Veículo: G1 Zona da Mata
Editoria: Notícias
Data: 13/12/2017
Título: UFJF analisa 36 pedidos de recursos sobre as provas do Pism
A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) recebeu 36 processos de recurso para provas do Programa de Ingresso Seletivo Misto (Pism). Os pedidos foram protocolados pelos estudantes na segunda-feira (11).
De acordo com a Comissão Permanente de Seleção (Copese), os recursos são referentes às formulações das questões e aos gabaritos de cada prova objetiva. O resultado de cada pedido sai em até 72 horas.
Este ano, quase 30 mil candidatos se inscreveram para as provas do Pism e 7,85% deles não compareceram aos locais de exame em Juiz de Fora (MG), Governador Valadares (MG), Muriaé (MG) e Volta Redonda (RJ).
Os gabaritos das questões objetivas já foram disponibilizados e o dos exames discursivos será divulgado em janeiro.
As notas das provas do módulo III serão disponibilizadas no dia 1º de fevereiro de 2018, a partir das 15h. O resultado final do último módulo será divulgado no dia 8 de fevereiro de 2018. As notas dos módulos I e II podem ser acessadas online a partir do dia 8 de março de 2018. O resultado final sai no dia 15 de março, também a partir das 15h.
Pism 2018
Esta edição do Pism é especial para a UFJF, que aumentou o número de vagas e anunciou o reconhecimento de nome social no processo.
No primeiro dia, os participantes dos dois primeiros módulos fizeram prova objetiva e discursiva de língua portuguesa, química, matemática e geografia, sendo cinco questões objetivas e duas discursivas para cada conteúdo. Já no segundo dia, os exames objetivos e discursivos cobraram literaturas, biologia, física e história, com cinco questões objetivas e duas discursivas para cada.
Os candidatos do módulo III fizeram, no primeiro dia, prova objetiva de língua portuguesa, literaturas, biologia e matemática e provas discursivas de acordo com a área de conhecimento correspondente ao curso escolhido. No segundo dia, os participantes realizaram prova objetiva de física, química, geografia e história e discursiva de acordo com sua área de opção de curso.
Ao todo, são 2.323 vagas distribuídas entre os campi de Juiz de Fora e Governador Valadares, em 72 cursos diferentes, disputadas pelos 5.996 candidatos do módulo III. O módulo I do programa recebeu o maior número de inscritos, 14.355, enquanto o módulo II, 9.245. As vagas correspondem a 50% do total oferecido pela UFJF; a outra metade é destinada às inscrições por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que utiliza a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
O sistema de cotas também foi modificado. Do total de vagas, pelo menos 50% devem ser destinadas a candidatos que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas.
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Veículo: Tribuna
Editoria: Cidade
Data: 13/12/2017
Título: UFJF integra projeto sobre responsabilidade socioambiental em MG
A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) participou da primeira reunião de trabalho da Rede Sustenta Minas. A UFJF é a única universidade a integrar o grupo interinstitucional, proposto pelo Núcleo Socioambiental do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), que procura estabelecer cooperações entre instituições públicas, visando à troca de experiências e à implementação de iniciativas de responsabilidade socioambiental.
As coordenadoras do Departamento de Sustentabilidade da UFJF, Rosana Colombara e Alice Adolfina Pinto, estiveram na reunião, nessa terça-feira (12), representando a instituição. “Nós, enquanto instituição de ensino, temos que contribuir de alguma forma, porque o nosso papel é a formação. A ideia da rede é a disseminação das boas práticas que vêm sendo realizadas em cada um dos órgãos, e que a gente faça uma troca de experiências para usar as melhores possíveis para alavancar as questões de sustentabilidade no Estado de Minas Gerais”, diz Rosana, destacando a importância da formação da rede e da participação da UFJF.
O encontro resultou na elaboração do regimento da Rede Sustenta Minas, na definição de que os encontros serão trimestrais e na discussão da agenda para o ano que vem. A próxima reunião está marcada para março de 2018 e deve tratar da gestão de resíduos.
Pelo termo de cooperação técnica assinado, os componentes se comprometem a criar grupos de cooperação nas áreas de racionalização e redução de custos, construções sustentáveis, capacitação e produção científica, destinação adequada de resíduos, compras sustentáveis e compartilhadas e qualidade de vida.
Além da UFJF e do TJMG, a colaboração envolve o Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG), Tribunal Regional do Trabalho (TRT – 3ª Região), Tribunal Regional Federal (TRF) – Seção Judiciária de Minas Gerais, Tribunal de Justiça Militar de Minas Gerais (TJMMG), Tribunal de Contas de Minas Gerais (TCE-MG), Ministério Público de Minas (MPMG), Ministério Público do Trabalho de Minas Gerais (MPT/MG), Ministério Público Federal (MPF), Advocacia-Geral da União (AGU), Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG) e Defensoria Pública da União (DPU).
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cultura
Data: 13/12/2017
Título: Em audiência sobre tombamento no Poço Rico, moradores pressionam Poder Público
Não pertenceram a operários as casas agigantadas, com muitos e grandes cômodos, ricas em detalhes nas fachadas, no Bairro Poço Rico, segundo Carlos Alberto Pavam, um dos 140 moradores notificados no processo de tombamento do que seria um conjunto paisagístico urbano. Durante sua fala na audiência pública que aconteceu na Câmara Municipal na tarde desta terça (13), Pavam reivindicou para as casas da subida da Rua Antônio Dias e para o conjunto da Rua Dona Mariana Evangelista (perpendicular à primeira) o mesmo tratamento que têm recebido as 50 casas na área entre as ruas Pinto de Moura e Espírito Santo, e entre as ruas da Bahia e a Dr. Vilaça. Enquanto algumas permanecem, ainda que sem sinal algum do passado, outras deram lugar a descomunais torres de prédios em construção. Para o morador, os maiores interessados na memória do bairro são os próprios moradores, alijados de um processo que, a observar o debate no Legislativo, tornou-se imbróglio de ânimos exaltados e gestos agressivos.
“Não acredito em política pública que não envolva a comunidade”, sugere Pavam. “Achar que podem preservar aquela área sem comunicar a gente é um absurdo”, acrescenta o homem, pontuando as muitas famílias cujas gerações seguidamente apostaram num bairro que crescentemente deteriorou-se. “O trabalho deveria ter sido feito de maneira justa. É muito fácil para os autores do processo dizer que as casas são históricas sem comprovar. A impugnação, portanto, não tem valor algum, porque não há do que se defender quando não existem provas. Que processo democrático é esse?!”, questiona Luis Augusto Picorelli, advogado que assina o pedido coletivo refutando a ação preservacionista.
Cobrando o envolvimento da comunidade ainda no despertar do processo, outro morador, Paulo César Arcuri indaga: “Sou descendente do Pantaleone Arcuri, e minha família não tem interesse no tombamento. Isso é bastante sintomático, não é mesmo?!” Filha do engenheiro e arquiteto Arthur Arcuri e neta de Pantaleone, Alice Arcuri se diz adoecida diante da situação que a colocou como vilã no lugar onde mora. “Pessoas com as quais convivo há muitos anos acharam o pior de mim, que eu havia feito o pedido”, emociona-se, pontuando uma opinião que, certamente, seria a mesma do pai. “Se a cidade fez a opção pela especulação imobiliária não tem como discutir tombamento. Está feito”, defende, referindo-se à autorização para a edificação de um prédio de 11 pavimentos na região.
De acordo com o engenheiro civil Eduardo Lucas, o impasse envolvendo o Poço Rico é o estopim na questão urbanística de Juiz de Fora. “Tudo isso é a gota d’água de uma cidade que fez um Plano Diretor para inglês ver e não cumpriu nada. O que acontece aqui é reflexo do que não foi feito em 30 anos”, comenta. “Não defendo a verticalização, mas o preenchimento dos espaços urbanos vazios e a coerência paisagística. Estamos assistindo à falta de uma legislação robusta. Pode estar sendo aberta a porta da especulação no Poço Rico”, acrescenta.
