Veículo: Folha de São Paulo
Editoria: Educação
Data: 25/10/2017
Título: Sem dinheiro, universidade federal reduz obra, pesquisa e até bandejão
Acostumados a chegar ao restaurante universitário e encontrar iogurte no café da manhã, estudantes da UnB (Universidade de Brasília) agora convivem com a falta da bebida no cardápio, além de restrições de pães e suco.
A mudança na rotina é só um exemplo simbólico de medidas de universidades federais para reduzir as despesas devido à falta de recursos.
Os cortes no dia a dia dessas instituições pelo país também resultam em obras paradas, pesquisas comprometidas e compras proibidas, assim como vigilância e serviços de limpeza reduzidos.
Além da UnB, problemas do tipo se repetem em universidades como UFRJ (Rio), UFPR (Paraná), UFSCar (São Carlos-SP), UFPA (Pará), UFPB (Paraíba), UFJF (Juiz de Fora-MG) e UFMG (Minas).
Em geral, as instituições culpam os recursos contingenciados pelo Ministério da Educação, ligado à gestão Michel Temer. A pasta, por sua vez, afirma cumprir com seus cronogramas de desembolso e nega haver falta de verbas.
O volume de investimentos das federais orçado para este ano, de R$ 1,5 bilhão, já era um terço inferior ao de 2016 –e, mesmo assim, somente 60% já foram liberados.
Para a verba de custeio (usada na manutenção das universidades), a previsão era de estagnação –e houve liberação de 85% do total. O resto permanece congelado.
PLANEJAMENTO
Na Paraíba, a federal tem 45 obras afetadas. Na UFPR, houve corte em pesquisa sobre a proliferação do mosquito Aedes aegypti. A UFRJ dispensou 50% dos terceirizados. Na UFSCar, limpeza e vigilância estão prejudicados.
Reitor da UFPA (Pará) e presidente da Andifes (associação dos reitores), Emmanuel Tourinho diz que falta dinheiro para manter as atividades, que pesquisas estão comprometidas e que a situação pode piorar em 2018.
“A política adotada está aniquilando a ciência e a tecnologia, que obviamente atinge as universidade. Sem as universidades, não tem ciência no Brasil”, afirma.
Ele diz que as instituições têm problemas desde 2014, quando começou a haver contingenciamento da União, e nega problemas de gestão.
“É problema de recurso, para manter um padrão de orçamento que garanta planejamento de médio e longo prazos. Vínhamos com um planejamento que foi quebrado”, afirma Tourinho.
RODÍZIO
“Tínhamos um café da manhã excepcional, e ainda houve outros cortes, como tirar palito de dente e azeite do almoço”, diz Matheus Barroso, 21, aluno de história na UnB e coordenador-geral do DCE (diretório dos estudantes).
A universidade diz que obteve redução de 15% no valor do contrato das refeições em meio à crise e que nutricionista da UnB e da prestadora do serviço consideram adequada a qualidade nutricional.
“O iogurte aparece no cardápio, só que agora a oferta não é diária, mas em rodízio”, diz a decana de planejamento e orçamento e avaliação institucional, Denise Imbroisi.
São dois os focos do problema na UnB, segundo ela: redução orçamentária em relação a 2016 e orçamento de recursos próprios aquém da capacidade de arrecadação.
A UnB obteve R$ 26 milhões a mais que a previsão de verbas próprias (como aluguéis), mas a quantia não pode ser utilizada. A instituição diz tentar autorização do Ministério da Educação que permita usar esse dinheiro.
“Para recursos de equipamento, laboratório, livros, todas despesas precisam ser adiadas ou minimizadas.”
‘ESQUELETOS’
No Paraná, existem dez “esqueletos” de prédios inacabados na UFPR, que amarga deficit de mais de R$ 300 milhões em obras paradas ou que não saíram do papel.
As construções foram acumuladas no período de “vacas gordas”, conforme definição do reitor da instituição, Ricardo Marcelo Fonseca.
Em só um campus, no centro politécnico, são cinco estruturas pela metade. “Prédios assim são uma homenagem ao desperdício do dinheiro público”, afirma.
Para diminuição do rombo, houve corte em parte dos contratos com terceirizados, como limpeza e vigilância. Um dos projetos que sofreu corte é uma pesquisa sobre a proliferação do mosquito Aedes aegypti, liderada pela UFPR em parceria com universidades de dez Estados.
