Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 01/09/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/01-09-2018/alunos-da-ufjf-oferecem-amparo-como-prevencao-ao-suicidio.html

Título: Alunos da UFJF oferecem amparo como prevenção ao suicídio

Pequenos bilhetes e papéis autocolantes(conhecidos como post its), com mensagens que estimulam o sentimento de empatia, estão sendo espalhados pelos estudantes pelo Campus da UFJF. As frases chamam atenção para o cuidado com a saúde mental e convidam as pessoas a entrarem também em um perfil no Instagram: @intensize, cujo objetivo é destacar as mensagens e promover o acolhimento entre os discentes, oferecendo informações e caminhos sobre como buscar ajuda, dentro das diretrizes que movem o Setembro Amarelo, mês dedicado à prevenção do suicídio.

“Diante a tantos casos de suicídio, como o de um colega de faculdade, eu pensei em organizar algo que pudesse informar e também distribuir empatia pelo campus. Contamos com dois projetos principais atualmente. O #espalheamor, que consiste em espalhar os post its em locais de grande visibilidade, disponibilizando as frases de apoio e números de contato para ajuda especializada, e o Abração, em que escolhemos locais de grande concentração de alunos, como o Restaurante Universitário (RU), e oferecemos abraços e seções de bate-papo com quem se sentir à vontade e quiser se abrir”, diz a idealizadora do projeto, Anna Carolyne Castro, que é estudante do Bacharelado Interdisciplinar em Ciências Humanas.

Segundo ela, o grupo tem percebido que as pequenas atitudes podem ajudar a salvar vidas, e essa é a motivação de todo o trabalho.

Ela ainda orienta as pessoas – tanto as que queiram fazer parte do grupo, quanto as que precisam de ajuda – a entrarem em contato por meio do perfil no Instagram. Também pela página são divulgados os locais e horários dos eventos e encontros. “Não é uma coisa grandiosa, posso não mudar o mundo inteiro, mas posso salvar uma vida com uma frase. Porque as pessoas sentem que você está ali por elas. Temos muitas pessoas nas faculdades, e nós não conhecemos todo mundo, mas sabemos que são pessoas boas e que poderíamos ter esse contato. Temos conhecido muita gente legal.”

Pelos corredores

As frases expostas no campus são encontradas na internet, outras são indicadas e há ainda as que vão aparecendo por outras vias. Mas o impacto da mensagem é sempre alvo de avaliação, para que o efeito não seja o contrário. As informações incluem o apoio institucional oferecido pela UFJF, com psicólogos especializados, mostrando números de telefone e outros contatos. “Vimos que, principalmente dentro da universidade, existe um alto índice de ansiedade, uma ocorrência grande de casos de depressão. As pessoas se sentem oprimidas, não têm com quem conversar. Por mais que estejam rodeadas de gente, sentem-se sozinhas. Fora as que vêm de fora e estão muito longe de suas famílias. Então, a nossa ideia é levar um conforto, mostrar que ninguém está sozinho, que podem contar com o nosso apoio”, disse a estudante do Bacharelado Interdisciplinar em Ciências Humanas, Mariana Guedes.

“Um dos motivos que me levou a participar é que eu passo por isso. Faço tratamento com psicólogos e já passei pela experiência de querer acabar com a minha própria vida. Eu vi nesse projeto uma forma de levar às pessoas que estão passando pelo mesmo que eu a mensagem de que é possível lutar, continuar, abraçar e me sentir abraçado. Essa troca acaba ajudando muito a gente também. Há uma solução para tudo, e eles podem contar com o nosso apoio, nem que seja para desabafar”, relata a estudante do Bacharelado Interdisciplinar em Ciências Humanas, Sara Crisóstomo. Estudantes de Psicologia também apoiam as ações, informando e dando base para os encontros do grupo.

Iniciativa válida

De acordo com o psiquiatra Bruno Cruz, vice- presidente da Associação Psiquiátrica de Juiz de Fora e colunista do Papo Cabeça da Rádio CBN Juiz de Fora, a iniciativa é muito válida, porque traz o tema à tona e dá a uma pessoa que tem uma necessidade a oportunidade de buscar um serviço de referência. “O suicídio é algo que se pode evitar, e a forma de fazer isso é tratando o transtorno mental. Eles só serão tratados se a pessoa buscar o atendimento. Se ela fica oculta em casa, com uma família omissa, e tiver uma patologia, entra em estado de desespero, desamparo e desesperança. São os três ‘Ds’ do suicídio, que passam pelos transtornos de humor, principalmente a depressão.” Ainda conforme o psiquiatra, essa ação vinda de pessoas que passam pelas mesmas dificuldades e angústias é uma forma interessante de abordagem. “Significa amparo, laço social, rede de contatos. Qualquer ação que gere esse acolhimento é sempre bem-vinda.”

O professor da Faculdade de Medicina da UFJF, Alexandre Rezende, reforça que a iniciativa faz o importante trabalho de divulgar os canais de atendimento. “É importante que as pessoas se sintam acolhidas e saibam quem elas podem procurar. São medidas simples, mas que tornam mais públicas as informações sobre os centros responsáveis por diagnóstico e tratamento em saúde mental.”

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Esportes

Data: 01/09/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/esportes/01-09-2018/de-olho-na-preparacao-fisica-jf-volei-encara-o-botafogo.html

Título: De olho na preparação física, JF Vôlei encara o Botafogo

Neste domingo (2), o JF vôlei volta à quadra para mais uma partida no Campeonato Carioca, enfrentando o Botafogo, às 17h, no Ginásio do Botafogo, no Rio de Janeiro. É a segunda partida do novo elenco, formado no segundo semestre deste ano. Nesse momento, o desafio da direção do time é deixar os jogadores com bom preparo físico, visando a Superliga B, com início previsto para janeiro do ano que vem. Para isso, a equipe aposta no juiz-forano Vinícius Figueiroa, 29 anos, formado na Faculdade de Educação Física e Desportos da UFJF, casa do JF Vôlei.

Antes de se encantar pelo voleibol, Vinícius mirava outras modalidades, até que a proximidade da universidade com o time local levou o então estudante a ceder à modalidade e ver ali uma oportunidade na carreira que tanto almejava como preparador físico. Na faculdade, Figueiroa teve grande influência do atual diretor do JF Vôlei, Maurício Bara, e chegou a estagiar ao lado dos preparadores físicos do time na época: Danilo Coimbra, Bernardo Miloski e Julio Lanzelotti. “Foi um período de muito aprendizado, onde percebi a importância da preparação física e do planejamento para uma equipe durante a temporada”, avalia Figueiroa.