Para Ricardo Capra Pereira, era necessário que houvesse um estudo de impacto. “Esse processo é de muita irresponsabilidade com os 140 moradores do bairro”, pontua. “Vivemos em um país democrático, onde se tem direito ao amplo diálogo, mas quando nós fomos ouvidos?”, faz coro Alexandre Reis da Silva, presidente da Sociedade Pró-Melhoramentos do Poço Rico. Advogado da associação que defende os moradores do bairro, José Rufino de Souza Júnior defende a ausência do princípio de prudência no processo. “Como se apresenta um pedido de tombamento sem o mínimo de conteúdo técnico? Essas instituições (que assinaram) estão sujeitas a penalizações. Estou diante de uma arbitrariedade”, comenta o profissional. “Nosso Comppac parece mais um carimbador maluco”, critica.
Para nascer a verdadeira preservação
Citados em diferentes momentos, bens tombados decadentes assumiram o protagonismo de discursos prontos a denunciar a ineficácia do tombamento como artifício da preservação. Do Palacete dos Fellet (esquina da Avenida Itamar Franco com Rua Batista de Oliveira), preservado pelo município, ao Marco do Centenário (na Praça da República), conservado segundo legislação federal, o tombamento foi colocado em xeque. “O Marco do Centenário é o exemplo maior de como o próprio Poder Público não dá conta de cuidar dos seus próprios bens e agora quer colocar na conta da iniciativa privada algo que nem ele mesmo faz”, critica Alexandre Reis da Silva. Bastante hostilizados por uma plateia cheia, formada predominantemente por moradores do Poço Rico, pesquisadores e defensores do tombamento precisaram, portanto, não apenas defender um gesto como também um mecanismo.
Segundo o professor do departamento de história da UFJF Marcos Olender, um dos que assinou o processo, representando a seção local do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), o revanchismo acaba por dissimular intenções reais. “Tanto as entidades que apresentaram o pedido quanto os moradores querem a mesma coisa, tem carinho pelo bairro”, diz, defendendo o compartilhamento do processo com a comunidade. Diretor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFJF, outra entidade que legitimou o processo, Gustavo Abdalla observa a importância de se pensar na cidade mecanismos de defesa do patrimônio como a regulação das áreas de diretrizes especiais (ADEs), realidade bem-sucedida em Belo Horizonte.
Para o superintendente da Funalfa e presidente do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural (Comppac) Rômulo Veiga, a adoção das ADEs em Juiz de Fora daria conta da polêmica que, segundo ele, “torna-se ainda mais complexa porque tange o individual e o coletivo”. Menos restritiva que o tombamento, a concepção de áreas de diretrizes especiais daria conta de preservar o Poço Rico impulsionando sua revitalização.
Pela revogação imediata
Como a resumir os enfrentamentos, o vereador Júlio Obama Jr. (PHS) – um dos poucos vereadores a presenciar a plenária – defende a imediata revogação do processo de tombamento. Ana do Padre Frederico (PMDB) e Vagner de Oliveira (PSC) concordam. “Se isso é uma luta, os moradores já ganharam. A sociedade precisa caminhar para o debate”, afirma. “O Comppac não pode ser representante de si mesmo. O diálogo é sempre possível, e a revogação também”, defende. Para o vereador Betão (PT), há condições de revitalização do bairro, e a Comissão de Urbanismo da Câmara Municipal deve intervir para garantir o debate no imbróglio. Defensor do patrimônio público, Castellar (PT) pontua que, no tombamento do conjunto, a preservação não pode ser feita à revelia dos envolvidos.
Proponente da audiência, o parlamentar Dr. Adriano Miranda (PHS) sugere que existam alternativas à preservação do bairro. “Não sou contra o conceito, mas sou contra o abuso, o desrespeito, a tirania e, sobretudo, contra a covardia”, comenta. “Se o Poder Público tem o poder de interferir, também pode dar qualidade de vida mínima para esses moradores. O Poço Rico está abandonado. Chega de conversa fiada, de historinha, de romantismo do tombamento. Precisamos é de estrutura”, argumentou o vereador, que apresentou um vídeo feito pelo morador Ricardo Capra, ao longo de 15 minutos, apresentando a estação de esgoto, o viaduto, a cracolândia, a mendicância, o trânsito pesado e o lote para a construção do prédio com 80 apartamentos. Pressionado, o secretário de Governo José Sóter de Figueirôa Neto compromete-se a ampliar a discussão, indicando uma possível reversão do quadro. “Há uma diretriz de governo que é o diálogo. Nada vai ser decidido sem ouvir a sociedade. Vamos discutir esse assunto até a exaustão”, garante.
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Veículo: G1 Vales de Minas Gerais
Editoria: Notícias
Data: 13/12/2017
Título: ‘Natal Iluminado’ em Governador Valadares terá apresentações gratuitas de corais e orquestras até o dia 16
Na noite desta quarta-feira (13) a banda de música da Polícia Militar de Governador Valadares (MG) apresenta um grande espetáculo dentro da programação do evento Natal Iluminado, realizado na cidade desde o início do mês, quando as praças da região central foram iluminadas após oito anos.
A apresentação da noite, que acontece às 19h, também terá a participação do coral da PM e acontece na Catedral Santo Antônio, que fica no Centro de Valadares.
Natal Iluminado
As apresentações do Natal Iluminado acontecem até o dia 22 de dezembro, com ações diversas. O diretor cultural do projeto, Kevin Figueiredo, destaca a importância de trazer este tipo de evento para a cidade, em uma época tão significativa. De acordo com ele, a programação, que possibilita a interação e a promoção gratuita de grupos artísticos, leva algo muito maior que a cultura e o lazer à população.
“Vários grupos artísticos têm se revezado no palco da Praça dos Pioneiros abrilhantando a iluminação que lá se encontra. Vivemos em uma sociedade que a rotina e o cotidiano são muito pesados, e o acesso à cultura de forma gratuita promove um acalento e refresco para alma, além de elevar a autoestima da população”, afirma.
Programação
Entre os dias 14 e 16, a partir das 19h, a concha acústica da Praça dos Pioneiros, no Centro, vai receber as apresentações da Orquestra Coral da Igreja Assembleia de Deus, do Coral Celebrais da Igreja Metodista Central e do Coral Universitário da UFJF-GV.
No domingo (17), no mesmo local, as crianças são as convidas especiais para acompanhar a chegada do Papai Noel, de 10h às 13h.
As demais apresentações, até o fim da programação, ainda não foram divulgadas.
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Veículo: MPF
Editoria: Sala de Imprensa
Data: 13/12/2017
Título: MPF ajuíza ação contra o INEP por recusa em fornecer dados sobre o ENEM 2016
Duas diretoras do órgão estão sendo acusadas de improbidade e estão sujeitas inclusive à responsabilização criminal por omissão no atendimento a requisições feitas pelo Ministério Público
O Ministério Público Federal em Uberlândia (MPF/MG) ingressou com ação civil pública contra o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), autarquia federal vinculada ao Ministério da Educação, para obrigá-lo a disponibilizar dados e documentos referentes ao Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) de 2016.
Em janeiro deste ano (2017), 13 candidatos representaram ao MPF em Uberlândia/MG relatando inconformismo com as notas resultantes da primeira e da segunda aplicação do Enem de 2016.
Naquele ano, em razão das ocupações nas escolas públicas, o exame foi aplicado em dois momentos, tendo a primeira aplicação ocorrido em 5 e 6 de novembro e a segunda, em 3 e 4 de dezembro, com o MEC assegurando que haveria isonomia nas avaliações dos candidatos independentemente do momento em que fizessem as provas.
No entanto, ao se divulgar o resultado geral, foi verificada grande disparidade entre as notas dos candidatos das duas aplicações, com visível superioridade daquelas obtidas por quem participou da primeira aplicação.
Segundo os representantes, candidatos com desempenho muito bom na segunda aplicação, com número de acertos próximo ao total possível, teriam obtido notas similares às de candidatos com desempenho mediano na primeira aplicação. Essa disparidade decorreria das diferentes bases amostrais (candidatos da primeira aplicação x candidatos da segunda aplicação) utilizadas na aplicação da chamada “Teoria de Resposta ao Item – TRI”, a qual considera, na avaliação, o percentual de acertos e erros em cada item dos candidatos da amostra.
Ainda de acordo com as representações, as evidências das diferenças entre as bases amostrais, que teriam distorcido o resultado da segunda aplicação em relação à primeira, estariam nas diferenças do percentual de “treineiros” participantes de cada aplicação; na maior abstenção da segunda aplicação em relação à primeira; e no tipo de candidato participante dos locais das provas da segunda aplicação.
