A hipertensão arterial é uma companhia indesejável para uma parcela considerável dos brasileiros. Estima-se que quase 30% da população adulta conviva com a doença. Entre as pessoas com mais de 60 anos, esses números atingem o patamar de 50%. A boa notícia é que, apesar de crônica, a hipertensão pode ser controlada e até mesmo prevenida. E é justamente isso que busca uma série de ações desenvolvidas no campus da Universidade Federal de Juiz de Fora em Governador Valadares (UFJF-GV), todas dedicadas à promoção da qualidade de vida dos hipertensos.
Poucos no campus estudam tanto o tema quanto a professora do Departamento de Educação Física, Andréia Queiroz. Ela coordena seis projetos de extensão e dois de pesquisa – com a participação de 24 alunos – relacionados à importância da atividade física no tratamento da hipertensão. A maior parte destas iniciativas está vinculada ao Núcleo de Estudos da Pessoa Idosa (Nepi) da UFJF-GV, e incluem desde avaliações físicas e de saúde na Praça de Esportes de Governador Valadares até visitas domiciliares, na cidade e na área rural, para aferição de pressão e orientações sobre a doença. Somente em um desses projetos já foram atendidas 250 famílias, sendo que a expectativa é beneficiar mais de 900 até o próximo ano.
Além das ações ligadas diretamente à hipertensão nos idosos, o Nepi também possui projetos relacionados à alimentação saudável na terceira idade, como os desenvolvidos pela docente Clarice Lima Álvares, do Departamento de Nutrição. Comer corretamente também é um fator importante na prevenção e controle da doença.
Neste Dia Nacional de Combate à Hipertensão, Queiroz chama a atenção para o aumento dos casos da doença em Governador Valadares. “Temos visto que, além da presença ser alta, estamos vendo muitos indivíduos que, mesmo sob tratamento – medicamentoso ou não – estão apresentando pressão alta. Isso vem preocupando a gente”, afirma. Por isso, este ano, o objetivo é focar as ações no controle da pressão arterial.