Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 04/03/2016

Link: http://www.tribunademinas.com.br/sistema-de-baixa-pressao-traz-chuva-e-reduz-temperatura-em-jf/

Sistema de baixa pressão traz chuva e reduz temperatura em JF

A atuação de um sistema de baixa pressão atmosférica sobre o litoral Sudeste do Brasil contribui para o aumento da nebulosidade e ocorrência de pancadas de chuva em Juiz de Fora e região nesta sexta-feira (4). Há, inclusive, a possibilidade de precipitações significativas, entre 20 e 30 milímetros por hora ou até 50 milímetros por dia, acompanhadas de raios e rajadas de vento, entre 40 a 60 km/h. Por volta das 9h, a velocidade dos ventos no Campus da UFJF era de 39 km/h.
Ainda conforme o Inmet, o aumento da nebulosidade tende a reduzir as temperaturas em toda a região. A máxima prevista para Juiz de Fora gira em torno dos 25 e 27 graus nesta sexta. Ainda por volta das 9h, a mínima foi de 19,1 graus.
A estimativa é que o céu encoberto e as pancadas de chuva permaneçam na Zona da Mata entre a noite desta sexta e a madrugada de domingo. As temperaturas tendem a seguir mais amenas, variando entre 17 e 28 graus. Conforme o meteorologista do 5º Distrito de Meteorologia, Jorge Moreira, a partir de segunda, a instabilidade deve se deslocar para a região de São Paulo, com sol voltando a predominar na região.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cultura

Data: 04/03/2016

Link: http://www.tribunademinas.com.br/cine-theatro-central-divulga-resultado-final-de-ocupacao-artistica/

Cine-Theatro Central divulga resultado final de ocupação artística

Sessenta eventos institucionais, de dança, teatro, musicais, formaturas, concursos de beleza e ensaios foram selecionados no edital de ocupação artística e cultural do Cine-Theatro Central. O resultado final (confira aqui) foi divulgado nesta sexta-feira (4). Os eventos serão realizados entre 1º de abril de 2016 e 31 de março de 2017. Dos 72
inscritos nesta chamada pública, 60 projetos foram aprovados para apresentação no teatro no período mencionado. Outras três propostas se classificaram como suplentes – para o caso de haver impedimento ou desistência entre os selecionados – e nove foram reprovadas. Os projetos inscritos foram avaliados pelo Conselho Diretor do Cine-Theatro Central, que decidiu com base em quatro critérios: análise da proposta, viabilidade técnica, relevância da realização no contexto local e diversidade das propostas.
Conforme a Pró-Reitoria de Cultura da UFJF, que administra o espaço, a partir deste sábado estarão abertas as inscrições para a demanda espontânea de candidatos às vagas remanescentes na agenda do teatro para o mesmo período, de 1º de abril de 2016 a 30 de março de 2017. As vagas que não foram preenchidas na chamada pública
passaram automaticamente para a demanda espontânea, somando agora 85 datas (53,1% do total) reservadas para produtores que solicitarem a ocupação do teatro até 1º de março de 2017, desde que com antecedência mínima de 30 dias do evento. As inscrições, nesse caso, podem ser feitas a qualquer momento, através de formulário disponibilizado no site do Central.
Além disso, estão previstas 15 vagas (9,4%) para o projeto Luz da Terra, voltado para a democratização do acesso ao Central por produtores de Juiz de Fora com atividades artísticas e culturais a preços populares. A ocupação dessas vagas será decidida através de edital próprio a ser lançado em breve.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 04/03/2016

Link: http://www.tribunademinas.com.br/ultimos-dias-para-inscricao-em-sorteio-do-joao-xxiii/

Últimos dias para inscrição em sorteio do João XXIII

Termina, na segunda-feira (7), o prazo de inscrições dos interessados em concorrer ao sorteio de 30 vagas remanescentes disponíveis para o ano letivo de 2016 no Colégio de Aplicação João XXIII. O sorteio está previsto para acontecer no dia 12 de março (sábado), no próprio colégio. Os interessados devem realizar a inscrição online,
por meio do site. No total, há oportunidades para 2º ano do ensino fundamental (uma vaga), 3º ano do ensino fundamental (sete), 7º ano do ensino fundamental (nove) e 1º ano do ensino médio (13). O valor da inscrição é de R$ 36. Entre os dias 9 e 11, o colégio irá disponibilizar, através do mesmo site, o cartão de confirmação da inscrição, que deverá ser impresso pelo candidato e apresentado no horário e local do sorteio. O candidato que não apresentálo
será desclassificado. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone 32297602.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cultura

