Veículo: Diário Regional

Editoria: Cidade

Data: 03/01/2018

Link: http://www.diarioregionaljf.com.br/cidade/22653-colonias-de-ferias-oferecem-programacao-animada-para-as-criancas

Título: Colônias de férias oferecem programação animada para as crianças

Oferecendo atividades diversas para todos os gostos e estilos, as colônias de férias são excelentes opções para garantir a diversão das crianças. Esportes radicais, atividades culturais e lúdicas são alguns dos atrativos encontrados em Juiz de Fora nesta época do ano. Um deles é a “Aventura de Férias”, que acontece em dois pontos da cidade: no Clube do Papo, situado na Rua Engenheiro Gentil Forn, 3, no bairro São Pedro, Cidade Alta e no Clube dos Bancários, localizado na Avenida Eugênio do Nascimento, 5015, bairro Aeroporto, na mesma região.

“Temos um programa de atividades que envolvem jogos e brincadeiras, em que as crianças se tornam personagens principais da história e participam de diversos desafios. Além é claro dos esportes de aventura, como tirolesa e slackline que são os preferidos da garotada”, afirma o coordenador do projeto, Fernando de Pádua.

A faixa etária varia entre 4 a 15 anos e as crianças são divididas em quatro grupos. As atividades, que se iniciam no próximo dia 8, serão realizadas de segunda a sexta-feira, das 13h às 19h. Os pais contam com a opção de contratar um pacote diário ou semanal para inscreverem os filhos. As informações, bem como a ficha de inscrição pode ser consultada no site aventurailimitada.com.br.

Prestes a completar 17 anos, a aventura já deixou alguns legados. “Estamos chegando à 15ª edição. Crianças que há 17 anos se divertiam agora se tornaram recriadores da fantasia. São longos anos de positividade”, diz Pádua.

PENSANDO NO FUTURO

Bastante tradicional, a colônia de férias do Clube Cascatinha chega a 16ª temporada. Neste ano, a atividade que começa em 15 de janeiro e se estende até o dia 28, traz como tema a “Sustentabilidade” como forma de conscientizar as crianças sobre a importância da preservação do planeta. “Vamos trabalhar algumas oficinas relacionadas à reciclagem dos materiais, e algumas brincadeiras voltadas para o tema”, explica o coordenador de Esportes e Lazer do clube, Ricardo Almeida.

Apesar do tema, os organizadores prometem outras opções para divertir os participantes. Oficina de biscoito, passeios ao cinema, festa fantasia, visitas ao planetário implantado nas proximidades da Praça Cívica da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e o festival de picolé e sorvete são algumas delas. Tem ainda a tradicional “Noite do Pijama” nos dias 27 e 28 de janeiro, na qual as crianças passam a noite no clube.

Os pais podem realizar as inscrições na secretaria do clube, que fica na Rua Miguel José Mansur, nº 380 ou entrar em contato através do número 3229-4100.

VEJA AS OPÇÕES:

Aventura de Férias: de 8 a 26 de janeiro, de segunda a sexta-feira, das 13h às 19h. Inscrição: aventurailimitada.com.br ou na sede dos clubes. Valores: Diária R$40, semana R$180, pacote com duas semanas R$320 ou com três semanas, R$450.

colônia de férias do Clube Cascatinha: de 15 a 28 de janeiro, de segunda a sexta-feira, das 13h30 às 17h30. Inscrições na sede do clube ou pelo telefone: 3229-4100. Valores para associados: diária R$40, semana R$145 ou duas semanas por R$185. Não associado, R$45 diária, R$175 semanal ou R$225 as duas semanas. Para crianças de 4 a 12 anos.

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Veículo: Diário Regional

Editoria: Cidade

Data: 03/01/2018

Link: http://www.diarioregionaljf.com.br/cidade/22643-especialistas-analisam-o-novo-salario-minimo-e-dao-orientacoes-para-manter-as-contas-em-dia

Título: Especialistas analisam o novo salário mínimo e dão orientações para manter as contas em dia

O novo salário mínimo, R$954, começou a valer nessa segunda-feira, 1º de janeiro. Este é o menor reajuste em 24 anos, com um aumento de R$17, e inferior ao estimado anteriormente pelo governo, que era R$965.

