Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Esportes
Data: 16/02/2018
Título: JF Vôlei visita o Sada Cruzeiro pela Superliga
O desafio juiz-forano não poderia ser maior. Vice-lanterna da Superliga Masculina 2017/2018 com 4 pontos, a 7 do Ponta Grossa/Caramuru (PR), primeiro fora da zona de rebaixamento, a equipe comandada pelo técnico Henrique Furtado tem pela frente os líderes da competição, Sada Cruzeiro e Sesc-RJ, com primeiro duelo às 20h desta sexta-feira (16) diante do time celeste, no Ginásio Poliesportivo do Riacho, em Contagem (MG). Já os cariocas serão os adversários na próxima quarta (21). Se a pontuação é improvável pelo histórico estatístico do time, a sequência da evolução coletiva é meta para a sessão de confrontos diretos que os locais terão a partir do sábado (24), contra Maringá (PR), na UFJF.
Apesar da derrota para o Taubaté (SP), o crescimento coletivo pode ser constatado quando Henrique utilizou cinco reservas da equipe e não apenas equilibrou o confronto, perdido por 2 sets a 0 até então, como venceu o terceiro parcial e quase conquistou o seguinte. “É um grupo jovem, de muita força, com características diferentes que podem se completar e no qual tenho muita confiança em utilizar todos os atletas. Estão todos em um nível muito próximo e, dependendo do jogo, podem mudar algumas características. Os dois centrais que vêm atuando (Bruno e Rômulo) possuem ótimo saque flutuante e ataque, mas se o passe adversário está quebrado e não conseguimos bloquear, a entrada do Matheusão passa a ser importante também”, conta o técnico.
No último compromisso, o oposto Welinton, o ponta Raphael, os centrais Matheusão e Franco, e o levantador Felipe Hernandez tiveram participação direta no único set vencido pelos juiz-foranos. Apesar de apenas duas vitórias na competição, o comandante enxerga um processo de preparação do elenco na busca por vitórias diante dos adversários diretos na sequência de partidas que irá selar o destino juiz-forano na Superliga a partir do próximo dia 24, contra Maringá (PR), em casa.
“Os últimos duelos foram muito bem jogados. Tivemos a vitória contra o Minas, depois uma derrota para Montes Claros nos detalhes, uma partida duríssima contra Campinas, em que perdemos os dois últimos sets por 25 a 22, e daí vem os confrontos contra Sesi e Taubaté, duas vezes por 3 a 1, muito bem jogados. Não estamos permitindo partidas fáceis para nenhum adversário, estão tendo que atuar com um percentual de ataque alto para nos vencer. Vejo para as próximas rodadas exatamente este nível de jogo. Contra qualquer camisa, teremos mais partidas disputadas e buscaremos seguir crescendo nessa luta e agressividade dos últimos jogos. Um grupo jovem necessita dessas experiências, mas é coeso e entendo que o elenco está cada vez mais preparado para conquistar as vitórias”, avalia o treinador do JF Vôlei.
Os locais devem repetir formação das últimas partidas com o levantador Adami, o oposto Emerson, os pontas Leozinho e Rammé, os centrais Rômulo e Bruno, além do líbero Juan Mendez.
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Veículo: Terra
Editoria: Vôlei
Data: 16/02/2018
Título: Cruzeiro vence JF Vôlei e abre vantagem na liderança da Superliga
Na noite desta sexta-feira, em jogo isolado da Superliga Masculina de Vôlei, o líder Sada Cruzeiro venceu o JF Vôlei por 3 sets a 0 e abriu vantagem em relação ao vice líder Sesc-RJ. A eficiência no saque foi o diferencial da equipe mineira na partida, que teve parciais de 25/20, 25/21 e 25/19.
O primeiro set começou equilibrado, com os times disputando a dianteira ponto a ponto. No entanto, os donos da casa conseguiram boa arrancada na parte final e venceram o primeiro set por 25 a 20.
No segundo set, o Cruzeiro contou com duas boas sequências. O líder da Superliga abriu 4 pontos de vantagem, viu o JF Vôlei empatar, mas retomou a liderança no final e fechou o set em 25 a 21.