Data: 05/03/2016

Link: http://www.tribunademinas.com.br/60-projetos-aprovados-no-central/

60 projetos aprovados no Central

Misto de show e teatro, o espetáculo “Alice live”, comandado pelos grupos mineiros Pato Fu e Giramundo, deve passar por Juiz de Fora nos dias 21 e 22 de maio de 2016, conforme resultado final do edital de ocupação artística do Cine-Theatro Central, divulgado ontem. Numa lista com pouquíssimos nomes do cenário nacional, figuram produções como “No gogó do Paulinho” (30 de abril), de Maurício Manfrini, o Paulinho Gogó do humorístico “A praça é nossa”, do SBT, e o show de piano e voz do padre Fábio de Melo (23 de novembro). Após um 2015 de dificuldades e incertezas quanto à realização do Festival de Música Colonial Brasileira e Música Antiga, chama atenção a reserva dos dias 21 e 31 de julho para os concertos de abertura e encerramento do evento, proposto pelo Central Cultural Pró-Música.
Pela relação divulgada, são esperados para o período – de 1º de abril de 2016 a 31 de março de 2017 – 60 projetos, entre espetáculos de dança, musicais e apresentações teatrais. Só para formaturas, estão reservadas 24 vagas. De acordo com a direção do espaço, é comum que os artistas de fora prefiram se inscrever por meio da demanda espontânea, cujas inscrições estarão abertas a partir deste sábado. Nesse caso, é possível escolher uma data até 1º de março de 2017, desde que com antecedência mínima de 30 dias do evento. “O produtor tem que ter um planejamento sério do que vai ser feito ao longo do ano. Por isso, eles preferem fazer a reserva depois. Foi assim que
já conseguimos trazer Renato Teixeiras e Debora Colker e vamos trazer, em 31 de março, o Almir Sater”, explica André Xandó, diretor do espaço.
Segundo Xandó, com os resultados da primeira edição da chamada pública para ocupação da casa entre 1º de setembro de 2015 a 31 de março de 2016, é de maneira positiva que produtores e direção do Central enxergaram esta segunda edição. “Tivemos 72 inscrições no ano passado e conseguimos fechar quase todas as datas. A chamada pública é um documento democrático e que traz publicidade às ações do teatro. Qualquer cidadão entra no site e encontra a programação até o ano que vem. Quando os órgãos de controle solicitaram esse documento, o objetivo era a transparência”, afirma o diretor, ressaltando que dia 10 de março será lançado o edital do projeto “Luz
da Terra”, para o qual estão previstas 15 vagas. A iniciativa é voltada para produtores de Juiz de Fora com atividades artísticas e culturais a preços populares.

A obra de arte de Lewis Carrol
Desde que estreou nos palcos brasileiros, em 2013, “Alice”, espetáculo capitaneado pelos grupos Pato Fu e Giramundo, têm recebido aplausos da crítica e do público. Em sua versão mais recente, de 2015, os músicos vão para o palco, ao vivo, com a trupe teatral, trazendo a vocalista Fernanda Takai no papel da protagonista e o mutante
Arnaldo Batista como o Chapeleiro Louco. Nessa produção, o eixo central é a música, com trilha sonora marcada pela relação entre as canções e o uso de bonecos e animações projetadas, sobressaindo o tom nonsense e fantástico da cena.
John Ulhoa está à frente da produção musical, e as letras foram selecionadas do texto original de Lewis Carroll. Segundo a companhia teatral, “o espetáculo foi criado a partir de sequências de músicas, como se fosse a ilustração de um show de ‘tape coletânea’”. A lista completa com os aprovados está disponível em http://www.theatrocentral.com.br.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Esportes

Data: 05/03/2016

Link: http://www.tribunademinas.com.br/jf-volei-enfrenta-o-brasil-kirin/

JF Vôlei enfrenta o Brasil Kirin

O futuro do JF Vôlei na Superliga já está definido. Restando duas rodadas para o fim da primeira fase, a equipe juizforana sabe que não terá chances de deixar a lanterna, e ocupará uma das quatro vagas (incluindo dois classificados da Superliga B) na seletiva que vale um lugar na elite do voleibol nacional na próxima temporada. Mas enquanto o torneio não chega ao fim, o time de Juiz de Fora busca forças contra o Vôlei Brasil Kirin-SP hoje, às 14h45, no Ginásio da UFJF.
Após a partida contra a equipe paulista, o JF Vôlei terá novo compromisso em casa. Na próxima quarta-feira, o adversário será o líder Sada/Cruzeiro. Na sequência, o elenco já inicia os treinamentos para a seletiva, que ainda não tem local e data definidos, embora a tendência é que o torneio seja disputado ainda este mês.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 05/03/2016

Link: http://www.tribunademinas.com.br/jovem-de-22-anos-e-roubada-no-campus-da-ufjf/

Jovem de 22 anos é roubada no Campus da UFJF

Uma jovem de 22 anos foi vítima de uma tentativa de roubo na UFJF na manhã deste sábado (5). Conforme a Polícia Militar (PM), por volta das 7h30, ela trafegava pelo Campus, quando teria sido abordada por um menor de 15 anos, que, armado com uma faca, teria a ameaçado e roubado o seu celular. Ainda segundo a PM, o jovem fugiu pelo
Pórtico Norte, foi perseguido por populares e detido próximo ao posto de gasolina localizado na Rua José Lourenço Kelmer. O adolescente foi levado para a sede da delegacia da Polícia Civil. O celular foi recuperado, a faca, localizada, e a vítima não sofreu ferimentos.

