Discutir o samba sob o ponto de vista científico, com a participação de sambistas e pesquisadores é o objetivo do seminário que acontecerá na próxima quinta-feira, dia 19. O evento “Apoteose do Samba” será realizado no Auditório Geraldo Pereira, no piso térreo do Instituto de Artes e Design (IAD) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), das 9h às 21h. As inscrições são gratuitas e devem ser realizadas na hora do evento.
O tema do seminário foi inspirado na música composta por Mano Décio da Viola e Silas de Oliveira e as palestras foram nomeadas a partir de trechos da canção. A palestra “Samba, mercado e resistência: és a minha alegria, eu canto pra esquecer a nostalgia”, que discutirá o passado do ritmo e a situação atual do comércio para os sambistas, será ministrada por Marcos Olender, Rogério Rodrigues e pelo produtor cultural do Rio de Janeiro Luís Filipe de Lima.
Já a jornalista Beatriz Coelho da Silva será responsável por falar sobre o livro que lançou no ano passado: “Negros e judeus na Praça Onze – A história que não ficou na memória”. Haverá, ainda, palestra sobre a trajetória do samba em Minas Gerais, com Márcio Gomes, Régis da Vila e Chiquinho de Assis, que recuperam a história do ritmo em Juiz de Fora e Ouro Preto.
Projeto de extensão
O projeto de extensão “Ponto do Samba”, que pesquisa sobre a história do ritmo em Juiz de Fora, é responsável pela realização do seminário. O coordenador do projeto, Carlos Fernando Cunha, revela que espera que a participação no evento não se restrinja aos integrantes da Universidade: “Nós fizemos questão de convidar não só a comunidade acadêmica, mas as pessoas que lidam com o universo do samba em Juiz de Fora”.
O pesquisador destaca que o samba na cidade deve ser valorizado: “É essencial ter um centro de produção de conhecimento como a Universidade se preocupando com o estudo do gênero musical. Precisamos procurar ações que organizem o samba em Juiz de Fora”.
No início da noite, o músico Chiquinho de Assis se apresentará com o seu grupo Candonguêro, de Ouro Preto. “Obviamente não podíamos encerrar o evento sem tocar samba”, conclui Cunha.
Outras informações: (32) 2102-3350 (IAD-UFJF)