Em 2013, Figueiroa embarcou para a Itália, onde passou um ano em intercâmbio, se especializando em carga de treinamento na Universidade de Roma Tor Vergata. Graduou-se em 2015 e, desde o ano passado, compõe a comissão técnica do JF Vôlei. Para ele, é motivador trabalhar com o time e ter a oportunidade de colocá-lo entre os melhores do vôlei nacional. “Ainda mais que o time começou na universidade onde eu estudei, tem uma carga emocional muito grande”, acrescenta.

Ainda no início da carreira, o preparador físico tem uma meta. “Chegar na Seleção Brasileira”, conta. “Ainda tem muito que caminhar, tenho que aprender bastante.”

Com a Superliga na mira

Para os integrantes do JF Vôlei, a meta é bastante clara. O time pretende chegar ao seu ponto auge na Superliga B e se classificar novamente para série A, voltando a integrar a lista dos melhores do país. Nessa caminhada, a preparação física é primordial e vem sendo o maior foco no planejamento do time junto ao diretor Maurício Bara e ao técnico Marcão.

Desde a primeira semana de agosto, Figueiroa vem trabalhando no nivelamento físico dos atletas. Considerando o elenco reduzido, evitar lesões é fundamental. Segundo ele, os locais mais sentidos pelos atletas são ombros, joelhos e tornozelos, por serem membros mais exigidos, e sua intenção é prevenir essas articulações.

Só no mês de setembro, o JF Vôlei já tem agendadas sete partidas oficiais nos campeonatos Carioca e Mineiro. Para Figueiroa, considerando o grande número de jogos, o controle da carga de treinamento é o ponto-chave para garantir o melhor desempenho dos atletas nas competições. “Às vezes a gente pode diminuir um treino de salto e, depois de uma recuperação adequada, colocar o salto (de volta). Se conseguirmos equalizar essa dinâmica de deixar eles sempre cem por cento, a performance vai ser melhor.”

Técnico do JF Vôlei avalia o Botafogo

O Botafogo, adversário deste domingo do JF Vôlei, já acumula 23 títulos no Campeonato Carioca, sendo o último em 2015. Na última quinta-feira (30), o time anunciou a reformulação do seu elenco, agora sob a direção do técnico Walner Santos.

Segundo avaliação do comandante do JF Vôlei, Marcão, o Botafogo é composto atualmente por jogadores já antigos no clube, uma mistura de mais velhos e mais jovens, que carregam a experiência da reserva e agora atuam como titulares da base. “É o mesmo esquema do Tijuca. É um time que já vem jogando desde o começo do ano, com um ritmo de jogo bacana. Mas a gente treinou a semana inteira e já temos uma noção de como fazer um bom jogo.” Para não repetir os erros da primeira partida do campeonato, contra o Tijuca Tênis Clube, em que o time local perdeu de 3 sets a 1, o técnico do juiz-forano avalia: “Precisará agredir um pouco mais no saque e errar menos a virada de bola.”

Dentre os jogadores adversários, quem deve exigir maior atenção, de acordo com Marcão, é o levantador e ex-jogador do JF Vôlei Vitor Santos Gelli Dias — na época conhecido como Xuxa — que atuou pelo time durante a temporada 2012/2013 da Superliga B.

No site oficial do Botafogo, o técnico do alvinegro, Walner Santos, disse que o jogo contra o JF Vôlei será uma “prova de fogo” e promete fazer de tudo para alcançar os resultados no campeonato. “Em termos táticos e técnicos, acredito que a relação entre o bloqueio e a defesa será o ponto de destaque nas primeiras aparições. Temos tudo para fazer uma ótima temporada e começar bem é importante”, declara.

O último treino do JF Vôlei será no sábado de manhã. O time embarca para o Rio no dia seguinte, às 8h.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Esportes

Data: 02/09/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/esportes/02-09-2018/ginasio-municipal-segue-com-obras-em-andamento.html

Título: Ginásio Municipal segue com obras em andamento

A proximidade cada vez maior da inauguração da Arena Faefid, localizada no Complexo Esportivo da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), traz a lembrança do andamento da construção de outro palco esportivo na cidade. As obras do Ginásio Poliesportivo Jornalista Antônio Marcos, o Ginásio Municipal, foram retomadas no último dia 3 de agosto, após paralisação de dez meses em virtude da desistência da empresa vencedora da licitação, Metalúrgica Valença Indústria e Comércio Ltda., do Grupo MBP, e troca de comando para o segundo colocado da concorrência, o Consórcio Conata Infracon.

De acordo com a assessoria da Secretaria de Obras, após a retomada dos trabalhos, foram feitas, “inicialmente, a limpeza do terreno e montagem das estruturas típicas de canteiros de obras, tais como escritório, almoxarifado, vestiários e refeitório, entre outros. Atualmente estão finalizando a concretagem de uma escada externa e montando os andaimes e formas para retomada da concretagem da arquibancada estruturada, hoje parcialmente construída.”

Ainda segundo a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), toda a alvenaria e cerca de 80% das arquibancadas e demais estruturas em concreto armado estão construídas. Com a retomada da concretagem faltante, a estrutura metálica e a cobertura poderão ser instaladas. Numa próxima etapa, terá início a implantação das instalações hidrossanitárias. A Tribuna visitou o local na penúltima semana e presenciou os trabalhos realizados por 30 funcionários, número que deve ser elevado em breve para 40 profissionais. O Ginásio Municipal começou a ser construído em 2006. Desde então, acumulou mais de uma década de paralisações. O projeto contempla uma área de 6.920 metros quadrados com a projeção de receber até 5.500 espectadores em arquibancadas de quadra poliesportiva. Serão instalados ainda vestiários com acessibilidade, espaço multiuso para cursos de formação e aperfeiçoamento, sala de musculação e de descanso para os atletas, além de praça de alimentação.

Como previsto em contrato divulgado no Atos do Governo em maio deste ano, a empresa responsável pelo término da construção deve finalizar o Ginásio Municipal em 18 meses a partir do reinício das obras, ou seja, até agosto de 2021.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Coluna Cesar Romero

Data: 02/09/2018

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Título: Fala Quem Sabe : Missão cumprida

Fala Quem Sabe

Missão cumprida

Indicado, em agosto de 2014, diretor da Comarca, uma das maiores do estado, Juiz de Fora passava por grave crise em sua imagem e confiabilidade, por fatos que ganharam destaque nacional. Incumbido de restabelecer a verdadeira imagem dos nossos juízes e servidores, aceitei sabendo do grande desafio. Passei a me dedicar, sem descanso, a esse objetivo, que alcancei com o esforço de todos os juízes, servidores e colaboradores.