A advogada previdenciarista Rose França afirmou que este é o menor reajuste desde o Plano Real. “Ficou abaixo da expectativa dos brasileiros e do próprio Congresso Nacional. O Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgou em dezembro que o salário mínimo ideal para sustentar uma família de quatro pessoas e suprir as despesas de alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência é de R$3.731,39”.

A atual fórmula de reajuste do salário mínimo foi criada em 2012, ainda no governo da presidente Dilma Rousseff. “O aumento é uma regra estabelecida por lei, pelo menos até 2019, então o que a gente tem é uma mera recuperação do poder de compra dado pela evolução da inflação no ano, que foi positiva devido aos números baixos da inflação”, esclareceu o professor da Faculdade de Economia da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Wilson Luiz Rotatori Corrêa.

O reajuste foi mais baixo porque a fórmula de correção leva em conta a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do ano anterior, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes. Como o resultado do PIB de 2016 foi negativo, o reajuste do salário mínimo foi calculado apenas pelo INPC, estimado pelo governo em 1,81%.

“Como não houve um aumento real, já que não tivemos crescimento, isso impactou com índice baixo no salário mínimo. O trabalhador continua na mesma, é só uma recuperação dos valores da inflação”, afirmou o especialista.

Como o reajuste ficou abaixo da estimativa anterior, o governo deve economizar cerca de R$3,3 bilhões em gastos este ano. “Embora cerca de 45 milhões de brasileiros receba um salário mínimo, este é o menor valor a título de remuneração que um trabalhador pode receber. Em contrapartida, o Ministério do Planejamento, através de mensagem enviada ao Congresso em abril do ano passado, na proposta da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), informou que cada real de aumento no salário mínimo gera um incremento de R$301,6 milhões ao ano nas despesas do governo”, enfatizou a advogada previdenciarista.

IPTU E IPVA

Os principais impostos neste início de ano são o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e o sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU). O professor orientou que as pessoas já devem se preparar para a quitação dos impostos no final do ano. “É importante levar em consideração e fazer um planejamento, se possível no final do ano e não gastar demais com as festas, pois realizar o pagamento agora é uma boa oportunidade para aproveitar os descontos”, afirmou.

Além disso, para aqueles que possuem filhos na escola também há gastos com matrícula e material escolar. “A dica é pesquisar, pois justamente nesse momento, onde há um número alto de consumo, a variação de preço é muito grande”, aconselhou Corrêa.

PLANEJAMENTO

O professor da UFJF ainda afirmou que é possível que as pessoas se programem para o ano todo. “Sente na frente de um computador ou até mesmo com papel e lápis e faça o orçamento da casa. Contabilize todas as despesas e receitas que você tem ao longo ano. Se possível, separe um valor para poupança para se prevenir em caso de uma despesa inesperada ou desejo de comprar algo e aproveitar as liquidações que ocorrem no segundo semestre”, orientou Corrêa. “Organização financeira começa quando você estabelece o que gasta, o que você ganha e onde pode cortar para deixar as contas em dia”, acrescentou.

Já a advogada previdenciarista orientou que as pessoas procurem comprar à vista, e evitem contrair empréstimos e atrasos com o cartão de crédito e cheque especial. “Se optar por compras parceladas, procure pagar em dia por causa das altas taxas de juros, como no cartão de crédito e cheque especial. Outra dica é evitar contrair empréstimos, pois é uma dívida silenciosa que destrói o orçamento familiar a cada mês”, disse Rose.

Corrêa afirmou que ainda há riscos, por isso, não é aconselhável assumir novas dívidas. “A gente ainda tem um cenário de incerteza do que pode acontecer na eleição presidencial, pois ela afeta diretamente na economia e pode levá-la para um crescimento lento. Por isso, aguarde um pouco e veja o que vai acontecer nos desdobramentos políticos no Brasil”, alertou.

