O Biotério de Roedores do Centro de Biologia da Reprodução (CBR) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) foi selecionado, após árdua avaliação, para compor associação ligada à Rede Nacional de Biotérios de Produção de Animais para Fins Científicos, Didáticos e Tecnológicos (Rebioterio/CNPq). A rede tem o objetivo de atender às normas e legislações pertinentes, otimizando recursos financeiros e humanos aplicados, buscando a excelência e o fortalecimento da produção de animais com qualidade, a fim de atender à demanda nacional e o bem-estar animal.
O processo seletivo se deu por meio de um Chamamento Público do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Aqueles que cumpriram com todos os pré-requisitos foram selecionados para constituir uma Rede de Biotérios de Produção a nível Nacional, chancelada pela Rebioterio/CNPq. “A rede vai subsidiar a elaboração de políticas públicas com relação à produção de animais de laboratório. No momento, reúne os biotérios de lagomorfos e roedores a fim de promover a produção de animais dentro dos parâmetros internacionais de bem-estar animal, com o intuito de manter a qualidade necessária e suprir a demanda nacional, além de viabilizar um curso de EAD de capacitação no uso e manejo de animais de laboratório”, esclarece Vera Peters, diretora do Centro de Biologia de Reprodução da UFJF.
“A inclusão do Biotério do CBR/UFJF entre os associados à Rebioterio é o coroamento de um plano de trabalho desenvolvido durante aproximadamente 50 anos”, afirma Vera. O Biotério do CBR também é cadastrado no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), no Colégio Brasileiro de Experimentação Animal (Cobea) – atual Sociedade Brasileira de Ciência de Animais de Laboratório (SBCAL), na Rede Brasileira de Bioterismo (Biotbras) e no Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (Concea/MCTI).
O que é feito no biotério?
O uso de animais é parte importante das pesquisas em diversas áreas da ciência. Mas, para que os estudos sejam feitos de forma ética, um biotério – instalações onde espécies de animais são criados para o uso em experimentos científicos – deve atender a determinados parâmetros. Manter-se bem conservado e dentro dos padrões sanitários, é indispensável para sucesso da pesquisa e para o bem-estar dos animais.
A unidade da UFJF conta com um centro de procedimentos e cirurgias experimentais e quatro salas para observação e acompanhamento das pesquisas, contando com sistema de estantes e armários climatizados. É feito o controle de saúde animal por meio de análises desenvolvidas nos laboratórios para controle parasitológico, hematológico e dos padrões bioquímicos. Está sendo viabilizada a implantação do laboratório para monitoramentos genéticos e o de manuseio de modelos animais geneticamente modificados. Encontra-se também em fase de término de implantação o laboratório de micromanipulação e criopreservação, possibilitando a organização de um banco de embriões. “Os pesquisadores da UFJF e região são privilegiados por terem acesso direto a um dos produtores da Rede Nacional de Biotérios de Produção de Animais para Fins Científicos, Didáticos e Tecnológicos (Rebioterio)”, conclui Vera.