A UFJF, por meio de nota, afirmou que, como área federal, tem seu próprio mecanismo de segurança, que atua a partir de diretrizes da universidade e da política de segurança das instituições federais de ensino. “A Polícia Militar (PM) é uma instituição estadual e não tem responsabilidade direta com a UFJF. Através de parceria, a UFJF requisita o apoio da PM em caso de necessidades especiais.”
Ainda conforme o posicionamento, “para aprimorar a política de segurança na instituição, foi instaurado, no fim do ano passado, um Fórum de Segurança, cujo objetivo é promover uma segurança mais preventiva, democrática e educativa. “Para isso, será investido em uma capacitação desses agentes que atuam no campus, para evitar qualquer tipo de abordagem opressiva e que possam atuar sobretudo na proteção de pessoas em situação de maior vulnerabilidade dentro da Universidade”.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Esportes

Data: 05/03/2016

Link: http://www.tribunademinas.com.br/jf-volei-perde-para-volei-brasil-kirin-sp/

JF Vôlei perde para Vôlei Brasil Kirin-SP

Já sem chances de deixar a lanterna da Superliga, o JF Vôlei entrou em quadra neste sábado (5) para honrar a camisa diante do torcedor. Na penúltima rodada da primeira fase, o adversário foi o Vôlei Brasil Kirin-SP, que está garantido na próxima fase, mas nem por isso entrou relaxado no Ginásio da UFJF, e conquistou a vitória por 3 sets a 1, parciais de 29/31, 25/13, 25/18 e 25/22. Com o resultado, o Juiz de Fora segue com oito pontos ganhos.
A equipe juizforana até deu sinais de que poderia surpreender o atual terceiro colocado da Superliga quando conseguiu virar o placar adverso de 24 a 20 no primeiro set para 31 a 29. Mas dali para frente, o que se viu em quadra foi um domínio amplo do Vôlei Brasil Kirin, que fez valer o favoritismo e fechou os três sets seguintes, dando pouca margem de reação para os donos da casa.
O JF Vôlei volta ao Ginásio da UFJF na próxima quarta-feira, às 20h, para encerrar sua participação na Superliga 2015/2016. O adversário será o Sada/Cruzeiro, atual líder da competição. A equipe juizforana ainda terá uma chance de permanecer na elite do voleibol nacional. Sem data e local definidos, uma seletiva será disputada entre os dois
últimos colocados da Superliga, além do segundo e terceiro colocados da Superliga B, e garantirá ao campeão a chance de estar entre os melhores na temporada 2016/2017.

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Veículo: Acessa.com

Editoria: Educação

Data: 05/03/2016

Link: http://www.acessa.com/educacao/arquivo/oportunidade/2016/03/05-ufjf-abre-inscricoes-para-vagas-professor-efetivo/

UFJF abre inscrições para 54 vagas de professor efetivo com salários de mais de R$ 8 mil

Estão abertas as inscrições para os concursos que selecionarão 54 professores efetivos para a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Ao todo, são 30 oportunidades para o campus Juiz de Fora e outras 24 para o de Governador Valadares. Os vencimentos variam de R$ 2.983 a R$ 8.639,50, conforme a carga horária e a titulação do candidato. Confira o quadro de vagas abaixo.

Os editais estão disponíveis e podem ser conferidos no site do concurso. As inscrições deverão ser feitas no mesmo site até o dia 1º de abril. Os que preferirem realizar pessoalmente nas unidades devem observar os horários de funcionamento das mesmas, entre 9h e 12h e das 13h às 17h, de segunda a sexta-feira.