Na Paraíba, a UFPB tem 45 obras paralisadas ou inacabadas nos quatro campi, 25 delas em João Pessoa. Há outras 19 licitadas e que não foram iniciadas por falta de recursos, além de prédios inaugurados sem encanamento.
A UFRJ alega ter perdido 13,5% de recursos neste ano, ficando com um orçamento semelhante ao de 2014. Foram dispensados 50% dos terceirizados nos últimos três anos, atuantes na segurança, limpeza e manutenção.
No interior paulista, a UFSCar recebeu 13% menos que a previsão para custeio e investimento e sofreu contingenciamento adicional de 40% (investimentos) e 15% (custeio), segundo a reitora, Wanda Hoffmann. Isso afetou áreas como limpeza, vigilância, manutenção predial e materiais de consumo, além de haver obras paradas e projetos comprometidos.
“Vamos ter dificuldade de construir prédios previstos [para cursos recentes], contratar docentes e servidores, ou seja, de uma forma geral as atividades de ensino e pesquisa sofrem também com essa diminuição de recursos.”
A UFJF diz que seu principal problema é a incerteza em relação ao descontingenciamento, que impacta de obras a laboratórios, computadores e livros. “Estamos contendo qualquer expansão em bolsas, terceirizados e contratos, e aumentando controle sobre viagens e diários e pagamentos para pessoas físicas.”
“O que mais preocupa é a precarização do ensino, especialmente os de saúde. Há cursos sem prédios próprios”, afirma Victor Soares Lustosa Victor, 20, estudante de serviço social e secretário-geral do DCE da UFJF.
Na UFMG, oito obras estão paradas, sem previsão de retomada, e foram reduzidos contratos com terceirizados.
OUTRO LADO
O Ministério da Educação afirma, por meio de sua assessoria, cumprir seu cronograma de repasses às universidades federais e nega falta de recursos de sua parte.
Segundo a pasta, neste mês houve aumento do limite de empenho às instituições e foram liberados, entre recursos orçamentários e financeiros, R$1,2 bilhão.
O ministério diz que a liberação de 85% do orçamento de custeio (usado na manutenção das universidades) supera em 10% a proporção correspondente aos nove primeiros meses do ano, sendo suficiente para as despesas.
O MEC afirma que as universidades federais receberam recursos que já possibilitaram a entrega de 588 obras, entre projetos que tinham “cronograma atrasado de atividades” e outros “com calendário parado”.
A pasta diz também que cortes de R$ 10 bilhões, em 2015, e de R$ 6,4 bilhões, em 2016, na gestão Dilma Roussef, afetaram as universidades, mas que R$ 4,7 bilhões foram recuperados depois.
O ministério informou que as universidades federais empenharam cerca de R$ 6,4 bilhões dos R$ 7,9 bilhões já liberados –e que, por isso, há R$ 1,5 bilhão de verbas ainda não empenhadas.
“O MEC está trabalhando para aumentar ainda mais o limite, assim como fez no ano passado, quando, mesmo após o contingenciamento feito pelo governo anterior, conseguiu liberar 100% de custeio para as universidades até o fim do ano”, afirma nota divulgada pela pasta.
“Mesmo diante do atual ajuste, o valor disponível para as instituições é maior do que o disponível à época do contingenciamento em 2016”, completa o ministério.
Em relação à situação da UnB, a assessoria do ministério afirma que foram liberados R$ 210,4 milhões e empenhados R$ 155,3 milhões.
De acordo com a pasta, a quantia de custeio programada para este ano supera a de 2015 e houve um equívoco da gestão anterior do ministério na definição de 2016 –que acabou elevando a totalidade para R$ 219,5 milhões.
“Além disso, houve redução da estimativa de receitas próprias por parte da UnB.”
