Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Coluna Cesar Romero
Data: 25/11/2017
Link: http://tribunademinas.com.br/colunas/cesar-romero/25-11-2017/238851.html
Título: Sábado esportivo
A Tecnobit encerra o ‘ranking’ de corridas de rua, hoje, na UFJF. A prova noturna tem coordenação de Marcelo Machado Montenegro e será em clima de ‘rock and roll’. Entre os inscritos, Alberto Barata, Célia Claveland, Noeli Lopes, Cleonice dos Santos Teixeira, Alexandre Rosa, Celso Ciampi, Felipe Povoa de Paiva, Francisca Eleonora Geanty, Eloisa Helena de Menezes e Melissa Montenegro (infantil).
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Esportes
Data: 25/11/2017
Título: 72 atletas mais que especiais na 3ª Corrida Tecnobit Night Run
O sorriso na face de Jadir José da Silva, 56 anos, deficiente auditivo, certamente será multiplicado na noite deste sábado (24), na Praça Cívica da UFJF, às 20h, quando ocorre a largada da 3ª Corrida Tecnobit Night Run, evento que encerra o 31º Ranking de Corridas de Rua da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) e conta com cerca de 1.100 inscritos. A prova, organizada para destacar a participação cada vez maior de pessoas com deficiência (PCDs), irá reunir e homenagear cada um dos 72 atletas desta categoria com um kit surpresa ao final da prova, que terá percursos de 6km (corrida) e 2km (caminhada) no campus da Federal, além de corrida infantil, diurna, às 9h, na pista de atletismo da Faefid.
Jadir, atleta do Clube Bom Pastor e campeão antecipado da temporada de corridas entre os deficientes auditivos será um dos homenageados. “Participei de todas as provas, e esse título é muito importante para mim. E perder dá uma sensação de tristeza, não sabemos como será o próximo ano”, brinca o atleta. Apaixonado pelo esporte, o pedreiro tem na prática da atividade fonte de inspiração e alegria em sua vida.
“Já me perguntei porque gosto tanto de corrida. Graças a ela vou a lugares distantes em qualquer hora, sozinho ou com os amigos. Me sinto muito bem, ajuda a minha saúde e ainda conheço novas pessoas e faço amizades, além de representar os nomes de Juiz de Fora e do Clube Bom Pastor. Tudo isso não tem preço, é muito satisfatório”, destaca Jadir, que recebeu, nessa sexta (24), Moção de Aplausos na Câmara Municipal pelo destaque no esporte.
Exemplos de superação
Para Tina Costa, deficiente visual e responsável pela equipe Loucos por Corrida, a prova vem no momento certo por sua importância aos PCDs. “Acho que finalizar o ranking com uma corrida que dá um grande destaque aos PCDs simboliza a comemoração de toda inclusão que estamos alcançando nos dias atuais. E o esporte veio para nos mostrar que seja qual for a deficiência, somos capazes sempre de exemplos de superação”, reitera.
Organizador da etapa, Marcelo Montenegro conta que a iniciativa surgiu após perceber demanda maior dos PCDs nas corridas. “É uma integração social desses atletas com os outros. Fui responsável por uma lei, ao lado do vereador Antônio Aguiar, em que os PCDs não pagam inscrições para eventos esportivos em Juiz de Fora. Finalizo o ranking com muita festa. Minha corrida é sem fins lucrativos e dessa vez terá show de rock da Banda Corrente Sanguínea e com o Toninho Buda, cover do Raul Seixas”, destaca.
Trânsito
A Settra irá realizar intervenções nas vias do São Pedro para a realização da Tecnobit Night Run. No sábado, das 19h40 às 23h, haverá interdição total no Campus Universitário para a corrida.
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Veículo: Estadão
Editoria: Estado da Arte
Data: 25/11/2017
Título: Tradição e Mito em O Gigante Enterrado, de Kazuo Ishiguro (II)
Na primeira parte deste ensaio, falamos sobre a continuidade e a descontinuidade da tradição literária inglesa na obra de Kazuo Ishiguro, escritor agraciado este ano com o prêmio Nobel. Mais especificamente, debruçamo-nos sobre a forja mitológica de seu romance mais recente, O Gigante Enterrado.
Ora, o crítico brasileiro Alfredo Bosi comenta numa de suas obras que, no império tecnocrático da modernidade, o sonho, a infância, o mito e a poesia são talvez as únicas instâncias de refúgio para o homem ainda não inteiramente destituído de sua sensibilidade. Se hoje há de fato, como já escrevera Morris Berman, um reencantamentodo mundo – termo que, tendo se tornado lugar-comum, compreende desde as crendices ordinárias até ímpetos mais vigorosos ao transcendente –, os apelos contemporâneos ao mito constituem-se como fenômeno ao menos digno de atenção por parte dos mais desencantados (no sentido weberiano) entre nós.
E, de fato, como dissemos anteriormente, Ishiguro empenha-se na criação de uma mitologia literária mais do que numa literatura mitológica, embora um esforço em direção a esta última também se faça presente. Dizemos isto porque toda mitologia contemporânea é sempre uma tentativa deliberada, talvez mecânica, de reordenação de um mundo que se dilacera – é a construção consciente de um polo ou origem que conceda unidade e sentido a tudo o mais. É por isso que Yeats, no poema “Segunda Vinda”, percebendo que “tudo se desmorona”, anuncia a figura mítica de uma esfinge colossal, um anticristo quimérico, marchando ameaçadoramente após despertar de seu sono pétreo.
O romance de Kazuo Ishiguro, todavia, é povoado de uma constelação de mitos que formaram o imaginário e a literatura britânicos. Citamos Blake no ensaio anterior, porém o romancista também se lança em mitos nacionais ainda mais remotos, trazendo para seu projeto o mundo feroz e brutal de Beowulf, o épico do século X. É curioso que outro autor também agraciado com o prêmio Nobel, o irlandês Seamus Heaney, não só retomou alguns elementos do mundo de Beowulf e da poesia anglo-saxã (principalmente a aliteração) mas também brindou-nos, antes de sua morte, com uma nova e primorosa tradução da obra.
Em O Gigante Enterrado, o guerreiro Wistan, um saxão criado e treinado por bretões, recebeu a missão de eliminar a dragoa Querig, para que seu rei prosseguisse com uma guerra final e absoluta contra os bretões, que traíram um pacto solene no passado. O casal Axl e Beatrice conhece Wistan numa pequena aldeia bretã, momentos após sua caçada contra ogros que haviam raptado uma criança:
“A parte visível do seu rosto estava coberta do que Axl reconheceu como minúsculos pingos de sangue, como se ele tivesse acabado de atravessar uma névoa fina desse líquido… Axel percebeu também que o guerreiro estava segurando algum objeto na dobra do braço… Só então foi que ele se deu conta de que o que eles estavam vendo não era uma cabeça de forma alguma, mas sim uma parte do ombro e do braço de alguma criatura semelhante a um ser humano, mas muito maior do que uma pessoa normal. O guerreiro, na verdade, estava segurando o seu troféu pelo coto, perto dos bíceps, com a ponta do ombro para cima, e naquele momento Axl viu que o que ele tinha confundido com mechas de cabeço eram tendões pendendo do corte que separara aquele segmento do resto do corpo.”