Os candidatos deverão entregar a documentação exigida nas secretarias das unidades acadêmicas. A taxa de inscrição é de R$ 150. Podem solicitar isenção pessoas que estejam inscritas no Cadastro Único para os Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) e sejam membros de família de baixa renda.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Editorial

Data: 06/03/2016

Link: http://www.tribunademinas.com.br/empoderamento-feminino/

EMPODERAMENTO FEMININO

A luta pelos direitos das mulheres tem levado o sexo feminino ao empoderamento em vários setores, o que significa a sua valorização como ser humano íntegro e igual. Mesmo assim, as conquistas numa sociedade construída de forma patriarcal precisam avançar, porque ainda há milhares de mulheres exercendo as mesmas funções que os homens e ganhando menos, mulheres com jornadas duplas e triplas sem dividirem os mesmos deveres com seus companheiros e com responsabilidades desiguais no âmbito familiar.
Pior que isso, ainda existem mulheres vítimas, diariamente, da violência física e que se calam ou perdem a vida. De acordo com o Mapa da Violência 2015, apresentado pelo pesquisador Júlio Jacobo, o número de homicídios contra mulheres no país é de 4,8 mortes para cada grupo de cem mil. No estado, o índice é um pouco menor, chegando a
4,2 mortes por cem mil. No entanto, se Minas Gerais fosse um país, ocuparia o sétimo lugar no mundo no ranking de assassinatos contra as mulheres.
Para que este quadro não persista, é preciso levantar bandeiras e travar lutas diárias contra o machismo e a naturalização de práticas desiguais. Neste sentido, campanhas têm sido importantes, não deixando que o assunto fique isolado e, sim, que se torne coletivo, ampliando o debate. Uma destas iniciativas é a Semana da Mulher realizada pela UFJF, que traz como tema “A universidade é pública, mas meu corpo não”. A proposta é encorajar as mulheres a denunciarem o assédio e outras violências sofridas no campus.
Mesmo sendo um ambiente acadêmico, de onde se esperam exemplos e conquistas, há relatos de abusos, mas, muitas vezes, as mulheres não formalizam as denúncias por medo de represálias, comprometimento da vida acadêmica ou vergonha, conforme a Diretoria de Ações Afirmativas da instituição. Por ocasião de mais um Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março, é mister a conscientização da mulher de que é preciso respeitar-se, valorizar-se e evitar o perfil de submissão, construindo melhor sua autoestima e primando pelo verdadeiro empoderamento de maneira irrestrita.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cultura

Data: 06/03/2016

Link: http://www.tribunademinas.com.br/navalha-na-cultura/

Navalha na cultura

Um ingresso para um show de um cantor reconhecido no país no Cine-Theatro Central equivale a pouco mais de 18% do salário mínimo. Para uma família com dois adultos e uma criança, só os ingressos para uma sessão de cinema 3D no final de semana, sem considerar a pipoca, custam cerca de 5% do mesmo salário mínimo. Considerando o valor médio do livro em R$ 40, uma leitura mensal consome 4,5% desse já citado ordenado. Por conta de percentuais como esses, 29% dos brasileiros estão saindo menos para entretenimento fora da casa, conforme aponta a pesquisa publicada em fevereiro pela Mintel, multinacional fornecedora de inteligência de mídia e mercado.
A investigação feita com mais de 500 pessoas com mais de 16 anos também identificou que mais da metade dos brasileiros passou a consumir menos serviços e produtos relacionados à vida cotidiana na comparação com um ano atrás, assim como 33% afirmaram terem reduzido a ida a restaurantes. Em tempos de uma inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em janeiro, em 10,71%, para shows musicais chega a 22,95%, segundo informações do grupo Educação, Leitura e Recreação, mensurado pelo IPCS da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Os índices consideram o acumulado dos últimos 12 meses.
De acordo com o economista da FGV, André Braz, cada item relacionado a cultura tem uma estrutura de custo, um espaço no mercado que pode facilitar a transmissão de índices inflacionários ou não. “No caso do livro, existem várias obras e vários locais para venda e, à medida em que a obra envelhece, o nível de preço costuma baixar. Por ser
um setor de ampla concorrência, é mais complicado ver repasse de preço. Já em outros segmentos, como o da educação formal, é mais difícil ver aumentos tímidos”, explica. “Se até o final do ano não verificarmos uma melhora no cenário econômico, uma luz no fim do túnel, é provável que vejamos os serviços não essenciais passando muito aperto.”

