes [instituições federais de ensino superior], em especial pela UFMG, que apresenta uma ampla experiência em ações de empreendedorismo, internacionalização e inovação”, diz ainda o texto.

Desbloqueio de recursos, a prioridade

As manifestações preliminares de outras federais também apontam não ser possível discutir um projeto como o Future-se em um cenário de crise orçamentária e bloqueio de recursos. No fim de abril, o MEC anunciou o corte de 30% do orçamento discricionário (que envolvem gastos como luz e água) das instituições federais de ensino.

Reitores das universidades e institutos federais vêm afirmando que, com isso, as instituições só terão dinheiro para custear serviços até setembro. “Como é possível discutir um projeto dessa natureza, que muda de forma tão significativa a estrutura das instituições, num momento de tão profunda crise orçamentária?”, afirma uma nota da reitoria da UFSB (Universidade Federal do Sul da Bahia).

A universidade, segundo levantamento da Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior), teve o maior bloqueio em orçamento discricionário, de 53,96%. Em nota conjunta, as universidades federais paulistas e o IFSP (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo) defendem que, no atual momento, os esforços devem ser concentrados para garantir a segurança orçamentária das instituições de ensino.

Veja quais federais publicaram manifestações sobre o Future-se:

  • Fórum das Instituições Públicas de Ensino Superior de Minas Gerais (Cefet/MG, UEMG, UFJF, UFLA, UFMG, UFOP, UFSJ, UFTM, UFU, UFV, UFVJM, Unifal, Unifei, Unimontes, IFMG, IFNMG, IFSudesteMG, IFTM, IFSuldeMinas)
  • Instituições Federais do Ensino Superior do Estado do Rio de Janeiro (Cefet/RJ, Colégio Pedro 2º, IFF, IFRJ, UFF, UFRJ, UFRRJ, Unirio)
  • Universidades federais paulistas (Unifesp, Ufscar, UFABC, IFSP)
  • UFG
  • UFMG
  • UFOP
  • UFPel
  • UFPR
  • UFRJ
  • UFRN
  • UFRRJ
  • UFSB
  • UFSC
  • UFSM
  • UFVJM
  • UnB
  • Unila
  • Unipampa
  • Univasf

— —

Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Coluna Cesar Romero

Data: 14/08/2019

Link: https://tribunademinas.com.br/colunas/cesar-romero/14-08-2019/sabrina-alves-tamela-freitas-priscila-guimaraes-e-carolina-peixoto-clicadas-no-show-da-banda-natiruts-no-green-hill.html

Título da matéria: Troféu Especial

Pela primeira vez, o Clube do Automóvel Antigo de Juiz de Fora vai conferir a premiação especial no tradicional encontro entre os dias 23 e 25, na praça cívica da UFJF.  Com belíssimo ‘design’, o “Troféu Juracy Neves” será entregue ao expositor da cidade mais distante.

— —

Veículo: CBN

Editoria:

Data: 14/08/2019

Link: http://cbn.globoradio.globo.com/media/audio/270880/em-minas-universidades-federais-ja-sentem-efeitos-.htm

Título da matéria: Em Minas, universidades federais já sentem efeitos dos cortes na educação anunciados pelo MEC

Os alunos das universidades federais mineiras retornaram às aulas neste segundo semestre com temor por causa dos impactos dos cortes anunciados pelo governo federal. O anúncio foi ainda no começo do ano, mas já era previsto que os efeitos seriam sentidos de forma mais acentuada apenas no final de 2019.

Somente na Universidade Federal de Minas Gerais, a UFMG, o recurso caiu de R$ 105 para R$ 62 milhões após o contingenciamento feito pelo Ministério da Educação. O montante era investido pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, o CNPq. Houve queda no número de bolsas para residentes de pós-doutorado, muitos deles que trabalhavam diretamente com pesquisas sobre doença de chagas, leishmaniose, zika e chikungunya.