O excerto, ao que parece, ecoa os viscerais e célebres versos de Beowulf:
…E o monstro, que só
Vivia da maldade e rancor pela raça
humana – o inimigo de Deus –, percebeu que
suas forças lhe falhavam. O destemido
descendente de Hygelac tinha-o tenazmente
preso pela mão; e cada um odiava o hálito
do outro!
Uma brecha abriu-se então no ombro
de Grendel; os músculos pularam para fora
e as juntas, estalando, partiram-se. A
Beowulf a vitória foi dada, e Grendel partiu
para seu covil nos pântanos sombrios e
pauis: seus dias estavam contados!
Os ombros de ambos os monstros são arrancados de forma truculenta, e a própria camada fônica das duas passagens acima contribuem para a atmosfera de atrocidades que permeia ambos os universos. De fato, no romance, a pretensa paz – possibilitada pelo esquecimento resultante do miasma expirado pela dragoa – é ocasionalmente irrompida por essas eclosões de violência. O próprio sir Gawain, sobrinho e cavaleiro do lendário do Rei Artur, vagando como um Dom Quixote pelos bosques bretões, é aterrorizado por imagens do passado que envolvem a matança de crianças e idosos.
A bem da verdade, o relacionamento de Axl e Beatrice é um campo no qual a violência havia sido neutralizada tanto pelo amortecimento da velhice quanto (novamente) pelo esquecimento. O final ambíguo é talvez uma confissão de que a verdade histórica, isto é, a exumação das coisas tal como elas efetivamente sucederam não necessariamente traz consigo a reconciliação ou a serenidade.
Ademais, como alguns críticos apontaram, há nesse romance um ensaio de um novo gênero; afinal, trata-se de uma narrativa maravilhosa (geralmente associada ao universo juvenil) da senilidade. E aqui há também a retomada da obra de um outro grande autor de literatura de fantasia, mais especificamente o conto A chave dourada, de George McDonald, em que um casal de crianças, que munidas da chave dourada encontrada ao fim de um arco-íris, caminham (e enquanto isso envelhecem) rumo ao lugar de onde as sombras caem.
Porém, se para McDonald, em sua visão cristã, esse destino do casal é provavelmente a morada celestial, para Kazuo Ishiguro, porém, Axl e Beatrice dirigem-se para “uma ilha cheia de bosques e riachos aprazíveis, mas que também era um lugar de estranhas características… muitos já fizeram a travessia até lá, mas, para cada uma das pessoas que lá habita, é como se ela vagasse sozinha pela ilha, sem ver nem ouvir os vizinhos”.
Em resumo, no conto de fantasia do escocês, que posteriormente influenciou toda uma geração de escritores do gênero (Carroll, Lewis, Chesterton e Tolkien), um casal de crianças, que se separam em determinado momento da narrativa, amadurece e reúne-se novamente em seu glorioso destino comum. Já em Ishiguro, um casal de idosos, que permaneceram firmemente apegados a cada passo de sua caminhada, ao que tudo indica separa-se ao final da narrativa e expõe certa puerilidade oculta de seus sentimentos. A questão obviamente não se resume ao fato de uma literatura sobre a infância em contraposição a uma literatura sobre a maturidade, respectivamente.
Mais do que isso, o mundo de O Gigante Enterrado, a despeito de seu lirismo, é povoado de vileza e decadência. Nele, não somente as lembranças dos homens, mas o próprio mundo desvanece. À vista disso, Ishiguro encarrega-se de um projeto no qual toma para si os vários mitos, fábulas e fantasias de uma tradição literária para servirem de escoras a uma memória, individual e coletiva, em colapso.
Fabrício Tavares de Moraes é tradutor e doutor em Literatura (UFJF/Queen Mary University London)
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Esportes
Data: 26/11/2017
Link: http://tribunademinas.com.br/noticias/esportes/26-11-2017/perolas-juiz-foranas.html
Título: Com 9 profissionais de JF, haitianos do Pérolas Negras vence 4ª divisão do Rio
Do resgate à autoestima de jovens haitianos, que sofreram as consequências do terremoto em 2010 no país caribenho, ao crescimento de um projeto cada vez mais efetivo até a coroação, no último domingo (19), com o título da Série C do Campeonato Carioca, a quarta divisão estadual, sobre o time de Campos, após empate em 0 a 0 em Cardoso Moreira. Após vencer o primeiro jogo do confronto por 3 a 0, a Academia de Futebol Pérolas Negras poderia perder por até dois gols, que ainda conquistaria o título. A equipe, que conta atualmente com 9 jogadores haitianos, auxilia jovens em situação de risco do país caribenho em parceria com a organização social brasileira Viva Rio desde 2011 e conta com vários juiz-foranos dentro e fora de campo na primeira conquista após filiação junto à Federação Estadual do Rio de Janeiro (FERJ).
Só na comissão técnica da equipe profissional são quatro representantes da cidade: o técnico Rafael Novaes, o auxiliar Wesley Assis, o fisioterapeuta Rafael Guiduci e o preparador de goleiros João Gabriel Gerheim. Defenderam ainda a equipe na campanha campeã da Série C os jogadores Douglas Rodrigues (Sargento), Iago Thomaz, Richardson Almeida, Elder David e Antônio Augusto.
“Nós do staff, que temos maior conhecimento dos juiz-foranos, possuímos maior facilidade principalmente porque a cidade não tem times profissionais que aproveitam a base. Fazemos um trabalho aqui que deveria ser feito em Juiz de Fora, que é dar oportunidade para a galera que vira profissional. Apostamos neles, e o resultado veio”, conta o técnico Rafael Novaes.
Ele destaca que a comemoração é justificada pela história no projeto. “Tivemos muito trabalho, muita captação de atletas, dificuldades por falta de saneamento básico, energia elétrica que tínhamos duas, três horas por dia só em 2011, mas foi muito gratificante, porque você via que estava dando resultado, e os meninos acreditavam na ideia. Aqueles garotos que começaram comigo lá em 2011 hoje estão no profissional ou no sub-20 com a gente”, reitera.
Recém-formado pela UFJF e no primeiro ano de Pérolas, o preparador de goleiros João Gabriel, 25, pode aplicar todo o conhecimento acumulado na cidade em um projeto que passou a ter equipe profissional além das categorias de base. Ele tem passagens como bolsista pelo projeto de futebol da UFJF e como auxiliar de preparador de goleiros para acompanhar o trabalho do Tupi no Mineiro dessa temporada. Para João Gabriel, o resultado vitorioso na Série C do Carioca reforça a potência juiz-forana na formação de profissionais na área desportiva.
“O momento atual vivido pela cidade evidencia isso. Fica claro que um projeto organizado e bem administrado, em que pessoas da cidade estão presentes, consegue resultados expressivos até em nível nacional. Atualmente temos uma boa organização no JF Vôlei, no futsal (Tupi), atletismo na UFJF (Cria UFJF) e até um futevôlei com ótimos atletas. E não devemos esquecer dos excelentes profissionais formados na cidade”, relembra.
