A origem do universo, os elementos que possibilitaram a vida na Terra e a evolução da humanidade como conhecemos hoje. Desde o Big Bang até a primeira respiração de um bebê, a química está presente, mesmo que nem sempre seja perceptível. Para debater o tema, os estudantes do 9° ano da Escola Estadual Batista de Oliveira receberam o professor Marcone Oliveira, do Departamento de Química da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), nesta quinta-feira, 25.
Aos poucos, os alunos foram se acomodando na sala de vídeo da escola, onde, nas paredes, percebiam-se vários cartazes que propunham uma atividade artística chamada “Projeto Sem Palavras”. No entanto, durante a apresentação, o silêncio ficou mesmo só papel, enquanto professor e estudantes conversavam sobre processos químicos que podem passar despercebidos pelos olhos da maioria.
“De que você é feito?”, foi uma das perguntas feitas por Oliveira. O pesquisador explicou que a atração é um processo químico e que um bebê sobrevive com substâncias químicas passadas pelo cordão umbilical. “Desde o primeiro contato visual dos pais até a alimentação pelo cordão umbilical, a química está presente. Então, do que somos feitos?” A resposta foi unânime: química.
Oliveira também explicou como a química pode impactar nossa vida em um futuro próximo, citando como exemplo a impressora 3D. Segundo ele, existem pesquisas que estudam a possibilidade de imprimir órgãos usando as próprias células dos pacientes que necessitam de transplante. Sendo assim, além de a espera por um doador não ser mais necessária, a possibilidade de rejeição do órgão diminuiria drasticamente – uma perspectiva que causou um momento de silêncio na turma que chegou inquieta. Ao final, a pergunta proposta durante toda a conversa foi respondida de maneira simples e eficaz. O que é a química no seu dia a dia? “Química é vida!”, respondeu uma aluna.
Marcone se despediu dos alunos perguntando o que eles pretendiam cursar na Universidade e convidando todos os presentes para conhecer o campus da UFJF. O aluno Drummond Carraro respondeu que pretende cursar Medicina e que estava ansioso para conhecer um cientista da área, para que ele soubesse o que está por vir. “Gostaria que viesse aqui para dar uma ajuda, falar para a gente o que vamos enfrentar no futuro”, disse ele.
O encontro foi parte do projeto de extensão da Diretoria de imagem Institucional, “A Ciência Que Fazemos”, que busca a aproximação do pesquisador e da comunidade, desmistificando a imagem de cientistas e da própria ideia da ciência como algo restrito ou inalcançável. A professora Ludmila Lacerda, da Escola Estadual Batista de Oliveira, comentou que após a primeira participação da escola, os alunos passaram a demonstrar interesse na UFJF. “A iniciativa é muito boa, sempre tem um impacto positivo nos alunos, faz com que eles tenham uma visão diferentes dos assuntos que são tratados nas salas de aula e que ampliem seus pensamentos.”