Hoje a Vara de Execuções Criminais é exemplo de eficiência. Alcançamos muitas conquistas, como o aumento de segurança, implantação de detectores de metais, câmeras, economia de energia e das despesas com correspondências, telefone e combustível, implantação do PJe, inauguração do Centro Judiciário de Solução de Conflitos, instalação da TV Corporativa, reformas do Fórum e anexos, eleição deste magistrado como o mais votado de Minas para o Comitê de Gestão do Tribunal, dentre muitas outras, como a audiência para instalação da APAC, gravação das audiências criminais, convênio para a Execução Fiscal inteligente e a preservação da Memória do Judiciário, inaugurando a Galeria de Fotografias dos ex-Juízes e de seus Desembargadores.

A maior conquista, contudo, foi viabilizar a construção do novo Fórum, com apoio do Executivo, Legislativo e da UFJF. Juiz de Fora vai contar em breve com uma sede à altura de sua necessidade e importância, com geração de empregos e o compromisso de destinação do prédio do Fórum atual ao município. Um prédio moderno, capaz de atender as demandas das próximas décadas, abrigar mais Varas e melhor atender a sua população, com preocupação ecológica, funcional e sem ostentação. Foi difícil realizar e aprovar projetos, conseguir verba, abrir licitação e declarar a empresa vencedora. O antigo sonho em breve se tornará realidade com o início das obras. Ao término de quatro anos de gestão, sinto que cumpri meu dever e que alcancei o objetivo que me foi incumbido no início, certo que contribuí para a melhoria do Judiciário e dos anseios da nossa querida Juiz de Fora

Aproveito para humildemente agradecer a todos, inclusive aos que torceram e trabalharam contra, pois me fizeram refletir e me deram força para prosseguir.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cultura

Data: 02/09/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cultura/02-09-2018/a-malevola-da-juiz-forana-barbara-moreno.html

Título: A Malévola da juiz-forana Bárbara Moreno

A semelhança com a personagem Malévola, a rancorosa fada da verdadeira história da Bela Adormecida, interpretada por Angelina Jolie no filme homônimo, impressiona. Barbara Moreno, 36 anos, levou, em agosto, sua versão da personagem para a Comic Con do Equador, realizada na cidade de Guaiaquil. Ela disse que lá as crianças e pais adoram a personagem, e que foi tão bem aceita quanto no Brasil. Ela já esteve três vezes nas edições da feira no país, tradicionalmente realizada em São Paulo, e garante que o assédio é grande. “Muita gente fica louca quando vê a Malévola, eles gostam muito da personagem. Eu não consigo andar muito pela feira porque as pessoas me param a todo momento”. Além de Malévola, ela se caracteriza de Mulher Gato, com a clássica fantasia usada por Michelle Pfiffer em “Batman returns” (1992), e Mulher Maravilha.

A Comic Con ocorre em diversos países e reúne elementos da cultura pop, entre eles os cosplayers, que são pessoas que se caracterizam não só fisicamente, mas também no comportamento, como seus personagens favoritos. O Equador foi a primeira experiência internacional de Barbara, que, no Brasil, além de São Paulo, já passou por Rio de Janeiro (RJ), Barra Mansa (RJ), Ribeirão Preto (SP) – onde, anualmente, participa de uma ação social no Hospital de Câncer -, Campinas (SP) e Juiz de Fora, em uma ação realizada na UFJF, e em shoppings da cidade. O próximo destino da cosplayer é Campo Largo (PR).

Descoberta por acaso

“Surgiu por acaso. Eu tenho dois filhos, e todo ano fazia festa temática no aniversário deles. No ano em que me vesti de Malévola, resolvemos fazer de contos de fadas, e minha filha resolveu ir de princesa Aurora. Publiquei na internet, e as pessoas gostaram muito’, conta Barbara, explicando como a semelhança foi descoberta. Com o incentivo dado pelas redes sociais, Barbara pensou com mais seriedade na possibilidade de entrar no mundo cosplay, mas, segundo ela, Juiz de Fora é uma cidade que ainda tem pouca receptividade para este universo. “Comecei a me comunicar com as pessoas de São Paulo, lá tem um campo maior para isso no Brasil. Resolvi ir à Comic Con, onde fiz a Malévola profissionalmente pela primeira vez.”

A partir de então, ela apostou na brincadeira para ser sua nova jornada profissional, abrindo mão de exercer sua formação em administração e deixando para trás antigos ofícios, como o de maquiadora e doceira. Com a ajuda da mãe, confeccionou os figurinos e acessórios após um intenso trabalho de pesquisa. Os mínimos detalhes são fundamentais e frutos de sua personalidade perfeccionista, assume.

A Mulher Gato também nasceu “no susto”. “Eu tenho um agenciador em São Paulo com um cliente que queria me ver de Mulher Gato. Não tinha a roupa ainda, mas já era uma personagem que eu tinha vontade de fazer. E deu super certo, todo mundo aprovou, e resolvi continuar com a Mulher Gato.” Barbara também levou a personagem para a Comic Con do Equador.

Vida real

Barbara diz que o mais interessante em ter esta profissão é poder encontrar conexões com os personagens. “Não é só vestir uma fantasia. É legal quando você se identifica com uma personagem, com a personalidade dela. Eu sou irônica como a Malévola, aquele quê de maldadezinha, de lançar um olhar irônico, jogar umas piadinhas sarcásticas, a dureza dela com crianças, eu tinha um pouco disso antes de ter meus filhos, na verdade até hoje. E a Mulher Gato, pelo fato de ser ligada aos gatos, o jeito felino dela… E eu sou louca com gatos, tenho sete lá em casa. A personalidade dela é incrível também. Ela é levada, e eu sou bem assim.”

Barbara não se acha parecida com a atriz Angelina Jolie. “As pessoas dizem que sou, mas não sou sósia dela, já rejeitei trabalhos de sósia, fico sem graça. Foi até por isso que eu quis fazer outros personagens, para sair um pouco desse foco.”

Para se aproximar ainda mais da Malévola, ela fez preenchimento de lábios, já que os lábios grandes são marca registrada de Angelina, que dá vida à Malévola. Além disso, apesar de ter olhos claros, ela utiliza lentes que os deixam ainda mais evidentes. A maquiagem para ressaltar os contornos do rosto também faz parte do pacote da caracterização.

Retorno pessoal

Mãe de um menino de 9 anos e de uma menina de 7, ela diz que faz sucesso na escola dos pequenos. “Quando chego para buscar, as crianças gritam ‘Olha a Malévola!’. Meus filhos adoram e se divertem muito com isso também.” Além da aprovação dos filhos, ela ganhou muitos amigos. “Pessoas que entendem esse mundo, que não te julgam, que sabem que você faz porque gosta, e dá um retorno financeiro bacana também.”