De trocador de ônibus a campeão
Entre os nove refugiados haitianos e nove juiz-foranos na equipe, a história de Sargento comove. Defensor de destaque na competição, o juiz-forano Douglas Rodrigues de Oliveira, 25, herdou o apelido do pai, Nelson, e, após inúmeros obstáculos, deu a volta por cima na equipe haitiana e alimentou a esperança de perseguir o sonho de seu ídolo.
“Comecei por incentivo do meu pai aos 7 anos. Passei na base do Tupi e defendi ainda o Sport e o Baeta. Em 2011, fui para o Serrano, de Petrópolis. Depois de seis meses, vesti a camisa do Imperial, onde me profissionalizei e fiquei até 2013. Tive que vir para Juiz de Fora porque meu pai tinha adoecido. Teve um câncer no pâncreas e faleceu há dois anos e dez meses. Eu precisava trabalhar para ajudar minha família e precisei deixar o futebol”, relembra o zagueiro.
Sargento chegou a disputar a Segunda Divisão do Mineiro pelo Ponte Nova em 2015, mas uma lesão em 2016 o tirou do Uberaba. Ele trabalhava como trocador de ônibus quando veio o contato do treinador Rafael Novaes e a chance que mudou seu ano de 2017. “Ele confiou no meu trabalho e voltei a atuar como profissional, agora no Pérolas Negras, e conseguimos conquistar a Série C. Foi uma lição de superação. Uma coisa que não devemos fazer é desistir. Enquanto tivermos forças, precisamos lutar”, afirma Sargento.
Com contrato com o Pérolas a ser encerrado na próxima quinta-feira (30), o defensor, esperançoso, busca nova oportunidade no mercado. “Como fizemos um bom campeonato, esperamos propostas. Chegando em dezembro a maioria dos clubes está em reformulação para o ano que vem e confio que algo possa chegar.”
Sargento relembra a trajetória de superação após a morte do pai, quando precisou deixar o futebol, até o convite para integrar a equipe haitiana
Os jogadores juiz-foranos Antônio, Elder e Richardson integram a equipe que foi campeã no último domingo (19) em sua primeira disputa profissional
“Fazemos um trabalho aqui que deveria ser feito em Juiz de Fora, que é dar oportunidade para a galera que vira profissional. Apostamos neles, e o resultado veio”, festeja o técnico Rafael Novaes (ao centro, de boné)
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 26/11/2017
Título: Pesquisas científicas contribuem para combate ao Aedes aegypti
A vigilância epidemiológica dos casos de dengue, zika e chikungunya é uma das principais armas de municípios e estados no combate ao Aedes aegypti. Com base nos dados fornecidos por laboratórios especializados é que o Poder Público pode desenvolver estratégias regionais e direcionadas na tentativa de eliminar os focos e os mosquitos em cada localidade. No entanto, apenas saber onde está o mosquito não é o suficiente para eliminá-lo. Por isso, para desenvolver estratégias eficazes, deve-se levar em consideração os hábitos, o comportamento, a biologia e a ecologia do vetor, entre outros fatores. Em ambos os casos, mesmo que a população e o Governo façam sua parte, é preciso o apoio da ciência para promover o real combate ao Aedes.
É por isso que instituições de pesquisa e estudos relacionados ao comportamento animal são parceiros essenciais quando o assunto tem relação com as arboviroses. Segundo o biólogo especialista em comportamento animal, Fábio Prezoto, esses estudos são o “alicerce” para o desenvolvimento de pesquisas que visam a eliminar o mosquito ou, até mesmo, de medicamentos para tratamento das doenças transmitidas por ele. “Muitas instituições de pesquisa buscam combater essas doenças. Mas, para isso, é preciso conhecer o comportamento do mosquito, seu ciclo de vida e hábitos. É muito difícil encontrar uma tentativa de controle sem essas informações básicas, que acabam sendo um subsídio para que as estratégias de combate sejam mais bem estabelecidas”, explica o biólogo.
Fábio é professor da UFJF, onde participou de pesquisa que apontou que as vespas sociais podem participar da predação das larvas do mosquito. “A pesquisa demonstrou que as vespas também podem participar, mesmo que em pequena escala, da predação das larvas de mosquitos. Isso tem motivado novos trabalhos que podem ser desenvolvidos. A ideia é esclarecer melhor como é essa participação, em que época do ano ocorre com maior intensidade, em quais ambientes ocorre.”
De acordo com o biólogo, ainda faltam informações sobre os predadores do mosquito, lacunas que as pesquisas do Mestrado em Comportamento Animal da Faculdade de Biologia da UFJF podem ajudar a sanar futuramente. “A linha que trabalhamos diz respeito à produção de informações, que passam pela biologia, comportamento e ecologia da espécie em questão. Mas existe uma carência de informações sobre os predadores e, por isso, pretendemos seguir essa linha, para descobrir se há algum predador possível do mosquito que está sendo negligenciado e que pode direcionar as ferramentas no combate ao mosquito.”
Diagnósticos
A Fundação Ezequiel Dias (Funed), de Belo Horizonte, é o laboratório de referência da Secretaria de Estado de Saúde para o diagnóstico de arboviroses. O Laboratório de Arbovírus analisa amostras para detecção dos arbovírus da febre amarela, zika, dengue e chikungunya. Só no ano passado foram analisadas 50 mil amostras na instituição, oriundas de centros de saúde de todo o estado.
Segundo o farmacêutico bioquímico do Laboratório de Arbovírus da Funed, Marcos Vinícius Ferreira Silva, este número foi menor neste ano: cerca de 20 mil. No entanto, a dinâmica do diagnóstico envolve uma triagem inicial e a análise também de uma ficha de investigação, enviada juntamente com a amostra de cada paciente.
“A amostra é colhida do paciente e enviada à Funed. Primeiro avaliamos essas fichas, que sempre vêm com solicitações de exames para as doenças suspeitas, e aí fazemos a triagem e a análise. Mas, em alguns casos, realizamos exames complementares. Por exemplo: na amostra de uma gestante, mesmo quando só é solicitado exame para dengue, fazemos de zika também.”
São utilizadas três metodologias de análise: o diagnóstico sorológico, por meio do qual observamos quais são os anticorpos produzidos; um método direto, que vai diagnosticar qual é o material genético dos vírus; e o isolamento viral, por meio do qual o vírus é cultivado.
Confirmadas as presenças dos arbovírus, os órgãos responsáveis podem orientar suas ações de vigilância. “Se a análise determina que um determinado município tem surto de zika, por exemplo, vamos ver de qual bairro são as amostras positivas. Assim, saberemos que é preciso investir mais em bloqueio naquela região.”
O especialista destaca que, apesar de o vírus estar concentrado em uma região, muitas vezes, como é o caso da epidemia de chikungunya em Governador Valadares e Teófilo Otoni, a vigilância da população deve continuar, bem como ações de prevenção e combate dos órgãos públicos e de toda a sociedade.
