Médico e professor da UFJF, Pedro Paulo abordou os aspectos epidemiológicos do câncer na saúde da mulher. (Foto: Gabriella Ramos)

A saúde da mulher foi o foco de um evento promovido na última sexta-feira, 19, pela Liga Acadêmica de Reabilitação em Oncologia (Laro) do campus da Universidade Federal de Juiz de Fora em Governador Valadares (UFJF-GV). Em clima de “Outubro Rosa”, acadêmicos e profissionais de saúde da cidade tiveram a oportunidade de aprender mais sobre os tipos de câncer com maior prevalência na população feminina e as principais formas de atenção e cuidados clínicos.

O segundo Simpósio Multidisciplinar de Reabilitação em Oncologia contou com uma série de palestras e mesa participativa, em que todos os convidados debateram e responderam a perguntas sobre “O câncer na Saúde da Mulher” tema da edição deste ano.

professor do Departamento de Medicina do campus e médico do Núcleo Especializado em Oncologia (NEO), Pedro Paulo Lopes de Oliveira Junior, abordou a epidemiologia e o rastreamento do câncer na saúde da mulher”a enfermeira do núcleo Ludmila Peres falou sobre “atenção e cuidado em pacientes com câncer de mama e colo de útero”e a fisioterapeuta da clínica escola de Fisioterapia do campus Rosemary Elaine Ferreira Reis proferiu palestra sobre as fases da intervenção fisioterapêutica em mulheres com câncer de mama”.

Flávia Gouvea (à direita) fez um emocionante relato sobre sua trajetória de superação do câncer de mama. (Foto: Rebeca Leite Cardoso )

Mas o momento mais emocionante do evento foi o depoimento de Flávia Gouvea,  que falou sobre sua trajetória de enfrentamento da doença, desde o início, quando estava em casa tomando bando e notou algo diferente na mama, até os dias atuais. A paciente relatou como foi cada estágio, como superou e como ainda está superando o câncer.

Durante a solenidade de abertura do simpósio, o diretor do Instituto de Ciências da Vida (ICV), Ângelo Denadai, destacou a importância da atuação das ligas no campus e frisou a necessidade de que o trabalho que essas associações de estudantes desenvolve configure “ações de longo prazo.”

Também presente no simpósio, a vice-diretora do ICV, Waneska Alexandra Alves, ressaltou que com a realização de congressos, simpósios, rodas de conversa e demais eventos, as “ligas acadêmicas trouxeram um outro clima científico para Governador Valadares” e que, em decorrência disso, têm sido “uma manifestação da universidade para a comunidade”.

Já o vice-diretor-geral e coordenador acadêmico da UFJF-GV, Fábio Pieri, elogiou o tema do evento deste ano, que segundo ele, além de relevante e atual, foi desenvolvido “justamente em uma época muito apropriada de mobilização e sensibilização da saúde da mulher.

Ângelo Denadai, Waneska Alves e Fábio Pieri (da esquerda para a direita) na abertura do simpósio. (Foto: Gabriella Ramos)

Para a presidente da Laro, Rebeca Leite Cardoso, o simpósio foi relevante porque não só trouxe a importância de se entender e estudar o câncer na saúde da mulher”, mas tambémuma visão de como o profissional precisa lidar com essa paciente, entendendo cada fase, cada estágio pelo qual ela passa durante o tratamento”. A estudante de Fisioterapia afirmou ainda que o evento proporcionou “um olhar integrado e humanizado para essa doença”, que, segundo ela, é a segunda espécie de câncer que mais provoca mortes no Brasil.

A Laro
Criada em 2014, com o objetivo de desenvolver a construção de conhecimento sobre a reabilitação de pacientes com câncer no Brasil, a Laro é uma das cerca de 30 ligas acadêmicas do Instituto de Ciências da Vida (ICV). Seus estudos concentram-se nos determinantes sociais e nos impactos na funcionalidade dessa condição de saúde. Atualmente, 17 alunos dos cursos de Fisioterapia, Medicina e Odontologia do campus fazem parte da liga.