Foi somente no terceiro set que o Cruzeiro teve vida mais fácil, abrindo boa vantagem logo no começo. Os visitantes esboçaram reagir, mas os muitos erros de saque prejudicaram a equipe. Os mineiros fecharam o set em 25 a 19 e o jogo em 3 sets a 0.
O próximo compromisso do Cruzeiro na Superliga é na próxima quarta-feira, às 20 horas (de Brasília), quando recebe o Minas para o duelo entre mineiros. O JF Vôlei só volta a jogar no dia 3 de março (sábado), fora de casa contra Ponta Grossa.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Esportes
Data: 16/02/2018
Título: JF Vôlei sofre com a força ofensiva do Sada e perde em Contagem
Diante de uma das maiores potências ofensivas do voleibol mundial, o JF Vôlei acumulou a 15ª derrota na Superliga Masculina 2017/2018 na noite desta sexta (16), contra o Sada Cruzeiro no Ginásio do Riacho, em Contagem (MG). Com saques e bloqueios efetivos, a equipe celeste anulou o adversário juiz-forano e fechou a partida em 3 sets a 0, parciais de 25/20, 25/21 e 25/19 em 1h22min de partida. A Raposa, líder isolada da competição, chegou aos 46 pontos, enquanto o time local é o vice-lanterna, com apenas 4 pontos, a sete do Ponta Grossa/Caramuru (PR), primeiro fora da zona de rebaixamento.
O técnico Henrique Furtado promoveu uma mudança na equipe juiz-forana para o início do duelo. O ponteiro Raphael atuou na vaga de Filipe Rammé entre os titulares. A equipe contou com o levantador Adami, o oposto Emerson Rodriguez, os pontas Raphael e Leozinho, os centrais Bruno e Rômulo, além do líbero Juan Mendez. Entraram durante o duelo o levantador Felipe Hernandez, o oposto Welinton e o ponteiro Rammé. Já os donos da casa foram representados pelo levantador Nico Uriarte, o oposto Alemão, os ponteiros Leal e Filipe, os meios de rede Isac e Simon, e o líbero Serginho, sob o comando do argentino Marcelo Mendez, pai do líbero da equipe juiz-forana, Juan.
O JF Vôlei tem novo desafio na Superliga já nesta quarta (21). Às 20h, os locais encaram o Sesc-RJ novamente fora de casa, no Ginásio da Hebraica, no Rio de Janeiro (RJ).
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Veículo: Globo Esporte
Editoria: Zona da Mata e Centro- Oeste
Data: 16/02/2018
Título: JF Vôlei visita Cruzeiro e busca recuperação na Superliga Masculina
O JF Vôlei tem mais uma oportunidade para se recuperar na Superliga masculina de vôlei e tentar se manter vivo na disputa pela permanência na elite do voleibol nacional. Porém, não vai ser fácil. A equipe visita simplesmente o Cruzeiro, líder da competição, às 20h, no Riacho, nesta sexta-feira.
Com quatro pontos, sete atrás do Caramuru, primeiro time fora da degola, o Juiz de Fora tentará superar sua “matriz”. Formado quase que totalmente por jogadores da base da Raposa, o elenco do time da Zona da Mata terá de suar um litro certo para complicar a equipe celeste. Na opinião do levantador Henrique Adami, o Cruzeiro é uma equipe cascuda, multicampeã e que tem jogadores de grande nível em todas as posições. Segundo ele, o Juiz de Fora estudou muito para surpreender o adversário e complicar as ações cruzeirenses na partida.
– A Superliga tá repleta de bons bloqueadores, e na equipe do Cruzeiro não é diferente. Mas nossos atacantes têm muita qualidade e vêm fazendo boas partidas. É um trabalho coletivo e uma responsabilidade bem distribuída entre todos nós. Os atacantes buscam sempre fazer o seu melhor em cada bola e eu tento fazer a melhor distribuição possível pra facilitar o trabalho deles – disse.
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Veículo: Gazeta Esportiva
Editoria: Vôlei
Data: 16/02/2018
Título: Cruzeiro vence JF Vôlei e abre vantagem na liderança da Superliga
Na noite desta sexta-feira, em jogo isolado da Superliga Masculina de Vôlei, o líder Sada Cruzeiro venceu o JF Vôlei por 3 sets a 0 e abriu vantagem em relação ao vice líder Sesc-RJ. A eficiência no saque foi o diferencial da equipe mineira na partida, que teve parciais de 25/20, 25/21 e 25/19.