Outra pesquisa importante afetada é a do Instituto de Ciências Biológicas que identificou uma molécula que ajuda no diagnóstico precoce do câncer de fígado. Esse estudo depende do trabalho de sete bolsistas, que vão desde alunos do ensino médio até do pós-doutorado. As bolsas têm valores que variam de R$ 400 a R$ 4.100, dependendo do nível do pesquisador. A partir de setembro, no entanto, não será possível continuar pagando essas bolsas.

A coordenadora da pesquisa, professora e pesquisadora Maria de Fátima Leite, lamenta o prejuízo a um trabalho que vem sendo realizado nos últimos cinco anos. ‘Apesar de já estarmos buscando parcerias de outros países para dar continuidade à pesquisa, só isso não é suficiente, porque quem realiza os experimentos são os alunos e, se eles ficarem sem as bolsas, isso significa a inviabilidade para dar prosseguimento à pesquisa’, lamenta. ‘Eles trabalham mais do que 40 horas [por semana] e não têm férias, décimo terceiro, não têm seguro e nem outro recurso que normalmente uma pessoa com carteira assinada teria, e ainda são de dedicação exclusiva.’

A professora Maria de Fátima Leite comenta que os cortes vão impedir os pesquisadores de darem o próximo passo no projeto: pensar um tratamento para o câncer de fígado além do diagnóstico precoce. ‘Essa parte precisa de mais investimentos e estudos para chegarmos a viabilizar isso para a sociedade’, afirma. ‘A universidade trabalha com a maximização dos recursos, então não desperdiça e não existe luxo, existe na verdade um trabalho muito sério e muita dedicação dos profissionais envolvidos. Porque, no Brasil, mais de 90% das pesquisas científicas são feitas pelas universidades públicas. Prejudicar o andamento das pesquisas nas universidades é um prejuízo imediato para a sociedade.’

A situação da UFMG não é diferente da de outras instituições mineiras. Por exemplo, em Juiz de Fora, na Zona da Mata, a UFJF teve corte de 27% no valor do custeio se comparado ao ano passado. O repasse caiu de R$ 91 para R$ 66 milhões.

Na Universidade Federal de Ouro Preto, o problema atinge os contratos dos terceirizados que prestam serviços básicos, como limpeza e segurança. Eles correm o risco de ser demitidos em breve, já que a verba para esses contratos teve corte de 20%.

Em Viçosa, a Universidade Federal está com orçamento que caiu em 11%: de R$ 117 milhões para R$ 104 milhões. As obras de vários laboratórios, de dois restaurantes universitários e de uma Unidade de Atendimento em Saúde podem ser paralisadas.

Em Itajubá, no Sul de Minas, a Unifei está com quase R$ 11 milhões bloqueados. O contingenciamento não atingiu as bolsas acadêmicas por causa de uma diretriz interna, mas afetou setores como capacitação de servidores, pagamento de energia e água, fomento de pesquisa e extensão.

— —

Veículo: Acessa

Editoria: Educação

Data: 15/08/2019

Link: https://www.acessa.com/educacao/arquivo/noticias/2019/08/15-ufjf-tem-sete-programas-pos-graduacao-com-vagas-para-mestrado-doutorado/

Título da matéria: UFJF tem sete programas de pós-graduação com vagas para mestrado e doutorado

Sete programas de Pós-graduação da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) estão com editais abertos para ingresso em 2020. Com vagas nos campi de Juiz de Fora e Governador Valadares, serão oferecidas 247 vagas em cursos de mestrado e doutorado, distribuídas entre os programas de Artes, Cultura e Linguagens; Comunicação; Educação; História; Medicina; Biologia; e Serviço Social.

Artes, Cultura e Linguagens
Estão abertas as inscrições para mestrado e doutorado para o Programa de Pós-graduação em Artes, Cultura e Linguagens (PPGACL) para as turmas de 2020. O Programa tem como objetivo formar pesquisadores e docentes capacitados a atuarem no âmbito das artes e da cultura em uma perspectiva interdisciplinar.