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Outras ideias

Data: 02/09/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/especiais/outras-ideias/02-09-2018/afonso-juvenal-variz-o-proprietario-do-restaurante-fat-siu-lao.html

Título: Afonso Juvenal Variz, o proprietário do restaurante Fat Siu Lao

Carregava consigo, sob a blusa, escondidos, dois pequenos lenços. Num estava contida a imagem de Buda. No outro, uma representação também religiosa, próxima das imagens da Virgem Maria e do menino Jesus do catolicismo. Ao atravessar a fronteira do caos rumo à esperança, Wong levava o tecido que hoje, emoldurado, recebe os clientes da pequena Macau que edificaram, ela e o marido Afonso, no Bairro Aeroporto com o nome de Fat Siu Lau, cujo significado é Buda da Felicidade. Por todo canto, do artesanato da filha Angelina, feito com as conchas coletadas pelo pai durante suas pescarias, aos nomes de parentes que estampam o cardápio do restaurante, muitas são as referências a representar as tantas e vibrantes cores da família Variz.

Cambojana, a matriarca, budista, fugia da guerra civil que se instaurou em seu país na década de 1960, inflamada pelo Khmer Vermelho, Partido Comunista da Kampuchea, que chegou ao governo em 1975 e permaneceu até 1979, quando conheceu Afonso, natural de Macau, na Tailândia. Tinham 26 anos quando se casaram e compartilharam o desejo de partir da Ásia. Seguiram para a França, onde viveram por um ano. Ele não gostou. Portugal, país do qual Macau era colônia e de onde Afonso comprava produtos para vender em sua região, já não parecia mais um bom destino. Filho de pai português (de Trás-os-Montes) e mãe chinesa, Afonso tinha uma tia morando em Juiz de Fora.

“Não sabia onde ficava”, ri o homem de 70 anos, mais da metade deles, 36, vividos no Brasil.

“Só sabia que existia Copacabana, carnaval, Pelé, Cristo Rei e Roberto Carlos, além do Sérgio Mendes. Cheguei ao Galeão, num voo da AirFrance, em 7 de julho de 1971, às 5h40 da manhã. Vim só para visitar. A parte da Rio Branco se parece com Macau. O prédio da (antiga) Prefeitura se parece com os Correios, Telefones e Telégrafos de Macau. O estilo, o tempo, o sistema, as árvores se parecem com os de Macau. Quando conheci o pessoal daqui, percebi que eles são muito aconchegantes. Comecei a gostar. Quando fui buscar comida, gostei demais. Adorei a feijoada. A de Macau é com feijão vermelho, o sistema é quase igual, mas lá colocamos chouriço de sangue, e não põem laranja. Uma coisa que me espantou no princípio foi o churrasco, porque lá o churrasco é feito com frango, e o daqui é com carne de boi. Fui numa churrascaria na BR-040 e não parava de vir comida. Fora isso, a comida brasileira, principalmente a mineira, é muito parecida com a de Macau, muito cozida, com muito molho”, comenta ele, que fixou-se com os dois filhos e a esposa em Simão Pereira, onde criava galeto numa granja e comercializava no Rio de Janeiro. Mas em 1985 precisou retornar a Juiz de Fora. No Bairro Olga Burnier, onde ainda hoje reside a família, inaugurou o Fat Siu Lau, restaurante que reúne a cozinha portuguesa, chinesa e cambojana.

As mesmas casas

Numa das paredes do restaurante, Afonso aponta para fotografias de sua Macau. Na Avenida Almeida Ribeiro, transformada em Calçadão comercial, passavam carros. O Fat Siu Lau de Macau, primeiro restaurante da colônia, fica no fim da Rua das Felicidades, trajeto de prostituição, no qual as mulheres se exibiam no primeiro andar e, no segundo, ficavam os quartos, além de servir para o fumo do ópio. Com os pais – ele funcionário público e professor, ela, dona de casa – e quatro irmãos, Afonso cresceu num lugar pacato.

“Era como São João Del Rei com a parte histórica, como Paraty, no Rio de Janeiro. Tínhamos tudo na nossa vida. Conheci mais da metade do mundo”, conta ele, católico apostólico romano, que concluiu os estudos e, comerciante, comprava vinhos, azeites, e outros produtos portugueses para vender em Macau, onde nasceu seu filho mais velho, Abílio. Angelina é brasileira. Ele é professor no curso de engenharia elétrica da UFJF. Ela, graduada e pós-graduada em administração, dá continuidade ao trabalho dos pais no comando do restaurante. Aposentado, e com a esposa com a saúde fragilizada, Afonso continua a tomar conta do salão, enquanto Angelina se responsabiliza pela cozinha. “Desde pequeno, gostava de cozinhar, via a minha mãe e gostava. Aos 7 anos, aprendi a pescar. Na minha família, todo mundo pesca, mas eu tenho o espírito. Não sei porque não nasci pescador. Quando tenho tempo, vou para o Espírito Santo pescar”, conta o patriarca.

Os mesmos paladares

Amarelas, as paredes do restaurante foram pintadas por Afonso e pela filha. O contrastante vermelho compõe as referências com a China também presente em frases que exaltam a felicidade e o bem-estar. Em Simão Pereira, abriram o primeiro negócio com o nome Sekai, cujo significado é mundo. O bar foi a raiz do Fat Siu Lau. “Quando comecei o restaurante aqui, era para ser uma coisa pequena. Fui o primeiro a fazer peixe meio cru. Minha esposa queria fazer cambojano, mas naquela época quase não tinha restaurantes japoneses. Quase quebrei. Alguns temperos, como o cambojano, aqui não dá. No princípio, colocávamos, e as pessoas até tremiam, porque tinha muita pimenta, era muito azedo. À milanesa aqui, fazemos como em Macau, com o tempero dela (da esposa). Ela é do Sul de Camboja, de um porto que era colônia francesa. O peixe inteiro vem da minha mãe, mas mudei um bocadinho. Sempre mudei, até que, agora, está bom. Não somos chefs, nossa comida é caseira. Aqui fazemos o que comemos em casa. Os nomes do cardápio são todos da família”, diz ele, que relacionou os pratos preferidos dos parentes, dando-lhes seus nomes no cardápio.

Recordações de um passado que Afonso não conjuga com melancolia. Sente-se mais brasileiro. E parte, sobretudo. “Cheguei a Juiz de Fora e o (bairro) Cascatinha estava loteando. Era só terra. Haviam só dois prédios altos, aquele na esquina da Rio Branco com a Halfeld (Edifício Clube Juiz de Fora) e o do Ritz Hotel. Hoje a cidade é outra. Ainda é um lugar bom, para a educação, para a saúde, a comida não é muito cara, viver está razoável. No meu tempo não tinha nada (de crimes), deixava a porta da casa aberta, e ninguém fazia nada. Mas é inevitável. Só o trânsito que está muito apertado”, sorri.