Colaboraram AMANDA AUDI, em Curitiba, e PAULO SALDAÑA, de São Paulo
UNB (Brasília) – Reduziu contratos de limpeza – Reduziu itens como iogurte e pães no café da manhã de alunos – Adiou ou minimizou despesas com equipamentos, laboratórios e livros
UFRJ (Rio de Janeiro) – Duas obras paradas – Deficit de R$ 157 mi desde 2014 – Reduziu pela metade o quadro de terceirizados nos últimos três anos – Dificuldade para manter em dia contas de energia, limpeza e segurança
UFPB (Paraíba) – Reduziu passagens e diárias de docentes e alunos em eventos – 45 obras paradas nos quatro campi, sendo 25 em João Pessoa – Ensino, pesquisa, extensão e inovação tecnológica prejudicados
UFJF (Juiz de Fora – MG) – Não há dinheiro para obras – Veto a expansão de bolsas, terceirizados e contratos – Mais rigor sobre viagens, diárias e pagamentos a pessoas físicas
UFSCar (São Carlos – SP) – Obras paradas – Cortes impedem construção de prédios previstos para cursos recentes – Reduziu frequência de limpeza, manutenção predial e reposição de itens de consumo
UFPA (Pará) – Não há dinheiro para manutenção – Pesquisas prejudicadas ou suspensas pela falta de recursos
UFPR (Paraná) – Corte de recursos de projetos de pesquisa – Dez obras incompletas, entre elas laboratórios
UFMG (Minas Gerais) – Obras paradas – Já atrasou pagamentos a fornecedores
Fontes: Universidades federais e diretórios de estudantes
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 25/10/2017
Título: UFJF defende enfrentamento de desigualdades
Um dia após a Câmara ter aprovado, nesta terça-feira (24), moção de repúdio à direção do Colégio de Aplicação João XXIII, vinculado à Universidade Federal de Juiz de Fora, por conta da promoção de uma atividade com a presença da drag queen Femminino, a UFJF veio a público se posicionar sobre o tema, sem, no entanto, se curvar à posição definida pelo plenário do Poder Legislativo municipal. Em nota, a instituição federal reforçou entendimento de que, do ensino básico ao superior, suas políticas internas estão pautadas no enfrentamento das desigualdades e preconceitos “que geram práticas discriminatórias, opressivas e violentas contra as pessoas ou grupos sociais e reafirmou sua posição filosófica, sociológica e didático-pedagógica que fundamenta o debate da diversidade em sua política educacional”.
“A questão da diversidade se insere nesta perspectiva. Assim, buscamos cultivar uma cultura de respeito à vida e às diferenças, fortalecendo os processos democráticos de formação humana e de produção científica”, afirma o texto. Desta forma, A UFJF reforçou compromisso com “a educação pública, laica, democrática e republicana, tendo como parâmetros a Constituição Federal e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional”. “Isto se traduz na formação de profissionais e na produção e divulgação de conhecimentos para o desenvolvimento social e ambiental da região e do país.” A Universidade ainda destacou o fato de a posição da Câmara ter sido definida por pequena diferença de votos – dez vereadores foram favoráveis à moção de repúdio, sete foram contrários e houve uma abstenção.
Convite ao debate
A UFJF afirmou que irá dar sequência a “compromisso social de contribuir com o avanço e aprofundamento da democracia e com o combate às opressões e violências que ainda estão presentes em nossa sociedade”. A instituição federal ratificou posição já apresentada à Mesa Diretora da Câmara, convidando a Casa legislativa e seus vereadores ao debate sobre questões relacionadas à diversidade. O convite já havia sido oficializado pela Universidade após movimentações do presidente da Casa, o vereador Rodrigo Mattos (PSDB), que buscou estreitar o diálogo entre as partes antes da votação de pedidos de repúdio, que totalizaram três moções apresentadas por parlamentares – uma apresentada por André Mariano (PSC); outra por José Fiorilo (PTC); e uma terceira, que acabou aprovada e leva as assinaturas de André, Carlos Alberto Mello (Casal, PTB) Charlles Evangelista (PP) e Júlio Obama Jr. (PHS).
“Por fim, reiteramos nosso convite aos Vereadores, encaminhado no dia 23/10/2017, para participarem, junto à comunidade universitária e à sociedade, do seminário sobre a política de educação e a questão da diversidade, que realizaremos em novembro, no Campus da universidade, em Juiz de Fora”, afirma a nota da UFJF.