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Veículo: Correio Braziliense
Editoria: Eu Estudante
Data: 26/11/2017
Título: Confira dicas de professores para passar em concurso da Marinha
Quando se fala em trabalho voluntário, é comum pensar numa atividade sem remuneração monetária em que a recompensa será adquirir conhecimentos e experiências. No entanto, às vezes, é possível encontrar os dois aspectos em paralelo. É o caso do Serviço Militar Voluntário (SMV), que está com seleção aberta para nove distritos navais. São 457 vagas em todo o país. Os que ingressarem no sistema serão militares em caráter temporário e o vínculo com a Marinha pode chegar a ter duração máxima de oito anos. Os que quiserem trabalhar em Brasília podem se cadastrar no Comando do 7º Distrito Naval, que oferece 20 oportunidades para o DF e uma para Palmas, com remuneração inicial de R$ 8.943,75. Todas são para quem tem ensino superior na área pretendida.
Na capital federal, há procura para os seguintes campos de conhecimentos: odontologia (7), enfermagem (2), fisioterapia (1), educação física (1), informática (2), psicologia (1) serviço social (1), pedagogia (1), arquitetura e urbanismo (1) e engenharia civil (3). Na capital do Tocantins, há uma chance para administração. Os classificados serão considerados oficiais da reserva de 2ª classe da Marinha, mais precisamente como guarda-Marinha, que é o primeiro posto de oficial. O processo seletivo é composto por prova objetiva com 50 questões de múltipla escolha, cada uma com cinco opções. Serão 25 itens de língua portuguesa e 25 de conhecimento militar-naval. Será eliminado o candidato que obtiver nota inferior a 50 pontos. A avaliação terá duração de três horas. As outras fases do processo são prova de títulos, verificação documental e de dados biográficos e, por fim, inspeção de saúde.
Hora de se preparar
Conhecimento militar-naval é uma das áreas de estudos cobradas no exame. O capitão de Mar e Guerra Sidnei Bizerra e chefe do Departamento de Divulgação e Recrutamento da Diretoria de Ensino da Marinha dá dicas de como se preparar para as provas. “O primeiro passo é se organizar e fazer um cronograma de estudos concomitante com a bibliografia do edital para, então, conseguir estudar tudo o que está sendo cobrado”, diz. “Preste bastante atenção aos nomes dos autores e, especialmente, ao ano das publicações”, orienta. A resolução de provas anteriores é sempre de grande valia.
“Resolva as questões o máximo de vezes que puder para entender como a banca cobra os assuntos. Fazer e refazer item por item é também fundamental para que toda a teoria aprendida seja colocada em prática. Não basta somente ler, é preciso praticar”, ressalta. Checar conteúdos produzidos pela Marinha, como vídeos ou notícias no site www.marinha.mil.br também é essencial. “Tudo isso ajuda a compor de forma mais organizada o conhecimento sobre a formação militar naval”, ressalta o capitão. Segundo Bizerra, a troca de experiência ajuda a consolidar os conteúdos. “O assunto pode ser específico e novo para algumas pessoas, então é interessante criar um grupo de estudo. Isso ajuda bastante a absorver a matéria”, conclui.
Para estudar gramática, compreensão e interpretação de texto em língua portuguesa, a professora do Galt Vestibulares Priscilla Dalledone dá dicas de como se preparar. No uso da crase e acentuação gráfica, as sugestões de estudo são semelhantes. “Sugiro muita leitura, mas de maneira consciente. Ler prestando atenção a como as palavras são escritas auxilia muito”, comenta. A crase assusta muitas pessoas, por isso a professora deixa um macete. “Você deve entender cada elemento da frase. Entenda se ‘a’ que aparece é um artigo, uma preposição ou um pronome, ao saber disso fica tranquilo compreender e usar”, observa. “Existe a regra simples: volto da, crase há; volto de, crase para quê?”, acrescenta a professora. A concordância pode ser estudada por meio de leitura e escrita. Reescrever textos que foram bem escritos é importante.
“Isso ajuda na construção de frases mais completas”, afirma. De acordo com Priscilla, para interpretação e produção de texto, é interessante recorrer a pessoas que fazem vídeos no YouTube analisando obras. “Por meio dessa visão de diferentes materiais, você acaba adquirindo a habilidade de entender qual é o objetivo e o que mais chama atenção em uma obra”, acentua. Segundo Priscilla, as pessoas têm dificuldades em gramática, principalmente na nomenclatura. “O medo delas é porque isso exige decoreba e estudo. O nervosismo na hora de responder atrapalha”, diz. A professora deixa uma sugestão final: “Leia jornais e livros, sempre fazendo um resumo de matérias ou capítulos para achar os elementos mais importantes em cada parágrafo; isso ajuda a ter uma ideia central do que o texto trata”.
Oportunidade
Desempregada há um ano e meio, Glória Maria Baltazar, 27 anos, é graduada e mestre em comunicação social pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e busca uma chance de voltar ao mercado por meio do Serviço Militar Voluntário. A moradora de Juiz de Fora (MG) começou a estudar para concursos depois que deixou de trabalhar e se prepara para a seleção da Marinha desde setembro. Ela concorre a uma das quatro vagas para a área de comunicação no Comando do 1º Distrito Naval, que abrange os estados de Rio de Janeiro, Espírito Santo e sudeste de Minas Gerais. A rotina de preparação da jornalista é intensa: são nove horas diárias debruçada sobre livros. “É dedicação exclusiva: estudo das 8h às 18h30, com pausa para almoço”, relata. Ela consulta materiais disponibilizados pela Marinha e se baseia em provas anteriores. “Como eu estava estudando antes da publicação do edital, peguei a prática. Estou otimista para a prova”, ressalta. A avaliação de títulos também deixa Glória tranquila. “Por ter mestrado, estou esperançosa e isso me dá um gás a mais para buscar a aprovação”, diz.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 26/11/2017
Título: Pesquisas científicas contribuem para combate ao Aedes aegypti
A vigilância epidemiológica dos casos de dengue, zika e chikungunya é uma das principais armas de municípios e estados no combate ao Aedes aegypti. Com base nos dados fornecidos por laboratórios especializados é que o Poder Público pode desenvolver estratégias regionais e direcionadas na tentativa de eliminar os focos e os mosquitos em cada localidade. No entanto, apenas saber onde está o mosquito não é o suficiente para eliminá-lo. Por isso, para desenvolver estratégias eficazes, deve-se levar em consideração os hábitos, o comportamento, a biologia e a ecologia do vetor, entre outros fatores. Em ambos os casos, mesmo que a população e o Governo façam sua parte, é preciso o apoio da ciência para promover o real combate ao Aedes.
É por isso que instituições de pesquisa e estudos relacionados ao comportamento animal são parceiros essenciais quando o assunto tem relação com as arboviroses. Segundo o biólogo especialista em comportamento animal, Fábio Prezoto, esses estudos são o “alicerce” para o desenvolvimento de pesquisas que visam a eliminar o mosquito ou, até mesmo, de medicamentos para tratamento das doenças transmitidas por ele. “Muitas instituições de pesquisa buscam combater essas doenças. Mas, para isso, é preciso conhecer o comportamento do mosquito, seu ciclo de vida e hábitos. É muito difícil encontrar uma tentativa de controle sem essas informações básicas, que acabam sendo um subsídio para que as estratégias de combate sejam mais bem estabelecidas”, explica o biólogo.