Instados a apresentar esclarecimentos, MEC e INEP refutaram as alegações, afirmando, entre outras coisas, que o “cálculo da proficiência é processado em uma única base de dados, inexistindo tratamento diferenciado entre os avaliados nas três aplicações realizadas, uma vez que a nota apurada é resultante da relação entre o participante e o item e não entre o participante e o grupo”.
Em 27 de janeiro, o MPF chegou a realizar uma videoconferência com a presidente do INEP e com a participação de alunos, pais e professores, na tentativa de que as principais dúvidas fossem esclarecidas.
“Ao final, e diante de novos documentos que chegaram ao inquérito civil, inclusive demonstrativos de resultados de candidatos de alto desempenho que participaram da segunda aplicação, chegamos à conclusão de que não seria possível esclarecer o impasse sem a realização de perícia técnica, por profissional da área de estatística, preferencialmente especialista na Teoria da Resposta do Item, cujos parâmetros são os utilizados no Enem”, explica o procurador da República Leonardo Andrade Macedo, autor da ação civil pública.
O MPF identificou quatro experts no tema em todo o país, sendo que três deles tinham ligação com o INEP. Assim, o contratado foi um professor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), que elaborou um plano de trabalho, elencando os quesitos e a relação dos dados, informações e documentos que seriam necessários para a execução da perícia.
Esse material foi requisitado ao MEC em 11 de abril de 2017, mas as informações vieram incompletas. Em 7 de junho seguinte, o pedido foi reiterado, e em 3 de julho, o INEP respondeu que, para resguardar o sigilo dos dados, o trabalho pericial deveria ser feito nas dependências do instituto, sob acompanhamento dos servidores da Diretoria de Avaliação da Educação Básica.
No dia 13 de setembro, o perito viajou a Brasília/DF. Ao chegar à sede do INEP, contudo, ele teve negado seu acesso ao material.
Resistência injustificada – Em resposta às explicações exigidas pelo MPF para a situação, o INEP se limitou a afirmar que “o profissional indicado é servidor da UFJF, em regime de dedicação exclusiva” e que “de acordo com os registros do INEP, a UFJF é parceira desta autarquia em duas importantes frentes de trabalho em 2017, a saber, a realização do Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB) e do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja)”.
Para o procurador da República, “as razões alegadas pelo INEP para negar o acesso do perito ao material são absolutamente inócuas. Primeiro, porque o fato de ele estar submetido ao regime de Dedicação Exclusiva não o impede de obter retribuição pecuniária por colaboração esporádica de natureza científica ou tecnológica em assuntos de sua especialidade, como expressamente autoriza o art. 21, XII, da Lei 12.772/2012. Além disso, eventuais vínculos do INEP com a UFJF, ainda mais sem qualquer relação com o Enem, não interferem de forma alguma na atuação do professor como perito do MPF”.
“Na verdade, o que se percebe é uma resistência injustificada do INEP em fornecer os dados necessários à investigação, o que inclusive levanta a suspeita de que estariam escondendo algo ilícito relacionado ao exame nacional. Por isso, não tivemos outra saída a não ser ajuizar a ação civil pública para que a Justiça Federal viabilize o acesso do MPF aos documentos e informações que possam esclarecer se realmente houve, ou não, distorção no cálculo das notas da edição 2016 do Enem”, informa Leonardo Macedo.
Improbidade – As servidoras do INEP que se negaram a cumprir as requisições do Ministério Público Federal – Luana Bergmann Soares, diretora de Avaliação de Educação Básica (DAEB), e Eunice de Oliveira Ferreira Santos, diretora de Gestão e Planejamento e substituta eventual da presidente do instituto – estão sendo acusadas de improbidade numa outra ação proposta pelo MPF na última quinta-feira, 7 de dezembro.
“No caso concreto, não há qualquer fundamento legítimo para impedir o acesso do Ministério Público a dados, informações e documentos em poder do INEP, imprescindíveis para a realização de perícia destinada a esclarecer controvérsia técnica em inquérito civil público regularmente instaurado”, narra a ação.
Por isso, ao se recusarem a fornecer os dados, informações e documentos requisitados pelo MPF, retardarem deliberadamente o seu fornecimento e imporem sigilo à informação para fins de ocultação de ato ilegal, impondo resistência injustificada ao exercício das funções do Ministério Público, as rés incorreram em ato de improbidade administrativa, nos termos do art. 32, I e V e §2º da Lei 12.527/2011 e do art. 8º, §§2º e 3º da Lei Complementar 75/1993.
O MPF lembra que o dolo fica evidente quando se verifica que, em comunicação oficial anterior à viagem do perito, a diretora Luana Bergmann garantiu que colocaria “à disposição do órgão ministerial todos os documentos, base de dados e o que mais se mostrar necessário” para a investigação. Contudo, tendo sido devidamente comunicadas da visita e do cronograma de trabalho do perito com 10 dias de antecedência, Luana e Eunice de Oliveira acabaram impedindo seu acesso ao material.
Ainda conforme a ação, a conduta das rés também gerou desperdício de recursos públicos da ordem de R$ 3.873,82, em razão do pagamento de diárias e despesas com passagens aéreas do perito.
“Tal comportamento reprovável sugere que as requeridas buscam esconder dados relacionados ao ENEM, principal ferramenta de seleção para ingresso no ensino superior no país, cuja transparência deveria ser a máxima prioridade, de modo a garantir a credibilidade do exame, abalada nos últimos anos por fraudes e denúncias de vazamento de questões”, afirma o MPF.
Se condenadas, as rés estarão sujeitas às sanções da Lei de Improbidade Administrativa (Lei 8.429/92), entre elas, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos, ressarcimento ao erário, pagamento de multa civil e proibição de contratar com o Poder Público ou receber incentivos fiscais e creditícios.
Crime – O MPF ainda determinou a instauração de investigação para apuração da prática do crime previsto no art. 10 da Lei 7347/1985, que consiste em se recusar, retardar ou omitir dados técnicos indispensáveis à propositura de ação civil pública, quando requisitados pelo Ministério Público, com pena prevista de 1 a 3 anos de prisão.
Clique aqui para ter acesso à integra da ação civil pública.
Clique aqui para ter acesso à integra da ação de improbidade.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Podcast
Data: 14/12/2017
Título: Cristina Simões Bezerra, Diretora Faculdade de Serviço Social da UFJF, fala na CBN
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Veículo: TV Integração – Globo
Editoria: MGTV
Data: 14/12/2017
Título: Castelinho dos Bracher é tema de pesquisa de mestrado da UFJF
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Veículo: G1 Zona da Mata
Editoria: Notícias
Data: 14/12/2017
Título: UFJF altera gabarito de duas questões do Pism após recursos
A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) divulgou na tarde desta quinta-feira (14) o resultado dos pedidos de recursos para questões objetivas do Programa de Ingresso Seletivo Misto (Pism).
Ao todo, foram pedidas alterações em 36 questões e duas mudanças foram feitas pela equipe da Coordenação Geral de Processos Seletivos (Copese).
As mudanças foram em gabaritos de uma questão de língua portuguesa do módulo III, aplicada no primeiro dia de exames. A outra foi na prova de biologia do módulo II, no segundo dia.
A orientação da UFJF para candidatos que entraram com recurso na Central de Atendimento é que eles compareçam ao setor para verificar a resposta da banca avaliadora sobre as solicitações. No caso dos pedidos indeferidos, não cabe outro recurso.
Cartão resposta e notas
Os participantes do módulo III poderão pedir o espelho do cartão resposta das provas objetivas, também via recurso, no dia 2 de fevereiro de 2018. Já os candidatos dos módulos I e II poderão fazer a mesma solicitação, porém no dia 9 de março de 2018.
As notas das provas do módulo III serão disponibilizadas no dia 1º de fevereiro de 2018, a partir das 15h. O resultado final sairá no dia 8 do mesmo mês.
Já as notas dos módulos I e II podem ser acessadas online a partir do dia 8 de março de 2018, sendo que o resultado final sai no dia 15 de março, também a partir das 15h.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 14/12/2017
Título: Provas do Pism têm dois resultados alterados
A Coordenação Geral de Processos Seletivos (Copese) da UFJF alterou dois resultados de gabaritos das provas objetivas do Programa de Ingresso Seletivo Misto (Pism), realizado no último fim de semana. De acordo com balanço divulgado pela organização do concurso, foram recebidos 36 pedidos de alterações durante a fase de questionamentos, sendo confirmadas mudanças em uma questão da prova de língua portuguesa, do módulo III, e outra de biologia, módulo II. As demais solicitações de recursos podem ser verificadas na Central de Atendimento, com as respostas dadas pela banca avaliadora. Mas neste caso, não é mais possível registrar contestações para mudar ou anular parte do gabarito.
