Veículo: G1 Zona da Mata

Editoria: Notícias

Data: 01/10/2018

Link: https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2018/10/01/semana-de-turismo-da-ufjf-tem-programacao-gratuita-ate-quinta.ghtml

Título: Semana de Turismo da UFJF tem programação gratuita até quinta

A 10ª edição a Semana de Turismo da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) começou nesta segunda-feira (1º) e vai até quinta-feira (4).

As atividades são gratuitas e ocorrem no Instituto de Ciências Humanas (ICH). A programação inclui minicursos, rodas de conversas, Mostra de Trabalhos Acadêmicos e palestras.

Estre os destaques, estão os professores Marta Irving, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Glauber Santos, da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH), da Universidade de São Paulo (USP).

Os dois vão abordar em conferências aspectos econômicos e socioambientais do turismo em tempos de crise e os debates serão mediados pelo professor da Faculdade de Economia da UFJF, Fernando Perobelli.

Estão previstos 18 minicursos, com temáticas diversificadas, nas áreas de Agenciamento, Eventos, Transportes, Alimentos e Bebidas, Patrimônio e Gestão Cultural, Planejamento em Turismo e Turismo de Base Comunitária.

As rodas de conversas com profissionais de instituições públicas e privadas abordam estratégias públicas e empresariais em meio à recessão financeira.

Confira a programação completa:

  • Segunda (1º)
  • 14 às 18h – Minicursos
  • 19h – Conferências: “Turismo em Tempos de Crise”
  • 19h – Lançamento do Livro “Turismo: Ressignificando Sustentabilidade”, de Marta de Azevedo Irving
  • Terça (2)
  • 14 às 18h – Minicursos
  • 19h – 8ª Mostra de Trabalhos Acadêmicos
  • Quarta (3)
  • 14 às 18h – Minicursos
  • 19h – Roda de Conversas – Estratégias Públicas e Inovação em Tempos de Crise
  • Quinta (4)
  • 14 às 18h – Minicursos
  • 19h – Roda de Conversas – Estratégias Empresariais e Inovação em Tempos de Crise

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Podcast

Data: 01/10/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/podcast/economia-e-trabalho/01-10-2018/ufjf-no-ar-trabalho-informal-2.html

Título: UFJF No Ar- Trabalho Informal

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 01/10/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/01-10-2018/marcha-pela-dignidade-da-pessoa-idosa-leva-dezenas-ao-calcadao.html

Título: Marcha pela dignidade da pessoa idosa leva dezenas ao Calçadão

Dezenas de idosos e representantes da Câmara de Vereadores de Juiz de Fora, da Prefeitura, Serviço Social do Comércio, UFJF, Associação de Aposentados, Conselho Municipal de Assistência Social e Conselho Municipal do Idoso se reuniram nesta segunda-feira (1º) no Calçadão da Rua Halfeld para a Marcha pela Dignidade da Pessoa Idosa, ato que dá início à Semana do Idoso, celebrada até a próxima sexta-feira (5).

Além de 1º de outubro ser o Dia Internacional da Pessoa Idosa, em 2018 celebra-se também, no Brasil, os 15 anos do Estatuto do Idoso. Os participantes se reuniram em frente ao Cine-Theatro Central e subiram o Calçadão até a Câmara Municipal, onde estavam sendo oferecidos serviços de saúde, como aferição de pressão arterial e avaliações físicas, bem como um trabalho de conscientização da importância da prática de atividades físicas.

O gerontólogo José Anísio da Silva (Pitico) ressaltou a importância da visibilidade do ato. “O propósito é este mesmo, aparecer no bom sentido. A sociedade precisa enxergar as pessoas idosas. A nossa sociedade, o nosso país, está envelhecido, então o que esses idosos querem é mostrar à sociedade que precisamos respeitá-los, amá-los, ter menos preconceito.”

“Serve de estímulo para a gente não ficar acomodada, fazer amizade. Acho importante, tem uns cursos muito bons para a memória”, opinou a participante da marcha Lidenir Viccino Ferreira, 77 anos. “Acho importante para os mais jovens perceberem que a gente está aí ainda, com disposição”, completou outra participante, Alda Ayupe, 79 anos.

Saúde do idoso

Em parceria com o Centro Universitário Estácio JF e a rede de ensino Cecon, a Prefeitura ofereceu os serviços de saúde do programa JF + Ativa, que visa ao enfrentamento de doenças crônicas não transmissíveis e seus fatores de risco. Houve conscientização dos idosos sobre a importância da atividade física, já que o sedentarismo é o maior fator de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Esportes

Data: 01/10/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/esportes/01-10-2018/luisa-campos-e-prata-no-salto-com-vara-no-9o-campeonato-brasileiro-caixa-de-atletismo.html

Título: Luisa Campos é prata no salto com vara no 9º Campeonato Brasileiro Caixa de Atletismo

No último fim de semana, a juiz-forana Luisa Campos conquistou a medalha de prata na disputa do salto com vara no 9º Campeonato Brasileiro Caixa de Atletismo Sub-16, disputado em Fortaleza (CE) no Estádio do Centro de Formação Olímpica do Nordeste. A atleta alcançou 2,70m, melhor marca pessoal, e ficou atrás apenas de Fernanda Cândido (SP), que saltou 2,80m.

superação dos próprios recordes também ocorreu com as duas companheiras de Cria UFJF da vice-campeã. Raíssa Mattos melhorou a marca do salto em distância para 4,67, com a 16ª posição, além de ter sido a oitava melhor no salto triplo com a distância de 10,01m. Já nas corridas, Nalanda de Araújo fez o quinto melhor tempo nos 75m, com 9s59, e o quarto nos 250m, com 33s19. Nesta prova, Luisa também competiu, como desafio secundário, e terminou em 31ª com o tempo de 37s83.

O trio foi acompanhado pelo técnico Renato Siqueira, o Renatinho, que festejou os resultados: “Viemos com objetivos definidos de melhorar as marcas pessoais e chegar às finais, ou seja, ficar entre as oito melhores. As metas foram alcançadas, portanto avalio a experiência como muito positiva. Ela mostrou a evolução do Cria UFJF, que conquistou medalhas em todos os Campeonatos Brasileiros disputados neste ano.”