Sem aumento, com público
Djavan, Sérgio Reis e Renato Teixeira e Almir Sater são alguns dos shows citados pelo diretor do Cine-Theatro
Central, André Xandó, com lotação máxima e ingressos de, no máximo, R$ 160. Segundo ele, a maior casa de espetáculos de Juiz de Fora não se enquadra nessa inflação de mais de 20% para apresentações musicais, já que os produtores têm praticado os mesmos valores nos últimos dois anos. “Tanto as produções de fora quanto as locais têm seguido uma mesma tabela”, comenta, apontando para a facilidade que grandes nomes da música nacional têm em ocupar os quase dois mil lugares do espaço. “Produções de porte médio e com menor visibilidade, porém, estão
tendo mais dificuldade de encher a casa”, pondera.
E praticar a mesma bilheteria se impõe como desafio para os produtores, já que a maioria dos custos apresenta aumento, incluindo o aluguel do espaço. Xandó adianta que para 2016 o Cine-Theatro Central já fechou o reajuste em 9,4%, quatro décimos abaixo do realizado em 2015, índice que gerou grande celeuma no meio artístico da
cidade por ter sido maior que a inflação geral. “Não tem como não repassarmos todos os aumentos que tivemos esse ano, como salários de funcionários e energia elétrica”, pontua o diretor. Proprietário da Planet Music, Alpheu Villela Bastos Junior reajustou seus livros e discos conforme os fornecedores, mas a locadora que funciona em seu
estabelecimento não alterou sua tabela.
Num momento em que a temeridade é imperativa, qualquer movimento pode ser arriscado, então melhor sofrer com a redução da própria margem de lucro a repassar e perder público. “As pessoas estão mais retraídas. Junto a isso, estamos num mês que não é muito propício”, pontua Alpheu, que, por ter mudado de endereço recentemente, não consegue comparar o desempenho deste ano com o do passado. “A novidade gera um grande fluxo”, aponta. “Estamos investindo, tentando prever coisas diferentes, ser criativo. A insegurança existe para todo mundo”, conclui o empresário, seguindo o passo mais importante para a sua classe, na opinião do economista André Braz. “Num
momento de crise, é preciso buscar alternativas para sobreviver, e geralmente elas são em ganho de eficiência. Um pequeno empreendedor precisa ficar muito atento, porque pode acontecer o fracasso imediato de sua atividade. É mais comum ver os grandes fazerem esse dever de casa melhor, porque são mais organizados e têm um poder de
barganha maior”, afirma Braz.

Na casa dos centavos
Esse ano foi diferente. A promoção que reduz o ingresso inteiro de cinema no Cinemais do Alameda durante um dia da semana a R$ 6 não saiu de cartaz no período das férias, como era costume. “Nesses dias era possível ver famílias inteiras nas salas”, conta a gerente geral Cintia Mundim Macedo. Conforme recorda-se, domingo era o dia habitual
para as famílias assistirem a filmes, mas o cenário tem mudado nos últimos meses. Diferentemente do que aponta pesquisa da FGV, de uma inflação acumulada em 10,01% em fevereiro para valores de ingressos de cinema, o Cinemais fez seu último reajuste em janeiro de 2015, na ordem dos centavos. Há três anos, segundo a gerente, não é
feita uma revisão na tabela que seja significativa.
Na pesquisa realizada pelo grupo Educação, Leitura e Recreação da FGV, livros e CDs e DVDs sofreram os menores aumentos nos últimos 12 meses, em 2,4% e 0,16% respectivamente. Ainda assim, as editoras padecem com índices cada vez mais negativos. Recém-publicada, a pesquisa feita pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros e pela Nielsen aponta queda de 7% na venda de livros de 2014 para 2015. “Não há mais espaço para consumir tudo o que existe pela frente. É preciso maximizar o desejo de consumo, ou seja, consumir o máximo de coisas interessantes com uma renda menor”, identifica o economista André Braz. “A inflação avançou muito e comeu o poder aquisitivo das famílias. Se tenho indivíduos na unidade familiar perdendo emprego e meu orçamento é menor por conta da inflação, vou cortar o supérfluo e vou ser mais seletivo. Não é que vá deixar de ir ao cinema, mas escolher melhor os filmes”, complementa.
Em seu dia a dia, a gerente geral Cintia tem sentido a gradual redução da audiência cultural. “Esse janeiro foi o pior em muitos anos. Há duas semanas, estamos com um movimento muito baixo”, lamenta. Braz, contudo, vê o sinal amarelo, mas não o vermelho. “A redução gradual de consumidores dispostos a frequentar salas de cinema ou teatro pode diminuir o número de espetáculos ou adiar outros. Mas não acho que a situação econômica chegou a esse ponto. Claro que não está confortável, mas isso ainda não está acontecendo”, comenta ele, contrário ao fato de importantes casas de shows no Brasil, como a Miranda, no Rio de Janeiro, e a Tom Jazz, em São Paulo, terem
fechado suas portas no último mês. “Podemos até ver alguns negócios mudarem de local, buscando sobreviver, mas não creio que o impacto já seja visível”, finaliza.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Artigo do Dia