As mesmas naus

Desde aquela manhã de 1981, Afonso não mais fez o trajeto de volta. Os filhos retornaram. “É muito caro. E aqui, para ganhar dinheiro, é muito difícil. Lá, para ir à Tailândia é muito barato”, ri. As semelhanças com sua Macau amainaram as saudades, diz. “Macau fala um português mais aberto, como o Brasil. Quando estava na França, tinha muitos portugueses onde jogava futebol, no pátio da Basílica de Saint-Denis, no domingo, e eles me chamavam de brasileiro, por conta do português mais aberto”, pontua. “Macau é pequena, nunca foi colonizada, nunca conseguiu falar só o português. Os chineses falam chinês, têm suas escolas. Se quiser estudar português, tudo bem, mas a porcentagem (de falantes) é muito pequena. Macau não foi bem uma colônia. Não foi conquistada, foi dada pelos chineses. O imperador ofereceu Macau para Portugal depois da primeira nau de Vasco da Gama”, conta, lembrando-se das ilhas Taipa e Coloane.

“Em uma delas, tem uma caverna que parece um túnel e tem praia e tudo lá dentro. Os piratas entravam e ficavam por lá, esperando para assaltar os barcos chineses”, acrescenta ele, que, do português, do inglês e do chinês – línguas nas quais é fluente -, escolheu a última para ser falada em casa. “Quando a conheci (a esposa), ela não falava minha língua. Nem eu a dela. Começamos a falar em inglês, então. E começamos a nos entender”, lembra ele, que ensina a netinha, filha de Abílio, a também falar chinês. Uma raiz nunca extermina a outra.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cultura

Data: 02/09/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cultura/02-09-2018/retrato-do-juiz-forano-arlindo-daibert-25-anos-depois-do-adeus.html

Título: Retrato do juiz-forano Arlindo Daibert 25 anos depois do adeus

O desejo de visitar a capital belga passou. Paris ganhava ares de trivialidade e exigia outra contemplação. “Parece muito mais agradável ficar por aqui, sem pressa, andando pelas ruas, vendo as livrarias. É como se, de certa maneira, retornasse meu antigo passado. Talvez hoje esteja um pouco mais maduro ou independente, mas, na verdade, mudei muito pouco”, escreve Arlindo Daibert em seu diário. O trecho no qual o juiz-forano narra sua última ida a Paris, um ano, cinco meses e 15 dias antes de realizar sua viagem final, integra o livro “Diário: excertos”, organizado por Júlio Castañon Guimarães e Ronald Polito para o Selo Mamm. A obra, prevista para chegar às prateleiras na segunda quinzena do próximo mês, ajuda a compreender o intelectual que sobrevive vigoroso na memória dos irmãos.

“A gente aqui não tem o contato de todo dia, cada um mora na sua casa. Não que não sintamos falta, mas deixa mais fácil a ausência”, pontua Eveline Daibert, quatro anos mais nova do que os 66 que Arlindo completaria no último dia 12. “Ele sempre foi muito mais artista que irmão, num bom sentido, porque morou muito tempo fora, sempre muito distante”, acrescenta Anderson Daibert, de 59 anos. “Ele gostava muito de mim, e eu, muito dele. E foi como se ele desaparecesse. Ele passou mal e morreu”, recorda-se a irmã. “Ele dizia que seria lembrado mais por sua obra. Se antes ele estava ausente por conta da arte, hoje ele está presente por conta dessa mesma arte”, conclui o irmão, sobre o artista que morreu aos 41 anos, vítima de um aneurisma, há exatos 25 anos.

Homenageado e ainda lembrado

Arlindo está na sala da irmã. Numa agigantada tela em que reproduz os personagens do famoso quadro “O casal Arnolfini”, do belga Jan van Eyck, e também nas centenas de slides com registros de telas e desenhos. Também está na cadeira, cujo assento pintou, e no banco, onde fez o mesmo. Está em duas gravuras, nas quais representa homens carregando um outro desfalecido ser verde ou um casal vermelho numa cena de igual cor. Ainda, está no pequeno quadro do anjo da guarda que fez para a sobrinha Ana Luiza, nascida seis meses antes de sua morte e no desenho em grafite feito aos 11 anos. “Tenho para mim que ele não ficaria feliz se mostrássemos isso”, ri Eveline, explicando o perfeccionismo que o artista perseguia, gesto oposto ao que o Poder Público tem com sua memória.

Tal como foi criada, permanece a Praça Arlindo Daibert, no Salvaterra, próximo à BR-040, sem qualquer referência ao artista que a nomeia, mas com um dos onipresentes marcos do Rotary Club. A galeria que leva seu nome também, no segundo andar do Centro Cultural Bernardo Mascarenhas, segue fechada, por indicação do Corpo de Bombeiros por conta da ausência de AVCB do local, há cerca de três anos, sem previsão de reabertura. Dono de uma produção robusta e respeitado pela crítica, presente nas mais importantes coleções de arte do país, como a de Gilberto Chateaubriand, que detém suas três famosas séries baseadas na literatura universal — “Macunaíma”, “Grande Sertão: Veredas” e “Alice no País das Maravilhas” —, Arlindo carece, ainda da catalogação de sua obra.

“O volume maior e melhor é o que está no Museu de Arte Moderna do Rio (que possui o comodato da coleção de Chateaubriand). Eles têm os esboços de ‘Grande Sertão: Veredas’. O resto, desenhos antigos, uma porção de amigos tem”, aponta Eveline, mostrando a listagem recebida recentemente do Museu de Arte Moderna de São Paulo com os cinco trabalhos de Arlindo que integram sua coleção. “Fora os que estão em museus da América e da Europa”, completa Anderson, um dos quatro irmãos que atualmente respondem pelos direitos autorais de Arlindo. “A preocupação nossa era perpetuar o trabalho, e não deixamos nada escondido. Ensaiamos ter algo que dê visibilidade, como um site, por exemplo, reunindo trabalhos e mostrando releituras, mas não conseguimos”, acrescenta o irmão.

Circulação como dita o contemporâneo

Considerar possível, numa grande exposição, mostrar o que é mais significativo de um artista, segundo o diretor do Museu de Arte Murilo Mendes, Ricardo Cristofaro, é uma perspectiva utópica para qualquer um, principalmente para aqueles com grande produção. “Os livros, nesse sentido, cumprem melhor o papel da indexação da obra. É possível ter uma boa publicação que dê conta de um acesso de obras nas mãos de colecionadores. Para uma grande retrospectiva, não há a certeza de conseguir expor todos os trabalhos, mas registrá-los é possível. Uma mostra pode ficar muito cara, por conta de seguro e transporte. Isso inviabiliza exposições no Brasil todo. E uma publicação tem um aspecto de propagação da obra mais abrangente. Hoje, o que é mais premente é um registro de alto nível e amplo. É disso que sentimos falta”, pontua.