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 01/10/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/01-10-2018/setembro-amarelo-e-encerrado-com-sensibilizacao-de-profissionais-da-saude-mental.html

Título: Setembro Amarelo é encerrado com sensibilização de profissionais da saúde mental

O Seminário de Atenção à Crise em Saúde Mental realizado pelo Departamento de Saúde Mental (DSME) da Secretaria de Saúde (SS) trabalhou a importância de pensar no tratamento da saúde mental de maneira sistêmica, ampliando para o contexto biopsicossocial. O encontro gerou uma proposição que deve continuar a ser trabalhada pelo departamento, que está no processo de elaboração de um protocolo de atenção em urgência e emergência. No seminário, o foco foi a maneira de lidar com as situações mais agudas, que causam mais sofrimento.

A mesa de abertura, de acordo com a gerente do DSME, Andréia Stenner, foi dado o tom do evento, quando os usuários falaram sobre suas experiências e como querem ser atendidos em momentos de crise. “Eles puderam fazer um relato sobre como eram tratados antes, nos hospitais psiquiátricos, com um tratamento não humanizado, em que não havia escuta, e falar da mudança. Hoje eles têm a oportunidade de ter um profissional de referência a quem podem se direcionar em momentos de crise.” A importância do acolhimento, da escuta ativa, foi ressaltada durante toda a iniciativa. O objetivo maior, conforme frisou a gerente do DSME, é consolidar uma agenda de saúde pública. “Por isso o seminário foi o evento com maior destaque para nós. O protocolo está em desenvolvimento, em um Grupo de Trabalho, e deve passar pelo Conselho Municipal de Saúde e Ministério Público.”

Na UFJF, o primeiro Seminário de Conscientização sobre o Suicídio no Ambiente Universitário trabalhou a complexidade de oferecer um ambiente saudável a alunos, professores e Técnicos Administrativos em Educação (Taes), em meio que é propenso a cobranças e pressões diversas. Os profissionais que participaram da mesa abordaram a necessidade de fortalecer a todos esses indivíduos, vinculando as estratégias de prevenção aos seus contextos, prevendo capacitações em todos esses grupos, se antecipando ao dano. Entre os pontos levantados também está a importância da escuta ativa, do acolhimento e das informações claras sobre o suporte.

A ideia de melhorar a qualidade prescrições e encaminhamentos também esteve presente na UFJF. Os participantes ressaltaram a necessidade de melhorar os programas de identificação precoce do comportamento suicida, articulando ações com aqueles profissionais que estão mais próximos da população, como os articuladores da rede de atenção primária, que estão alocados nas comunidades. Para que os agentes possam atuar como um elo entre o acesso direto, o acolhimento e o encaminhamento. Outro ponto destacado foi a urgência de restringir o acesso aos meios. Entre eles, armas, remédios psiquiátricos, pesticidas e agrotóxicos. Ao mesmo tempo, também é fundamental combater os estigmas que ainda pesam sobre os pacientes.

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Veículo: Repórter Diário

Editoria: Notícia

Data: 01/10/2018

Link: https://www.reporterdiario.com.br/noticia/2570058/prova-mostra-que-as-meninas-do-pais-lidam-melhor-com-economia-do-dia-a-dia/

Título: Prova mostra que as meninas do País lidam melhor com economia do dia a dia

Estudantes brasileiros de 15 e 16 anos que participaram do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), realizado pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), têm, em geral, baixo desempenho na área que mede o letramento financeiro. Mas a nota delas ultrapassa a deles, apesar do desempenho pior das garotas em Matemática. Isso mostra que as meninas têm mais habilidade para lidar com o dinheiro.

Um estudo elaborado pelo Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede) compilou dados de 23.141 estudantes brasileiros que fizeram a prova em 2015 – segundo ano em que o teste de letramento financeiro foi aplicado pelo Pisa. A nota média das meninas é 397,5, enquanto que a dos meninos cai para 389,2. Ambos, porém, estão abaixo do nível mínimo adequado (400 pontos).

A avaliação do Pisa mede habilidades como a leitura de um boleto e a interpretação de mensagens sobre uma conta bancária. Para especialistas ouvidos pela reportagem, a diferença de desempenho entre os gêneros expõe uma característica da área: o letramento financeiro não depende apenas do domínio de cálculos matemáticos – para o qual as meninas, historicamente, recebem menos incentivo.

Segundo Ernesto Faria, diretor do Iede, o aspecto emocional ajuda a explicar o resultado. “Algumas avaliações socioemocionais já apontam as meninas melhores em conscienciosidade, em buscar tomar consciência para decisões.”

Outra hipótese está na organização das famílias: as jovens estariam mais habituadas ao manejo com o dinheiro por serem envolvidas, desde novas, em atividades domésticas das quais os meninos são culturalmente apartados. “Muitas são responsáveis por coisas em casa e, com isso, são obrigadas a administrar”, diz Ana Rosa Vilches, diretora pedagógica da DSOP Educação Financeira, que faz capacitações em escolas.

Mudança de hábito

A educação financeira é vista como forma de oferecer ferramentas para que os estudantes adotem estratégias de consumo conscientes no futuro. “O brasileiro poupa pouco e não se planeja para o consumo”, diz Luís Gustavo Mansur, chefe do Departamento de Promoção da Cidadania Financeira do Banco Central.

O tema foi incluído na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que vai definir a aprendizagem de todo o ensino básico. A ideia é que a educação financeira seja trabalhada de forma transversal, em disciplinas como Ciências e Matemática. O estudo do Iede mostrou que um em cada três estudantes já teve o conceito nesses moldes. Procurado, o Ministério da Educação não quis comentar o estudo.

Para Amarildo Melquíades da Silva, professor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e especialista no tema, é importante que as estratégias nas escolas levem em conta a realidade socioeconômica dos alunos. “Uma educação financeira nas públicas pode formar crianças e adolescentes para ajudar os pais. Para as classes altas, gostaríamos de trabalhar conceitos de sustentabilidade e respeito em termos salariais aos seus empregados.”

Mão na massa

É aula, mas termina na cozinha. Em um colégio da zona leste de São Paulo, estudantes do ensino médio misturam leite condensado e chocolate para fazer brigadeiros. Antes, pesquisam o preço dos ingredientes e colocam cifras na ponta do lápis. “Para muitos, é a primeira vez em que pisam no mercado. Ficam impressionados com o valor das coisas”, diz a professora de Matemática Patricia Baccaro, do colégio particular Mary Ward.

