O músico João Baptista Pereira, o conhecido Joãozinho da Percussão, nasceu apenas dez anos após a inauguração do Cine-Theatro Central. Em um ano repleto de celebrações como 2019, no qual o teatro completa seus 90 anos, o artista também comemora seus 80 anos de vida e de música bem vividos, apresentando ao público um show pelo Projeto Luz da Terra, nesta segunda, a partir das 19h.
Para comemorar em grande estilo, Joãozinho chega ao palco bem acompanhado, contando com a participação dos músicos e amigos Salim Lamha (guitarra), Advar Medeiros (sax e flauta), Lula Ricardo (contrabaixo), Fernando Drummond (trombone e arranjos), além de convidados, como Tânia Bicalho, Ana Terra, Roger Resende, Carlos Fernando, Cacá Boechat e a banda Lúdica Música.
O repertório passa por toda a sua história, trazendo grandes momentos de sua carreira e revisitando músicas de quando acompanhava artistas de peso, como Chico Buarque, Jorge Benjor, Benito di Paula, Tim Maia, Joyce, Carlinhos Vergueiro, Paulinho Boca de Cantor, Pepeu Gomes e Baby Consuelo, além de bandas como A Cor do Som.
Joãozinho das maracás, do bongô, da cuíca, do tamborim, do pandeiro e de tantos outros instrumentos tem a marca de seu toque especial em vários álbuns de importantes músicos brasileiros, como África Brasil (1976) de Jorge Benjor, Mudança de Estação (1981), do grupo A Cor do Som, e Regina (2003), do baixista juiz-forano Dudu Lima.
Prata da casa
Nascido em Juiz de Fora, no dia 24 de junho de 1939, cresceu no bairro São Mateus. Com apenas 5 anos de idade, começou a tocar bateria sob o olhar admirado do tio. “Havia uma banda de música na Igreja São Mateus e o meu tio era um dos integrantes. Ele atuava em bailes e ensaiava na minha casa. Isso despertou em mim o gosto pela música”, conta.
Daí para frente, foram décadas de estrada e propostas, sempre indo e voltando de Juiz de Fora, de onde nunca saiu de fato. Seu talento foi e é reconhecido em todos os lugares por onde passa e mesmo recebendo convites para morar em diversos países, Joãozinho preferiu fincar raízes em sua cidade natal.
Em sua trajetória, estão momentos históricos como o que, acompanhando o Coro Mater Verbi a uma turnê pela Europa, em setembro de 2001, impressionou o Aeroporto de Frankfurt, então fortemente armado por conta do ato terrorista contra as Torres Gêmeas nos EUA, e arrancou aplausos emocionados ao entoar “Aquarela do Brasil” junto com os Meninos Cantores da Academia.
Projeto Luz da Terra
Com o intuito de democratizar o acesso a criações relevantes para a cidade e a região, a Pró-reitoria de Cultura da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) vem proporcionando oportunidades a produtores e artistas locais de diferentes áreas de atuação, indo do teatro à música, passando pela dança, pela literatura e outras manifestações.
As raízes do Luz da Terra remontam ao “Projeto Sérgio Lessa”, de 2007, que reverenciava a memória do ator e diretor teatral, até que passou a ser chamado “Luz da Terra”, em 2013, homenageando Robson Terra, que atuou como ator, diretor e produtor, marcando a história das artes cênicas na cidade e na região.
Outras informações
(32) 3215-1400/2102-3964 (Cine-Theatro Central)