O ciclo de conferências científicas do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) recebe nesta terça-feira, dia 26, o pós-doutorando vinculado ao projeto de criação do Biobanco nacional de células-tronco, Giovane Gomes Tortelote. A palestra, que acontece às 12h no Anfiteatro A do ICB, é uma das atrações do ciclo voltado para enriquecer o conhecimento não somente da comunidade acadêmica, mas sim de todos interessados pelo assunto, uma vez que é gratuita e aberta para todos os públicos. As conferências estão programadas para ocorrer toda primeira terça-feira do mês.
Segundo o coordenador do ciclo e professor do Departamento de Fisiologia do ICB, Ruben Ernesto Navarrete, o evento também se caracteriza como uma oportunidade para estimular colaborações entre estudantes e docentes focados em estimular a pesquisa na Instituição. “É sempre importante incentivar o aumento da contribuição científica e, ainda, divulgar novidades inovadoras dentro das áreas de estudo”, avalia Navarrete. “É fundamental o papel da universidade na formação intelectual e crítica. Tenho contato com esses modelos de conferências abertas e participativas desde minha época como aluno e, como constatei que me ajudou no crescimento do meu envolvimento e empenho acadêmico, procuro promover eventos desse porte na UFJF.”
Biobanco: combate contra a doença renal crônica
A criação de um biobanco de células-tronco de pluripotência induzida é o foco da apresentação do pesquisador Giovane Tortelote, PhD em Biologia do Desenvolvimento e pós-doutorando da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde o projeto tema de sua palestra é elaborado com o objetivo de fornecer aos pesquisadores brasileiros o acesso a um biobanco nacional de material biológico que, por sua vez, pode ser utilizado para o desenvolvimento de novos medicamentos e até mesmo novos métodos para o combate da doença renal crônica (DRC), que coloca em risco cerca de 15 milhões de brasileiros, segundo estimativas da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN).
Atualmente, o tratamento da DRC é feito à base de medicação e, em estágios avançados da doença, as opções do paciente se restringem à hemodiálise ou transplante de rim. Com a demanda por órgãos cada vez mais crescente, torna-se emergencial o surgimento de novas terapias, o que seria possibilitado pela criação do biobanco nacional, capaz de auxiliar estudos para a obtenção de fármacos e processos de regeneração celular, por exemplo.
De acordo com o palestrante, a conferência, intitulada “Criação de um Biobanco Nacional de células e sua importância para estudos de regeneração renal”, irá apresentar o panorama geral do andamento e das fases de criação do biobanco, bem como estratégias de regeneração do parênquima renal.
Outras informações:
(32) 2102-3201 / (32) 2102-3202 (Instituto de Ciências Biológicas – ICB)