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Vice-reitor no exercício da Reitoria, Marcos Chein, ressaltou a construção coletiva de soluções junto com discentes e demais pessoas envolvidas. (Foto: Géssica Leine)

A UFJF confirmou nesta sexta-feira, 17, que abrirá licitação para a contratação de laboratórios de prótese, a fim de atender o curso de Odontologia do campus avançado da Universidade em Governador Valadares. Da mesma forma, garantiu o pagamento, provavelmente para a próxima semana, de valores devidos à Faculdade Funorte, dependendo apenas da correção das faturas a serem feitas pela própria Funorte, que aluga salas de aula para a UFJF. As notícias foram dadas pelo vice-reitor no exercício da Reitoria, Marcos Chein, durante reunião com alunos do curso de Governador Valadares. Estes, por sua vez, confirmaram a desocupação da reitoria, onde estavam acampados há 12 dias.

Além disso, Chein enviará um ofício ao diretor do campus avançado solicitando a criação de comissão que seja responsável por planejamento, organização e acompanhamento de compras e licitações referentes a materiais odontológicos de consumo e permanentes. Esta comissão deverá ser formada por um administrador, dois odontólogos e dois professores do curso de Odontologia, em Governador Valadares.

Já com relação à situação de contrato da UFJF com a Univale, um acordo foi traçado com anuência de Chein e do reitor que ainda irá assumir, Marcus David. Segundo Chein, a direção da Univale deve alugar à UFJF, além das salas de aula, uma clínica com 12 equipos e uma sala de esterilização, e se comprometeu em construir uma nova clínica, também com 12 equipos, até setembro de 2016, a ser utilizada pelos alunos da UFJF em Governador Valadares. Na terça-feira, David, nomeado por Chein como representante legal da UFJF para esta negociação deve se reunir, em Governador Valadares, com a direção da Univale, a fim de tentar um acerto final, que depende ainda do acordo em torno do valor do aluguel.

Para o vice-reitor no exercício da Reitoria, esta ocupação teve um caráter diferente da que houve em 2015, por se tratar de uma demanda reprimida dos alunos de Governador Valadares. “É sempre difícil lidar com um processo de embate, mas, apesar disso, houve sintonia. Como gestor, pude perceber ser uma demanda urgente, necessária que deveria ser prontamente atendida. A partir disso, houve uma construção coletiva com os estudantes e com todas as pessoas envolvidas para realizar as tarefas de forma eficiente”, explica. Chein observa ainda outra característica da ocupação. “Além de ser uma demanda histórica de pelo menos dois anos, os estudantes não estão lutando apenas para ter um diploma, mas buscando qualidade de ensino, aprendizado, e isso, para mim, que volto às salas de aula em abril, representa a esperança de estar ao lado de estudantes, cada vez mais, participativos e críticos.”

Um dos representantes dos alunos, Yury Caribé, do sétimo período de Odontologia, chama atenção para a objetividade nas negociações. “Desde o início, tentamos ao máximo discutir soluções, deixando para trás o que passou. O movimento mobilizou as comunidades de Governador Valadares e de Juiz de Fora e buscou esclarecer a causa, recebendo apoio e elogios. Embora seja um momento de transição de reitores, conseguimos dialogar com todos e chegar a um denominador comum. Mas nossa luta por melhorias segue agora em Governador Valadares”, diz.

Com a desocupação da reitoria, os setores que não estavam funcionando voltam a ter atendimento normal a partir da próxima segunda-feira, 21.