“Porque a universidade não faz um projeto de pesquisa sobre isso? Juntando as faculdades de artes e de jornalismo? Nós (a família) não sabemos fazer, não somos profissionais da área”, sugere Eveline Daibert, irmã do artista que, de 1983 a 1993, foi professor da UFJF. Para Cristofaro, professor do Instituto de Artes e Design de UFJF e ex-aluno de Arlindo, esse é o ideal. “O que falta hoje para a obra do Arlindo é uma indexação da obra. Ele mereceria. Seria um trabalho de pesquisa longo, mas várias pessoas pensam nisso, externam essa vontade. Temos que aproveitar esse grupo que ainda conviveu muito com o Arlindo e responsabilizá-los para levar adiante esse projeto. Tenho como desejo, como diretor do Mamm, apoiar isso. Certamente tem que haver o registro disso como pesquisa, juntando alunos, pesquisadores, aliando, talvez, ao programa de pós-graduação do IAD. É um trabalho muito rico, que merece ser feito em Juiz de Fora e não fora daqui”, comenta.

De acordo com Cristofaro, Arlindo Daibert “é um artista de muita importância, no panorama da arte contemporânea brasileira, no panorama de uma renovação das artes plásticas em Juiz de Fora, como pesquisador e na singularidade que a obra dele tem”, o que justifica sua perenidade, expressa em uma circulação coerente com a contemporaneidade. “Ele circula gradativamente e bem. Poucos artistas têm tanta produção literária sobre sua própria obra como o Arlindo. Isso é um fato raro. Não há esquecimento, e essa percepção é falsa. Eu que trabalho com meus alunos, sempre que tenho a oportunidade, falo dele. É um artista muito conhecido e bem referenciado.

Dizer que ele está sendo esquecido me parece uma fala fácil. O meio de circulação da informação das artes visuais era, durante muitos anos, a exposição, que era uma atividade-fim da arte. A arte contemporânea tem demonstrado que novos circuitos de informação e contato começaram a surgir e foram ancoradas no território da arte. Quem tem uma perspectiva contemporânea sobre como a arte circula percebe e sabe que o Arlindo não está esquecido”, analisa Cristofaro, citando a presença do artista em pesquisas acadêmicas e livros.

Basta uma rápida busca de seu nome e do título de seus trabalhos para perceber que, ao menos na internet, Arlindo Daibert mantém-se presente. Considerada uma das mais relevantes obras da literatura brasileira, “Grande sertão: Veredas”, de Guimarães Rosa, quando pesquisada nas principais ferramentas de busca da internet, também levam ao trabalho de Arlindo. “A circulação da informação sobre arte, de pesquisas hoje tornam muito fecundas ações que há 20 anos não existiam no mundo da arte. Acho extremamente singular que o Arlindo, que nem teve um tempo de carreira tão longo como artista — ele praticamente produziu por 20 anos, o que numa alça de artistas podemos considerar como período muito curto —, tenha material para alimentar tantas pesquisas que continuem a acontecer. Temos estudantes, escritores, artistas e pesquisadores interessados em lidar com a obra dele, citá-lo”, discute o diretor do Mamm.

Para compreender o criador

As centenas de cromos com reproduções das obras de Arlindo Daibert, feitas ao longo de sua carreira por fotógrafos que convidava de tempos em tempos para incursões em seu ateliê denunciam-lhe um senso de organização. Ou seria preocupação com a posteridade? Para o poeta e pesquisador Júlio Castañon Guimarães, trata-se, sobretudo, de uma preocupação com o trabalho. “É comum, sobretudo entre artistas plásticos. É quase um controle, um registro dos trabalhos, que são expostos e, eventualmente, vendidos. Há artistas que guardam rascunhos, projetos. Como os aristas fazem e vendem seus trabalhos, na grande maioria dos casos, isso se dispersa, vai para coleções particulares, para museus. Isso cria uma dificuldade, mas se impõe para todos os artistas”, comenta ele, apontando para Leonilson, contemporâneo de Arlindo e também morto em 1993, que, mesmo tendo um projeto com seu nome, que trabalha com a divulgação de sua obra e em defesa de sua memória, só ganhou no ano passado um catálogo raisonné (com toda a sua produção).

Nas recordações de Anderson Daibert, irmão do artista, a morte, de tão repentina, acabou por “impedir” a criação de uma proposta semelhante à da realizada pela família de Leonilson. “Quando ele morreu, tivemos que tirar rápido as coisas do ateliê, uns seis meses depois. Um irmão nosso tinha um apartamento que estava fechado, e levamos tudo para lá. Ficou anos por lá”, narra Anderson, contando que, quando o imóvel foi alugado, uma pequena parcela do material já se deteriorava, e outra parte começava a se dispersar. “Se a gente fosse guardar tudo, precisaríamos de um lugar de no mínimo 60m², como um museu. Mas não tinha jeito. Foi tudo muito veloz”, completa o irmão. Para a compreensão da produção total de Arlindo, a despedida abrupta também se conformou como uma questão. “O Arlindo parou de produzir num momento em que seu trabalho estava mudando. Era visível isso, o que cria uma dificuldade para a leitura do trabalho, já que as obras do início e do final são completamente diferentes. Isso não é negativo, nem positivo, mas um fato. Nesse momento há mudanças no próprio país”, comenta Júlio.

O internauta Arlindo

Do conteúdo do ateliê de Arlindo Daibert, seus diários foram os que mais rapidamente encontraram um destino. Foram para as mãos de Júlio Castañon Guimarães. E na casa do intelectual juiz-forano radicado no Rio de Janeiro permanecem. Ao menos até que o livro seja impresso. “Diário é uma coisa muito pessoal. Eu e Ronald Polito fizemos uma seleção de textos das anotações do Arlindo, que falam sobre o trabalho dele, viagens a museus e exposições, e, no meio dos comentários dessa natureza, tem desenhos, esboços. Transcrevemos o material, preparamos para publicação e incluímos os desenhos que fazem parte desses textos. É importante para quem se interessa pelo trabalho dele, pela época das artes plásticas, já que ele faz menções a outros artistas e mostras. Anotações em diários são materiais delicados, envolvem terceiros, o que exige lidar com vagar e cuidado”, reflete Júlio, chamando atenção para os conteúdos que enfocam ideias para desenhos e análises sobre participações em salões e exposições.