Fábio é professor da UFJF, onde participou de pesquisa que apontou que as vespas sociais podem participar da predação das larvas do mosquito. “A pesquisa demonstrou que as vespas também podem participar, mesmo que em pequena escala, da predação das larvas de mosquitos. Isso tem motivado novos trabalhos que podem ser desenvolvidos. A ideia é esclarecer melhor como é essa participação, em que época do ano ocorre com maior intensidade, em quais ambientes ocorre.”
De acordo com o biólogo, ainda faltam informações sobre os predadores do mosquito, lacunas que as pesquisas do Mestrado em Comportamento Animal da Faculdade de Biologia da UFJF podem ajudar a sanar futuramente. “A linha que trabalhamos diz respeito à produção de informações, que passam pela biologia, comportamento e ecologia da espécie em questão. Mas existe uma carência de informações sobre os predadores e, por isso, pretendemos seguir essa linha, para descobrir se há algum predador possível do mosquito que está sendo negligenciado e que pode direcionar as ferramentas no combate ao mosquito.”
Diagnósticos
A Fundação Ezequiel Dias (Funed), de Belo Horizonte, é o laboratório de referência da Secretaria de Estado de Saúde para o diagnóstico de arboviroses. O Laboratório de Arbovírus analisa amostras para detecção dos arbovírus da febre amarela, zika, dengue e chikungunya. Só no ano passado foram analisadas 50 mil amostras na instituição, oriundas de centros de saúde de todo o estado.
Segundo o farmacêutico bioquímico do Laboratório de Arbovírus da Funed, Marcos Vinícius Ferreira Silva, este número foi menor neste ano: cerca de 20 mil. No entanto, a dinâmica do diagnóstico envolve uma triagem inicial e a análise também de uma ficha de investigação, enviada juntamente com a amostra de cada paciente.
“A amostra é colhida do paciente e enviada à Funed. Primeiro avaliamos essas fichas, que sempre vêm com solicitações de exames para as doenças suspeitas, e aí fazemos a triagem e a análise. Mas, em alguns casos, realizamos exames complementares. Por exemplo: na amostra de uma gestante, mesmo quando só é solicitado exame para dengue, fazemos de zika também.”
São utilizadas três metodologias de análise: o diagnóstico sorológico, por meio do qual observamos quais são os anticorpos produzidos; um método direto, que vai diagnosticar qual é o material genético dos vírus; e o isolamento viral, por meio do qual o vírus é cultivado.
Confirmadas as presenças dos arbovírus, os órgãos responsáveis podem orientar suas ações de vigilância. “Se a análise determina que um determinado município tem surto de zika, por exemplo, vamos ver de qual bairro são as amostras positivas. Assim, saberemos que é preciso investir mais em bloqueio naquela região.”
O especialista destaca que, apesar de o vírus estar concentrado em uma região, muitas vezes, como é o caso da epidemia de chikungunya em Governador Valadares e Teófilo Otoni, a vigilância da população deve continuar, bem como ações de prevenção e combate dos órgãos públicos e de toda a sociedade.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Coluna Cesar Romero
Data: 26/11/2017
Título: Quem fala
Ex-ministro da Saúde, José Gomes Temporão fala sobre os desafios e perspectivas do SUS no I Colóquio de Pesquisa do Programa de Pós-graduação em Comunicação. Amanhã, na UFJF.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Coluna Cesar Romero
Data: 26/11/2017
Título: Melhor documentário
Apaixonado pela história do Batuque Afro-Brasileiro de Nelson Silva, o estudante Guilherme Landim foi o vencedor do 23° Seminário de Iniciação Científica da UFJF. O projeto audiovisual teve como tema “Batuque (en)cantos de luta” .
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Painel
Data: 26/11/2017
Link: http://tribunademinas.com.br/colunas/painel/26-11-2017/painel-261117.html
Título: Painel
O cientista político Paulo Roberto Figueira, da Faculdade de Comunicação da UFJF, destaca que, pelo mundo afora, “depois de grandes crises do sistema político, frequentemente se abrem perspectivas eleitorais para os que se apresentam como outsiders. Depois da operação Mãos Limpas, na Itália, veio Berlusconi, por exemplo. Depois da grande crise do Governo Sarney, veio Collor. Já na atual crise brasileira, São Paulo elegeu Doria e Belo Horizonte, Kalil – ambos apresentando-se falsamente como não políticos”, destacou. Em 2018, a situação não deve ser diferente.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Economia
Data: 26/11/2017
Título: Só 55 clientes geram energia própria em JF
Com custos iniciais de R$ 9 mil para implantação (para uma residência com consumo médio de 128 quilowatts-hora (kWh) por mês) e promessa de economia nas contas de luz – encarecidas pela bandeira vermelha em vigor nos últimos dois meses -, a energia solar fotovoltaica tem despertado o interesse dos consumidores. A concretização do investimento, no entanto, ainda esbarra na falta de linhas de crédito específicas, capazes de acompanhar, em prazo e taxas, o tempo necessário para recuperação do investimento: entre sete e dez anos.
Em Juiz de Fora, cidade com mais de 560 mil habitantes, apenas 55 clientes geram parte da energia que consomem. O número representa 0,019% dos cerca de 280 mil consumidores da Cemig no município. Deste universo, 50 são residenciais, três comerciais e dois industriais. Em Minas, são 3.748 unidades consumidoras com perfil de micro (sistemas com potência menor que 75 kW) ou minigeração de energia (maior que 75 kW e menor que 5 MW), vinculados ao modelo de geração distribuída. O município representa, portanto, 1,46% do cenário mineiro. Os números foram fornecidos à Tribuna pela Cemig.
O cliente que investir na tecnologia não terá a conta zerada, pois sempre vai pagar o custo de disponibilidade de energia ou consumo mínimo (30kWh se monofásico, 50kWh se bifásico ou 100kWh se trifásico), além da taxa de iluminação pública, conforme explica a Cemig. Mas a economia existe sim. O magistrado aposentado José Maria Ferreira investiu pouco mais de R$ 60 mil na implementação do sistema, através da Arion Otimização em Energia, há cerca de dois meses. Ele viu a sua conta de energia cair de aproximadamente R$ 1 mil para algo em torno de R$ 100 por mês. Além da energia gerada para a própria residência, ele consegue compartilhá-la com o seu filho, que mora no mesmo bairro e que também conta com redução na fatura.
O investimento, considerado alto, será recuperado em cerca de quatro anos e meio. O juiz comenta que despertou a curiosidade para a tecnologia ao perceber o alcance da energia solar fotovoltaica na Europa. “Em minha casa, o consumo era relativamente alto e resolvi fazer o estudo. Achei o projeto interessante. Resolvi apostar e investir.” Na falta de subsídios e créditos especiais, ele decidiu fazer o investimento por conta própria. “Além da economia, valoriza muito o imóvel.” Para José Maria, falta uma posição política do Governo no sentido de disponibilizar linhas de crédito nos bancos públicos capazes de subsidiar – e incentivar – a tecnologia. “É uma energia limpa e fácil de ser instalada.”