Já Rose França aconselhou que a população seja prudente e faça um balanço geral antes de seguir em frente. “Deve-se calcular o orçamento, quais são as dívidas e despesas fixas, quanto sobra mensalmente e definir como pagará tudo. Aí sim, pode-se ousar em novos projetos”, finalizou.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cultura

Data: 03/01/2018

Link: http://tribunademinas.com.br/noticias/cultura/03-01-2018/como-bruna-schelb-colocou-jf-na-principal-mostra-do-festival-de-cinema-de-tiradentes.html

Título: Um feminino social, construído pela memória

  O longa-metragem “IMO” leva pela primeira vez o nome de Juiz de Fora para a Mostra Aurora, que acontece durante a Mostra de Cinema de Tiradentes em janeiro

“IMO” (2018) é um dos filmes que estreia na Mostra Aurora, durante a 21ª Mostra de Cinema de Tiradentes que acontece entre os dias 19 e 27 de janeiro. A diretora é Bruna Schelb Correa, que veio da cidade de Cataguases estudar cinema em Juiz de Fora, no Instituto de Artes e Design da UFJF. O longa-metragem é uma coprodução da Cansada Filmes, Desapego Cinema e Luz del Fuego. Memória, mulheres e surrealismo são elementos que aparecem no roteiro. “Memória é lugar de voltar, ainda que doa”, a frase apresenta um teaser publicado há cerca de um mês no Facebok da Cansada Filmes, dando leves pistas da fotografia, locação e ritmo como foi filmado, junto a uma breve apresentação das três personagens, interpretadas por Helena Frade, Mc Xuxú e Giovanna Tintori.

Além de “IMO”, a Mostra Aurora selecionou os filmes “Madrigal para um poeta vivo” (SP), de Adriana Barbosa e Bruno Mello Castanho, “Ara Pyau – A primavera Guarani” (SP), de Carlos Eduardo Magalhães, “Dias vazios” (GO), de Robney Bruno Almeida, “Baixo centro” (MG), de Ewerton Belico e Samuel Marotta, “Lembro mais dos corvos” (SP), de Gustavo Vinagre, e “Rebento” (PB), de André Morais.

  O âmago, o mais íntimo

Bruna Schelb senta-se despretensiosamente em uma cadeira de diretora de cinema, de madeira e tecido jeans, talvez tie-dye, conversando com o clima hippie-místico e mais uma mistura de referências, incluindo um quadro dos Beatles, da animação “Yellow Submarine”, tudo em seu apartamento na Rua São Mateus. “A minha avó tem uma loja de coisa indiana, daí que vem toda essa parafernália”, diz ela rindo, enquanto sua gata Nefasta atravessa para lá e para cá o tapete em que estamos sentadas para uma conversa. Pela primeira vez, um filme de Juiz de Fora está na Mostra Aurora, uma das principais e mais cogitadas para a Mostra de Cinema de Tiradentes.

A exibição de “IMO”, que será lançado no dia 23 de janeiro durante o festival, é certamente um marco para a história recente do audiovisual de Juiz de Fora, muito decorrente da habilitação em cinema do Instituto de Artes e Design da UFJF. “IMO” é um filme feito por amigos que conheceu por conta da faculdade. Bruna escreveu o roteiro, produziu toda a parte burocrática – planilhas e mais planilhas -, trabalhou para arcar com boa parte dos gastos, dirigiu, fez o som e chamou a equipe totalmente por afinidade e não somente conhecimento, técnica e portfólio. Essa escolha foi importantíssima, faziam e refaziam até chegar ao resultado que queriam, sem discurso de sofrimento, apesar dos perrengues. A direção de produção ficou com Renata Schettino, e Luis Bocchino fez a montagem e a fotografia, além de ter contribuído na edição de som. Ana Luiza Fernandes assina a direção de arte, e Isadora Martins, os figurinos.