No caso da mudança na prova de língua portuguesa, feita no primeiro dia, a alteração se deu na questão 4 do módulo III. Anteriormente, era aceita como resposta a letra C (uma argumentação), para a pergunta “Com relação ao tipo textual presente nas respostas do escritor, trata-se de”. Com a modificação, passa a valer como correta a letra D (um relato).
Já na substituição feita na prova de biologia, do segundo dia, a questão afetada foi a 7 do módulo II. Neste caso, o exame apresentou um texto sobre hormônios vegetais com uma série de afirmações, e cabia ao candidato marcar aquelas corretas. A resposta anterior era letra D (frases I, II e V), mas após o recurso foi alterado para a letra A (I, II e III).
Os cartões de respostas de todas as provas objetivas poderão ser solicitados a partir do dia 2 de fevereiro. Nesta data, estarão disponíveis os documentos dos participantes do módulo III. Já os candidatos dos módulos I e II poderão ter acesso ao espelho em 9 de março.
Resultado
As notas do módulo III serão divulgadas pela Copese em 1º de fevereiro. Os recursos poderão ser registrados até o dia seguinte (2 de fevereiro), entre 9h e 16h, mediante preenchimento de cadastro próprio, que também será disponibilizado pela organização do concurso. Já as notas dos módulos I e II estarão disponíveis em 8 de março, com solicitação de recurso também um dia depois, em igual horário. Em ambos os casos, os pedidos poderão ser entregues na Central de Atendimento ou através do e-mail vestibular@ufjf.edu.br.
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Veículo: Correio Braziliense
Editoria: Eu Estudante
Data: 14/12/2017
Título: MPF entra com ação para obrigar o Inep a apresentar dados do Enem 2016
O Ministério Público Federal (MPF), em Uberlândia (MG), integrou ação civil pública contra o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), com o objetivo de obrigar o órgão a disponibilizar dados e documentos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2016, que foi aplicado em duas etapas, nos meses de novembro e dezembro. O MPF pede explicações sobre a discrepância nas notas dos candidatos nas duas etapas de aplicação.
Em razão das manifestações que tomaram conta de escolas públicas do país no ano passado, as provas do certame foram aplicadas em datas diferentes para alunos de colégios que estavam ocupados. Em janeiro de 2017, 13 participantes que fizeram a prova na segunda aplicação se mostraram insatisfeitos com as notas e foram ao MPF, em Uberlândia, reclamar. Houve, segundo eles, grande disparidade entre as pontuações de quem fez o certame na primeira e na segunda aplicações: participantes que tiveram desempenho próximo do total de acertos tiveram notas similares aqueles que obtiveram um resultado mediano na primeira.
Um dos prováveis motivos da disparidade é a diferença nas bases amostrais (candidatos da primeira aplicação x candidatos da segunda aplicação), já que o Enem é corrigido de acordo com a Teoria de Resposta ao Item (TRI), que considera, na avaliação, o percentual de acertos e erros em cada item obtido pelos participantes da amostra.
Segundo o MPF, à época, o Inep refutou as acusações afirmando que “o cálculo da proficiência é processado em uma única base de dados, inexistindo tratamento diferenciado entre os avaliados nas aplicações realizadas”.
Em quê consiste a acusação?
Procurador da República em Uberlândia, Leonardo Macedo, explica qual foi, então, o procedimento adotado pelo Ministério Público. “Nós recebemos, no início deste ano, várias representações de estudantes que fizeram a prova do Enem, questionando possível distorção no cálculo das notas da primeira e da segunda aplicações. Para esclarecer a questão, identificamos a necessidade de avaliação pericial. O perito que foi contratado pelo MPF apontou a necessidade de analisar informações, dados e documentos sobre o Enem que estavam em poder do Inep”, lembra.
Diante da resistência da pasta vinculada ao Ministério da Educação (MEC) em fornecer os dados, alegando que o material estava sob sigilo. “No entanto, o sigilo não se opõe ao Ministério Público, até porque ele pode manter o sigilo do procedimento. Nós pressionamos e o Inep respondeu afirmando que colocaria o material à disposição, desde que ele fosse consultado em Brasília, diretamente na sede do Inep, sob acompanhamento dos servidores do Inep”, conta.
Segundo relatou o procurador, ao chegar à sede do Inep, o perito foi impedido de acessar os materiais. Além de desperdiçar dinheiro público com passagens de Juiz de Fora à Brasília e das diárias de hotel, a acusação contra o Inep é ainda mais grave: atraso na investigação.
“Existe a suspeita de que a diretoria do Inep esteja escondendo alguma coisa. Diante disso, nós ingressamos com uma ação por ato de improbidade administrativa contra duas diretoras do Inep e ingressamos com outra ação civil pública para que o judiciário determine que o Inep viabilize o acesso ao MPF dessas informações”, acrescenta o procurador.
Entre as alegações do Inep apresentadas ao MPF para negar o acesso, estaria o fato de que o perito, que é professor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), estar sob regime de dedicação exclusiva. Outra motivação alegada teria a ver com convênios que o Inep tem com a UFJF.
Leonardo Macedo respondeu a argumentação da pasta: “Isso não se justifica porque uma das exceções ao exercício da atividade em dedicação exclusiva é a colaboração esporádica em atividades de natureza científica, e é exatamente o caso. Não é uma atividade profissional permanente: é uma colaboração esporádica”. Ele também rebate sobre a relação do instituto com a universidade mineira: “Não tem nada a ver para exercício da função pericial”.
Além da ação de improbidade administrativa contra as diretoras e da ação civil pública em que pede o acesso aos dados solicitados, o Ministério Público Federal também entrou com um inquérito policial para apurar o possível crime de negar informações ao MPF.
Procurado pela reportagem, o Inep se posicionou. “O Inep sempre cumprirá todas as determinações da justiça tão logo as ações a que estas se referem tenham transitado em julgado”.
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Veículo: G1 Zona Mata
Editoria: Notícias
Data: 14/12/2017
Título: Enem 2016 aplicado em duas datas é alvo de ação do Ministério Público Federal em Uberlândia
O Ministério Público Federal (MPF) em Uberlândia (MG) entrou na Justiça neste mês como uma ação civil pública contra o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão responsável pela organização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2016.
O G1 procurou o Inep, que informou nesta quinta-feira (14) que cumprirá todas as determinações judiciais assim que forem julgadas. Na sexta, o Inep divulgou uma nota sobre o caso, afirmando que o perito não cumpriu os requisitos de segurança para ter acesso aos dados. Leia a nota na íntegra.
O procurador da República Leonardo Macedo afirmou, em entrevista ao G1 nesta quarta, que a ação solicita à Justiça Federal o acesso do MPF a dados sobre o desempenho dos candidatos das duas aplicações do Enem 2016. O objetivo é utilizar essas informações para a realização de um estudo técnico sobre a metodologia do exame, a Teoria de Resposta ao Item (TRI), para verificar se o número total de candidatos de cada aplicação afeta ou não o resultado dos estudantes.
Uma segunda ação denuncia diretoras do Inep por improbidade administrativa, pelo uso de recursos públicos para a viagem do pesquisador que faria esse estudo até Brasília, em setembro deste ano. O MPF diz que ele foi barrado pelo Inep.
Aplicações do Enem
Normalmente, o adiamento do Enem ocorre todos os anos, mas afeta apenas alguns milhares de estudantes, por motivos externos que impedem a aplicação do exame, como queda de energia no local de provas. Nesses casos, os candidatos ganham o direito de fazer uma nova aplicação do Enem, que é aplicada durante a semana para pessoas privadas de liberdade (por causa disso, essa aplicação é conhecida como Enem PPL). Em 2017, essa aplicação ocorreu nesta quarta e quinta-feira.
Em 2016, porém, a onda de ocupações estudantis em escolas públicas em 23 estados e no Distrito Federal fez o Ministério da Educação adiar a aplicação do Enem para mais de 270 mil candidatos, o que inviabilizaria uma segunda aplicação durante a semana. Por isso, o Enem 2016 teve três aplicações. Os exames regulares foram aplicado em dois momentos, em 5 e 6 de novembro e em 3 e 4 de dezembro. Na época, o Ministério da Educação (MEC) assegurou que haveria isonomia nas avaliações dos candidatos independentemente do momento em que fizessem as provas.