No material, não está a resposta para a dúvida que o próprio tempo escreveu: como estaria Arlindo hoje? “Não sei se ele se renderia ao computador, mas acho que sim”, diz Eveline Daibert, sua irmã. “Lembro-me dele falando que achou uma coisa muito interessante: o editor de texto. Ele estava doido para comprar aqueles computadores de tela verde, antigos. A impressão que tenho é que muita gente ia atrás dos recursos dele, e ele já pulava para outra coisa, ele era diferenciado, estava sempre à frente. Gostava de andar com a modernidade. Tinha muito conteúdo para viver esse tempo. Ele se adaptaria facilmente à atualidade”, reflete o irmão Anderson. Eveline concorda: “Ele teria, sim, um puta computador. Ele era inteligentíssimo e curiosíssimo.”

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Veículo: G1 Zona da Mata

Editoria: Notícias

Data: 03/09/2018

Link: https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2018/09/03/estudantes-denunciam-professor-da-ufjf-por-assedio-moral-e-sexual-dentro-da-universidade.ghtml

Título: Estudantes denunciam professor da UFJF por assédio moral e sexual dentro da universidade

A ouvidoria da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) está apurando denúncias de duas estudantes da Faculdade de Educação (Faced) que acusam um professor por assédio moral e sexual dentro da instituição.

A instituição informou que o professor acusado pediu licença por conta própria e não está dando aulas atualmente. As vítimas declararam aos membros do Diretório Acadêmico que ficaram com medo e pediram afastamento da UFJF.

O MGTV apurou que, no final do mês de agosto, estudantes fizeram um protesto em apoio às alunas. Durante a manifestação, os estudantes colaram cartazes nas paredes da faculdade. As mensagens continuavam fixadas nas paredes da instituição nesta segunda-feira (3).

A UFJF informou que tem acolhido e acompanhado as estudantes que fizeram a denúncia. Em relação ao caso de assédio, a universidade declarou que houve a criação de uma comissão de sindicância e a abertura de um processo administrativo, que foi encaminhado à Procuradoria Federal para as demais providências.

A universidade informou ainda que conta com uma ouvidoria para receber as denúncias e instaurar processos relacionados a casos de assédio. Os contatos podem ser feitos pelo telefone (32) 2102-3380 ou pelo e-mail: ouvidoria@ufjf.edu.br .

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Veículo: TV Integração – Globo

Editoria: MGTV

Data: 03/09/2018

Link: http://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/videos/v/estudantes-denunciam-professor-da-ufjf-por-assedio-moral-e-sexual-dentro-da-universidade/6993497/

Título: Estudantes denunciam professor da UFJF por assédio moral e sexual dentro da universidade

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Podcast

Data: 03/09/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/podcast/sociedade/03-09-2018/ufjf-no-ar-ouvidorias.html

Título: UFJF NO AR- Ouvidorias

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Esportes

Data: 03/09/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/esportes/03-09-2018/apos-derrota-para-o-botafogo-jf-volei-mira-o-sada-cruzeiro.html

Título: Após derrota para o Botafogo, JF Vôlei mira o Sada Cruzeiro

O JF Vôlei foi derrotado pelo Botafogo no Campeonato Carioca no domingo (2), no Ginásio Oscar Zelaya, no Rio de Janeiro (RJ), por 3 sets a 0 (parciais de 25/21, 25/20 e 25/19), pela segunda rodada da competição, mas já volta aos treinos com foco em diferente torneio. Isto porque, a partir da sexta-feira (7), os locais iniciam a disputa do Campeonato Mineiro e, logo no primeiro duelo, terão o Sada Cruzeiro pela frente, às 17h no Ginásio da UFJF.

Para o técnico do time juiz-forano, Marcão, receber uma equipe de tamanha capacidade técnica logo no início da preparação para a Superliga B, que começa apenas em janeiro de 2019, “é muito importante. É uma equipe muito forte, mesmo não vindo com o time completo.” Parte da apresentação local que gerou o revés diante do Glorioso foi lamentada pelo comandante.

“Assim como contra o Tijuca nós traçamos objetivos de melhorar alguns pontos como o side out (virada de bola), mas não fomos muito agressivos. Cometemos muitos erros no saque. Só que mesmo com a recepção não tão boa, conseguimos virar ataques e isso me deixou um pouco contente”, resume o treinador. O JF Vôlei esteve em quadra diante do Alvinegro com o levantador Leo, o oposto Tosim, os pontas Anthony e Thiago, e os centrais Symon e Lucão, com Athos de líbero. Ainda entraram, em inversão do 5 em 1, o levantador Tarik e o oposto Vitão.

Criticado, o saque da equipe local será uma das prioridades nos treinos da semana. “Buscaremos subir mais um degrau. Da mesma forma que fizemos com o Botafogo e com o Tijuca, e acredito que evoluímos como time, teremos pela frente agora um desafio diante da melhor equipe do Brasil e uma das melhores do mundo. A ideia é conseguir evoluir em alguns fundamentos e, para isso, precisaremos sacar bem, se não fica difícil contra o Sada. Desta forma poderemos ter viradas de bola mais eficientes”, explica Marcão.

Esta será a primeira exibição do novo elenco do JF Vôlei para o torcedor na temporada 2018/2019. A venda de ingressos ainda não foi anunciada. A equipe local, aliás, terá dois jogos seguidos em casa. Depois do Sada, o Minas Tênis Clube encara os juiz-foranos também na UFJF, domingo (9), às 11h. A última partida da primeira fase do Carioca, contra o Flamengo, está agendada apenas para o dia 16 de setembro, na Gávea.

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Veículo: Globo Esporte

Editoria: Zona da Mata e Centro- Oeste

Data: 03/09/2018

Link: http://globoesporte.globo.com/mg/zona-da-mata-centro-oeste/videos/t/globo-esporte-zona-da-mata/v/complexo-esportivo-da-ufjf-esta-perto-de-ficar-pronto/6993001/

Título: Complexo esportivo da UFJF está perto de ficar pronto

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Esportes

Data: 03/09/2018

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/esportes/03-09-2018/atletas-do-cria-se-preparam-para-o-trofeu-brasil.html

Título: Atletas do Cria se preparam para o Troféu Brasil

Depois de um fim de semana vitorioso para os jovens do Centro Regional de Iniciação ao Atletismo (Projeto Cria) da UFJF, quatro atletas se preparam para o Troféu Brasil de atletismo. Luiz Mauricio Dias e Rafaela Diesse (lançamento de dardos), e Amanda Oliveira e Camila Santos (5 e 10mil metros rasos) irão competir em 14 de setembro, em Bragança Paulista, interior de São Paulo.