Data: 06/03/2016

Link: http://www.tribunademinas.com.br/o-principio-da-presuncao-de-inocencia/

O princípio da presunção de inocência

Na era das redes sociais, a lógica do futebol transcende-se para outros campos, transformando sérias discussões em arquibancadas, em que o cidadão abre mão de sua razão e torna-se torcedor, sendo sua “bandeira” a coisa mais importante.
Ultimamente, muitos criticaram o STF, dizendo que o Tribunal havia “rasgado a Constituição”, ferindo um dos maiores princípios do Estado Democrático de Direito: o princípio da presunção de inocência, segundo o qual todos são considerados inocentes até prova em contrário.
Recentemente, a UFJF voltou às páginas policiais: segundo informações oficiais, uma tentativa de roubo a uma professora ocorreu em plena luz do dia. Tão chocante quanto a audácia criminosa foi a contradição observada no meio acadêmico, onde alguns creem termos a “elite intelectual”. Isso porque, como num Alzheimer coletivo, vários daqueles que outrora vociferavam contra a decisão do STF articularam-se no sentido de acusar sem provas o responsável pela tentativa de roubo de ser estuprador, que teria tentado violentar a vítima.
Segundo noticiado, o menor encontra-se acautelado. Vivendo num país cuja violência ocorre também de forma institucional, sabe-se o que pode ocorrer com um estuprador numa unidade de detenção. Eis aqui um perigo do esquecimento da presunção de inocência nos dias atuais: o que para alguns é oportunidade para discurso, para outros pode significar consequências reais e irreversíveis.
Não faltam exemplos do quanto a sede de fazer “justiça” e “combater o opressor” pode levar a resultados desastrosos, arruinando vidas, como o caso do ex-detento Heberson Lima, acusado de estupro que acabou contraindo HIV na prisão, sendo posteriormente inocentado, entre outros.
É necessário que haja mais responsabilidade com a vida alheia e não acreditar ser lícito acusar de tudo qualquer um que aparenta ser criminoso. Lembremo-nos de que, na era do fascismo, a presunção de inocência afastava-se sempre que se estivesse diante de situações “de clamor público”.
Afinal, em que tempos vivemos? Queremos justiça ou vingança? É preciso pensarmos muito além de nossas bravatas e hashtags!

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Economia

Data: 06/03/2016

Link: http://www.tribunademinas.com.br/luta-e-para-manter-emprego-cut-teme-que-crise-seja-artificio-para-segurar-aumento/

Luta é para manter emprego

Houve um tempo em que mais da metade (68,5%) dos trabalhadores obtiveram ganho real, pouco expressivo (entre 0,01% a 1%), mas acima da inflação. Esta época foi o primeiro semestre de 2015. O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) ainda não divulgou o resultado das negociações salariais no segundo semestre, mas analistas de mercado ouvidos pela Tribuna garantem que, este ano, dificilmente as categorias conseguirão ir além da reposição inflacionária – isto quando o repasse da inflação for possível. O temido achatamento salarial, já percebido no bolso por boa parte das famílias, é dado como certo.
Conforme o balanço das negociações do 1º semestre de 2015, a maioria, o equivalente a 207 negociações, resultou em aumento salarial acima da inflação no período. Deste total, em 44% ou 133, os reajustes acima da inflação se concentraram na faixa de até 1% de ganho real. O Dieese aponta, ainda, que um número significativo de negociações
obteve reajustes iguais à inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), correspondendo a quase 17% do total ou 51. Os reajustes salariais que não repuseram a inflação alcançaram quase 15% das negociações. Para o estudo, foram consideradas, para análise, 302 unidades de negociação, incluindo esfera privada e empresas estatais. Já naquela época, foi percebida a sensível diminuição na proporção de reajustes com ganho real frente ao observado nas mesmas categorias nos últimos oito anos. O aumento real médio (0,51%) também caiu, apresentando o menor valor desde 2008, quando teve início a série histórica.
A prioridade nas negociações este ano não será a obtenção de ganho real, mas a manutenção do emprego, sentencia o doutor em economia, Reginaldo Nogueira, coordenador de curso do IbmecMG. Segundo ele, com a inflação na casa dos dois dígitos, as taxas de desemprego batendo recordes e a economia caminhando, a passos largos, para ter o pior triênio de sua história, é muito pouco provável que os trabalhadores consigam ganho real. Na sua opinião, existe a chance, inclusive, de algumas categorias não conquistarem a reposição inflacionária. Para Nogueira, pressionado por tantas variáveis econômicas negativas, o desempenho do mercado de trabalho, este ano, deve ser ainda pior ante o que passou. Isto porque, a cada semestre, o custo social da recessão em termos de desemprego e aumento da desigualdade aumenta, avalia.
O professor da UFJF, phd em Economia, Wilson Rotatori, concorda. Na sua opinião, com o crescimento do desemprego, a probabilidade é que ocorram perdas salariais. “Diante do cenário que exige a manutenção do emprego no primeiro momento, a negociação deve ser para evitar demissões.” Segundo o economista, na falta de mecanismos de indexação salarial, a chance de achatamento salarial é elevada. Esta, no entanto, não é uma regra, dependendo de particularidades de cada categoria. “É claro que uma ou outra categoria pode até conseguir ganho real, mas é pouco provável.” Na avaliação de Rotatori, uma esperada queda na inflação poderia minimizar os efeitos para o trabalhador, diminuindo as perdas, já que ganho salarial é considerado pouco provável este ano.