Apesar do grande número de candidatos afetados pelo adiamento, o total deles representou menos de 5% dos mais de 8 milhões de inscritos. Na primeira aplicação, pouco menos de 6 milhões de candidatos fizeram as provas, com uma abstenção de 30%. Já na segunda aplicação, do Enem adiado, a abstenção subiu para 40%.
Reclamação dos candidatos afetados
A investigação do MPF sobre o Enem 2016 teve início após a divulgação dos resultados das provas em janeiro de 2017. Na ocasião, estudantes de todo país procuraram o Ministério Público relatando inconformismo com as notas resultantes da primeira e da segunda aplicação do exame. Eles haviam feito a segunda aplicação da prova.
De acordo com o MPF, uma análise das notas dos candidatos que fizeram a reclamação mostrou grande diferença, quando os resultados eram comparados com os de candidatos da primeira aplicação. O procurador explicou que alunos que fizeram a primeira prova tiveram notas maiores. Ele alega que o motivo suspeito é a metodologia da TRI.
“Nessa TRI é considerado o número de candidatos. É necessário levar em conta as diferenças do percentual de ‘treineiros’ participantes de cada aplicação, na maior abstenção da segunda aplicação em relação à primeira e no tipo de candidato participante dos locais das provas da segunda aplicação”, explicou o MPF na ação.
MPF pede dados para fazer perícia
Segundo o MPF, toda a questão já foi debatida com o Inep e MEC, que alegaram não haver prejuízos aos estudantes devido à metodologia usada na correção. Por isso, os órgãos envolvidos fizeram um acordo para que uma perícia com um especialista fosse realizada nos documentos e dados.
“O MPF identificou quatro experts no tema em todo o país, sendo que três deles tinham ligação com o Inep. Assim, o contratado foi um professor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), que elaborou um plano de trabalho, elencando os quesitos e a relação dos dados, informações e documentos que seriam necessários para a execução da perícia”, explicou Macedo.
Ainda de acordo com o MPF, em 13 de setembro deste ano, o perito viajou à Brasília (DF) para fazer a análise dos materiais e, ao chegar à sede do instituto, teve negado o acesso ao material. Na época, o Inep alegou que o perito contratado é professor em dedicação exclusiva e não poderia ter acesso aos dados sigilosos.
Pedidos do MPF
Na ação impetrada em 7 de dezembro deste ano, o MPF pede em liminar que a Justiça determine que o Inep forneça o material para perícia. Além disso, a promotoria denuncia por improbidade administrativa a diretora de Avaliação de Educação Básica (Daeb) e a de Gestão e Planejamento por impedir o acesso aos dados e, assim, provocar o desperdício de recursos públicos, devido à viagem desnecessária do perito ao Distrito Federal.
A Justiça Federal ainda não se pronunciou sobre o caso.
Cronologia do caso
- 3 de outubro de 2016: Uma onda de ocupações estudantis em escolas e universidades começou no Paraná se espalhou pelo Brasil. Os estudantes protestavam contra uma série de medidas, principalmente a reforma do ensino médio e a PEC 241. O Enem 2016 estava marcado para os dias 5 e 6 de novembro, e parte dessas escolas ocupadas seriam usadas pelo governo federal como locais de provas.
- 19 de outubro de 2016: Um levantamento do MEC afirmou que ocupações em 181 escolas do Brasil comprometiam o Enem para 95 mil alunos.
- 27 de outubro de 2016: Um levantamento divulgado pela União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) mostra que havia 1.154 ocupações em escolas, institutos e universidades estaduais, federais e municipais em pelo menos 21 estados e no Distrito Federal.
- 4 de novembro de 2016: Na véspera da primeira aplicação do Enem 2016, o MEC anunciou o adiamento do exame em 364 locais de prova. Segundo o governo, esses alunos fariam o exame nos dias 3 e 4 de dezembro.
- 5 e 6 de novembro de 2016: A primeira aplicação do Enem 2016 é realizada com abstenção de cerca de 30%. Cerca de 5,8 milhões de pessoas fizeram essas provas.
- 3 e 4 de dezembro de 2016: O Inep realiza a segunda aplicação do Enem. No tota, 277.657 pessoas estavam inscritas para essas provas (273.524 porque foram afetadas pelas ocupações e 4.133 porque, em seus locais de prova, houve algum imprevisto que impediu a aplicação do Enem). A abstenção dessa aplicação foi de cerca de 40%, o que quer dizer que o universo de estudantes que realizou estas provas foi de cerca de 166 mil.
- 18 de janeiro de 2017: O Inep divulga os resultados do Enem 2016. Porém, estudantes que fizeram a segunda aplicação reclamaram que não tinham tido acesso à nota. No dia seguinte, o Inep afirmou que um erro técnico fez com que o resultado de 20 mil candidatos ainda não tivesse sido inserido no sistema.
- janeiro de 2017: Procurado por diversos candidatos da segunda aplicação do Enem, que se sentiram prejudicados por notas que eles consideraram mais baixas que a de candidatos da primeira aplicação, o Ministério Público Federal começou a investigar a suspeita de que a discrepância no número total de estudantes fazendo cada versão da prova pudesse ter prejudicado o grupo menos numeroso. De acordo com a ação civil pública protocolada em dezembro, o MPF passou meses em contato com o Inep e o MEC para avaliar a denúncia. Segundo o MPF, o Inep considera que a isonomia do exame não foi ferida pela existência de duas aplicações do Enem em 2016.
- setembro de 2017: Ainda de acordo com o Ministério Público Federal, o Inep aceitou conceder a um especialista na metodologia da Teoria de Resposta ao Item o acesso aos dados sigilosos dos desempenhos dos estudantes para realizar uma perícia e verificar se de fato o número total de candidatos afetou o resultado deles no exame. A ação afirma, porém, que o perito viajou até Brasília para realizar a perícia, mas foi barrado pelo Inep.
- 7 dezembro de 2017: Sem conseguir acesso aos dados para realizar a perícia, o Ministério Público Federal ingressou na Justiça com uma ação civil pública para solicitar o acesso, e com outra ação, na qual denuncia diretoras do Inep por improbidade administrativa. O motivo da segunda ação é o desperdício de dinheiro público com a viagem realizada pelo perito até Brasília. Procurado pelo G1, o Inep não havia se pronunciado até a noite desta quinta-feira (14).
Outras ações
A aplicação do Enem 2016 em duas datas foi alvo de reclamação do MPF também no Ceará. Na época o órgão solicitou a suspensão e o cancelamento do exame, mas a Justiça Federal negou os pedidos e alegou que “apesar da diversidade de temas que inafastavelmente ocorrerá com a aplicação de provas de redação distintas, verifica-se que a garantia da isonomia decorre dos critérios de correção previamente estabelecidos”, diz a decisão.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cultura
Data: 15/12/2017
Título: A saideira do Som Aberto é neste sábado (16) na UFJF
Organizado pela UFJF, a última edição do Som Aberto acontece na Praça Cívica da UFJF, neste sábado (16), das 12h às 20h, com a proposta de abrir ainda mais espaço para bandas novas e consolidadas, sempre mantendo o set list variado. No evento especial de Natal, o palco ocupado em outras edições por artistas de projeção nacional como Lô Borges e Tianastácia será invadido por uma mistura de sons e estilos, capaz de aglutinar música clássica ao tradicional som dos Beatles. A experiente Orquestra Sinfônica Mário Vieira sobe ao palco da concha acústica para apresentar o Beatles in Concert. A proposta é unir músicas do aclamado grupo a arranjos instrumentais e cantados feitos especialmente para orquestra, com participação especial da tradicional banda juiz-forana Beatles Forever.
A banda infantil Abracadabra debuta no festival com projeto feito por crianças e para crianças, visando a resgatar a magia da música infantil. O grupo apresentará repertório composto tanto por autorais – em parceria com o Lúdica Música – quanto por canções do Balão Mágico e do Trem da Alegria.