Segundo o treinador Jorge Perrout, o Troféu Brasil é a maior competição do país e reúne os melhores atletas nacionais na modalidade de atletismo. “É muito difícil ser classificado, porque os índices que estabelecem é muito alto. Como nosso projeto é novo, ter quatro jovens com índice já é um sucesso para nós”, comemora.

Nesse fim de semana, os atletas sub-16 e sub-23 do projeto conquistaram 12 medalhas (sete ouros e cinco pratas) no Troféu Centro-Oeste Caixa de Atletismo, realizado em Belo Horizonte. O número de conquistas corresponde a um terço do total de medalhas que ganhou toda a Federação Mineira, a primeira no quadros de medalhas da competição.

Dentre os campeões sub-23 estão: Amanda de Oliveira (10 mil metros); Francisco Perrout (5 mil metros); Luiz Maurício Dias (lançamento do dardo e disco); Raphaela Diesse (lançamento de dardo). Também com o ouro está a atleta do sub-16: Ana Caroline da Silva (arremesso de peso) e Nalanda Campos (revezamento 4X75m).

Já os medalhistas de prata do sub-16 são: Ana Caroline Oliveira (mil metros rasos); Nalanda Campos (75m rasos e 250m rasos) e Raissa Mattos (salto triplo). Lucas Macedo (1.500m rasos) conquistou a segunda colocação no sub-23. Com sua melhor marca, de 36min38s49, a atleta Amanda Oliveira, 21 anos, foi eleita a melhor atleta feminina da competição.

O treinador da equipe comemora e afirma que os resultados saíram como o esperado. “Eles estavam muito motivados e treinando muito bem. A maioria conseguiu fazer um bom resultado e alguns melhoraram suas marcas pessoais. Como são campeões mineiros, de uma maneira geral, já esperávamos que eles tivessem esse desempenho.”

Para o Troféu Brasil, os atletas que irão disputar terão treinos normais durante essa semana e diminuirão o ritmo na próxima, para chegarem descansado à competição.

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Veículo: G1 Zona da Mata

Editoria: Notícias

Data: 03/09/2018

Link: https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2018/09/03/hospital-therezinha-de-jesus-suspende-cirurgias-bariatricas-em-juiz-de-fora.ghtml

Título: Hospital Therezinha de Jesus suspende cirurgias bariátricas em Juiz de Fora

O serviço voltado à realização de cirurgias bariátricas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) está suspenso no Hospital e Maternidade Therezinha de Jesus (HMTJ), em Juiz de Fora. Pacientes infomaram ao MGTV que receberam um aviso informando do cancelamento provisório dos serviços em função da falta de recursos.

A Secretaria de Saúde de Juiz de Fora disse que a cirurgia bariátrica é um serviço financiado pelo governo Federal e que a verba suspensa era relativa a outros serviços, que foram transferidos para o Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora (HU-UFJF).

Já a SES-MG explicou que a unidade de saúde o Estado enfrenta um crescente déficit financeiro, lembrou que o governo decretou situação de calamidade financeira no Estado e disse que se esforça para honrar os compromissos.

Além da cirurgia, o tratamento oferece atendimento multiprofissional com especialistas, como médico endocrinologista, cardiologista, pneumologista, fisioterapeuta, psicólogo, entre outros.

Segundo a direção ho hospital, as dívidas da Prefeitura chegam a R$ 9 milhões e as do Estado, a R$ 21 milhões. Até que a situação seja resolvida, não há previsão de retorno dos serviços.

Operada há quase dois meses, Ieda Andrade afirmou que a suspensão dificulta a continuidade do tratamento. “Eu preciso me consultar com nutricionista, cirurgião, endocrinologista. Com o programa encerrado, isso não será possível, e a recuperação fica muito difícil”, disse.

A endocrinologista, Juliana Costa, reforçou a necessidade de consultas pré e pós-operatórias para a garantia da eficiência da bariátrica. “Alguns pacientes precisam de acompanhamento psiquiátrico para não ter um dos maiores problemas da cirurgia: o reganho de peso. Sem as consultas com o médico, muitas vezes o paciente opera, perde peso e evolui para um reganho”, explicou.

Posicionamentos

Em nota, a Secretaria de Saúde de Juiz de Fora disse que a cirurgia bariátrica é um serviço financiado pelo Governo Federal, e que o subsídio mencionado pela direção do hospital e que foi suspenso a partir de hoje pela Prefeitura era relativo à outros serviços, como cirurgias ortopédicas. Eles foram transferidos para o Hospital Universitário.

Em nota, a Secretaria de Saúde de Juiz de Fora disse que a cirurgia bariátrica é um serviço financiado pelo governo Federal e que o subsídio mencionado pela direção do hospital.

Disse que a verba que foi suspensa a partir desta segunda-feira (3) pela Prefeitura era relativa a outros serviços, como cirurgias ortopédicas, que foram transferidas para o Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora (HU-UFJF).

Em relação à dívida, o Executivo informou que possui um débito de R$ 2,3 milhões ao hospital e que os outros R$ 4 milhões estão sob júdice. Não foi dado nenhum prazo para pagamento.

Já a SES-MG disse que o HMTJ faz parte do programa “Rede de Resposta” e faz jus ao repasse mensal de R$ 100 mil. Em 2018, foram repassados R$ 500 mil relativo aos meses de janeiro a maio. Já os pagamentos de junho, julho e agosto aguardam disponibilidade financeira, conforme a pasta.

A Secretaria informou ainda que a instituição é beneficiária do programa “Pro-Hosp Incentivo”, que tem como objetivo melhorar o desempenho, o acesso e a resolutividade da assistência hospitalar do SUS. Em 2018, foi repassado ao hospital o valor de R$ 1.028.722,14, referente ao programa.

Sobre os pagamentos pendentes, a pasta disse que “o Estado de Minas Gerais enfrenta um crescente déficit financeiro decorrente do aumento de despesas pela insuficiência de receita, refletindo em todos os seus órgãos, bem como na SES-MG”, conforme a nota.

Por fim, a SES-MG informou que “o Estado enfrenta um crescente déficit financeiro decorrente do aumento de despesas pela insuficiência de receita, o que reflete em todos os órgãos”, lembrou que o governo decretou situação de calamidade financeira no Estado e disse que “está se esforçando para honrar os compromissos pactuados, manter suas ações e dar os melhores encaminhamentos possíveis”, concluiu.

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Veículo: TV Integração – Globo

Editoria: MGTV

Data: 03/09/2018

Link: http://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/videos/v/cirurgias-bariatricas-sao-suspensas-em-hospital-de-juiz-de-fora/6992555/

Título: Cirurgias bariátricas são suspensas em hospital de Juiz de Fora

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