O primeiro set começou equilibrado, com os times disputando a dianteira ponto a ponto. No entanto, os donos da casa conseguiram boa arrancada na parte final e venceram o primeiro set por 25 a 20.
No segundo set, o Cruzeiro contou com duas boas sequências. O líder da Superliga abriu 4 pontos de vantagem, viu o JF Vôlei empatar, mas retomou a liderança no final e fechou o set em 25 a 21.
Foi somente no terceiro set que o Cruzeiro teve vida mais fácil, abrindo boa vantagem logo no começo. Os visitantes esboçaram reagir, mas os muitos erros de saque prejudicaram a equipe. Os mineiros fecharam o set em 25 a 19 e o jogo em 3 sets a 0.
O próximo compromisso do Cruzeiro na Superliga é na próxima quarta-feira, às 20 horas (de Brasília), quando recebe o Minas para o duelo entre mineiros. O JF Vôlei só volta a jogar no dia 3 de março (sábado), fora de casa contra Ponta Grossa.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Coluna Cesar Romero
Data: 16/02/2018
Link: https://tribunademinas.com.br/colunas/cesar-romero/16-02-2018/250579.html
Título: Formatura inédita
Pela primeira vez, em 28 anos, o Programa de Residência Médica em Psiquiatria do HU realiza, nesta sexta, uma cerimônia de formatura para a entrega dos certificados a três novos especialistas. Segundo o supervisor Alexandre Rezende, “a iniciativa é novidade na UFJF e tem por objetivo marcar essa vitória tão importante na vida desses profissionais.”
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Coluna Cesar Romero
Data: 17/02/2018
Título: Um bom exemplo
A aluna Carolina Weitzel é mais uma prova de que a determinação pode realizar os mais diversos sonhos. Passou em Medicina Veterinária na UFJF estudando no Curso Preparatório para Concursos (CPC) da Prefeitura.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Coluna Cesar Romero
Data: 17/02/2018
Título: Boa performace
Novo diretor do Colégio Santa Catarina, Flávio Sousa comentava ontem o sucesso de seus alunos nos exames da UFJF e em outras universidades públicas. Segundo ele, “cerca de 70% dos 163 alunos conseguiram a tão sonhada vaga no ensino superior. Só nos cursos de Medicina foram 18 aprovados e em Direito, 21. Além de 12 primeiros lugares e nove na segunda colocação”.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Coluna Cesar Romero
Data: 17/02/2018
Título: Para as mães
A Aliança de Mulheres pela Maternidade Ativa promove roda de conversa com o tema “Parir em Juiz de Fora: dificuldades na assistência pública e privada”. Hoje, às 10h, na Praça Cívica da UFJF.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Coluna Cesar Romero
Data: 17/02/2018
Título: Voo livre
Aluno de Engenharia Elétrica na UFJF, Álvaro Salles Santiago vai participar de um intercâmbio na Hindustan University, em Chennai, na Índia.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Esportes
Data: 17/02/2018
Título: Juiz-forano Francisco Perrout está a 8km de mais uma conquista
É a vez do esporte juiz-forano escrever mais um capítulo, desta vez em El Salvador, na América Central. Neste sábado (17), Francisco Perrout, do Cria UFJF, disputa o 3º Campeonato Pan-Americano de Cross Country pela Seleção Brasileira da modalidade. O atleta irá competir nos 8km sub-20, prova em que é o atual campeão da Copa Brasil, com o tempo de 27min17s. O resultado, em fevereiro deste ano, aliás, levou o jovem de 18 anos à competição deste sábado. Ele terá pela frente um circuito de 2km, com quatro voltas, montado no Centro Equestre San Andrés, em San Salvador, capital do país sede.
À Tribuna, direto da concentração, ao lado de outros cinco atletas integrantes do time canário (composto por quatro adultos e um sub-20), Francisco destacou a oportunidade de participar do evento internacional e prometeu entrega máxima na primeira experiência fora do país pela Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt).