Contraponto
Já a economista Celina Ramalho, integrante do Conselho Federal de Economia (Cofecon), discorda. Ela acredita que há chances de se manter os ganhos reais na formalidade, especialmente em empresas que lançam mão de inovações na busca de reposicionamento no mercado. No contexto geral, avalia, o país vive uma crise econômica que impacta a configuração do mercado de trabalho, em que cargos e salários deixam de existir. No entanto, pondera, no processo de inovação tecnológica, que se dá no cenário produtivo tanto da indústria quanto do comércio, há valorização da
atividade, dos processos e dos trabalhadores. “Para operar as novas tecnologias, a grande maioria desses cargos e salários contará, no mínimo, com a reposição inflacionária ou algum ganho real.” Na sua opinião, a perda salarial, hoje em dia, é “inaceitável”. Para Celina, os sindicatos contam com um instrumento expressivo de pressão que é o poder de greve. Na opinião da economista, este ano será bastante restrito. Um reordenamento na economia, com reflexos consistentes no mercado de trabalho, só é esperado para daqui a dois anos, pelo menos.
Para o presidente da CUT Regional Zona da Mata, Watoíra Antônio de Oliveira, além do momento econômico, o ano eleitoral pode ser usado como artifício para segurar aumentos. Na sua opinião, a luta a ser travada nas negociações é, no mínimo, pela garantia da reposição inflacionária, sempre de olho na possibilidade de avanços rumo ao ganho real. Em relação ao cenário juizforano, a avaliação é que boa parte dos trabalhadores conseguiu o repasse dos índices inflacionários no ano passado. Em algumas categorias, foi possível ir além, mesmo mediante a constatação de que as
negociações têm sido cada vez mais difíceis. “O trabalhador precisa ter em mente que ou ele conquista, ou não vai ter nada.”
No ano passado, os bancários obtiveram reajuste de 10% em salários, Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e piso, que resultou em ganho real de 0,11%. Em 12 anos, a categoria acumula 20,83% de ganho real nos salários e 42,3% nos pisos. Desde 1986, há greve de bancários. No ano passado, a paralisação durou 21 dias. “Sabemos que este ano não será dos mais fáceis”, avalia o presidente do Sindicato dos Bancários, Robson Marques. A data base da categoria, que reúne cerca de 1.300 trabalhadores na cidade, é setembro, mas as negociações costumam começar com antecedência, com avaliação do cenário e posterior apresentação da pauta em agosto. “Estaremos focados na conquista de mais direitos, até porque, entendemos que o sistema financeiro nacional, em qualquer cenário da economia brasileira, sempre tem lucratividade.”
O vice-presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio, Wagner França, afirma que, no ano passado, a categoria recebeu reajuste de 9,9%, exatamente a reposição inflacionária. Os comerciários, que reúnem entre 30 e 35 mil trabalhadores na cidade, têm data base em outubro. A expectativa, segundo o vice-presidente, é, desta vez,
avançar na conquista por ganho real. “Apesar de toda essa situação que vivemos, entendemos que o ápice já passou.” Para França, em um cenário marcado pela retração das vagas formais, o trabalhador nunca dependeu tanto de aumento salarial, em função da pressão inflacionária e da redução de renda nas famílias. “Há uma necessidade de
reposição imediata, e é por ela que lutaremos.”

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 06/03/2016

Link: http://www.tribunademinas.com.br/estudo-avalia-impacto-de-carros-eletricos/

Estudo avalia impacto de carros elétricos

Pesquisadores da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) participam de um estudo que pretende monitorar e avaliar os impactos dos veículos elétricos nos sistemas de energia do país, nos próximos cinco a sete anos. Os carros movidos a eletricidade estão se popularizando em várias nações e serão uma realidade no Brasil dentro de alguns anos. Em Juiz de Fora, já circulam dois táxis híbridos, com dois motores, um a gasolina e outro elétrico. Conforme a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), são estimados de 30 mil a 40 mil carros leves movidos a energia no Brasil, até 2020. Se comparado aos 50 milhões de automóveis que circulam hoje pelo país, o número pode parecer pequeno. Mas, para alimentar essas máquinas movidas a eletricidade, os usuários irão demandar cada vez mais do sistema energético, que precisará se preparar para a nova realidade, havendo inclusive a necessidade de reestruturação da forma de distribuição de energia.
“Uma possibilidade que precisa ser investigada é qual o impacto disso no custo”, explica o coordenador da pesquisa e professor do curso de Engenharia Elétrica da UFJF, Bruno Dias. Ao lado do professor Leonardo Willer, ele comanda o estudo. “Acreditamos que os benefícios são maiores do que os custos advindos da adaptação do sistema de energia”, completa Bruno.
Para se ter uma ideia, um carro que seja totalmente elétrico – porque existem também os híbridos – consome 30kWh para abastecer completamente a bateria, que tem autonomia para o carro rodar 127 quilômetros (distância aproximada entre Juiz de Fora e Teresópolis-RJ, por exemplo). O mesmo consumo de energia é gasto, por mês, por
uma geladeira de uma porta que fique ligada durante todo o tempo. Também é o mesmo que consome um aparelho de TV de 29 polegadas, ligado oito horas por dia.
Os carros elétricos podem ser recarregados em postos de recarga rápida, como se fossem os postos de gasolina. Nesses locais, o tempo de recarga é de aproximadamente 30 minutos, dependendo do modelo. Mas é possível fazer a carga também em casa, na tomada comum. Na de 220 volts, a demora é de sete horas, em média. E na de 110 volts, o tempo de recarga é de cerca de 13 horas.