A dança também terá destaque nesta edição. Um dos grupos a se apresentar é o do projeto E Danço, uma iniciativa da pesquisadora de danças e produtora Aline Velozo em parceria com as bailarinas Jaqueline de Paula e Amanda Velozo. Viabilizado pela Lei Murilo Mendes de Incentivo à Cultura, o grupo é voltado para mulheres de 18 a 68 anos que possuam o interesse de abrir suas vidas através da dança. Desde abril, abraçou centenas de participantes interessadas em se despertar para a dança a partir de vivências pessoais. A apresentação contará com 30 mulheres em estilos contemporâneos e livres na performance do “Toda mulher”.
O melhor do rock, do blues e do soul em arranjos inéditos é o que a Banda La Machinna promete aos visitantes do festival. Embalada pelo lançamento do disco homônimo “La Machinna”, a banda vai tocar um repertório mesclado com versões de Stevie Wonder, Robben Ford, Led Zeppelin, Eric Clapton, Amy Winehouse e músicas autorais.
Do clássico vinil vem a discotecagem do pesquisador musical e produtor Tuta, um dos fundadores do coletivo Vinil é Arte.
Fora da concha acústica, os visitantes poderão conferir o show do Negro Léo, cantor e compositor de MPB que incorpora elementos das chamadas alta e baixa cultura com melodias marcadas pela originalidade. A apresentação será realizada no Palco Cultural, um espaço para pocket shows próximo à praça de alimentação.
Comida, caricatura e compras
O festival cumpre com real significado do “aberto” em seu nome ao destinar espaço para profissionais e coletivos mostrarem um pouco de sua cultura, arte e dotes culinários. Presente mais uma vez no evento, o chargista da Tribuna de Minas, Mário Tarcitano vai fazer caricaturas no espaço Caricaturarte. Na praça de alimentação, autônomos e food trucks estarão à disposição do público. Para os amantes do “second-hand”, mais conhecidos por aqui pelos bazares, o evento convidou expositores locais a venderem seus produtos. Roupa, café e obras de artes estarão disponível ao público que, durante todo o ano,conheceram mais de 200 marcas que passaram pelo Grand Bazar do Som Aberto.
O evento conta, ainda, com música, teatro e roda de capoeira do coletivo Gente em Primeiro Lugar, palhaçaria com o Circo de SôLéo, oficina e performance com bolhas com Gabriela Araújo no Bolhãozão e desfile artístico com o Grupo do Centro de Convivência Recriar da Saúde Mental.
Som Aberto
Neste sábado (16), das 12h às 22h, na Praça Cívica (campus da UFJF)
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 15/12/2017
Título: Formandos da UFJF devem retirar convites até a próxima segunda
Os alunos da UFJF que participarão da cerimônia de colação de grau têm até a próxima segunda-feira (18) para realizar a retirada dos convites. O procedimento acontece nas dependências da Diretoria de Imagem Institucional, localizada no prédio da Reitoria, das 8h às 18h. As colações ocorrem nos dias 19, 20 e 21, no Cine-Theatro Central. Segundo a universidade, são esperados mais de 1.600 alunos para solenidade.
Cada aluno tem direito a cinco convites, sendo dois VIPs e três comuns, que permitem acesso à celebração, além de dez convites de gala, que serão de recordação. Caso o formando não possa retirar os convites, ele deve enviar um representante, que deverá trazer consigo o número de matrícula do formando, assim como um documento de identificação. Nos dias da colação, somente os graduandos de cursos a distância poderão retirar os ingressos no Central.
A universidade recomenda que os formandos cheguem ao Cine-Theatro Central com uma hora e meia de antecedência do início da cerimônia. O cumprimento deste horário reside na necessidade da checagem de todos os formandos que realmente poderão colar grau, recebimento da beca, assinatura do termo de colação e também da organização da fila de entrada.
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Veículo: G1 Zona da Mata
Editoria: Notícias
Data: 15/12/2017
Título: Alunos do Colégio João XXIII lançam dicionário virtual em Juiz de Fora
Os alunos do Colégio de Aplicação João XXIII lançaram nesta sexta-feira (15) o “Dicionário Poético Bilíngue”. Na obra virtual, os alunos puderam dar significado às palavras de uma forma irreverente, em contraste ao formato tradicional do dicionário. O evento de lançamento foi realizado na Ciberteca da escola.
O projeto foi coordenado pelas professoras da instituição, que é vinculada à Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), e teve o objetivo de aperfeiçoar a escrita de jovens estudantes do ensino fundamental e dinfundir a função social da literatura.
“A proposta foi que os jovens produzissem algo semelhante ao poema ‘Dicionário’, de José Paulo Paes, em que o autor brinca com os verbetes. Os alunos poderiam escolher a palavra que quisessem e criar um significado interessante, divertido, inusitado”, afirmou a professora Liliana Mendes, uma das idealizadoras do dicionário.
O dicionário foi lançado junto com um novo projeto integrante da Ciberteca, o Clubinho de Histórias, coordenado por Lauriana Paiva-Guttierrez. “É um portal em que as crianças narram diferentes histórias em um espaço dentro da biblioteca do colégio. Vai ser uma videoteca dentro da Ciberteca”.
Ciberteca
A Ciberteca do Colégio de Aplicação João XXIII é uma plataforma aberta ao público no site da instituição, com produções literárias de alunos da escola e de outras instituições de ensino. O projeto foi um dos finalistas da edição 2016 do Prêmio Vivaleitura, organizado pelo Ministério da Educação (MEC) e o Ministério da Cultura (MinC), na categoria Escola Promotora de Leitura.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cultura
Data: 15/12/2017
Título: Peça ‘Fricção’ expõe cicatrizes de todos nós
“Olha, a culpa não é sua. Você é uma vítima, e ninguém pode lhe tirar deste papel, porque você não foi responsável por isso. Você é só uma criança, ainda brinca de carrinhos. Não carrega isso pra sua vida. Conta pros seus pais, pra sua família, para que quando você for adulto, este assunto esteja talvez não resolvido, mas claro em sua cabeça.” Com a maturidade que só os anos trazem, o homem dirige-se ao menino, em um encontro ensaiado por muitos anos. Ambos, homem e menino, carregam as mesmas cicatrizes, mas só o mais velho compreende o que elas significam, porque as carregou em silêncio por muito tempo. Conheço e amo, há mais de dez anos, o já crescido, desde quando nos esbarramos nos corredores da Faculdade de Comunicação da UFJF e nos tornamos amigos da vida. Só hoje, ao concatenar estas palavras depois de uma longa conversa ao telefone, começo a perceber o quanto o garoto precisava falar. Enfim, o adulto diz por ele. E por tantos outros.
Homem e menino habitam meu querido amigo e ator Breno Motta em “Fricção”, monólogo teatral que aborda abusos sexuais na infância a partir de vivências do próprio artista e de outros inúmeros relatos. “Não é sobre mim, ou sobre um personagem, é sobre todo mundo, sobre os arrasos que trazemos em nossos corpos. Se pensarmos que quatro crianças e/ou adolescentes são abusados sexualmente no Brasil a cada hora, e este dado se refere somente aos pouquíssimos que chegam a denunciar, vemos o quanto o tema é universal e precisa ser discutido”, diz Breno, mencionando um dado do Disque 100, canal para relatar casos de violação de direitos humanos, que mostrou que o Brasil somou pelo menos 175 mil casos de exploração sexual infantil entre 2012 e 2016.
Segundo ele, radicado há dez anos no Rio – onde a peça estreou e foi aclamada pelo público e pela crítica -, o processo de construção de “Fricção” começou a ser maturado lá pelos idos de 2010, culminando primeiramente em outro monólogo, “Cartas de amor ao próximo”, apresentado em 2011 no Festival de Cenas Curtas, na Juiz de Fora natal do ator. “Mostrei este texto de 2014 ao Rafael Teixeira, crítico de teatro da revista “Veja Rio”, e ele disse que estava legal, mas me questionou o que eu queria dizer com ele. E aí comecei a pensar”, relembra ele.
A vontade de se expressar sobre a violação sexual foi despertada por uma matéria que leu na internet, sobre uma menina de 7 anos que foi sequestrada, estuprada e assassinada por homens de classe alta. “Isso me chamou muito a atenção, e pensei que precisava falar sobre este tabu, que é o abuso sexual. Tenho a sensação de que as vítimas deste tipo de violência ficam se sentido culpadas, como se tivessem merecido aquilo, o que é um absurdo. Senti que precisava falar disso, o que é um traço muito forte da arte contemporânea: pegar um tema atual, que precisa ser debatido, e transformar em matéria-prima. No teatro, por exemplo, muitos negros vêm abordando temáticas da negritude e do racismo, as mulheres discutem questões feministas… É um processo de se colocar cada vez mais na arte para poder seguir em frente, com a vida e com a própria arte.”