Ao fim da atividade, os alunos comparam o custo do brigadeiro que confeccionaram com o que encontram nas lojas. “Percebemos que o melhor seria comprar os produtos e fazer o nosso brigadeiro em casa”, avalia o estudante Daniel Borsetti, de 16 anos.

A escola aproveita as aulas de Matemática para trabalhar conceitos de educação financeira com os jovens. Além de dominar os cálculos de juros simples e compostos, os alunos ficam de olho em reportagens e trazem questionamentos sobre valor do dólar e Imposto de Renda. “Falamos bastante de cartão de crédito, sobre controle dos gastos”, diz Giovanna Cruz, de 16 anos, colega de Daniel. Ela conta que agora se esforça para poupar 60% do que recebe dos pais – e já tem planos para o dinheiro. “Penso em viajar depois da faculdade, ter uma vivência de mundo.”

No Colégio Stance Dual, na região central, atividades de economia colaborativa são desenvolvidas desde o início do ano por um professor de Geografia. Os estudantes de séries diferentes – entre 10 a 14 anos – se reúnem uma vez por semana, à tarde. O professor Thiago Pereira se surpreendeu com o interesse. “No mesmo momento, estou ‘competindo’ com aulas de futebol e vôlei. Hoje, temos alunos que preferem ir para a aula de Economia.”

Como no Mary Ward, eles também vão para a prática e já usaram a linguagem de programação para criar uma espécie de quiz sobre os diferentes perfis de consumidor. Querem agora aprimorar ferramentas tecnológicas para incentivar a economia colaborativa, como a troca de produtos usados entre colegas.

Nas aulas, já fizeram simulação de gastos para a Copa do Catar e pesquisaram o custo de vida de outras cidades. “Querem construir um manual. Um livreto, na linguagem deles, voltado para economia”, comenta Pereira.

Já na Escola Lourenço Castanho, na zona sul, o tema aparece quando se aprende Matemática. Conceitos de porcentagem, logaritmo e funções são um convite para trabalhar finanças e, segundo a professora Maria Daltyra de Magalhães, ficam mais fáceis quando aplicados em problemas com dinheiro. “O tempo todo a pergunta do aluno é: ‘O que vou fazer com isso?’ Quando ele vê utilidade para o conceito, se interessa em aprender também teoricamente o conteúdo.”

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Esportes

Data: 02/10/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/esportes/02-10-2018/projeto-de-judo-abre-40-vagas-gratuitas.html

Título: Projeto de judô abre 40 vagas gratuitas

Meninos e meninas entre 7 e 14 anos têm a oportunidade, nesta semana, de darem largada à prática do judô de forma gratuita no recém-construído prédio Paulo Roberto Bassoli, na Faculdade de Educação Física e Desportos (Faefid) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Desde a segunda (1º) e até esta sexta-feira (5) foram abertas 40 vagas para o Caminho da Suavidade, projeto gratuito de iniciação ao judô da Federal. As inscrições são realizadas na Secretaria do Núcleo de Extensão da Faefid, de 7h30 às 11h e de 12h30 às 16h até a sexta. As vagas são preenchidas em ordem de chegada. O projeto ainda se prontifica a disponibilizar 40 quimonos para alunos com poucos recursos financeiros mediante documentação do jovem e dos pais.

Como projeto de iniciação, o Caminho da Suavidade capacita alunos dos cursos de graduação e licenciatura em Educação Física da Faculdade. Professores e estudantes da Faefid irão conduzir as aulas, com início marcado para a próxima segunda (8). Os treinos reúnem crianças e adolescentes, das 17h30 às 18h30 no novo palco esportivo da Federal, com tatame olímpico. O prédio Paulo Roberto Bassoli é anexo à nova Arena Faefid, que se encontra em fase final de obras. Outras informações sobre o projeto e vagas disponíveis podem ser obtidas pelo número (32) 2102-3280.

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Veículo: Gazeta do Povo

Editoria: Educação

Data: 02/10/2018

Link: https://www.gazetadopovo.com.br/educacao/prova-mostra-que-meninas-lidam-melhor-com-economia-do-dia-a-dia-13hc9ob2bxqhcvw2t13gl438d/

Título: “Prova mostra que meninas lidam melhor com economia do dia a dia”

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cultura

Data: 02/10/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cultura/02-10-2018/mascarenhas-reabre-as-portas-apos-dois-anos-fechado.html

Título: Mascarenhas reabre as portas após dois anos fechado

O Centro Cultural Bernardo Mascarenhas (CCBM) teve sua importância reafirmada justamente quando fechou as portas. Deixou um vazio que fez brotar novos espaços e ser redescoberto antigos endereços. Agora, o lugar que viveu os últimos dois anos com restrição de acesso, por sugestão do Corpo de Bombeiros, recebendo apenas eventos pontuais, como a Semana Rainbow da UFJF de 2017 e peças do ATO, retorna à cena. Ao menos seu primeiro pavimento. A reabertura da casa que se voltou para a cultura em 1987, depois da campanha “Mascarenhas, meu amor”, é resultado do acordo entre a instituição e o Corpo de Bombeiros, com mediação do Ministério Público Federal.

“Havia desde 2016 uma demanda que o Corpo de Bombeiros trouxe para a Prefeitura de adequar todo o Complexo Mascarenhas em relação à prevenção de incêndio e pânico”, recorda o superintendente da Funalfa Zezinho Mancini, pontuando que a instituição, naquele momento, contratou um profissional para criar o projeto, que deveria contemplar todo o conjunto arquitetônico. “No meio dessa negociação, ainda em 2016, os Bombeiros solicitaram que o CCBM parasse de receber público. O grande diferencial do CCBM para a biblioteca e para a Secretaria de Educação, por exemplo, é que o centro cultural recebe até 200 pessoas de uma só vez, enquanto os outros espaços chegam a receber mais gente, mas em trânsito. Numa situação de pânico, seria mais complicada a evacuação no CCBM”, acrescenta Zezinho.