Um dos primeiros consumidores a aderir à modalidade em Juiz de Fora foi o Santa Cruz Shopping, há cinco anos. Segundo o administrador do shopping, Luciano Sobrinho, o custo de implementação ficou em torno de R$ 68 mil, e o investimento foi recuperado em, aproximadamente, 20 meses. “Isso porque só fizemos aquisição dos equipamentos. Nossa equipe de manutenção fez a instalação. Eles já tinham alguma expertise, mas foram atrás de mais conhecimento para conseguir instalar tudo. Isso fez com que a implantação fosse ainda mais viável.”
Entre os benefícios, o administrador cita a economia para o condomínio, que chega a 40%. “Essa energia é direcionada para uma parte do shopping, com controle de relógio individual, pois aqui há vários medidores. Nesse relógio, tivemos uma economia de 40% em função da energia fotovoltaica.” Na avaliação do administrador, o investimento se pagou muito rápido e, por conta da durabilidade das placas, a redução já é sentida no bolso. Luciano cita, ainda, a importância do uso consciente dos recursos naturais e os ganhos ao meio ambiente ao se manter um sistema sustentável. Entre outras iniciativas desenvolvidas pelo shopping está sistema de captação de água da chuva, revertido para lavagem de pisos e descarga de sanitários.
Energia não consumida fica de crédito na Cemig
Segundo o coordenador do Laboratório Solar Fotovoltaico (LabSolar) da UFJF, André Augusto Ferreira, em tempos de tarifação elevada, especialmente quando a bandeira é vermelha, a energia alternativa torna-se ainda mais atrativa. O impacto nas contas, explica, varia de acordo com o dimensionamento e o investimento no sistema gerador, que deve ser precedido por uma análise de viabilidade econômica. Já os custos de instalação dependem diretamente do consumo do cliente, do porte da usina instalada e da radiação solar no local.
A tecnologia é basicamente composta por um sistema com painéis solares fotovoltaicos, conversor estático de potência (inversor solar) e medidor bidirecional de energia. A luz solar incidente sobre os painéis é diretamente convertida em eletricidade. No inversor, a corrente contínua é transformada em alternada para ser injetada na instalação elétrica do cliente. A energia excedente é contabilizada pelo medidor (em créditos não monetários) e pode ser usufruída posteriormente, quando o consumo for maior do que a geração, dentro de um prazo de 60 meses.
“O consumidor deixa de pagar à concessionária o que iria consumir dela”, explica o professor. Só o inversor, o elo entre a geração e a rede elétrica, pode custar 20% do investimento. A durabilidade do equipamento chega a 15 anos, mas pode ser estendida com manutenção preventiva a cada dez anos. O custo de manutenção dos painéis solares é estimado em 1% do investimento inicial por ano e consiste na realização de limpeza periódica com água e sabão neutro. A vida útil dos painéis varia entre 25 e 30 anos. Após a aprovação do projeto pela concessionária de energia, existe a troca do medidor tradicional pelo bidirecional, capaz de mensurar a energia enviada da residência para a rede elétrica.
Há demanda por qualificação para trabalhar no setor
O coordenador do LabSolar, André Augusto Ferreira, observa que há interesse por qualificação para trabalhar no setor. Até o ano passado, a UFJF oferecia um curso de extensão, gratuito, voltado à formação de mão de obra. No total, foram abertas quatro turmas, com mais de 600 inscritos. Segundo o professor, o curso está sendo reformulado e deve ser retomado em 2018. Quem procura o núcleo hoje, explica ele, tem a oportunidade de conhecer o laboratório, receber orientações técnicas e equacionar dúvidas. A equipe só cria projetos para fins científicos e tecnológicos. “Temos como princípio não concorrer com a mão de obra que estamos formando”, justifica. Além da economia no bolso, o professor destaca os ganhos ambientais da energia limpa, silenciosa e modular, que pode ser usada em sistemas isolados. “É um mercado em crescimento, não consolidado ainda.”
O responsável técnico pelo LabSolar, José Américo Valentim, comenta que, mesmo com as características climáticas de Juiz de Fora, consegue-se eficiência no sistema. “Mesmo em um dia nublado ou chuvoso e quente ainda há considerável produção de energia.” Valentim ressalta a importância da preocupação ambiental. “Há pessoas que não estão muito preocupadas com a análise rigorosa do retorno do investimento, mas querem contribuir”, avalia. Por conta da maior conscientização, da possibilidade de flexibilidade do gerador (permitindo aumento de potência) e da facilidade de instalação (sem interferir na estrutura hidráulica), a tecnologia tem despertado cada vez mais interesse, diz.
Para José Américo, a demanda em Juiz de Fora é crescente, mas a alternativa ainda é vista com reticência por quem não tem possibilidade de arcar com o custo inicial e esperar pelo retorno. “Algumas pessoas que vêm aqui ficam um pouco reticentes porque não estão acostumadas a investimentos de longo prazo. Para muitos, sete anos e meio é muito tempo.” A exigência de patrimônio elevado como garantia foi citada como empecilho, além da incidência de taxas de juros que elevam o payback (prazo de retorno) de sete anos, em média, para até nove anos, desestimulando o pequeno investidor. A geração de energia para consumo próprio não sofre incidência do ICMS. Uma orientação do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) é que a cobrança do imposto seja aplicada sobre o valor líquido, ou seja, sobre o consumo além do gerado. “A incerteza sobre essa cobrança também afasta o pequeno investidor.”
Para Febraban, mercado deve se aprimorar
Procurada, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), por meio de sua assessoria, afirma que o setor bancário brasileiro tem, entre suas prioridades, a meta de auxiliar no desenvolvimento sustentável do país, bem como o cumprimento dos compromissos ambientais e climáticos assumidos pelo Brasil, no plano nacional e internacionalmente. O acordo histórico assinado em 2015, em Paris, durante a COP21, indicou a urgência de aumentar a oferta de recursos financeiros para ações de mitigação e adaptação às mudanças climáticas, em volumes que exigirão a criação de novos instrumentos de financiamento, e a participação de governos e do setor privado. “Nesse contexto, o setor lidera análises sobre a viabilidade de projetos de construção sustentável, além de estudos voltados à definição de modelos de negócio para ampliar o financiamento a projetos de eficiência energética e energia renovável.”
Para a Febraban, o potencial da tecnologia dos painéis solares fotovoltaicos ainda é pouco explorado no Brasil, que conta com 3.900 micro e minigeradores em um total de 77 milhões de possíveis unidades consumidoras. “Apesar do grande impulso no Brasil a partir das resoluções normativas da Aneel (482/2012 e 687/2015), há ainda enorme potencial de crescimento nesse setor.” Conforme a federação, existem atualmente no país cerca de 65 linhas de crédito voltadas ao financiamento de projetos de eficiência energética, algumas inclusive incentivadas, oferecidas tanto por bancos públicos como privados.
Falta padronização
“Os desafios do segmento não se concentram na falta de linhas de crédito, mas sim na necessidade de aprimoramento de alguns aspectos deste mercado para que os projetos sejam compatíveis com os requerimentos de financiamentos.” Entre os principais entraves para o financiamento de projetos, a Febraban cita a falta de padronização, a assimetria de informações quanto aos custos de implementação, receita, ganhos de eficiência e métricas de performance, a baixa capacitação técnica dos agentes e a falta de selos e rotulagem de equipamentos.