Em “Fricção”, a relação com o corpo é um dos pontos centrais do tema, como Breno deixa claro quando peço uma sinopse, com palavras dele, sobre o espetáculo. “A peça fala sobre o abuso, sobre um atropelo que aconteceu na vida deste personagem aos 9 anos. Nesta idade, ele foi abusado e só muitos anos depois, adulto, ao encontrar um grande amor, ele começa a se questionar sobre a ligação deste episódio com suas relações: com o mundo, as amorosas, e a dele com o próprio corpo. É um espetáculo que fala sobre as marcas desta violação no seu corpo, no meu corpo, nos nossos corpos” diz ele. “O nome vem daí, de friccionar, do contato, mas também em menção aos carrinhos que remetem à infância do personagem.”
Entre a dureza e a delicadeza
Para Breno, o processo de criação da peça ao longo de tantos anos permitiu que o texto e a dramaturgia fossem se aprimorando para tratar do tema exatamente como ele queria: “com a dureza inerente à questão, mas de forma poética, positiva e, sobretudo, delicada.” “Tive muito tempo para pensar sobre o que queria falar e como, fiz isso com muita calma. O Diogo (Liberano, que apresentou “O Narrador” no último sábado aqui em Juiz de Fora), dramaturgo da peça, trabalhou muito comigo nesta construção, propondo provocações: ‘aonde você quer chegar com isso?’, ‘você quer ficar neste lugar de oprimido ou seguir adiante’?, entre outros. Com isso, fomos fazendo e refazendo o texto, que foi fechado 100% só durante os ensaios. O Diogo é muito prático e conseguiu trazer à tona o ‘Breno artista’ muitas vezes em que eu tinha um envolvimento sentimental”, diz ele, que vê o atual trabalho como um reflexo de sua maturidade como ator e como pessoa. “Passei a entender melhor minha relação com o meu corpo com esse passar dos anos, o que transforma tanto pessoal quanto profissionalmente. Acho que é por isso que hoje consigo expor essas cicatrizes de ‘Fricção’”, avalia.
O ator conta que a diretora do espetáculo, Morena Cattoni, também teve um papel fundamental para que a evolução criativa da peça não se tornasse “mais difícil do que o necessário” para ele. “Em muitos momentos, eu olhava para ela e me emocionava, fiquei muito sensível, mas a tranquilidade da Morena facilitou muito meu trabalho e fez com que ele não fosse tão sofrido para mim”, diz Breno, revelando que os ensaios começaram quando a diretora estava grávida de três meses, e a estreia se deu entre o quinto e o sexto mês de gestação. “Foi uma doideira tratar desta temática com a Morena com uma criança na barriga. Mas foi também muito bonito. Durante o processo, escrevi uma carta endereçada à filha dela, falando sobre a dureza das coisas que ela ouviu do ventre da mãe, mas porque eu queria que ela nascesse num mundo melhor.”
O a(u)tor e a cidade
Na visão de Breno, trabalhos solo e autorais como “Fricção” têm traços muito marcantes de contemporaneidade e permitem um exercício maior do ator como autor. O juiz-forano inclusive ministrou uma oficina nesta breve temporada em Juiz de Fora, “O a(u)tor contemporâneo e a composição de pequenos solos”, abordando esta vertente, com base em sua experiência atual e em outros monólogos. “Este tipo de trabalho vem ganhando força primeiro porque o teatro enfrenta muita dificuldade de distribuição. Os governos não olham para a cultura, não financiam, não investem, mas os artistas seguem tentando produzir. O trabalho solo torna a produção mais viável financeiramente, logisticamente, em vários sentidos. Além disso, acho que esse formato vem ao encontro dessa necessidade tão atual de pessoalizar tabus, por meio de uma autoralidade muito forte de produzir, escrever, atuar, dirigir…”
Ansioso pela estreia de Juiz de Fora, tão recheada de memórias íntimas – as que permeiam “Fricção” e incontáveis outras -, Breno, questionado, na leiga compreensão teatral da amiga repórter, se a peça teve algum efeito terapêutico, retruca sem pausas para pensar. “Não. Não gosto de pensar na arte como terapia, não vejo esse propósito. Acontece de você entender que existe uma questão na sua vida, transformá-la em algo artístico e seguir a vida. A mensagem da peça é bem essa: ‘olha minhas cicatrizes, elas estão aqui, mas olha como podemos nos tornar pessoas que não negam estas marcas, mas também não se deixam ser aprisionadas por elas.”
“Acho que nunca tivemos uma conversa séria tão longa”, brinco antes de desligar. Breno responde com a gargalhada que me é tão familiar, no domínio pleno de todas as suas cicatrizes e certamente me conduzindo um tanto mais em direção ao poder sobre as minhas.
“Fricção”
Domingo (17), às 20h, no CCBM (Av. Getúlio Vargas 200 – Centro)
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Veículo: G1 Zona da Mata
Editoria: Notícias
Data: 15/12/2017
Título: Espetáculos de dança e teatro marcam programação deste fim de semana na Zona da Mata e Vertentes
Já no clima das festividades de final de ano, diversos espetáculos de dança e teatro marcam a programação deste fim de semana nas cidades da Zona da Mata e Campo das Vertentes. Shows musicais, feiras e exposições também estão entre as atrações.
Confira os locais, horários e valores dos eventos em Juiz de Fora, Barbacena, Viçosa, São João del Rei, Muriaé, Cataguases, e Ibitipoca.
Juiz de Fora
Shows
Nesta sexta-feira (15), o Cultural Bar, localizado na Avenida Deusdeth Salgado, n° 3955, recebe a banda Ponto Com tocando os sucessos dos Paralamas do Sucesso. Os ingressos custam R$ 15. No sábado (16), o grupo Operação Tequila relembra os clássicos dos Los Hermanos. A abertura da casa é às 23h. Encerrando a programação, no domingo (17) tem ensaio aberto do Bloco Come Quieto a partir das 16h ao som da Bateria Milagrosa.
Um dos nomes do rap nacional chega a Dunke Club, que fica na Rua José Barbosa de Albuquerque, n°140, Bairro Aeroporto, nesta sexta. O belo-horizontino Djonga chama a atenção por seu jeito “gritado” de versar sobre os beats. A entrada está no valor de R$ 80.
Comemorando cinco anos de casa, o Clube do Cavalo promove neste sexta uma edição especial da Sextaneja com o sertanejo de Renan e Christiano e o funk do MC Menor do Chapa e DJ Yago Gomes. Os ingressos custam R$ 30 feminino e R$ 50 masculino. Também na sexta, terá tributo a Charlie Brown Jr no Bar da Fábrica, na Praça Antônio Carlos, com a banda La Família. A entrada está R$ 20.
Na Avalon Music, localizada na Avenida Deusdeth Salgado, n° 3500, a Sexta Carioca será de muita diversão ao som de The Funk, Bombocado e DJ Kiko!. No sábado, o grupo Melanina Carioca volta a Juiz de Fora e é atração do Sernatejo Zona Sul com a participação da dupla Leonardo de Freitas & Fabiano e DJs Kiko, Vannav e Lavínia. Na portaria da casa, os ingressos custam R$ 50 para pista e R$ 80 o camarote.
O Hotel Green Hill, que fica na Avenida Deusdedit Salgado, n°4351, recebe neste sábado a ultima edição de 2017 da Fresh com Bhaskar tocando o melhor da música eletrônica. A festa começa a partir das 16h e os ingressos custam R$ 140 a inteira e R$ 70 a meia entrada.
Neste sábado tem mais uma edição do Som Aberto da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). A edição de natal conta com a discotecagem do DJ Tuta, apresentações da Orquestra Sinfônica Mário Vieira, Beatles Forever e La Macchina. Para as crianças tem show do grupo infantil Abracadabra e apresentação de variedades do Palhaço Rabisco. O projeto “Gente em Primeiro Lugar” apresenta seus núcleos de Teatro, Dança e Roda de Capoeira. O evento começa a partir das 12h.
