Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cultura

Data: 25/12/2015

Link: http://www.tribunademinas.com.br/aesperademaisholofotes/

A espera de mais holofotes

Uma das maiores expectativas das artes cênicas de Juiz de Fora, há décadas, deve ganhar um ponto final no próximo ano. Com as obras iniciadas na década de 1980, o Teatro Paschoal Carlos Magno é prometido, pela atual gestão, para o segundo semestre de 2016. Com uma ocupação crescente, o Centro de Esportes e Lazer Unificados (CEU) da Zona Norte também deve se firmar como um palco com programação contínua.
Integralmente abertos, os palcos do CineTheatro Central e Centro Cultural PróMúsica consolidarão suas ocupações através de editais públicos, também nos meses que se seguem. Ainda que fragilizada pela ausência de uma cadeia mais complexa de formação, a área, mais uma vez, se porta na direção das esperanças, com alguma independência do poder público e muito vigor para fazeres continuados.

No ano em que completa 80 anos de vida e dez de seu projeto mais ousado, a Escola de Circo Carequinha, o palhaço Jamelão, interpretado por Dolor Pereira, receberá R$ 9 mil para executar “A arte do circo Dolor Pereira”, projeto aprovado pela Lei Murilo Mendes. Além dele, outros quatro produtores devem ganhar os palcos com o incentivo municipal, dentre eles o dramaturgo, ator, pesquisador e diretor Felipe Moratori, que traz à cena “Entre duas (in)tensões”. “Tratase de uma pesquisa com 12 atores sobre ‘dualidades’. A ideia é que eles formem duplas ao longo do processo e, no final, façam seis montagens, nas quais as duplas são responsáveis por toda a execução das encenações”, explica Moratori, que divide a direção com Bruno Quiossa e recebe, como convidados, a poeta e professora Carolina Barreto e o professor de dança carioca Massuel Bernardi.
Previsto para maio, o novo texto de Moratori, “O circo dos quasevelhos”, também espera irromper o palco após o terceiro sinal, de maneira independente. Repetindo a dobradinha com Quiossa, ele divide a direção, e os dois vão para a cena junto dos atores Renan Kirchmaier e Michele Simões, contando uma história futurista, que debate religião, sexualidade e sociedade. A trama se passa num tempo no qual pessoas de mesmo sexo conseguem ter filhos e as crianças se tornam imunes a uma doença que causa o envelhecimento dos corações, o que lhes rende intensa perseguição. O Contaê Histórias, que em 2015 falou de morte e vida com o espetáculo “Contos de mal-assombro”, retorna aos palcos com “A pedra do meiodia”, texto em cordel de Braulio Tavares sobre a bela Isadora, que, salva pelo valente andarilho Artur, precisa encontrar a pedra do título para livrar seu reino de um feitiço. 50 anos de Divulgação

Criado em 1966, na antiga Faculdade de Filosofia e Letras (Fafile) da UFJF, o Grupo Divulgação chega a meio século de vida no próximo ano, preparando um livro, um site, além de peças e cursos comemorativos. Com mais de 160 montagens, encenadas por mais de 500 universitários, a companhia dirigida por José Luiz Ribeiro é uma das mais longevas e consolidadas da região, com trabalhos de pesquisa para adolescentes, adultos e idosos, o que dá ainda mais responsabilidade para as bodas de ouro. Segundo a integrante e diretora do Forum da Cultura, sede do grupo, é aguardada com ansiedade a pintura da casa, além de reparos elétricos e recomposição do jardim, que perdeu suas frondosas árvores frontais neste ano. “O GD certamente terá muito trabalho pela frente para comemorar seus 50 anos”, diz. “Todos nós, que trabalhamos pelo Forum, ficaríamos muito felizes se, em 2016, conseguirmos repetir a produção de 2015″, completa.
Após um ano escasso em montagens vindas de fora, o CineTheatro Central já tem programado espetáculos de Gustavo Mendes nos dias 23 e 30 de janeiro, além de uma montagem do Teatro de Quintal (TQ), no dia 31 do mesmo mês, tudo incluído na 15ª Campanha de Popularização do Teatro em Juiz de Fora, nada mais. Os teatros do Centro Cultural PróMúsica e do Centro Cultural Bernardo Mascarenhas devem anunciar ocupação no início do ano. Já fixado na agenda do juizforano como uma das principais atrações infantis da cidade, o projeto Diversão em Cena ArcelorMittal, que levou mais de dez mil espectadores em 35 espetáculos, deve retornar aos domingos do Teatro Solar ainda no primeiro semestre de 2016, sem data confirmada. Cena ousada Ainda que não tenham sido muitas as estreias de artes cênicas em 2015, o ano foi pleno em inventividade para os produtores juizforanos.
Do drama da ditadura relacionado à história de Santa Catarina, encenado pelo Grupo T.O.C. em “Canção de ninar”, ao espetáculo itinerante “Quase nada é verdade”, apresentado em espaços alternativos e com histórias paralelas, dirigido por Rodrigo Portella, passando pela montagem infantil “Proibido miar”, da Estação Palco, mesma produtora do espetáculo “Encontro”, que reunia jovens atores ao trio Lúdica Música!, a cena local ganhou contornos diversos para linguagens igualmente diferentes. Se não houve a tão esperada Bienal da Dança, aconteceu o “JF em dança”, evento proposto pela classe em parceria com a Funalfa, demonstrando o amadurecimento político e estético dos bailarinos juizforanos.
Com cortes financeiros, o Festival Nacional de Teatro diminuiu seu formato, mas não deixou de render bons momentos, como a apresentação da paulista Cia. Ibirá com “Mazzaropi, um certo sonhador” e o aplaudido monólogo da uruguaia radicada carioca Florencia Santángelo, em “Acorda amor!”.