Início de uma nova era
O doutor em Economia Aplicada Paulo do Carmo Martins afirma que, após a mudança de paradigma tendo o petróleo como principal base da matriz energética mundial, é possível identificar o início de uma nova era. “Todo o desenvolvimento, nos últimos cem anos, foi baseado no petróleo, o que foi muito importante e positivo para o mundo, mas não dá mais para continuar com esse padrão.” O economista lembra que os combustíveis fósseis são altamente poluentes, além de os países produtores serem instáveis, política e economicamente. Os fatores, juntos, fazem com que a sociedade busque alternativas. “Avançamos pouco nas alternativas que poderíamos ter, como a agroenergia.” Na avaliação de Paulo do Carmo, o país poderia ser grande ofertador de energia através da cana-de-açúcar e da biomassa (gerada pelo capim), mas, na sua opinião, não houve competência para montar uma oferta contínua de álcool, tanto que o país importa o produto dos Estados Unidos. “Avançamos pouco em energia oriunda do sol, dos ventos ou do mar, porque investimos pouco em tecnologia.”
Na avaliação do economista, as perspectivas são boas para o crescimento da energia solar, cujo custo tem reduzido continuamente. “Nos lugares em que a tecnologia tem avançado, há algum tipo de subsídio por parte do Governo. Não só no consumo, mas, principalmente, nos equipamentos e nos juros de investimentos.” Paulo do Carmo avalia que, em tempos de economia recessiva, acionar termelétricas para dar conta da demanda é encarecer, ainda mais, o custo da energia, inibindo investimentos e prejudicando a esperada retomada de crescimento no país.
Setor exerce hoje papel complementar
Hoje, a geração de fontes renováveis são complementares à rede, não sendo capazes de substituí-la. Sem dados municipais, a Cemig calcula que, em Minas, a potência total instalada na modalidade de geração distribuída é de 36,12 MW. Para atender toda carga da companhia, seriam necessários 19.000 MW. Segundo a companhia, a demanda pela produção de energia própria tem crescido de “forma exponencial” em todo o país. “Os custos crescentes da energia versus os custos decrescentes da tecnologia têm contribuído para tal crescimento.” A orientação aos interessados é procurar uma empresa integradora que ofereça a solução. Detalhes podem ser obtidos no site www.cemig.com.br/pt-br/atendimento/corporativo/paginas/micro_minigeracao.aspx.
No país, o setor solar fotovoltaico deverá movimentar R$ 4,5 bilhões este ano. Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar),é esperada a marca histórica de um gigawatt (GW) até o final de 2017, ante os 90 MW verificados em janeiro deste ano, um crescimento de mais de 11 vezes no período. Esta é a aposta do presidente executivo da Absolar, Rodrigo Sauaia.
Na sua opinião, a tecnologia é estratégica para apoiar Governo federal, estados e municípios no cumprimento da meta brasileira de reduzir em 37% as emissões de gases de efeitos até 2025, com indicativo de chegar ao corte de 43% em 2030. “Ao gerar energia elétrica a partir do Sol, o Brasil evita emissões, diversifica a matriz elétrica, alivia os reservatórios hídricos (hoje em situação crítica), reduz custos e emissões com o uso das termelétricas a combustíveis fósseis e ainda impulsiona a geração de empregos locais de qualidade, atraindo investimentos privados e reaquecendo a economia nacional.”
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Veículo: G1
Editoria: Zona da Mata – MG
Data: 27/11/2017
Título: Transporte de candidatos do PISM da UFJF está com inscrições abertas em São João Nepomuceno
Candidatos de São João Nepomuceno que vão participar em dezembro do Programa de Ingresso Seletivo Misto (PISM) em Juiz de Fora terão acesso a transporte gratuito para os dias de prova. A Secretaria Municipal de Educação abriu inscrições para os interessados no serviço. O cadastro segue até 30 de novembro.
O PISM é uma das formas de acesso à Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). O programa consiste em se fazer a seleção dos estudantes pelo sistema seriado, dividido em três módulos consecutivos e anuais. neste ano, as provas estão previstas para os dias 9 e 10 de dezembro.
O candidato que quiser usar o transporte gratuito deve comparecer à Secretaria Municipal de São João Nepomuceno, na Rua Governador Valadares, Centro. É precisa apresentar RG, CPF, comprovante de residência e comprovante de inscrição contendo número da inscrição no PISM e local da prova.
A secretaria atende de segunda a quinta-feira, das 7h às 10h30 e das 12h às 17h, e às sextas-feiras, das 7h às 16h.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 27/11/2017
Título: Cartão de inscrição para sorteio do João XIII começa a ser emitido nesta terça
A partir desta terça-feira (28), a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) disponibilizará acesso ao cartão de inscrição dos participantes do sorteio das 75 vagas para ingresso no 1º ano do Ensino Fundamental do Colégio de Aplicação João XXIII, em 2018. O documento deverá ser emitido até a próxima sexta-feira (1º). De acordo com edital divulgado, o sorteio público está previsto para acontecer no sábado, 2 de dezembro, às 9h30min, na Faculdade de Educação Física e Desportos (Faefid), no Campus da UFJF.
Para participar do sorteio, o responsável pelo candidato deverá ter em mãos o cartão de inscrição e estar presente no local no momento da seleção. Essas condições são obrigatórias para garantia da vaga na instituição. Caso o representante do candidato não esteja presente ou não apresente o cartão de inscrição com o número sorteado, a vaga será destinada a outra pessoa.
Além das 75 vagas oferecidas, serão sorteados outros dez alunos, que ficarão registrados como suplentes e serão chamados caso ocorra desistência, perda de prazo ou o não preenchimento dos requisitos exigidos para matrícula por parte de algum dos sorteados. Os procedimentos fazem parte do edital aberto pela instituição, que recebeu inscrições dos interessados entre 26 de outubro a 17 de novembro, através da página do Colégio, na internet. As vagas são destinadas a crianças nascidas entre os dias 1º de janeiro de 2011 e 30 de junho de 2012
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Veículo: Globo Esporte
Editoria: Zona da Mata e Centro Oeste – MG
Data: 27/11/2017
Título: Da dor ao sorriso: Leozinho voa para dar primeira vitória ao JF Vôlei
De provável desfalque e dúvida horas antes da partida a melhor jogador em quadra. A semana do ponteiro Leozinho começou pra baixo, dolorida, mas terminou com muitos motivos para sorrir. Maior pontuador do time na Superliga e melhor em quadra na vitória do JF Vôlei sobre Maringá, a primeira do time na competição, o atleta superou dores musculares no abdome para entrar no jogo e decidir a parada para a equipe mineira.
Após a partida, Leozinho, que desfalcou o time na derrota para Sesc-RJ, reconheceu que não se lembrava de ter marcado tantos pontos como fez no ginásio Chico Neto: foram 38 acertos.
– Acho que 38 é a primeira vez. Um grande jogo. Todo mundo deu seu melhor. Os dois times sabiam da importância desta partida e foi um jogo muito disputado bom de ser jogado.
