Trazendo para o campus-sede da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) uma série de ações envolvendo arte e resistência, a 10ª Semana de Calouros e a 13ª Semana de Artes e Design tornou-se palco para debater os direitos humanos de uma forma lúdica e cinematográfica. A coordenadora do projeto ‘70 Olhares sobre os Direitos Humanos’, Adriana Carneiro, apresentou a iniciativa e falou sobre a importância da participação das universidades federais no processo democrático e de garantia de direitos. A palestra aconteceu na última terça-feira, 21, no anfiteatro do Instituto de Artes e Design (IAD).
O projeto ‘70 Olhares sobre os Direitos Humanos’ é uma iniciativa do extinto Ministério da Cultura, em parceria com o Instituto Cultura e Movimento, cujo objetivo é produzir uma coletânea em DVD, composta, inicialmente, por 70 microfilmes com cerca de um minuto cada. “Nossa ideia é abarcar o máximo possível de temas abordando os Direitos Humanos, sendo um recorte amplo daquilo que o Brasil vive em todo o seu espectro. É muito importante fazer com que esses 70 olhares sejam múltiplos e de diferentes regiões.”
A produtora carioca aproveitou a oportunidade para convidar a comunidade acadêmica para o lançamento da coletânea, previsto para acontecer na segunda semana de setembro e em dez estados diferentes. Além disso, abordou sobre a fundação e importância da Declaração Universal dos Direitos Humanos e sobre alguns dos seus artigos especificamente.
“É importante a participação das universidades federais neste tipo de debate, pois nós, enquanto sociedade, precisamos nos mobilizar. Sempre enfrentamos dificuldades e violações de direitos humanos no país, mas neste momento, há a necessidade de relembrarmos quais são os nossos direitos fundamentais. Quando vivenciamos uma situação absurda, ela fere os direitos fundamentais e democráticos que pertencem a todos”, explica Adriana.
Considerando o atual contexto social, político e econômico do país, a coordenadora do projeto, acredita ser fundamental aproveitar as oportunidades para tratar, conhecer e lutar pelos direitos fundamentais e democráticos. “Essas oportunidades podem se tornar escassas. Precisamos construir projetos conjuntos, promover a representatividade e a garantia dos nossos direitos. A participação das universidades federais é fundamental neste processo, pois não podemos retroceder.”
Durante o encontro também foram exibidos dois filmes. O primeiro deles tratou sobre a temática direitos humanos e o meio ambiente, e o outro, produzido pela Anistia Internacional, abordou o tema inclusão.
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