O cantor Thiago Miranda estará durante o fim de semana em estabelecimentos da cidade. Nesta sexta-feira, o show está marcado para as 20h no Pluri Bistrô, na Rua Marechal Deodoro, n°810, Centro. Já no sábado, Thiago canta no Picanha, Pimenta e Pinga, que fica na Avenida Eugênio do Nascimento, n°310, Aeroporto, às 16h30.
De viagem marcada para Portugal, o Lúdica Música! se apresenta nesta sexta-feira, às 20h, no Planet, localizado na Rua Moraes e Castro, n° 2018. No sábado, o grupo canta no Salvaterra Bar e Restaurante, que fica na Avenida Deusdeth Salgado, n° 4755, às 16h. O trio acaba de gravar um novo DVD e de lançar o CD “#LÚDICA26 – Coletânea de Originais”. O couvert artístico custa R$ 20.
Em comemoração a um ano de projeto, o Ti Ti Ti da Resenha se apresenta neste domingo com um show no Waranda’s Bar, às 15h. Sandra Portella, Grupo Opasamba e vários outros grupos de samba e pagode da cidade são atrações. O ingresso vai ser vendido na hora no valor de R$10 para quem levar doações (fralda geriátrica e infantil, brinquedos e alimentos não perecíveis), e R$15 para quem não levar. As doações vão ser entregues no Instituto Vitória.
O humorista carioca Léo Lins chega a cidade neste sábado com novo show solo de Stand Up Comedy “Bullying Arte”. O evento é às 21h, no Premier Parc Hotel, localizado na Avenida Deusdedit Salgado, n°1805, Bairro Teixeiras. Nada discreto aos temas abordados e com a mente afiada a absurdos da vida, o humorista conta eposídios do cotidiano dele e interage com o público durante a apresentação. O ingresso está no valor de R$ 30.
O espetáculo “Tributo a Minas Gerais: Esse Trem vai Ficá é Bão Dimais, Sô!” é apresentado nesta sexta-feira, às 20h, no MHall, que fica na Avenida Brasil, n°6.955, Bairro Mariano Procópio. A mostra reunirá apresentações de dança de salão, como bolero, tango, samba, valsa, forró e sertanejo, entre outras, contando também com a participação dos alunos de zumba, ioga e jazz. Depois do espetáculo, haverá evento dançante de confraternização, ao som do DJ Afonso. Os ingressos estão no valor de R$ 20.
Idealizado por Marcos Marinho, do grupo “ Teatro Mezcla”, O Teatro Lido chega à programação do “ATO”. As apresentações serão no Centro Cultural Bernardo Mascarenhas (CCBM), localizado na Avenida Getúlio Vargas, n°200, Centro, com entrada gratuita, sempre a partir das 21h30. O projeto conta com leituras teatrais de textos latino-americanos e promove o encontro de vários artistas da cidade com o público.
Ainda na programação do “ATO”, a Caravana de Histórias apresenta no sábado, às 15h, o espetáculo “Se bicho eu pudesse ser” que reúne várias linguagens artísticas como a contação de histórias, o teatro, a música e a literatura. Os ingressos estão no valor de R$ 10 e podem ser retirados na sede da Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage (Funalfa), que fica na Avenida Barão do Rio Branco, n°2234.
Reunindo cerca de 100 bailarinos, o espetáculo ‘Start’ de final de ano do estúdio de dança Ballet e Jazz Ira Cris, terá apresentação no sábado (16), às 20h, no Cine-Theatro Central. Start faz menção ao mundo dos games, retratando diversos jogos eletrônicos por meio de interpretações em diferentes estilos de dança, como balé clássico, neoclássico, jazz, moderno, livre e street dance. A entrada custa R$ 15.
A Escola de Ballet Misailidis faze uma adaptação do segundo ato do famoso ballet “O Quebra-nozes” no espetáculo “Sonho de Natal” nesta sexta-feira , às 19h30, no Museu de Arte Murilo Mendes (MAMM), que fica na Rua Benjamin Constant, n°790, Centro. Os alunos apresentarão um mundo encantado cheio de magia, danças de vários países e músicas conhecidas pelo público.
Também nesta sexta, às 20h30, o Teatro Solar, localizado na Avenida Presidente Itamar Franco, n° 2104, recebe o espetáculo ’25 anos’ da companhia O Movimentos Grupo de Dança. A ideia é levar ao público juiz-forano o que o grupo percorreu neste um quarto de século, porém de forma lúdica.
Já no clima natalino, o Núcleo Travessia, que fica na Rua Jacinto Marcelino, n°25, Bairro Vila Olavo Costa, promove neste sábado (16) uma ‘Festa Natalina’, a partir das 14h. Ao longo da tarde, atrações musicais e de dança farão parte da programação.
O ‘Domingo no Campus’ da UFJF contará com apresentação da “Orquestra Equestre”. O espetáculo começa às 11h e terá cavalos, cavaleiros, trilhas sonoras, coreografias e diversos cenários. Equipamentos de ginástica rítmica, música com DJ Pedro Paiva, do Vinil é Arte, contação de história, oficinas e brincadeiras integram a programação do evento.
Viçosa
A Mostra Artística 2017 do Centro Experimental de Artes da Prefeitura Municipal de Viçosa acontece neste sábado e domingo no Teatro Fernando Sabino, a patir das 18h. Mais de 300 alunos das oficinas de Violão Popular, Violão Clássico, Viola Caipira, Artes Plásticas, Desenho Artístico, Audiovisual, Rap, Teatro, Ballet Clássico, Jazz, Danças Urbanas e Percussão, com os grupos Perifonia e Tambores do Buieié irão participar do evento. A Orquestra Sol do Amanhã é atração confirmada e abre o evento.
O espetáculo tem como tema ‘Arte como resistência’ e os ingressos para a mostra são gratuitos e podem ser adquiridos no Centro Experimental de Artes, que fica na Rua Gomes Barbosa, n° 900, Centro.
O Projeto ‘Feliz é Quem Toca’ fecha o ano com apresentação dos alunos de todos os cinco núcleos nesta sexta-feira. O evento acontece na calçada central da Avenida Astolfo Dutra, nº 468, em frente à Casa de Cultura Simão, às 20h. A programação conta com exibição de curtas, show de talentos, apresentação de capoeira e música com “ó rapá”, com os alunos de percussão fazendo uma releitura de clássicos da banda O Rappa.
Ibitipoca
Para comemorar a colheita de novembro, Ibitipoca vai realizar a 1ª Festa da Juçara neste sábado e domingo, no Camping dos Pinheiros, que fica na estrada para o Parque. O evento conta com o show do Forró Dourado & A Gonzagueira. A entrada é gratuita.
Muriaé
O escritor Elias Muratori lança neste sábado o quarto livro “O Menino Passarinho”. O personagem se transforma em um passarinho e voa para uma velha jardineira perto de casa e realiza sonhos, quase impossíveis, que sempre povoam sua mente. O lançamento será às 19h30, na sede da Academia Muriaeense de Letras, localizada na Avenida Edóxia Canêdo, n°2, Centro.
No domingo (16) o ‘Praça das Artes’ acontece das 10h às 16h, na Praça Coronel Pacheco de Medeiros. O evento conta com feira de artesanato, exposição de arte e comercialização, venda de doces, food truck e beer truck. A prefeitura informou que caso chova, a feira será cancelada.
Barbacena
O Grupo Ponto de Partida, que funciona na antiga Sericícola, apresenta durante todo o final de semana o espetáculo ‘Mineiramente’. Nesta sexta-feira e sábado a apresentação acontece às 20h e no domingo às 11h. Com 13 atores e três músicos do grupo, o espetáculo promete despertar no público o encantamento pela cidade em que vivem e as belezas de Minas Gerais por meio das poesias de Carlos Drummond de Andrade, textos de Guimarães Rosa e de músicas de Milton Nascimento, Fernando Brant, Tavinho Moura e Ary Barroso. Os ingressos custam R$ 30 inteira e R$15 meia entrada. Mais informações pelo telefone (32) 3331-5803.
A apresentação faz parte da 7° edição do Mercado de Delicadezas. A expectativa é de que cerca de cinco mil pessoas visitem o locala até domingo (17). Confira a programação.
São João del Rei
Está em cartaz a exposição de presépios participantes do 12° concurso de presépios criado pela Universidade Federal de São João del Rei (UFSJ). A mostra fica em cartaz até o dia 6 de janeiro e a entrada é gratuita.
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