Com a impressionante partida no Paraná, o ponteiro do JF Vôlei chegou a 119 pontos na Superliga. Feito que ele divide com o time.
– Fico feliz. O destaque é individual, mas o mérito é coletivo. As bolas estavam boas, o pessoal dando qualidade no passe. Primeira vitória, primeiro troféu de melhor do jogo. Estou satisfeito.
Com os primeiros dois pontos somados na tabela, o JF Vôlei é penúltimo e volta à quadra no sábado, às 18h, contra Caramuru, no ginásio da UFJF.
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Veículo: Globo Esporte
Editoria: Vôlei
Data: 27/11/2017
Título: Em jogo com duas viradas, Juiz de Fora bate Maringá no tie-break e vence 1ª na Superliga
No confronto entre Maringá e Juiz de Fora no ginásio Chico Neto, pela Superliga Masculina, não tinha jeito: alguém venceria a primeira na competição. Mesmo sendo entre os dois últimos na tabela, o jogo foi sensacional, com duas viradas e muito brigado, sem bola perdida. Mas a rodada era definitivamente, dos visitantes. E mesmo depois de estar em desvantagem no tie-break, o Juiz de Fora buscou a virada na parcial e venceu o Maringá por 3 sets a 2, parciais de 25/21, 20/25, 21/25, 33 a 31 e 21/23 em um grande jogo na noite deste domingo (Assista o vídeo acima). O ponteiro Leozinho, do Juiz de Fora, que era dúvida para o jogo, e entrou após testes antes da partida, foi eleito o melhor do jogo e o maior pontuador com incríveis 38 pontos.
Com o resultado, a equipe mineira soma os primeiros dois pontos na tabela e deixa a lanterna com o Maringá, que tem um ponto na classificação. Na próxima rodada, o Juiz de Fora recebe o Ponta Grossa, no ginásio da UFJF, no sábado, às 18h. Um dia antes, o Maringá enfrenta outro mineiro na rodada. Vai até BH encarar o Minas, às 20h30.
O jogo
O começo do primeiro set teve dois protagonistas: Leozinho pelo lado do Juiz de Fora, que era dúvida para a partida, e Alisson Bastos para o Maringá. Os levantadores Felipe e Ricardinho procuravam os dois ponteiros que viravam praticamente todas. A primeira vantagem no placar foi justamente um ataque de fundo de Leozinho que abriu 7 a 4 para o time mineiro. Os paranaenses chegaram ao empate com bloqueios de Wennder e as equipes seguiram iguais ate o 14º ponto. A partir daí o Maringá virou o jogo e abriu vantagem. Henrique Furtado parou a partida, o time mineiro virou uma bola na volta do jogo, mas o Maringá não deu brechas e abriu cinco pontos: 20 a 15. O Juiz de Fora tentou reagir com dois ataques seguidos de Leozinho, porém, o Maringá fechou após erro de saque do Juiz de Fora em 25 a 21.
O Maringá começou à frente na segunda parcial. O Juiz de Fora empatou e abriu dois pontos com dois ataques de Leozinho e ficou à frente: 6 a 4. Sem o mesmo volume de jogo do primeiro set, o Maringa viu o levantador Felipe acionar os ponteiros Ramme e Leozinho, e o time mineiro abrir vantagem. Com a passagem de Leozinho no saque e mais organizado taticamente, o Juiz de Fora abriu seis pontos: 18 a 12. O Maringá reagiu com Wennder no saque, que quebrou a recepção mineira e diminuiu a vantagem para três pontos: 20 a 17. Henrique Furtado parou o jogo. E parou a reação paranaense. Com ataque de Leozinho na saída de rede fechou o set em 25 a 20.
O jogo seguiu equilibrado no terceiro set. Até Felipe ir para o saque e quebrar a recepção do Maringá. Com o venezuelano Emerson Rodrigues forçando o saque, o Juiz de Fora abriu dois pontos: 11 a 9. O Maringá não deixava os mineiros abrirem frente e a dupla Ricardinho e Kaio mantinha o Maringá vivo. O empate veio com bloqueio de Ricardinho em bola de cheque de Leozinho, e no erro de ataque de Rômulo: 17 a 17. Foi o central do time mineiro que recolocou o Juiz de Fora à frente e com três pontos de vantagem aproveitando a nova boa passagem de Emerson pelo saque: 20 a 17. Maringá foi atrás e diminuiu a vantagem para um ponto com o saque de Leitzke: 20 a 19. Mas o Juiz de Fora aproveitava bem os contra-ataques, voltou a abrir três pontos de vantagem e com bloqueio de Emerson fechou o set em 25 a 21.
O Maringá precisava ganhar o quarto set para se manter no jogo e fez com o Juiz de Fora uma parcial espetacular. No início, os paranaesnes contaram com os ataques de Kaio para colocar as bolas no chão. Do lado mineiro, Emerson Rodrigues e Leozinho seguiam comandando. Com o venezuelano no saque, o Juiz de Fora abriu grande vantagem no set que, até então, estava equilibrado: 14 a 9. O Maringá reagiu e no contra-ataque de Alisson Bastos diminuiu a vantagem para um ponto: 17 a 16 e com bloqueio em cima de Leozinho empatou: 18 a 18. E veio do banco do Maringá o jogador que garantiu a virada. Dois saques de Bruno em cima de Juan Mendez colocaram os paranaenses na frente: 21 a 20. O troco veio na mesma moeda. Emerson Rodriguez, de novo, deixou o Juiz de Fora à frente após boa passagem no saque. O fim do set foi ponto a ponto e eletrizante. O Juiz de Fora teve dois match points e não conseguiu fechar. Maringá virou, teve o ponto do set, mas o Juiz de Fora fechou a porta. Na hora mais importante, apareceu Leozinho para colocar o Juiz de Fora com outra bola do jogo na mão. Mas o Maringá salvava. Uma, duas… e teve mais três set points. E no terceiro, conseguiu após saque de Ricardinho que desmoronou a recepção mineira: vitória, na raça, por 33 a 31 e decisão para o tie-break.
O quinto set começou como foi todo o jogo: muito equilibrado e com as duas equipes se alternando na frente do placar. Mas o bloqueio do Maringá funcionou com Johan. O saque de Wennder entrou e o time paranaense abriu dois pontos: 11 a 9. Mas o time mineiro reagiu e encostou: 11 a 10. Mas Johan fechou a porta para Leozinho, o Maringá abriu dois pontos novamente e parece que o jogo tava resolvido. Um bloqueio do Bruno daria a bola do jogo para o Maringá. Mas ele tocou na rede, a arbitragem viu e o Juiz de Fora voltou para o jogo. Encostou e, com um bloqueio sobre Alisson Bastos, empatou o jogo em 14 a 14. Salvou três match points. Virou a parcial. Teve duas bolas do jogo, mas errou no saque. O match point mudou de lado no jogo que parecia interminável. Alê tentou o ataque para o Maringá, errou, e, o Juiz de Fora teve a bola do jogo. Desta vez, a bola não voltou. Uma pancada de Emerson Rodrigues no saque resultou no erro de ataque do Maringá e vitória por 23 a 21 no set e 3 sets a 2 na partida.