Câmara não tem prazo para encaminhar moção
Segundo a assessoria da Câmara, a moção de repúdio apresentada pelos vereadores André Mariano (PSC), Carlos Alberto Mello (PTB), Charlles Evangelista (PP) e Júlio Obama Jr. (PHS) não tem data para ser encaminhada à UFJF. Não há no regimento interno da Casa prazo máximo para o envio, e o repúdio irá entrar em uma fila de dispositivos parlamentares aprovados anteriormente e que ainda precisam ser destinados a órgãos públicos e outras entidades. Independentemente do fato de os vereadores Adriano Miranda (PHS), Antônio Aguiar (PMDB), Cido Reis (PSB), Kennedy Ribeiro (PMDB), Marlon Siqueira (PMDB), Roberto Cupolillo (Betão, PT) e Wanderson Castelar (PT) terem se posicionado contrários ao repúdio, a moção a ser direcionada à UFJF tem peso institucional e será encaminhada em nome do Poder Legislativo municipal.
Aprovada por dez votos a sete, a moção de repúdio cita o que quatro parlamentares autores da proposição chamam de “ideologia de gênero”. Para André, Mello, Charlles e Júlio, a atividade realizada pelo Colégio de Aplicação João XXIII confronta e desrespeita “princípios e valores”, na opinião dos vereadores, “ainda traduzem o pensamento da maioria da sociedade brasileira”. Como justificativa, o texto assinado pelos vereadores destaca o fato de a atividade ter sido direcionada a crianças, “entre 6 e 9 anos, aproximadamente”. “O aspecto mais grave disso tudo radica no fato de que o público-alvo da apresentação não foram adolescentes, jovens ou adultos, não foram, assim, pessoas com necessário discernimento e maturidade para avaliação e tomada de posição”.
Os quatro vereadores ainda tentaram refutar possíveis interpretações preconceituosas dadas ao texto por grupos contrários ao repúdio. “Acreditamos no pluralismo das ideias, das doutrinas e das concepções de mundo e de sociedade. Acreditamos que a verdadeira democracia não pode cercear o livre trânsito das diferentes concepções. Mas partimos do pressuposto de que este debate deve envolver pessoas com poder de crítica e de discernimento, pessoas aptas a conduzir sua escolha e sua vontade”, afirma o texto da moção, uma vez mais ressaltando a atividade voltada a alunos do Colégio de Aplicação João XXIII. “Neste sentido, o que aconteceu foi uma violência, já que se tentou, literalmente, impor um modelo de comportamento, um tipo de ideologia a pessoas que, repita-se, não têm a mínima capacidade de julgar, aferir, concordar ou discordar, com o devido discernimento das ideias ali postas”, argumentam, por fim, os parlamentares.
Votação foi acompanhada por grupos favoráveis e contrários a repúdio
O debate foi acompanhado por grupos favoráveis e contrários ao repúdio. Entre os que defendiam a moção, um grupo de pastores evangélicos esteve presente no plenário e entregou à Mesa Diretora um documento que apoiava a aprovação da moção e foi lido em plenário durante a sessão desta terça-feira, quando também foi lido requerimento apresentado pelo Conselho de Pastores de Juiz de Fora e Região (Conpas) repudiando o que os religiosos chamam de “ideologia de gênero” e a atividade realizada no Colégio de Aplicação João XXIII.
“Tal ideologia fere princípios básicos do Cristianismo, da Ciência e até do bom senso, posto que o Cristianismo afirma peremptoriamente que o Senhor do Universo criou Homem e Mulher, desde o ventre, antes mesmo de sair do útero; que a Ciência corrobora neste diapasão quanto a existência de tão somente dois gêneros, e que estes são plena e factualmente comprovados/atestados pelo que a mesma entende como Ciência, não há o que se demonstrar de outra forma, ou se nasce homem ou mulher, querer impingir sobre a sociedade e covardemente sobre as crianças é inqualificável”, afirma o texto assinado pelo Conselho de Pastores.
Por outro lado, também se fizerem presentes na audiência do Palácio Barbosa Lima representantes de professores, estudantes e movimentos sociais contrários à moção. Após o revés na votação, os manifestantes prometeram manter a mobilização. “Entendemos que a moção de repúdio não determina nada sobre as nossas vidas. Vamos continuar na militância, defendendo quem realmente precisa. Entendemos que isso é um desserviço à população “, afirmou a representante da Marcha Mundial das Mulheres, Laiz Perrut.