“É muito difícil adequar o CCBM no segundo e terceiro pisos. Como ele é tombado em todas as fachadas, não temos como abrir uma escada para fora. E o problema é que cabem muitas pessoas nesses andares e a única escada de acesso tem largura limitada”, explica o superintendente, observando que estudos estão sendo feitos, e um das possibilidades é que seja eliminada a videoteca no segundo andar e realocada no primeiro pavimento. Também é possível que seja reduzida a Galeria Arlindo Daibert, cuja amplitude dificulta em possíveis fugas. “O plano ideal seria termos mais uma escada no segundo andar. Mas até então não encontramos nada que ajudasse a criar isso, um espaço que tecnicamente favoreça isso, porque não há ângulo no prédio ou estrutura no piso, fora que criar uma escada representa um investimento financeiro muito grande”, comenta Zezinho, diretor do espaço em 2013, permanecendo por um ano e meio.

“O Corpo de Bombeiros fez uma lista gigante e passou para o Ministério Público, que já intermediava o caso, cobrando a segurança dos imóveis tombados da Prefeitura. Criamos um planejamento de adequação do que havia sido pedido e levamos numa segunda reunião. Os dois ficaram satisfeitos com o que já tínhamos implementado e com o prazo que colocamos para as ações que faltavam. Fizemos um acordo e definimos que em janeiro haverá uma nova visita do Corpo de Bombeiros para verificar a implementação das adequações solicitados. Temos essa autorização, então, para ficar aberto o primeiro pavimento até janeiro. As duas galerias de vidro, o teatro, os corredores e as oficinas vão poder funcionar plenamente. E as adequações estão em curso, a ideia é que concluamos ainda em outubro, mas temos mais três meses de prazo. De toda forma, a segurança já está garantida”, assegura Zezinho.

Inscrições abertas para ocupação

Singular pela estrutura, servindo a diferentes configurações de palco, e pela capacidade, de menos de 200 pessoas, a Sala de Encenação Flávio Márcio reabre de cara nova. O teatro perdeu o palco e ganhou tablados móveis, reafirmando a missão de sala multiuso e ampliando a plateia. A realidade de agora é fruto de outra negociação, no entanto. “O Centro Cultural Dnar Rocha tinha arquibancadas e estava com sugestão de restrição do Corpo de Bombeiros, porque para receber público precisaria sofrer várias adequações. Tendo um tablado, configurava que tinha espetáculos. Tiramos, deixando apenas como espaço de ensino e aprendizado, e as apresentações do Gente em Primeiro Lugar serão recebidas por outros equipamentos, como o Teatro Paschoal Carlos Magno, CCBM, Museu Ferroviário e Praça CEU”, conta Zezinho Mancini, indicando que a ocupação imediata da sala no CCBM será feita por demanda espontânea, com inscrições já abertas no local (Av. Getúlio Vargas 200 – Centro) ou pelo e-mail ccbmjf@gmail.com .

Já as galerias, também no primeiro pavimento, serão ocupadas por mostras coletivas. Este ano, o lugar sediará a exposição anual “Professor também faz arte”, da Secretaria de Educação, e outros dois projetos sugeridos pelos representantes das artes visuais no Conselho Municipal de Cultura (Concult). “Eles sugeriram exposições coletivas, para que a galeria não fosse ocupada por um artista bendito, mas por muitos. A Fernanda Cruzick propôs trazer cem artistas da cidade, de todas as idades, com o tema obsessão. O Sérgio Neumann propôs, por estarmos em dificuldade financeira e sem condições de fazer o JF Foto 18 este ano, contar com o apoio estrutural da Funalfa e o coletivo JF Fotográfico irá produzir um evento nos moldes do JF Foto”, anuncia o superintendente, garantindo que, para 2019, estão sendo produzidos editais de ocupação para todo o primeiro pavimento do centro cultural.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Coluna Cesar Romero

Data: 02/10/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/colunas/cesar-romero/02-10-2018/a-133.html

Título: Destaque acadêmico

Professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFJF, Fernando Lima foi agraciado com o Prêmio Capes de Tese 2018. Ele fez estudos e desenvolveu ferramentas computacionais para a melhoria da vida nas cidades, ficando entre os três melhores pesquisadores do país.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Sala de leitura

Data: 02/10/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/blogs/sala-de-leitura/02-10-2018/fernanda-vivacqua-escrevo-porque-quero-criar-esse-mundo-e-estar-nele-ou-te-lo-em-mim.html

Título: Fernanda Vivacqua: “Escrevo porque quero criar esse mundo, e estar nele, ou tê-lo em mim”

Na apresentação de “María Celia” (Edições Macondo), a escritora e professora Prisca Agustoni diz que “cada poeta que surge com uma voz firme e marcante é a natureza toda que se alegra.” O ano é 2016. É o livro de estreia de Fernanda Vivacqua. Dois anos depois, a publicação ganha formato bilíngue português/espanhol, além de cinco poemas inéditos. A nova edição surge paralelamente à criação do selo Capiranhas do Parahybuna, pelo qual Fernanda lança a plaquete “Para os homens que não amam as mulheres”. O selo também é inaugurado com as plaquetes “Mamafesto – Parte I”, de Anelise Freitas, “Caderninho vermelho”, de Marcela Batista, e “Mecânica de nuvens aplicada”, de Laura Assis.

“Além de poetas da cidade, nós trazemos nossas experiências de editoração, que são diversas, o que acredito ser muito rico. A ideia surgiu por entendermos que o espaço de produção poética, e o que fala sobre ela, é ainda muito machista, oprimindo e assediando as poetas, editoras, produtoras, e outras mulheres, cis e trans, que compõem a cena. Os efeitos, para nós, são explícitos: as mulheres param de escrever, adoecem, se ausentam da cena. Nós conhecemos essas histórias e convivemos convenientemente com agressores poetas, por exemplo. Mas muitas vezes, apesar de saber da narrativa, a vítima não está mais lá”, dispara Fernanda, destacando que um selo dessa natureza é urgente. Ele ajuda a fortalecer a existência da mulher na cena  não só como poetas, mas também como editoras.

“É importante ocupar todos os espaços de produção, criar redes para que possamos ser as artistas que somos, em nossa potencialidade. Claro, o Capiranhas não responde a isso tudo de pronto, como uma solução fácil ou global. É uma experiência possível, e o lançamento das quatro plaquetes, uma de cada editora do selo, para mim, demonstra ser não apenas possível, como também necessária e, em algum sentido, mágica, porque vem transformando nossos corpos, afetos e poéticas.”

