Alunas puderam discutir com o reitor em exercício situações de machismo e abuso dentro da Universidade (Foto: Twin Alvarenga)

Alunas puderam discutir com o reitor em exercício situações de machismo e abuso dentro da Universidade (Foto: Twin Alvarenga)

Provocada pela campanha “A Universidade é pública. Meu corpo não”, a desigualdade entre os gêneros, o machismo e o desrespeito contra a mulher continuam ganhando destaque dentro da instituição. Na manhã da segunda-feira, 7, foi a vez de alunas e alunos debaterem o tema com o reitor em exercício, Marcos Chein, e a diretora de Ações Afirmativas, Carolina Bezerra. Entre os principais assuntos levantados, a permissividade do abuso no ambiente acadêmico, a luta para a percepção da opressão sem uso de violência, a necessidade de um diálogo com professores e coordenadores, a segurança no campus e o racismo institucional.

Para Carolina Bezerra, o acompanhamento dos casos pela Diretoria de Ações Afirmativas é imprescindível para uma mudança na postura dentro da instituição, além de alertar para o impacto causado pelo machismo nas estudantes. “As medidas tomadas não podem ser paliativas, é necessária uma remodelação no tratamento dado aos casos, impedindo uma naturalização do machismo”. Segundo ela, a delegacia da mulher também será acionada nos casos acompanhados internamente.

Dentro da programação da campanha, a violência contra a mulher no ambiente universitário já havia sido debatido por meio de exibição de filmes e ganha, nesta terça-feira, dia 8, mais uma voz com a palestra das professoras Roseli Rodrigues de Mello (Ufscar/ Centro de Educação e Ciências Humanas) e Giselle Cristina dos Anjos Santos (Ceert/ Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades). O evento, aberto ao público em geral, acontece às 19h no Anfiteatro da Reitoria.

Nas redes sociais, a UFJF publicou nesta terça-feira, 8, fotos de alunas segurando cartazes com frases ouvidas e situações machistas vividas na Universidade. 

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Atendimento

A Diretoria de Ações Afirmativas disponibiliza atendimento para todos que passaram por casos de assédio e machismo através do telefone (32) 2102-6919 ou pelo e-mail acoesafirmativas@ufjf.edu.br assim como a Casa da Mulher, realiza trabalhos de acolhimento voltado para mulheres vítimas de violência sexual e doméstica. O contato pode ser feito através dos números (32) 3229-5812 ou (32) 3229-5822. As mulheres também podem fazer denúncias de forma confidencial pela Central de Atendimento à Mulher e pelo telefone 180.