“O Pan-Americano é a maior competição da América e a prova de maior nível que já participei. Isso é muito importante para mim porque mostra que o trabalho está dando resultado. Não projeto nem tempo, nem uma colocação, a prova será de altíssimo nível. Só prometo que darei tudo de mim”, relata o atleta, que viajou ao lado do técnico e pai, Jorge Perrout.
Na preparação, Francisco e Jorge realizaram estágio de treinamento no Quênia, em janeiro. A dupla teve a oportunidade de conhecer de perto uma das principais escolas de atletismo do mundo ao conviver diariamente com atletas do país africano.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Coluna Cesar Romero
Data: 18/02/2018
Link: https://tribunademinas.com.br/colunas/cesar-romero/18-02-2018/jf-por-ai-2.html
Título:Fala Quem Sabe: As lições de um professor vitorioso
Amanhã estaremos comemorando o Dia do Esportista. Com o esporte aprendemos a respeitar a liberdade do outro, vencemos preconceitos e vivemos com mais amor. Na prática do esporte não temos classe social, gênero, religião ou outros segmentos.
Trabalhando com uma área do esporte (rendimento), pude presenciar e afirmar que para se tornar um grande atleta implicaria em “abdicar” aos prazeres da vida. Foi assim com os campeões olímpicos Giovane Gávio e André Nascimento, dos quais me orgulho de ter sido o primeiro treinador.
Nos dias atuais nada mudou a não ser o avanço da tecnologia e a visão amplificada do ser humano. Antes a busca se concentrava em atletas rápidos, altos, fortes, determinados e abnegados. Hoje continuamos a buscar os determinados e abnegados, bem como, os mais rápidos mentalmente, os mais altos de elevação moral e os fortes capazes de confrontar diariamente com os mistérios da vida.
O esporte nos faz construir os nossos mais nobres valores.
Um lindo dia!
(Flávio Villela é técnico de voleibol, formado pela UFJF e UGF-Rio e leitor convidado)
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Coluna Cesar Romero
Data: 18/02/2018
Link: https://tribunademinas.com.br/colunas/cesar-romero/18-02-2018/l-3.html
Título: Cotação alta
O gastroenterologista, José Maria Mendes Moraes teve seu artigo de conclusão de mestrado pela UFJF considerado referência nas Normas de Manejo da Pancreatite Aguda da American Gastroenterology Association (AGA) e publicado na revista “Gastroenterology”. Orientado pelo professor Júlio Chebli, o estudo é o único no Brasil citado pela AGA e o segundo grande reconhecimento internacional de trabalhos realizados pelo médico. O primeiro veio da Espanha.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Coluna Cesar Romero
Data: 1802/2018
Link: https://tribunademinas.com.br/colunas/cesar-romero/18-02-2018/l-3.html
Título: Livro novo
Mineiro de Cataguases e formado em Comunicação pela UFJF, o premiado escritor Luiz Ruffato vem aí com mais uma obra.
Dia 1° de março, em São Paulo, ele lança o livro de contos “A cidade dorme” com selo da Companhia das Letras.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cultura
Data: 1802/2018
Título: Leitores e mercado se abrem para o debate sobre as mulheres na literatura
A parcial dos livros mais vendidos de 2018, publicada pelo portal PublishNews, especializado no mercado editorial, aponta para a presença, numa listagem de 20 títulos, de apenas três autoras, dentre elas a poetisa indiana Rupi Kaur, que também se encontra na lista do ano anterior. Em 2017, por sua vez, são cinco as autoras, uma delas, a cantora Rita Lee com sua autobiografia. No ano anterior, oito escritoras aparecem no ranking, entre elas, a britânica Jojo Moyes, com dois títulos – “Como eu era antes de você”, na primeira posição, e “Depois de você”, na terceira. Em 2015, novamente oito mulheres constam na lista dos 20 livros mais vendidos no Brasil, sendo que a criadora do fenômeno dos livros de colorir Johanna Basford soma duas posições, e a juiz-forana Isabela Freitas surge com seus dois primeiros livros: “Não se apega, não” e “Não se iluda, não”.
Desigualdade que se repete ano a ano e contra a qual luta o projeto Leia Mulheres, iniciado em 2014, nos Estados Unidos e importado para o Brasil no ano seguinte. Presente em Juiz de Fora desde 2016, o clube de leitura de livros escritos por mulheres chama atenção para uma discussão que crescentemente tem ultrapassado os limites da academia para balizar eventos, prateleiras e interesses.