Nascida no Rio de Janeiro, mas criada em Juiz de Fora, foi na UFJF que Fernanda fez a faculdade de Letras. Lá, é onde ela também está em processo de conclusão do mestrado em Estudos Literários. Quis saber quando ela se percebeu poeta. Lanço a pergunta que abre esse nosso bate-papo. Mas, antes disso, um pouco de sua poesia.

“E eu também quero falar/ sobre a minha avó e os seus/ pés atravessando o corredor/ estirados na horizontal, apontam/ da sala para a cozinha, apontam/ para um outro lugar/ de onde eu não vim apontam/ os pés atravessados de minha/ avó/ e quando digo que/ eu também quero falar/ sobre a minha avó e as suas/ unhas vermelhas/ você pensa na sua avó/ que pode ser apenas/ o cheiro da comida a fala/ doce dos dias de domingo/ ou todos os cacos da ausência/ solapada na garganta”.

Marisa Loures – Em que momento da vida você se percebeu poeta?

Fernanda Vivacqua – Eu sempre gostei de escrever, de escrever qualquer coisa. E acho que, por muito tempo, eu escrevia mais do que lia, hábito com o qual sou mais rebelde – por, às vezes, ter ritmos de leitura muito distintos ao longo do ano, por exemplo. Mas escrever era uma relação imediata de prazer, eu gosto de fazer isso, até hoje. Em determinado momento, depois da convivência com amigos da Faculdade de Letras, eu me fiz uma pergunta importante: sobre o que eu queria falar? Acho que, a partir daquele momento, eu começo a pensar em um projeto poético, e, de alguma forma, que estou aprendendo, inaugurei outra relação com a linguagem e a minha língua. Sem isso, não me diria poeta.

– Segundo Prisca Agustoni, na apresentação da obra, “cada livro de poemas tem um mundo dentro, que se revela em pequenas cintilações ou em sequências imagéticas e sensoriais que compõem o ritmo e o teor de verdade da palavra que serve para expressá-lo.” Como é o mundo de “María Celia”?

O universo do “María Celia” é atravessado por muitas mulheres, próximas ou distantes, escancaradas ou elípticas. Essa é uma observação que já ouvi de muitas pessoas e, particularmente, concordo. Mas, como leitora que também sou do livro, sempre me pego pensando até que ponto as imagens do poema não são contornadas por aquilo [ou aquele] que falta – o não feminino ou o que falta do feminino. Não sei ao certo o que é, e acho que a segunda edição abre possibilidade para outros olhares que talvez me ajudem a pensar sobre isso. Acredito que outro elemento, não menos importante, seja a procura por um ritmo, capaz de afetar, de alguma maneira, quem ouve, ou lê, os poemas. E, quando a Prisca diz, em sua apresentação, que “cada livro de poemas tem um mundo dentro”, me faz pensar nesses elementos que disse. Isso é, por um lado, o “María Celia”, como livro de estreia, aponta para um certo sentido de início (a estreia), um mundo inaugural, a busca de um ritmo, um estilo, imagens e tons, cintilações de uma poética. Por outro, o livro é um mundo em si, completo, e tenho muita afeição a essa perspectiva. Por isso, apesar de estreia, acredito que o “María Celia” tente afirmar seu próprio mundo, sem depender da minha escrita a posteriori para existir, em plenitude. Eu não sei se consegue, mas acho que é uma tentativa honesta.

“Quero dizer, não acredito que podemos nos refugiar nos poemas, como uma forma de nos sentirmos isentos de responsabilidade política e social, por exemplo. Por outro lado, acredito que o poema seja um outro mundo possível, próprio, onde podemos habitar.”

– Na apresentação em espanhol, Gabriela Luzzi afirma que “nós escrevemos porque precisamos de um mundo mais habitável.”.  É por isso que você escreve?

Essa é uma pergunta difícil. Porque não acredito que a poesia, ou qualquer arte, substitua ‘o mundo’. Quero dizer, não acredito que podemos nos refugiar nos poemas, como uma forma de nos sentirmos isentos de responsabilidade política e social, por exemplo. Por outro lado, acredito que o poema seja um outro mundo possível, próprio, onde podemos habitar, pensando com a Gabi Luzzi. É como uma viagem, é como se a gente de verdade nunca voltasse de uma viagem, porque já somos outro. Então é sobre habitar esse mundo um pouco como esse outro espaço, do qual não somos observadores, mas partes. Eu sou parte do mundo dos meus poemas e, hoje, eles são partes de mim, do meu corpo, da minha forma de estar no mundo. Então, escrevo porque quero criar esse mundo, e estar nele, ou tê-lo em mim.

– Em um dos poemas, você diz assim: “e eu também quero falar/ sobre a minha avó/ e os seus pés atravessando o corredor”. Você conclui esse poema da seguinte maneira: “quando preciso falar sobre a/ minha avó e seu nome/ escrevo no espelho de batom/ para não me esquecer/ María Celia”.  Ali e em outros textos, senti que falar sobre suas lembranças era uma necessidade muito forte, como se fosse indispensável para que a poeta não perdesse suas memórias…

Gosto muito de como as memórias se organizam na nossa cabeça: se você tenta muito se lembrar de um fato antigo, por muito tempo, sua imaginação preenche as lacunas que a dimensão do sentido pede. Eu tenho essa experiência, ao tentar lembrar da minha infância. Já descobri muitas coisas que sempre achei que tivessem me ocorrido, e eram falsas, produzidas pela minha imaginação. É essa memória criativa que tem me intrigado e mobilizado, porque ela, me parece, se aproxima da própria ideia de poesia. E aí, sobre a memória, penso, não importam os fatos exatos, mas o que criamos a partir deles.

– “María Celia” está ganhando uma segunda edição, agora bilíngue: português/ espanhol. Por que esse projeto agora?