O nome de Bruna constar na Aurora, junto a somente outros seis, de imensa maioria homens, tirando apenas Adriana Barbosa, de São Paulo, reforça o quão potente está sendo (essa nova geração? esse recente movimento?) não sei qual palavra usar para não cair em categorias. Mas é fato que muitas minas do audiovisual estão naturalmente, à medida que produzem, escrevem, dirigem e gravam, aparecendo e sobressaindo com seus nomes, ainda pouco ou nada conhecidos, no cinema de Juiz de Fora, historicamente marcado por homens. Se pegarmos as fichas técnicas de produções cinematográficas de Juiz de Fora serão sempre os mesmos nomes e as mesmas produtoras com oportunidades e reconhecimento. E, claro, que ótimo que temos estes destaques, mas Bruna, assim como muitas meninas do cinema que vimos ser premiadas no Festival Primeiro Plano deste ano, trazem um frescor de linguagem, proposta sensível e talvez o apontamento de uma nova estética para um audiovisual muito demarcado pelas mesmas figuras.

Realidade surreal

A característica surrealista é o que chama a atenção no roteiro de Bruna Schelb. O cinema autoral independente brasileiro é, quase sempre, de ficções com características do realismo. Bruna parte de uma questão social realista, sobre a opressão e violência contra as mulheres, mas coloca sua percepção crítica em planos de câmera fixa que filmam a memória coletiva das mulheres, puxando os elementos incomuns e bizarros de quando tentamos retomar este lugar, a memória. Quando nós voltamos ao passado através de memórias, não expomos apenas um pensamento onírico, mas uma realidade em cima do que apareceu em nossa mente. É comum a gente fazer careta, chorar, rir, repugnar, ou seja, sentir, ao relembrar. Quase como se vivêssemos aquela cena novamente. Uma realidade interna é tão importante de ser vivida e sentida quanto uma realidade externa. Isso é algo que já escrevi em reflexões pessoais e reescrevo aqui, porque “IMO” parece se tratar exatamente disso.

A Mostra Aurora, que nesta edição teve curadoria de Cleber Eduardo e Lila Foster, tem por base escolher filmes de diretores estreantes no cinema, isso culmina também em outros critérios relacionados a criatividade e inventividade. Justamente por estarem iniciando, esperam-se novas possibilidades para o cinema, não somente analisando a temática, o pano de fundo dos enredos, mas principalmente a originalidade estética e o caráter experimental das produções. O que parece fazer todo sentido com o “sem-sentido” de “IMO”. Bruna Schelb não quer de maneira alguma entregar nada pronto, o filme é uma abertura para ser sentida, é sinestésico e sensorial. As metáforas traduzem as muitas coisas que a narrativa quer dizer, por meio de planos longos e estáticos, às vezes com o som contando mais histórias do que as próprias imagens. Não há qualquer movimento de câmera o filme inteiro. E, por não ter diálogos, vamos dizer que o “texto” virá na cabeça de quem for assistir. Talvez uma experiência que se assemelhe, em certa medida, com a identidade que vem sendo construída pelo cineasta e documentarista juiz-forano Marcus Pimentel. O “silêncio” e as imagens são a potencialidade total de suas produções.

Sem diálogo

“O ‘IMO’ é um filme que não tem fala, não tem diálogo, é apoiado mesmo no que está ali, no visual. Quando fomos planejar, pensamos muito na fotografia, muito na arte, porque esses outros elementos que são convencionais em um filme, e a gente entende como convencional, que tem uma certa explicação dentro do cinema, não são o principal aqui. A gente tentou fazer coisas bonitas mesmo, boas de olhar.”

A passagem do momento das três protagonistas, em atividades rotineiras e intimistas, para a quebra que as leva ao encontro do lugar onírico, que é a própria memória, é completamente demarcada pelo som. Sem dúvida, a captação de áudio e a edição deste material foram o que deu mais trabalho em todo o processo. “O que eu tentei fazer aqui foi colocar essas mulheres na memória como se fosse um lugar físico. Esse lugar onde elas estão não existe, é a memória delas. Até dentro da realidade, elas estão em memória. Quando a gente revisita uma coisa que aconteceu no passado, a gente cria em cima daquilo.” O som de todo o filme é seco, há somente uma trilha, um red time dos anos 1920 na cena final, o restante são sons que evidenciam sensações do que está acontecendo em cena. “O roteiro é todo trabalhado para o som de as coisas falarem, o som foi escrito como se fosse uma ação.”