“Acredito que hoje em dia o setor de marketing tem prestado mais atenção a blogs, instagramers literários, clubes de leitura e booktubers porque muitas das tendências literárias saem desses canais. Servem de termômetro para identificar o interesse em certos temas ou falta de livros de determinado nicho. Aí depende do mercado absorver essa tendência”, comenta a livreira e consultora Juliana Gomes, responsável por traduzir o #readwomen2014 da escritora britânica Joanna Walsh para o português, ao lado das amigas Juliana Leuenroth e Michelle Henriques. “Espero que deixemos o legado da universalidade da escrita da mulher”, defende Juliana. “É importante perceber que mulheres escrevem romance, suspense, poesia, ficção científica, fantasia e não-ficção. O importante é ler essas autoras sem colocá-las em um nicho de literatura feminina e sim literatura.”
Para a estudante de psicologia da UFJF, youtuber e coordenadora do Leia Mulheres em Juiz de Fora, Letícia Zampiêr, as estatísticas confirmam a desigualdade observada no universo dos livros. “Quantas mulheres você vê nas premiações literárias nacionais? Nas listas de mais vendidos? Nas indicações de livros para o vestibular? Nas listas de melhores livros da literatura? Esse cenário está mudando, mas a passos lentos. Porque mesmo quando mulheres aparecem, são quase sempre brancas, heterossexuais, de classe média e do eixo Sul-Sudeste. Isso é um grande problema”, discute, negando haver o que poderia se denominar de literatura feminina. “Assim como os homens vêm de locais diferentes, com histórias diferentes e coisas diferentes para dizer, as mulheres também. Falar em uma literatura feminina implica uma literatura masculina, e isso não existe. Algo que me incomoda profundamente nessa discussão é a noção de que livros escritos por homens dizem de questões de todos os seres humanos e que livros escritos por mulheres só falam para mulheres. É claro mulheres passam por situações e questões particulares, por conta da posição e dos papéis sociais que lhes são impostos. E isso deveria importar e falar a todos! Não só às mulheres”, questiona.
Mulher plural
Retratada na objetividade dos noticiários e na sutileza das relações diárias, a condição da mulher, de acordo com a escritora e editora Anelise Freitas ainda hoje exige punho cerrado. “Certas produções acabam ficando reféns de falar da realidade que é ser mulher, de sentir medo o dia todo – em casa e fora dela -, de não reconhecer nosso próprio corpo em meio à padronização imposta socialmente, de como não podemos nos expressar livremente. A mulher está presa a seu próprio corpo que deve ser e portar-se de um determinado jeito”, comenta a autora de “Pode ser que eu morra na volta”, publicado pela Edições Macondo, que coordena ao lado de Otávio Campos e Fernanda Vivacqua. “Não consigo me distanciar da minha condição de mulher ao escrever porque também não consigo me distanciar dessa condição no ambiente acadêmico, não consigo me distanciar dessa condição em casa, não consigo me distanciar dessa condição enquanto mãe, não consigo me distanciar dessa condição em uma entrevista. Agora, é importante perceber na literatura feita por mulheres as distintas poéticas e vozes em contato que essa poesia – digo poesia, porque é o circuito que eu mais percorro – produz. Ser mulher é pluralíssimo, e essa condição se mostrará na escrita de cada uma de nós de uma maneira diferente. E aí está a questão, porque um homem não se distancia da sua condição de homem, mas não falamos em uma literatura masculina. Talvez, essa seja mais uma questão, e não uma resposta.”
‘Só falta te cuspir na cara’
Num ano de altas expectativas, o país vê chegar às livrarias o premiado “Karen”, da portuguesa Ana Teresa Pereira; “Baratas”, estreia da ruandesa Scholastique Mukasonga; “Desmoronamentos”, da poetisa e contista Micheliny Verunschk; e “Oryx e Crake”, novo título da canadense-fenômeno Margaret Atwood, dentre outras obras de autoria feminina, reafirmando um cenário de distintas vozes e dicções. Dona de um discurso ácido e, sobretudo, comprometido com a liberdade que só brota em terreno de igualdades, Hilda Hilst ajuda a iluminar o assunto na homenagem póstuma que a Festa Internacional de Paraty, a Flip, lhe faz em julho deste ano. “Existe um grande preconceito contra a mulher escritora. Você não pode ser boa demais, não pode ter uma excelência tão grande. Se você tem essa excelência e ainda por cima é mulher, eles detestam e te cortam. Você tem que ser mediano e, se for mulher, só falta te cuspir na cara”, defendeu a escritora paulista em entrevista ao amigo Caio Fernando Abreu para a “Revista A-Z”, em 1990.