Quando fizemos a primeira edição, em dezembro de 2016, a tiragem foi pequena e esgotou rápido. O tempo passou e eu não queria apenas fazer a reimpressão, porque, de alguma forma, eu já via o “María Celia” em outro lugar. E eu também sou outra. Uma das coisas que aconteceram, nesse caminho, foi o projeto da Anelise Freitas, que se dispôs a traduzir o livro para o espanhol, em específico para a variante rioplatense. Nós duas vivemos esse processo de forma bastante intensa, e no meio dele a Marcela Batistase somou, revisando a tradução. Eu não sou hispanohablante, então para mim foi uma aproximação muito maravilhosa, pois me aproximei da língua de uma forma muito especial. Além disso, fazia todo sentido o livro sair pela Edições Macondo, editora que sempre tratou meu livro com todo carinho, lançando duas edições cuidadosas e lindas – diz a autora apaixonada. Agora em outubro, eu, Anelise e Marcela estaremos no Festival latino-americano de poesia Bahía Blanca, na Argentina, do qual sou poeta convidada. Para mim, é uma alegria, porque demonstra que é um projeto vivo e que busca um diálogo entre essa geografia poética Brasil-Argentina.

“Quando falamos de violência de gênero, no Brasil e no mundo, é evidente quem ocupa o papel de agressor e quem é a vítima. Negar isso, hoje, principalmente em espaços com acesso à informação de forma facilitada, é, para mim, desonestidade. Os números, manchetes, relatos, tudo nos demonstra como as mulheres precisam superar as inúmeras violências machistas para existir, uma vez que, caladas ou não, somos violentadas.”

Na plaquete “Os homens…” é explorado um universo povoado de crimes e violência contra as mulheres ao trazer à tona a história do assassino em série Richard Ramirez, responsável pela morte de 13 mulheres nos anos de 1980, nos Estados  Unidos; e da atriz Elizabeth Short,  morta por razões desconhecidas, em 1947, cujo  corpo foi encontrado mutilado e esquartejado, em Los Angeles. Hoje, no Brasil, a violência contra o sexo feminino em razão do gênero é tema de muitos debates e causa grande repercussão, mas nem sempre foi assim. Em outros tempos, restava à mulher, o silêncio e a invisibilidade desses infortúnios que lhe eram impostos. Ao tocar nesse tema, sua poesia quer dizer o que para a sociedade atual?

Quando falamos de violência de gênero, no Brasil e no mundo, é evidente quem ocupa o papel de agressor e quem é a vítima. Negar isso, hoje, principalmente em espaços com acesso à informação de forma facilitada, é, para mim, desonestidade. Os números, manchetes, relatos, tudo nos demonstra como as mulheres precisam superar as inúmeras violências machistas para existir, uma vez que, caladas ou não, somos violentadas. E acho, também, que muitas vezes o uso da violência parece ser monopólio dos homens, como símbolo de poder, não apenas a física, como a sexual, a simbólica e a psicológica. A plaquete busca partir desse quadro para repensá-los, ou repensar os agentes da violência. Na verdade, acho que tenta subverter um pouco também, mas aí faz parte da surpresa que espero que o leitor tenha. Agora, não é a resposta para os problemas que, nós, mulheres, passamos. É uma forma de trabalhar com esta questão através da linguagem, sem ser, acredito, uma temática, mas nossas vidas e corpos, nosso pensamento constante nisso, porque sempre violentadas. Hoje, para mim, tem sido importante a pluralidade de iniciativas com a linguagem para rever esse quadro e pensar alternativas, como as denúncias de assédio que tem ocorrido pelo mundo, as campanhas de solidariedade que seguem, a organização das mulheres para barrar o desastre que pode acontecer no país (#elenunca), entre muitas e muitas outras. Todas são formas de resolver, pela linguagem, essa realidade que nos adoece e mata. A arte tem seu espaço, e sua própria forma, de contribuição. Como poeta e mulher que também sofre essa realidade, não teria como, hoje, não ser tocada por isso.

– Quais autores são referências para o seu fazer poético?

Essa é uma pergunta muito complicada, porque citar nomes envolve a memória, e a memória nos trai constantemente, como disse acima. Eu leio, procuro ler, e sempre quero ler mais, as poetas e os poetas que estão produzindo no mesmo tempo e espaço que eu. No mais, venho fazendo escolhas muito afetivas em minha formação leitora, atrelando os autores a cenas que fazem deles especiais. Por exemplo, na adolescência, tinha o costume de ler Rubem Fonseca na praia, de férias. Até hoje, quando volto a essa praia, ler narrativas curtas do autor ou de estilo próximo, faz com que, ali, ele seja o melhor. Se fosse para acessar outras cenas e afetos, com certeza não recorreria a essas narrativas, e isso não só com a prosa, mas com a poesia também, é algo da leitura, acredito.

– Não raramente, leitores, críticos e mesmo poetas lamentam a falta de grandes projetos, tendências ou questões na poesia contemporânea.  Isso te preocupa de alguma forma? A poesia também tem um alcance bastante limitado em termos de público no Brasil. Você acha que, no país, ela deixou de ocupar lugar de destaque no debate cultural?

Eu não me sinto muito à vontade para fazer uma análise sobre a cena de poesia de forma ampla, mas acredito que não podemos dizer que há pouca produção poética atualmente. Em Juiz de Fora, por exemplo, temos espaços muito diversos de produção, como saraus, slam, leituras, editoras, zines independentes. Esses espaços são, muitas vezes, públicos, demonstrando que a poesia ainda consegue ocupar esta dimensão, como uma experiência própria. Por isso, não acredito que ela tenha se ausentado dessa esfera de discussão. Acho que experiências diversas têm produzido diálogos igualmente distintos, e é preciso pensar e dizer sobre isso. Agora, existe um conceito estrito de poesia, como algo mais restrito e ligado a uma certa tradição – que eu não adoto, mas existe. Partindo dele, acredito que o problema talvez não seja do que se produz, ou de não se falar desse ou daquele tema, mas a pouca circulação. Esse não é um problema novo nem próprio da poesia, e, sim, de um país que, historicamente, não investe em cultura e educação. Não é que as pessoas não se interessem pela poesia, mas que elas não são apresentadas ou têm um contato prazeroso e interessante. Como poeta, penso sobre isso, porque escrevo no meu país, que tem uma comunidade leitora própria. Não é algo que aparece na minha poética, necessariamente, mas o entendimento de alguém que sabe o privilégio que é se reconhecer como poeta no Brasil atual.