———————————————

Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Esportes

Data: 25/12/2015

Link: http://www.tribunademinas.com.br/asequipesdejfnaotemseguranca/

As equipes de JF não têm segurança

Nunca, nos cinco anos de participação da Superliga, o time de vôlei que representa Juiz de Fora fez um turno tão ruim. O JF Vôlei perdeu todas as 11 partidas que disputou.
Com diversos dificultadores, começando pela perda da verba que a UFJF destinava à equipe, passando pela demorada – e não concretizada – negociação com o Flamengo, e culminando na postergação da montagem do elenco, a equipe luta para vencer os percalços e se manter na elite do voleibol nacional. Em entrevista à Tribuna, o diretortécnico do projeto, Maurício Bara, não esconde os problemas.
Mesmo tento prospectado cerca de 150 empresas, e estabelecido algumas importantes parcerias, Bara diz que o saldo no caixa é negativo. “Hoje, estamos com um orçamento de R$ 300 mil, ainda não completos. Temos que agradecer todos os parceiros, senão nem teríamos iniciado”, conta.

Para garantir a manutenção do projeto, iniciativas, como o sócio-torcedor, buscam se desprender das empresas e captar recursos próprios. O programa, iniciado nesta temporada, é uma das apostas para a mudança do sombrio cenário financeiro vivido em 2015. Para 2016, Bara projeta um Ano Novo e um returno diferentes, com recuperação, dentro e fora de quadra.
Tribuna:
Onze jogos e 11 derrotas. Como está sendo assimilar esse início negativo de Superliga?
Maurício Bara: É um duplo sentimento. Falar que não imaginávamos que isso podia acontecer é mentira. Por outro lado, há um sentimento de frustração porque estamos fazendo boas partidas, chegando próximo das vitórias. Em alguns jogos, o placar não condiz com o que apresentamos. Contra o SesiSP, por exemplo, lideramos dois sets. Talvez lá em julho, por exemplo, a gente esperasse essa dificuldade. Mas depois o jogo foi se acertando. No entanto, quando os resultados não vêm, o nível de stress aumenta. Ainda há todo o returno pela frente.

Você ainda acredita na chance de classificação para os playoffs ou o planejamento para o segundo turno vai ser somar pontos para não ser rebaixado?
A tabela está muito embolada. Ainda temos um espaço de melhora grande, tanto individualmente quanto coletivamente. Hoje dizer que iremos lutar pelo playoffs é muito complicado. Mas isso também era complicado nas últimas temporadas, e, em algumas delas, acabamos chegando perto da classificação.

Mesmo no momento difícil, segundo estatísticas da CBV, há jogadores do JF Vôlei se destacando, como Renato e Fábio Paes, por exemplo. Como você avalia isso?
A sensação é que as coisas não estão tão longe da gente. O ponto positivo está sendo conseguir jogar contra as principais equipes em jogos duros. Fizemos jogos duros contra SesiSP, Taubaté, Brasil Kirin. Mas entre equilibrar e ganhar existe uma distância. 

Assim como em quase todas as temporadas, o time oscila bastante, apresentando bom nível em alguns sets e caindo de rendimento em outros. A que você atribui isso?
Acho que uma coisa que o pessoal precisa entender é que estamos jogando nas condições mais difíceis do mundo. Em termos de equilíbrio de jogos, a Superliga é uma das competições mais disputadas do planeta. O grosso da Seleção Brasileira joga nas equipes do país. Para uma equipe como a nossa, não é fácil ganhar um jogo fácil. Na verdade, nunca ganhamos um jogo com facilidade. As pessoas não têm uma noção real da dificuldade da competição. Quando você entra mais fragilizado, devido a uma série de fatores, como os que aconteceram de janeiro para cá na montagem da equipe, é mais difícil ainda. Já passamos por momentos tão difíceis quanto, mas estávamos muito melhor, em termos de equilíbrio e orçamento.