As inscrições devem ser feitas on-line até o dia 2 de setembro, conforme editais de mestrado e doutorado, respectivamente.

Comunicação
As inscrições para o mestrado e doutorado para o Programa de Pós-graduação em Comunicação (PPGCom) da UFJF podem ser feitas on-line até o dia 30 de agosto. O Programa tem como área de concentração “Comunicação e Sociedade” e se estrutura a partir de duas linhas de pesquisa: “Competência Midiática, Estética e Temporalidade” e “Mídias e Processos Sociais”.

O Programa de Pós-graduação em Educação (PPGE) da Universidade Federal de Juiz de Fora divulgou o edital do processo seletivo para o mestrado e o douutorado, com início das atividades no segundo semestre letivo de 2020. As inscrições podem ser feitas on-line até o dia 22 de agosto.

Confira os editais.

História
O Programa de Pós-graduação em História da UFJF abriu inscrições para a seleção de mestrado e doutorado com área de concentração em História, Cultura e Poder, para as turmas de 2020. As inscrições devem ser feitas on-line até o dia 31 de agosto.

Confira o edital para mestrado e para doutorado.

Medicina
A Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora abriu as inscrições para a seleção de candidatos a uma turma especial de Doutorado Interinstitucional (Dinter) em parceria com o Programa de Pós-graduação em Cirurgia Translacional da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). São 24 vagas, sendo 20 destinadas à comunidade interna da UFJF e quatro ao público externo (sem vínculo com a instituição).

As inscrições podem ser feitas até o dia 6 de setembro, conforme edital.

Biologia
Estão abertas as inscrições para o Mestrado Profissional em Ensino de Biologia em Rede Nacional (Profbio). O programa tem como objetivo a qualificação profissional de professores das redes públicas de ensino, em efetivo exercício da docência de Biologia.

As inscrições devem ser feitas on-line até o dia 22 de agosto, conforme edital.

Serviço Social
As inscrições para o processo seletivo de mestrado e doutorado em Serviço Social da UFJF estão abertas. O programa tem como área de concentração “Questão Social, Território, Política Social e Serviço Social”, articulada em duas linhas de pesquisa: “Políticas Sociais e Gestão Pública” e “Serviço Social e Sujeitos Sociais”.

Para o mestrado, as inscrições podem ser feitas até o dia 30 de agosto, das 10h às 16h, de segunda a sexta-feira, na Secretaria de Pós-graduação em Serviço Social, localizada na Faculdade de Serviço Social no campus-sede. Confira o edital.

Já as inscrições para o doutorado podem ser feitas até o dia 9 de setembro, no mesmo horário e local, conforme edital.

— —

Veículo: Primeira Hora

Editoria: Esportes

Data: 14/08/2019

Link: https://primeirahora.com.br/presidente-rogerio-caboclo-recebe-comenda-da-ordem-do-merito-judiciario-do-trabalho/

Título da matéria: Presidente Rogério Caboclo recebe Comenda da Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho

O presidente da CBF, Rogério Caboclo, recebeu a Comenda da Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho em uma concorrida solenidade na sede do TST, em Brasília (DF), na tarde desta terça-feira (13).

O dirigente foi condecorado com honraria no Grau Comendador. Na mesma cerimônia, o presidente da República, Jair Bolsonaro, e o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, também foram agraciados, além de ministros do governo, ministros do STF, comandantes militares e juristas.

– É um privilégio estar aqui no maior Tribunal Trabalhista do país. Um dos maiores do mundo em termos de números de ações, de uma super eficiência e de ministros modernos, como é o caso do ministro Caputo Bastos, que é um profundo estudioso do direito trabalhista na área específica do futebol e do esporte. É com muito entusiasmo que a gente recebe uma condecoração dessa. É um reconhecimento ao trabalho que a gente inicia, ao trabalho que a CBF vem fazendo, e, principalmente, das melhorias que estão sendo implementadas em termos trabalhistas, de geração de empregos, da cadeia produtiva do futebol, feito por esta corte tão respeitada. Me sinto honrado – declarou o presidente Rogério Caboclo.

A Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho foi instituída para homenagear quem se destaca no exercício de sua profissão, serve de exemplo para a sociedade ou, de algum modo, contribui para o engrandecimento do Brasil. A solenidade foi realizada pela primeira vez em 1970 e, neste ano de 2019, apresentou 51 agraciados, sendo 49 pessoas e duas instituições, a Associação Pestalozzi de Brasília e a Faculdade de Direito da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

A homenagem ao presidente Rogério Caboclo foi proposta pelo ministro do Tribunal Superior do Trabalho, Guilherme Caputo Bastos, que é o presidente da Academia Nacional de Direito Desportivo e tem amplo e relevante trabalho dedicado ao esporte. Caputo Bastos justificou a indicação do nome de Caboclo pela qualidade da gestão da Confederação Brasileira de Futebol.

– Nós elegemos, através de um critério bastante rigoroso, as nossas indicações de pessoas, sendo autoridades públicas ou da iniciativa privada, que tenham efetivamente prestado um relevante serviço à sociedade brasileira. O presidente da CBF se encaixa nesse sistema. O Rogério Caboclo tem feito um trabalho magnífico. Ele tem demonstrado uma dedicação absolutamente exclusiva, o que é difícil às vezes, e uma atitude de extrema transparência, com um contato democrático. Fiquei muito tranquilo ao fazer a indicação do presidente Rogério Caboclo e ela passou por unanimidade pelo nosso Conselho e pelo órgão especial. Todos também reconheceram os méritos desta indicação. Com isso, espero ter homenageado o desporto, ter homenageado o futebol, a Confederação Brasileira de Futebol e, sobretudo, a pessoa do Rogério Caboclo – destacou.

Agraciados:

Associação Pestalozzi de Brasília

Faculdade de Direito da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)

Jair Bolsonaro

Davi Alcolumbre

José Antonio Dias Toffoli

Antônio Hamilton Mourão

Sérgio Moro

André Luiz de Almeida Mendonça

Rodrigo Maia

Fernando Azevedo e Silva

Ilques Barbosa Junior

Luís Roberto Barroso

Augusto Heleno Ribeiro Pereira

Edson Leal Pujol

Edson Fachin

João Otávio de Noronha

Antônio Carlos Morette Bermudez

Alexandre de Moraes

Marcos Vinícius Oliveira dos Santos

Onyx Lorenzoni

Ibaneis Rocha Barros Júnior

Humberto Eustáquio Soares Martins

Arnaldo Hossepian Salles Lima Júnior

Marcus Pinamugnaini

Marcelo Navarro Ribeiro Dantas

Valdetário Andrade Monteiro

Eliney Bezerra Veloso

Daldice Maria Santana de Almeida

Maria de Lourdes Linhares Lima de Oliveira

Fernando César Baptista de Mattos

Pastora do Socorro Teixeira Leal

Bruno Silva Dalcolmo

Leonardo Eules de Morais

Aureo Ludovico de Paula

Ney de Barros Bello Filho

Délio Lins e Silva Júnior

Rossandro Klinjey Irineu Barros

Carlos Vieira Von Adamek

Alessandra Camarano Martins

Plínio Conte Leite Bittencourt

João Alfredo Borges Antunes de Miranda

Rogério Caboclo

Israel Ramos de França

Ana Luiza Heineck Kruse

Eduardo Carlos Bianca Bittar

Guilherme Guimarães Feliciano

Maria das Graças Gonçalves Oliveira

Luciano Andrade Pinheiro

João Carlos Mayer Soares

Renata Mouta Pereira Pinheiro

Norbey Londoño Buitrago

— —