“O período entre 18h e 21h é crítico para o sistema, porque o consumo industrial e comercial ainda é alto. Nesse mesmo momento liga-se a iluminação pública. E, nessa hora, as pessoas chegam em casa, acendem as luzes, tomam banho. E, se ainda ligarem os carros na tomada, pode haver um aumento significativo no consumo. Se o sistema não estiver preparado, pode haver um blecaute”, explica Bruno Dias.

Meio ambiente
Apesar de não emitirem poluentes, os carros elétricos são uma preocupação ambiental. Isso porque, para conseguir atender à demanda, pode ser preciso investir em novas fontes de energia, como as hidrelétricas e termelétricas, que são poluentes. Para o professor Bruno Dias, como ainda vai demorar para que os veículos elétricos se popularizem, o país conta com tempo hábil para se preparar, inclusive aumentando as fonte energéticas renováveis, como a eólica e a solar.

Interdisciplinar
A pesquisa na UFJF é interdisciplinar, com interface com Matemática, Estatística, Engenharia Ambiental e com outras instituições, como a Universidade Federal Fluminense (UFF) e o Instituto Federal Sudeste (IF Sudeste) de Minas Gerais. Ainda não foram lançados resultados, porque o projeto está em fase inicial. A proposta de pesquisa
foi aprovada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) em dezembro de 2015.

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Veículo: G1

Editoria: Zona da Mata-MG

Data: 06/03/2016

Link: http://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2016/03/estudantes-da-ufjf-criam-secretaria-para-monitorar-agressoes-no-campus.html

Estudantes da UFJF criam secretaria para monitorar agressões no campus

Em dezembro de 2015, um grupo de alunos do Instituto de Ciências Humanas (ICH) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) fundou a Secretaria de Combate às Opressões (SCO), com o intuito de ser uma ponte entre as vítimas de agressões dentro do campus e os órgãos responsáveis pela apuração e investigação dos casos.

Apenas nos dois últimos meses, os voluntários recolheram 16 relatos de casos de opressões contra alunos. A maioria delas aconteceu no próprio ICH, a exemplo da última, há cerca de duas semanas, quando um suspeito teria entrado no banheiro feminino e se masturbado para uma jovem. O caso já foi levado para a Administração Superior da UFJF e está sendo investigado.

No dia 24 de fevereiro, uma professora foi agredida durante uma tentativa de roubo quando chegava para trabalhar, no prédio da Faculdade de Engenharia. Ela foi socorrida por alguns alunos que ouviram seus gritos. O adolescente que praticou o crime foi apreendido e permanece acautelado, enquanto a Polícia Civil investiga o caso. A ocorrência reascendeu a discussão sobre violência dentro da UFJF.

Ao todo, mais de 30 alunos compõem a SCO atualmente e recolhem denúncias de opressões que acontecem no campus. “Acolhemos os casos e encaminhamos para as instâncias responsáveis, sendo assim, a SCO busca ser uma ponte entre as vítima e os órgãos responsáveis, facilitando esse contato”, explicou um dos fundadores do grupo, Pedro Arruda.

O estudante acredita que o contato entre as vítimas de opressões e os membros da secretaria facilita a coleta de dados e o encaminhamento de denúncias.

“Muitas vezes, as vítimas se sentem intimidadas e com receio de procurar ajuda. A SCO torna esse acesso mais fácil, pois a vitima acaba se sentindo mais tranquila em falar da violência sofrida com uma aluna como ela”, afirmou.

A secretaria não possui vínculo com nenhum órgão da universidade. No entanto, nos poucos meses em que está funcionando, vêm ganhando abrangência fora do ICH. “O intuito é levar a ideia para os outros institutos e já estamos começando articular com alguns alunos para tentar uma integração”, contou.

O grupo orienta vítimas de violência a sempre procurar as autoridades responsáveis e denunciar as ocorrências. “Damos apoio para que a vítima não se cale perante a opressão sofrida e denuncie. Vamos levá-la aos órgãos responsáveis, tanto da universidade como na delegacia, dando todo apoio que ela venha precisar”, disse Arruda.