Como está sendo a relação com o torcedor neste momento difícil? O apoio prevalece?

Uma coisa é o torcedor que vem ao ginásio. Incrivelmente, não tivemos baixa no público. Estes torcedores são fiéis e entenderam a nossa dificuldade. O sacrifício é enorme. Não podemos nos dar ao luxo de nos abater com as críticas.

Já passou pela sua cabeça a possibilidade de rebaixamento? Caso isso aconteça, o projeto continua?
Cito o exemplo do São Bernardo para os jogadores, a equipe que passou por situação semelhante à nossa. Caiu e está se preparando para voltar. Em alguns anos estivemos perto disso (rebaixamento) também. Não podemos sofrer antes de acontecer, mas, se acontecer, vamos lutar para voltar. Acreditamos também na nossa história, de buscar fôlego no returno.

———————————————

Veículo: Globo Esporte

Editoria: Zona da Mata

Data: 26/12/2015

Link:http://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2015/12/governo-libera-mais-r-2-milhoes-para-hospital-universitario-da-ufjf.html

Governo libera mais R$ 2 milhões para Hospital Universitário da UFJF

O Hospital Universitário (HU) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) vai receber R$ 2 milhões do Ministério da Saúde. O repasse foi autorizado pela portaria 2.146 publicada na quarta-feira (23) no Diário Oficial da União e faz parte do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (Rehuf), pactuado com as unidades integrantes da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).

Os recursos devem ser aplicados em reformas, aquisição de materiais médico-hospitalares e mais ações de acordo com a necessidade e o planejamento da instituição. Neste ano, a unidade já recebeu R$ 1 milhão em setembro; R$ 2,5 milhões em agosto; R$ 1,5 milhão em julho e pouco mais de R$ 1,2 milhão em abril.

Além do HU da UFJF, Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU)também foi contemplado dentro do repasse de R$ 15,7 milhões para quatro universidades federais mineiras. No total, a portaria liberou o total para R$ 100 milhões para 48 hospitais em 16 estados e no Distrito Federal.

Segundo a assessoria do Ministério da Saúde, os recursos foram descentralizados por meio do Fundo Nacional de Saúde e devem ser pagos em parcela única. As instituições indicadas comprovaram o cumprimento das metas de qualidade relacionadas a porte e perfil de atendimento, capacidade de gestão, desenvolvimento de pesquisa e ensino e integração ao SUS.

———————————————

Veículo: Globo Esporte

Editoria: Zona da Mata

Data: 26/12/2015

Link: http://www.tribunademinas.com.br/transitodacidadealtasofrecomcrescimentodaregiao/

Trânsito da Cidade Alta sofre com crescimento da região

O adensamento da Cidade Alta, observado principalmente nos últimos dez anos, reflete de forma negativa no trânsito da região. Os problemas podem ser vistos, principalmente, no maior corredor de tráfego do Bairro São Pedro, a Avenida Presidente Costa e Silva, via essencial para quem mora em outros bairros do entorno. Entre eles, Aeroporto, Marilândia, Santos Dumont, Nova Califórnia e Adolpho Vireque. Conforme dados do último censo demográfico do IBGE, feito em 2010, a região é composta por 28.500 habitantes, número que, no entanto, já está defasado. Prova disso são os novos empreendimentos imobiliários da área, sem contar aqueles em fase de construção.Apenas um deles, inaugurado no fim do ano passado, é formado por mais de 500 apartamentos. Outro, com chaves entregues em setembro, é composto por 220 moradias. Neste cenário, os problemas no tráfego se potencializam.
Na Costa e Silva, situações de desrespeito são facilmente flagradas, sendo praticadas tanto por motoristas quanto por pedestres. No caso dos automóveis, são conversões irregulares, paradas em locais proibidos e alta velocidade. Para quem percorre a via a pé, a principal imprudência é quanto à travessia, feita, em muitos casos, em áreas não sinalizadas. Para quem usa a via, no entanto, há um consenso: os abusos são cometidos por falta de opção. Em 2012, quando a Costa e Silva foi revitalizada, com alterações de sentido de ruas e restrições para cruzamentos de veículos, existia a expectativa de ela se transformar, no futuro, em um binário com a Pedro Henrique Krambeck, fato não concretizado.
Moradora do São Pedro, a aposentada Maria do Rosário Galvão, 67 anos, disse que o trânsito na Costa e Silva tem se tornado cada vez mais perigoso. “São poucas as faixas de pedestres, e elas estão muito distantes umas das outras, o que dificulta nossa travessia segura”, lamentou. Já a dona de casa Solange Mendonça, 44, denuncia que o problema está pior nas madrugadas, por causa do tráfego intenso de condutores atraídos pelas casas noturnas. “Os motoristas correm muito, e vários deles não respeitam o semáforo.”
A todo o momento, é possível identificar outros problemas, como conversões irregulares e paradas de veículos em espaços não permitidos pelas placas de sinalização. A leitora Geórgia Negreiros também denunciou, via WhatsApp, reserva de vagas na Costa e Silva. Segundo ela, que tem filho com deficiência estudando em uma escola na via, existe a dificuldade em embarcálo e desembarcálo, porque não existe uma vaga exclusiva. Por conta disso, ela já teve o carro multado algumas vezes, enquanto que condutores de caminhões e comerciantes seguram os espaços com engradados e até cadeiras.
De acordo com a Settra, a pasta tem intensificado a fiscalização, por meio de agentes de trânsito deslocados para trabalharem na região. Em longo prazo, a Settra, via assessoria de imprensa, disse que as obras da rodovia BR440 favorecerão na organização do trânsito, potencializando a segurança tanto de motoristas como de pedestres.