Após essa quebra, todas as três personagens, com nomes que significam “feiticeira” em outros idiomas, encaram realidades bizarras que retratam a opressão da mulher. “As meninas passaram por umas provações reais. A Helena [Frade], durante a cena em que ela arranca os próprios olhos, estava cega o tempo todo, literalmente. A gente tampou o olho dela com maquiagem e ela ficou cinco horas de gravação sem enxergar”. Essa também foi uma escolha de Bruna para intervir o mínimo na direção de atores, querendo pegar exatamente o jeito de cada uma das mulheres que foram convidadas a atuar.

Memória coletiva e social

“Toda mulher tem um momento em que passou por uma parada parecida, se sente exposta, o filme trata a nudez e é pautado na memória coletiva das mulheres, que são vistas como sujeito social diante das situações provocadas pela sociedade onde estão inseridas. Então, não é a memória de uma forma lúdica, é a memória de uma forma social”, explica a diretora, afirmando que “IMO” desperta de maneira diferente nas mulheres, que os homens jamais estiveram na pele de uma mulher, compartilhando medos, vergonhas, preconceitos, mas também vontades deste universo.

“Sabe quando você sente um cheiro e lembra de outra coisa? É um filme construído assim. Eu não preciso apontar ‘aqui está uma opressão’ ou ‘aqui está uma reação a uma opressão’. É um filme sobre sentir e querer fazer isso. São lembranças que a gente explica no filme de uma forma não-real. Para uma mulher, ver esse filme é uma experiência diferente de um homem. A ideia é essa: uma mulher vai sentir esse filme, um homem vai ver esse filme.”

O filme foi todo gravado na Fazenda do Vale em Matias Barbosa, trazendo um clima bucólico à fotografia, inesperado no roteiro escrito para ser filmado em ambiente urbano. Bruna tinha o desejo de gravar em Cataguases, onde cresceu, criança, vendo quadros do Humberto Mauro na parede do seu avô, pensando que fosse um amigo dele, e sempre lendo sem parar. “Meu crescimento é de contar história lendo. E como fui estudar cinema, aprendi a técnica e fui fazendo. Mas não quer dizer que eu planejei trabalhar com cinema, não houve um ensaio na vida”, diz Bruna, sentindo-se feliz, principalmente em poder mostrar, através desta conquista, a suas irmãs bem mais novas que é possível elas serem elas mesmas, realizando e fazendo o que gostam.

Sobre referências, estas que vão sendo traçadas ao longo de toda nossa vida, Bruna tem o cineasta Rogério Sganzerla como maior fonte de vontade de fazer cinema. Tanto “IMO”, mas principalmente seu recente curta “Vampiro da ocupação”, premiado no Festival Primeiro Plano, teve influência do cinema de Sganzerla. “Essa liberdade de criar e não ter vergonha de ser brasileiro, de ter sua própria referência, sem medo de ser reprovado. De ser eu. Toda vez que eu duvidava de alguma coisa, eu ia na memória que eu tenho dele.”

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Veículo: Digoreste

Editoria: Saúde

Data: 03/01/2018

Link: http://www.digorestenoticias.com.br/adultos-tambem-podem-ter-sorriso-metalico-2/

Título: Adultos também podem ter sorriso metálico

O famoso sorriso metálico não é mais exclusividade das crianças. Com o aumento da expectativa de vida no país, há também um movimento diferente na procura por procedimentos estéticos. “Ainda não temos isso mensurado cientificamente, mas percebemos que há alguns anos não se falava em cirurgia plástica ou tratamentos ortodônticos em adultos. Hoje, não só a saúde bucal, mas o corpo como um todo recebe muita atenção, o que influencia diretamente na autoestima e longevidade”, explica o presidente do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP), Claudio Miyake (CROSP: 37416).