Poema de “María Celia”

Por Fernanda Vivacqua

era 1997

uma enchente nos escorreu

pelos dedos entrelaçados

da lama daquele ano

daquele ano do silêncio

dos vidros em estilhaços e das manhãs

as manhãs de 97

se você ainda pudesse ouvir

o que gritam aquelas manhãs

a água subia as escadas

nós em ciranda

dedos entrelaçados escravos de jó

em 1997

a água avançava

mas o nosso silêncio

ensurdecedor

o nosso silêncio era maior

que a água que 97

você com os dedos

ora frouxos, ora presos

e eu com minhas unhas curtas

a querer fincar na pele

o que você não sente o que

não te bate

com a água no joelho

nossos pés dançaram submersos

acima da escada brincamos de deuses

eu Iemanjá, ainda sem saber

era 1997 não 79

quando você ainda não poderia saber

que triste deus seria

das enchentes e dos silêncios

dos estilhaços e das lamas

daquilo tudo que a água leva

em seu balanço

que vai e vem

sobe escadas lava tudo

lava um ano

sem nada conservar

eu não te encontrei no mar

você é da casa

e eu te deixei lá

você se lembra?

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Veículo: G1 Zona da Mata

Editoria: Notícias

Data: 03/10/2018

Link: https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2018/10/03/servidores-da-ufjf-e-do-if-sudeste-paralisam-atividades-em-juiz-de-fora.ghtml

Título: Servidores da UFJF e do IF Sudeste paralisam atividades em Juiz de Fora

Os servidores técnico-administrativos em educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e do Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais (IF Sudeste MG) paralisaram as atividades nesta quarta-feira (3) em adesão a uma paralisação nacional.

Em nota, a UFJF disse que “respeita o movimento da categoria”. O G1 também entrou em contato com a assessoria do IF Sudeste MG e aguarda retorno.

De acordo com a organização da paralisação, o ato é em defesa da autonomia universitária, da flexibilização da jornada de trabalho e a favor do reposicionamento das aposentadorias.

A decisão pela paralisação foi tomada em assembleia realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino de Juiz de Fora (Sintufejuf/JF), atendendo ao chamado da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra).

Para o coordenador de atividades culturais do Sintufejuf/JF, Conrado Jenevain, a Instrução Normativa n°2 é um ataque à autonomia universitária e às conquistas do movimento sindical. A orientação da Fasubra foi para que as entidades de base pressionassem as reitorias contra esta Instrução Normativa, primando assim pela autonomia universitária.

Em relação ao reposicionamento de aposentados, Jenevain explicou que com a tentativa de desvinculação dos aposentados da folha de pagamento dos trabalhadores em atividade, os direitos adquiridos estão sendo atacados. Esta medida também afeta também os pensionistas.

O Sintufejuf/JF não confirmou o percentual de trabalhadores que aderiram à paralisação. Os serviços no Hospital Universitário (HU), no Restaurante Universitário (RU) e de segurança nos campus não foram comprometidos. Já as atividades na Central de Atendimento, pró-reitorias e de transporte foram paralisadas.

A previsão é de que todas as atividades sejam normalizadas nesta quinta-feira (4).

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 03/10/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/03-10-2018/servidores-da-ufjf-fecham-reitoria-em-ato-de-protesto.html

Título: Servidores da UFJF fecham Reitoria em ato de protesto

Os servidores técnico-administrativos em educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) amanheceram de braços cruzados na manhã desta quarta-feira (3). Por conta da paralisação, alguns serviços no campus foram comprometidos, como o transporte, os atendimentos na Central de Atendimento e as atividades nas pró-reitorias, já que os trabalhadores fecharam os portões da Reitoria. As duas unidades do Restaurante Universitário (RU) mantiveram atendimento.

A suspensão foi decidida em assembleia realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino de Juiz de Fora (Sintufejuf/JF), para atender ao chamado nacional convocado pela Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra).

Entre as reivindicações, segundo o coordenador de atividades culturais do Sintufejuf, Conrado Braga, está a defesa da autonomia da Universidade, pois o sindicato entende que esta é uma forma de combater os ataques que as instituições públicas vêm sofrendo por parte do governo. Além disso, os servidores chamam atenção para a flexibilização da jornada de trabalho, que pode ser afetada pela Instrução Normativa n°2 que, conforme o Sintufejuf, contém irregularidades. Outra pauta da categoria é o reposicionamento das aposentadorias. De acordo com Conrado, há uma tentativa de desvinculação das aposentadas e aposentados da folha de pagamento dos servidores ativos e, por conta disso, os direitos adquiridos estariam sendo violados.

Reitoria fechada até o fim do dia

O fechamento da Reitoria e suspensão das atividades começou às 6h e seguirá até o final do dia. Nesta quinta-feira (4), os trabalhos retornam à normalidade. O Sintufejuf não informou a porcentagem de servidores que aderiram ao movimento, contudo, informou que os TAEs lotados nas unidades do Hospital Universitário (HU) e na segurança foram mantidos em seus postos, por se tratarem de serviços essenciais.

Em contato com a Diretoria de Imagem Institucional da UFJF, o órgão informou que respeita o movimento e que qualquer tipo de avaliação será feita pelo sindicato da categoria.

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Veículo:

Editoria: Cidade

Data: 03/10/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/02-10-2018/ufjf-mantem-patamar-de-23a-melhor-universidade-do-pais-de-acordo-com-a-folha.html

Título: UFJF mantém patamar de 23ª melhor universidade do país, de acordo com a Folha

A UFJF manteve a posição de 23ª no Ranking Universitário da Folha de S. Paulo, divulgado nessa terça-feira (02). A universidade também continua como a terceira melhor universidade de Minas Gerais, sendo ultrapassada apenas pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e pela Universidade Federal de Viçosa (UFV). Na avaliação geral, a UFJF melhorou no quesito ensino, aumentando cinco posições no ranking, passando da 25ª posição, para a 20ª. Nos itens pesquisa e internacionalização os índices apresentaram tendência de estabilidade, perdendo apenas uma colocação em cada um dos itens. Inovação representou a maior queda da instituição, que saiu da 30ª colocação e agora ocupa a 59ª.