A militante defendeu ainda que as discussões parlamentares sejam direcionadas a temas mais pertinentes, como o acesso à educação. “Devíamos ouvir discussões sobre o número de vagas no João XXIII, pedidos de abertura de mais vagas na UFJF. Porém, estamos acompanhando votações de repúdio a um colégio que é altamente bem avaliado. Entendemos que atitudes como essas levam a um nível de LGBTfobia e preconceito tão fortes que a consequência é a morte de milhares de pessoas LGBT por dia. Não temos nada planejado ainda, vamos continuar acompanhando e nos manifestando em outras oportunidades.”
Apoio à UFJF
Ontem, o Conselho Municipal de Cultura (Concult) manifestou, por meio de nota, apoio à UFJF, ao Colégio João XXIII e ao artista performático Nino de Barros, que interpreta a drag queen Femmenino. “O Concult defende a discussão em torno da diversidade e repudia toda e qualquer forma de censura à arte e à produção cultural. Somos contra a expansão do radicalismo, do conservadorismo exacerbado, do sexismo e do discurso de ódio”, afirma o texto do conselho. Na semana passada, outras entidades já haviam se posicionado contra as moções, como as comissões de Direitos Humanos e Cidadania e de Defesa dos Direitos das Crianças, Adolescentes e Jovens do braço local da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/JF).
De lados opostos, deputados se posicionam após decisão
A aprovação da moção de repúdio à direção do Colégio João XXIII pela Câmara repercutiu além das fronteiras do Poder Legislativo Municipal. Após a aprovação do dispositivo, dois deputados eleitos em 2014 com domicílio eleitoral em Juiz de Fora correram às redes sociais para defender e criticar o repúdio. Eleito para o primeiro mandato na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), o deputado estadual Márcio Santiago (PR) – que também é pastor missionário e sobrinho do líder da Igreja Mundial do Poder de Deus, o apóstolo Valdemiro Santiago – saiu a favor dos vereadores que validaram a moção. “Tentam confundir nossas crianças com esta maldita ‘ideologia de gênero’”, afirmou em vídeo publicado pelo Facebook, em que pediu para que “Deus abençoe os mandatos” dos parlamentares juiz-foranos que validaram a proposição.
Por outro lado, a deputada federal Margarida Salomão (PT) utilizou a mesma rede social para manifestar solidariedade à direção do Colégio de Aplicação João XXIII e à UFJF, ante a moção de repúdio classificada como “absurda” pela parlamentar. “O João XXIII e a UFJF são patrimônios da educação pública, juiz-forana e brasileira. Trata-se de instituições que, há décadas, esmeram-se no sentido de formar, com excelência, cidadãos, cidadãs e profissionais qualificados. Mais do que isso, são instituições que lutam para inserir Juiz de Fora e Zona da Mata mineira no circuito nacional da pesquisa científica e inovação tecnológica”, afirmou a petista.
Margarida manifestou respeito e apoio a docentes e servidores ligados à instituição federal em ambas as instituições e solicitou aos profissionais que “mantenham, de modo sereno e confiante, o propósito de enfrentar preconceitos e disseminar as luzes que constam de seu mote originário”. Cabe lembrar que a deputada é professora da UFJF e já exerceu a Reitoria da Universidade por dois mandatos, entre 1998 e 2006.
Placar foi apertado: 10 a 7
A moção de repúdio foi aprovada nesta terça-feira (24) seguindo o mesmo clima tenso já observado na semana passada, quando a polêmica havia chegado à Câmara com as apresentações das duas primeiras moções de repúdio, assinadas por André Mariano (PSC) e José Fiorilo (PTC). Na ocasião, os dois vereadores se mostraram indignados com a publicação pela UFJF de um vídeo em que a drag queen Femmenino, vivida pelo estudante Nino Barros, visita o Colégio João XXIII, onde interage com alunos da escola. A gravação integrou o quadro “Na hora do lanche” e fez parte das atividades relacionadas ao Dia das Crianças. As moções iniciais, no entanto, acabaram sendo retiradas após movimentações conduzidas pelo presidente da Casa, o vereador Rodrigo Mattos (PSDB), que defendeu a busca de diálogo com a UFJF ante de ocorrer as votações do repúdio.
A busca por entendimento, no entanto, durou apenas uma semana. Após a UFJF não sinalizar uma visita à Câmara, pleito defendido em plenário por André, e convidar os vereadores a participar de um seminário em que conceitos de diversidade serão abordados, quatro parlamentares – André, Carlos Alberto Mello (Casal, PTB), Charlles Evangelista (PP) e Júlio Obama Jr. (PHS) – apresentaram uma terceira moção de repúdio nesta terça-feira. Diante da apreciação da proposta, o plenário derrubou pedido de avulso feito por Roberto Cupolillo (Betão, PT), que podia adiar a apreciação do texto para esta quarta-feira (25).
