Promover a democratização do ensino para os estudantes do interior do estado do Amazonas foi um dos objetivos alcançados com a implementação do Ensino Médio Presencial com Mediação Tecnológica (EMPMT).  Para compreender como essa medida de expansão educacional pode ser aprimorada, a mestranda Christiane Alves Byron de Mello desenvolveu a dissertação “Desafios no trabalho da assessoria pedagógica do Ensino Médio Presencial com Mediação Tecnológica do Amazonas.” A pesquisa foi apresentada no Programa de Pós-Graduação em Gestão e Avaliação da Educação Pública, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

 A acadêmica explica que o modelo adotado possibilita o acesso à educação de qualidade para alunos que teriam, anteriormente, que se deslocar de suas cidades para conseguir cursar o Ensino Médio. Para suprir essa demanda, o Governo do Estado do Amazonas propôs o sistema educacional com mediação tecnológica como medida viável. O EMPMT funciona a partir de transmissões via satélite ou videoconferência, com professores ministrantes – que gravam as aulas em estúdios – em parceria com os professores presenciais, responsáveis por instalar e operar os equipamentos e mediar o diálogo entre os alunos e os docentes ministrantes. Nesse viés, esclarece a pesquisadora, há a atuação do assessor pedagógico, responsável por acompanhar o planejamento e a  execução das aulas, além de ser o intercessor dos professores ministrantes e presenciais.

Caminhos possíveis

Durante a investigação do tema, Christiane observou duas problemáticas centrais: a dificuldade na formação dos professores presenciais para o desempenho de suas atribuições técnicas e pedagógicas e a necessidade de acompanhamento, monitoramento e avaliação dos fluxos de comunicação interna e externa no Centro de Mídias de Educação do Amazonas (CEMEAM).

 Por meio de questionários aplicados aos professores ministrantes e presencias foi possível propor soluções para melhorar a comunicação do setor e atender às demandas dos profissionais envolvidos. “A pesquisa também evidenciou a necessidade de reavaliar os fluxos de comunicação interna e externa do CEMEAM, inclusive os formulários foram criados para esse fim. É necessária uma melhor verificação e avaliação desses fluxos para assegurar sua viabilidade. Essas ações não esgotam as necessidades de intervenção em outras frentes, mas minimizam as dificuldades na atuação do assessor pedagógico”, pondera a mestranda.

  Além de ter sido professora integrante da iniciativa, entre 2012 e 2016, Christiane se tornou parte da equipe de assessores pedagógicos em 2017. Ela destaca que a relevância social inclusiva do projeto a motivou a pesquisar o tema: “O EMPMT teve influência na dinâmica da mobilidade social dos municípios, pois hoje este ensino que chega aos 62 municípios, tendo inicialmente como meta a universalização do Ensino Médio, amplia seu raio de atuação fixando o homem do campo, já que esse estudante não precisa mais sair de sua comunidade para ter acesso a uma educação de qualidade. Configura-se como um veículo de inclusão social e digital.”

 A professora orientadora do estudo, Liamara Scortegagna, afirma que esse modelo além de promover a educação, inova ao melhorar as condições de ensino da comunidade. “A pesquisa contribuiu para a melhoria das atividades desenvolvidas pelos alunos, pois a partir dos resultados obtidos cria-se Planos de Ações baseados em problemas ou insuficiências detectadas no projeto.”

Contatos:    
Christiane Alves Byron de Mello (Mestranda)
christianem.mestrado@caed.ufjf.br

Liamara Scortegagna (Orientadora – UFJF)
liamara@ice.ufjf.br

Banca examinadora:
Profª Drª. Liamara Scortegagna (UFJF)
Prof. Dr. Vítor Fonseca Figueiredo (UFJF)
Prof. Dr. Tarcísio Jorge Santos Pinto (UFJF)
Profª Drª. Janae Gonçalves (UFRA)

Outras informações: (32) 4009-9319 – Programa de Pós-Graduação Profissional em Gestão e Avaliação da Educação Pública

• facebook
• twitter
• email
• WhatsApp