Ainda de acordo com o ranking, 17 dos 33 cursos da UFJF avaliados subiram no levantamento. Entre os cursos que receberam as melhores avaliações destacam-se Pedagogia, que foi da 15ª posição em 2017 para 12º nesse ano, Matemática, que subiu de 21º para 17º, Engenharia Eletrica, que teve um crescimento expressivo de 49º para 19º, assim como Odontologia que subiu de 34º para 24º e Filosofia, que ocupava a 60ª posição e agora figura entre os 30 melhores, na 27ª colocação, crescendo 33 posições no ranking. Outros cursos que também aumentaram suas posições são Direito, Biologia, Letras, Enfermagem, Economia, Turismo, Fisioterapia, Física, Engenharias de Produção, Civil e Ambiental e Nutrição.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 03/10/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/03-10-2018/cinco-empresas-participam-de-concorrencia-para-obras-em-areas-de-risco.html

Título: Cinco empresas participam de concorrência para obras em áreas de risco

Cinco empresas se apresentaram à Prefeitura e levaram envelopes de habilitação e proposta para participação no certame que prevê obras de contenção de encostas nos bairros Santa Luzia, Linhares e Grajaú. Conforme a Comissão Permanente de Licitação (CPL), a concorrência, a partir desta etapa, fica interrompida para análise dos documentos de habilitação. Após a publicação do resultado dessa análise, que ainda não tem data prevista, será aberto prazo de cinco dias úteis para a interposição de recurso.

O edital de licitação para selecionar empresas foi lançado pela Prefeitura, no final de agosto. O custo estimado da obra é de R$ 3.824.707,42. A empresa que será contratada terá prazo de dez dias úteis para dar início aos serviços a contar da data de recebimento da ordem de serviço. O prazo para execução da obra será de 14 meses.

No Grajaú, na Zona Leste, os serviços estão previstos para a Rua Rosa Sffeir, orçados em R$ 1.847.535,27, com a execução de muro à flexão com estaca raiz, solo grampeado verde e drenagem. Ainda no mesmo bairro, entre a ruas Miguel Jacob e Rosa Sffeir, serão feitas obras de solo grampeado verde e drenagem, orçadas em R$ 312.949,76. Na mesma região, no Bairro Linhares, as ruas contempladas são Boto e Diva Garcia, com execução de obras de solo grampeado com concreto projetado e drenagem. O recurso a ser utilizado é da ordem de R$ 374.929,43.

No Santa Luzia, Zona Sul, os trabalhos estão previstos para a Rua Antônio Hespanhol Celeste, com intervenções de cortina atirantada, aterro em solo cimento e drenagem. Já entre as ruas Margarida da Costa e Avenida Santa Luzia, serão executados serviços de muro à flexão com estaca raiz, rip rap e drenagem. As ações estão orçadas em R$ 1.289.293,02. Os recursos são provenientes do Ministério das Cidades e fazem parte do total de R$ 56 milhões do convênio assinado com o Município, que prioriza áreas de risco alto e muito alto.

Nos últimos anos, como aponta a Defesa Civil, os estudos para levantamento das áreas de riscos proporcionaram informações e critérios para realização de intervenções que eliminaram os perigos iminentes identificados, através de obras de contenção e drenagem para redução de riscos, realizadas com recursos obtidos por conta de convênio entre o Município e o Ministério das Cidades, que prioriza pontos de risco alto e muito alto.

Conforme o órgão, são R$ 56 milhões, que já contemplaram 17 áreas; outras cinco estão com obras em andamento, totalizando cerca de R$ 27 milhões da verba total, com aprovação dos projetos pelo Governo federal. Segundo a Defesa Civil, já foram beneficiados os bairros Borboleta, Vila Fortaleza, Parque Guarani, Santa Cruz, Santa Tereza, JK, Três Moinhos, Grajaú, Ladeira, Nossa Senhora de Lourdes, São Geraldo, Granjas Bethânia e Jardim da Lua. O órgão também destaca que estão em andamento obras nos bairros Carlos Chagas, Jardim Natal, Linhares e Nossa Senhora de Lourdes.

130 mil vivendo em áreas de risco

Em matéria publicada em setembro, a Tribuna mostrou que Juiz de Fora tem cerca de 130 mil pessoas vivendo em áreas de risco. Um pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que o município tem 25% da sua população vivendo fora das condições ideais. Em Minas Gerais, Juiz de Fora aparece atrás apenas de Ribeirão das Neves, na Grande Belo Horizonte, onde 179.314 pessoas ou 60,5% da população total estão ameaçadas, e da capital, com 389.218 habitantes em áreas de risco (16,4% da população total). No ranking nacional, em número bruto de habitantes expostos, Juiz de Fora ocupa a nona colocação, enquanto Ribeirão das Neves está na sétima posição e Belo Horizonte na quarta, atrás de Salvador (BA), São Paulo e Rio de Janeiro.

Segundo dados da Defesa Civil, em Juiz de Fora, existem, atualmente, 90 áreas de risco distribuídas por todas as regiões do município. Dentro dessas áreas foram identificados 299 pontos de risco em quatro níveis (R1, R2, R3 e R4). Cada um deles corresponde ao grau de probabilidade de um evento desastroso ocorrer e causar danos: R1 (probabilidade baixa), R2 (probabilidade média), R3 (probabilidade alta), R4 (probabilidade muito alta). Segundo o mapeamento, realizado também em parceria com UFJF e com o Corpo de Bombeiros, mais da metade do total mapeado (54%) referem-se a pontos de risco alto (R3) e muito alto (R4). Na região Leste da cidade, com cerca de 35 bairros, concentram-se mais de 40% dos pontos de risco apontados pelo mapeamento, sendo a maioria de grau R3 (alto). Linhares, Três Moinhos e São Tarcísio são bairros de destaque em relação à existência de tais situações.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Coluna Cesar Romero

Data: 03/10/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/colunas/cesar-romero/03-10-2018/a-134.html

Título: Destaque na medicina

Professor aposentado da UFJF, o conceituado urologista José Licério Neves encerrou o atendimento em seu consultório, no “Stella Central”, depois de 55 anos de intensa dedicação à medicina. Oportunamente e para brindar essa trajetória, ele será homenageado por seus confrades da Academia Rio Branco, durante o tradicional jantar desta quarta-feira.

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