Assim, a votação ocorreu de forma nominal, com texto sendo validado por dez votos a sete. Os vereadores que se posicionaram favoráveis à moção foram Ana Rossignoli (PMDB), André Mariano (PSC), Charlles Evangelista (PP), João Coteca (PR), Júlio Obama Jr. (PHS), Carlos Alberto Mello (Casal, PTB), Luiz Otávio Coelho (Pardal, PTC), Sheila Oliveira (PTC), Vagner de Oliveira (PSC) e José Márcio (Garotinho, PV). Os parlamentares que votaram contra o repúdio são: Adriano Miranda (PHS), Antônio Aguiar (PMDB), Betão (PT), Wanderson Castelar (PT), Cido Reis (PSB), Kennedy Ribeiro (PMDB) e Marlon Siqueira (PMDB). Curiosamente, José Fiorilo (PTC), que chegou a apresentar uma moção de repúdio à atividade, optou por se abster da votação.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 25/10/2017
Título: UFJF e Estácio sediam conferência sobre mídia e cidadania
A Faculdade de Comunicação (Facom) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) sedia a conferência “Midia Cidadã”, a partir desta quarta-feira (25). A abertura do evento acontece às 19h, no anfiteatro da Facom, e contará com a presença do secretário da Secretaria Estadual de Direitos Humanos, Participação Social e Cidadania (SEDPAC), Nilmário Miranda. Em sua décima terceira edição, o evento tem como tema “O direito à comunicação na luta por uma cidadania ativa”. Esta é a primeira vez que a UFJF recebe a conferência, promovida pela Cátedra Unesco/Umesp de Comunicação para o Desenvolvimento Regional e pela Rede Brasileira de Mídia Cidadã.
A programação vai até a próxima sexta-feira e conta com conferências, mesas-redondas, grupos de discussão de pesquisas, além de sessões de apresentação de trabalhos. O tema central desta conferência é “O direito à comunicação na luta por uma cidadania ativa”, e serão englobadas discussões no âmbito dos direitos humanos e participação política, a mídia cidadã e o direito à comunicação dos movimentos sociais, o movimento LGBT e feminismos, o movimento negro e juventudes. Dentre os participantes confirmados está o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), que irá expôr seu trabalho de comunicação em defesa dos afetados por desastres como o da barragem de Mariana.
Além da UFJF, o Centro Universitário Estácio Juiz de Fora receberá o evento na quinta-feira, com a palestra “Crítica da Mídia e histórias de vida: duas perspectivas na comunicação cidadã”. Na oportunidade, o pesquisador da Universidade Federal do Paraná Toni André Scharlau Vieira falará sobre a mídia em Moçambique, na África.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 25/10/2017
Título: João XXIII abre edital para preenchimento de 75 vagas
O Colégio de Aplicação João XXIII, da UFJF, publicou edital para o preenchimento de 75 vagas, destinadas a crianças nascidas entre os dias 1º de janeiro de 2011 e 30 de junho de 2012, para ingresso no 1º ano do ensino fundamental, em 2018. As inscrições devem ser feitas até 17 de novembro, através da página do colégio, onde também poderá ser conferido o edital. O valor da inscrição é de R$ 38 e deve ser pago em qualquer agência do Banco do Brasil até a mesma data. O boleto para pagamento da taxa deverá ser emitido durante o processo de inscrição.
As vagas serão preenchidas por meio de sorteio público, no dia 2 de dezembro de 2017 (sábado), às 9h30, na Faculdade de Educação Física e Desportos (Faefid), no Campus da UFJF. Para participar do sorteio, o responsável pelo candidato deve ter em mãos o cartão de inscrição, que estará disponível para impressão no site do colégio, no período de 28 de novembro a 1º de dezembro. É obrigatória a presença do responsável no momento do sorteio.