Para Juliana Gomes, do Leia Mulheres, Hilda Hilst é exemplo de escritora acima de quaisquer rótulos. “A Flip ter maior participação de negros e mulheres apenas mostra que os leitores têm interesse por esses autores, apenas está mostrando o leque de opções que a literatura tem, seja estrangeira ou nacional. Os autores dessas minorias que tiveram destaque na Flip desse ano como Conceição Evaristo, Paul Beaty, Maria Valéria Rezende são de qualidade incontestável, e isso vai além de manter sempre os mesmos nomes em festas literárias e prêmios. Estava mais que na hora de ter mais mulheres e negros em uma das festas literárias mais importantes do país e Josélia Aguiar conseguiu nos trazer isso”, diz, referindo-se à maior abertura sentida no evento após a chegada da nova curadora, que permanece neste ano.
“Apesar de esse perfil da Flip de 2017 ser muito válido, acredito ser paralelo ao feminismo comercial que muitas marcas têm vendido hoje em dia. É ótimo ter representatividade? É. Mas o que isso muda te fato, no cotidiano dessas pessoas? Fazem uma festa literária com negros e mulheres protagonizando, mas no resto do ano botam eles nas prateleiras do fundo da livraria. É a mesma coisa na vida como um todo. Dão um mínimo de representatividade, como uma política do ‘pão e circo’, sem que se faça mudança estrutural de fato”, pondera Letícia Zampiêr, do Leia Mulheres de Juiz de Fora.
Mais fortes
“Penso que a perspectiva das editoras independentes é importante porque vemos hoje editoras em várias partes do interior do Brasil, que vêm para mostrar a produção não só de mulheres, mas de outras minorias. O mercado é um lugar onde os agentes trocam bens, a partir da demanda de oferta e procura. No mercado editorial esses agentes são, praticamente, os mesmos: quem procura e quem oferta são xs poetas, xs escritorxs. Então, eu acho que a gente deveria dominar não só o espaço de escritora, mas também o de produção (editorial). Uma amiga disse, recentemente: ‘Se eles não quiserem nos publicar, abrimos nossa própria editora’. Talvez o mercado editorial explicite não o preconceito da vida real, mas ele seja o preconceito da vida real”, pontua Anelise Freitas. “Toda mulher que está inserida nesse meio editorial vai ter que politizar em maior ou menor grau (quanto mais privilégio, menos opressão, a conta é essa)”, acrescenta.
Espalhados por todos os estados brasileiros – exceto Acre e Mato Grosso – o Leia Mulheres, que em Juiz de Fora se reúne no primeiro sábado do mês, às 14h, na Biblioteca Redentorista, aponta para a força do indivíduo diante da opressão de um sistema que sugere, dia após dia, continuidades. Casa do sensível, as páginas que abrigam palavras se configuram, portanto, como relevante eixo da transformação que protestos e debates propagam.
“É difícil falar sobre o feminismo hoje porque, apesar dos avanços inegáveis, ainda estamos a anos luz de uma equidade. Parece que andamos um passo para frente, dois passos para trás. Com o momento político atual, no Brasil e no mundo, temo que os poucos direitos que conquistamos desde o sufrágio universal sejam retirados, pouco a pouco. Apesar disso, sou otimista. O que temos visto são mulheres que se recusam a se calar. Isso desde as mulheres de Hollywood denunciando assédios e pedindo salários iguais até os coletivos feministas das escolas secundárias. E mais do que isso, mulheres que antes eram silenciadas dentro do próprio feminismo, como as negras e as trans, por exemplo, têm se organizado e reivindicado seus lugares de fala”, comenta Letícia Zampiêr, para logo concluir: “O terreno é árido, a luta é difícil, mas juntas somos mais fortes”.
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