A busca pelo sorriso perfeito faz com que muitos adultos cheguem ao consultório em busca do aparelho odontológico apenas por uma questão estética, sem problemas dentários ou ósseos para serem resolvidos. Essas duas últimas situações, segundo o professor titular de ortodontia da Universidade de Juiz de Fora Robert Vitral (CROMG: 9146), são as causas mais comuns para o uso do aparelho. Os problemas dentários ocorrem quando falta ou sobra espaço entre os dentes, quando eles estão mal posicionados ou, também, quando o paciente tem dentes a mais ou a menos. Já os problemas ósseos têm ligação com o posicionamento da mandíbula e da maxila, que podem estar desalinhadas e interferindo na oclusão.

Em casos nos quais os problemas são dentários, o uso do aparelho na fase adulta pode ser efetivo. O procedimento em si é feito da mesma forma que nas crianças: o dentista cola os bráquetes nos dentes do paciente e, então, seleciona um fio que atue de acordo com o resultado esperado. Porém, em função dos dentes já estarem em uma posição estável e a fase de crescimento já ter acabado, o tratamento precisa ser mais suave.  “Em crianças as condições costumam ser mais favoráveis, pois a dentição é mista [formada por dentes de leite e dentes permanentes], então você já consegue ver os espaços da troca dos dentes e pode utilizar esses espaços a favor do tratamento”, diz Vitral. Generalizações, porém, não são cabíveis para explicar o tratamento, pois o tempo e a forma como ele será feito sempre vai depender da avaliação feita por cada dentista ou ortodontista.

Um ponto que exige atenção para quem vai colocar o aparelho durante a vida adulta são as doenças periodontais. Miyake ressalta que quando o paciente está com problemas nas gengivas, tártaro ou periodontite, o uso de aparelho não é recomendado, pois há risco de perder o dente, visto que os tecidos de sustentação estão fragilizados. Primeiro é preciso resolver o problema periodontal com um especialista na área e, em seguida, avaliar se é possível fazer o tratamento ortodôntico.

Já nos casos em que o problema é ósseo, a única alternativa para os adultos pode ser uma cirurgia. Quando o paciente está em fase de crescimento, é possível realinhar a mandíbula e maxila através do aparelho ortopédico, mas quando esses ossos já estão formados, só a força dos fios não é capaz de reparar o problema. Nesses casos, segundo Vitral, é preciso um trabalho conjunto do cirurgião com o dentista, pois os dentes devem estar corretamente alinhados para que a cirurgia possa corrigir o posicionamento da mandíbula ou maxila.

Não há idade certa para ter a boca saudável e com a popularização e os avanços dos procedimentos odontológicos, cada vez mais gente pode ter acesso aos tratamentos. No caso dos aparelhos ortodônticos, um dos atrativos para os adultos são os bráquetes em cerâmica, que não interferem tanto na beleza do sorriso durante o uso. Mas, independentemente da idade, os cuidados com a higiene são indispensáveis para obter bons resultados. Os bráquetes são fatores potenciais no acúmulo de alimentos e desenvolvimento de placa bacteriana, o que exige do paciente uma higiene oral impecável, com escovação adequada, uso de fio dental e enxaguante bucal.

É importante lembrar que depois de tirar o aparelho é preciso utilizar contenção nos dentes inferiores e aparelho removível superior. O professor da UFJF explica que quando o paciente chega no consultório para fazer o tratamento, aquele problema é a situação estável, o natural para o corpo do paciente. A situação após a terapia é uma alteração, uma situação não estável. “De uma forma bem simples, podemos dizer que os dentes são ligados aos ossos por meio de fibras que tem características elásticas. Se você puxa um elástico, a tendência é que ele volte. As modificações tem uma tendência a voltar ao que era normal para ela, tenta retornar à situação estável”, diz Vitral. Portanto, para que o organismo se acostume àquela nova condição, é indispensável que o paciente use esses dois outros mecanismos.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Coluna Cesar Romero

Data: 03/01/2018

Link: http://tribunademinas.com.br/colunas/cesar-romero/03-01-2018/a-20.html

Título: – Voo livre

Breno Moreira, aluno da pós-graduação em ecologia da UFJF apresentou a tese de doutorado sobre a Nanofloresta Nebular – tipo de vegetação característica do Parque Estadual do Ibitipoca. A pesquisa, inédita, foi iniciada em 2014 e terminou em 2017.

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