Proposta de binário depende da BR440 

Mas não é só a Avenida Presidente Costa e Silva que está despreparada para atender o grande fluxo de carros e pessoas. A avenida perpendicular a ela, a Pedro Henrique Krambeck, que coincide com a rodovia BR440, também não suporta o fluxo. O trecho que não passou por intervenções para a construção da estrada, entre o trevo de acesso ao Viña del Mar e a Rua Roberto Stiegert, está saturado. Além disso, os problemas envolvem a necessidade de revitalização do asfalto e das sinalizações horizontal e vertical. O mecânico Wanderley Daniel, 28, que trabalha em uma oficina na via, denuncia a saturação. “O trânsito é horrível, principalmente nos horários de pico, pois falta infraestrutura. Por isso os acidentes são constantes. Penso que ajudaria muito as pessoas se a Prefeitura assumisse as obras (da BR440) e fizesse as correções necessárias.”

Aposta em rodovia
Conforme a Settra, a situação da Cidade Alta vem sendo acompanhada e, no momento, os esforços estão concentrados nas obras da BR440, a serem promovidas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). “Na proposta debatida com a Settra, ocorrem modificações consideráveis, que ainda estão sendo aprimoradas pela secretaria e o Dnit”, explicou, em nota. Ainda por esta razão, a Settra informou que a construção de um binário não é o mais indicado para o momento, já que é preciso aguardar os projetos previstos para a rodovia. 

Rotatória em frente ao campus é trecho polêmico

Do trevo de acesso ao Bosque dos Pinheiros até a entrada da UFJF são aproximadamente 700 metros. Sem movimento de automóveis, o trecho é facilmente vencido em cerca de dois minutos, mas, em horários de pico, o percurso pode levar até oito. O problema está, segundo os próprios condutores, na saturada rotatória que existe em frente ao acesso para o campus. De fato, o trânsito em frente a este dispositivo é complicado e exige paciência e atenção dos motoristas. “A preferência é de quem está na rotatória, mas como definir isso se todos estão nela, ao mesmo tempo, e cada veículo quer seguir para um lado diferente?”, questionou o fisioterapeuta Fernando Amorim, 33. Em 2012, a antiga administração da Prefeitura tentou uma solução para o problema que, no entanto, demonstrou-se deficiente. Na época, foi instalado um conjunto de semáforos
para disciplinar o tráfego, mas as retenções foram maiores do que as habituais. Desde então, nenhuma nova solução foi apresentada.
A assessoria de comunicação da Settra explicou que, qualquer definição do trânsito naquela região, o que inclui a rotatória, só será apresentada após definição sobre as obras da BR440, já que isso poderá interferir diretamente no comportamento do trânsito de toda a região. Recordou, no entanto, que a solução possível já foi feita, no ano passado, que foi a abertura de uma pista na saída do Pórtico Norte da UFJF.
Contorno viário
Outra possibilidade, já divulgada, é a possibilidade de construir um contorno viário na região, tirando o tráfego de passagem de dentro da UFJF. A proposta seria construir um desvio, a partir do Pórtico Sul em direção ao Estádio Municipal. Aberturas de ruas permitiriam a chegada dos condutores à Avenida Presidente Costa e Silva. Sobre isso, a Settra informou que ainda trabalha na busca de recursos para execução do projeto.