Caso o representante não esteja presente ou não apresente o cartão de inscrição com o número sorteado, a criança perderá a vaga. Além das 75 vagas oferecidas, serão sorteados mais dez, que ficarão registradas como suplentes e serão chamadas caso ocorra desistência, perda de prazo ou o não preenchimento dos requisitos exigidos para matrícula por parte de algum dos sorteados. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone (32) 3229-7602.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Coluna Painel
Data: 25/10/2017
Título: Cidadania ativa
O secretário de Estado de Direitos Humanos, Nilmário Miranda, volta a Juiz de Fora, nesta quarta-feira, para participar da XII Conferência de Mídia Cidadão, promovida pela Faculdade de Comunicação da UFJF, cujo tema será “O direito à comunicação na luta por uma cidadania ativa”. A conferência, prevista para ser aberta às 19h na Facom, tem como meta reunir pesquisadores e comunicadores para “promover uma comunicação voltada para o viés da cidadania”. Essa é a primeira vez em que a UFJF recebe a conferência, parte de uma série de cátedras da Unesco ao redor do mundo.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Coluna Cesar Romero
Data: 25/10/2017
Link: http://tribunademinas.com.br/colunas/cesar-romero/25-10-2017/234701.html
Título: Mídia e cidadania
Os professores Cláudia Regina Lahni e Bruno Fuser estão à frente da Conferência Brasileira de Mídia Cidadã, que começa hoje, na Faculdade de Comunicação da UFJF. Quem fala na abertura é o secretário do Estado de Direitos Humanos, Participação Social e Cidadania, Nilmário Miranda.
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Veículo: G1
Editoria: Zona da Mata – MG
Data: 26/10/2017
Título: Começam inscrições para 75 vagas no Colégio de Aplicação João XXIII da UFJF
Começam nesta quinta-feira (26) as inscrições para o preenchimento de 75 vagas no Colégio de Aplicação João XXIII, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Os pais e responsáveis devem inscrever as crianças até 17 de novembro, através da página do Colégio na internet, onde também está disponibilizado o edital do processo seletivo.
Podem concorrer crianças nascidas entre os dias 1º de janeiro de 2011 e 30 de junho de 2012, para ingresso no 1º ano do Ensino Fundamental, em 2018. As vagas serão preenchidas por meio de sorteio público no dia 2 de dezembro de 2017, às 9h30, na Faculdade de Educação Física e Desportos (Faefid), no Campus da UFJF.
O taxa da inscrição custa R$ 38. O boleto será emitido durante o processo de inscrição e deve ser pago em qualquer agência do Banco do Brasil até o dia 17 de novembro.
Para participar do sorteio, o responsável pelo candidato deve ter em mãos o cartão de inscrição, que estará disponível para impressão no site do Colégio, entre 28 de novembro e 1º de dezembro. A presença do responsável pelo candidato, no sorteio, é obrigatória. Sem isso, se a criança for sorteada, perderá a vaga.
Além das 75 vagas oferecidas, serão sorteados mais dez candidatos, que ficarão registrados como suplentes e serão chamados caso ocorra desistência, perda de prazo ou o não preenchimento dos requisitos exigidos para matrícula por parte de algum dos sorteados.
O Colégio de Aplicação João XXIII foi fundado em 1965, sendo hoje uma unidade acadêmica da UFJF. Atualmente, atende a 1.350 alunos, matriculados em 28 turmas de ensino fundamental, nove de ensino médio e nove atendendo a alunos do curso de Educação de Jovens e Adultos (EJA). Ao site da universidade, a diretora geral, Eliete Verbena, destacou que a diversidade dos alunos é uma das marcas do Colégio, por causa do sistema de ingresso por sorteio público. Oferece prática de atividades circenses, capoeira e esportivas e realiza projetos como Arte em Trânsito, Projeto de Cinema “Cena 23”, e Encontro de História em Quadrinhos. Além disso, graças a um convênio com a Escola Mariagerfjord Gymnasium, na cidade de Hobro, os alunos têm a oportunidade de cursar um intercâmbio na Dinamarca.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Meu imóvel
Data: 26/10/2017
Link: http://tribunademinas.com.br/especiais/meuimovel/26-10-2017/sao-pedro-o-coracao-da-cidade-alta.html
Título: São Pedro: o coração da Cidade Alta
Situado a menos de sete quilômetros do Centro de Juiz de Fora, o Bairro São Pedro é considerado o coração da Cidade Alta, uma das regiões que mais cresce, responsável por atrair muitos empreendimentos comerciais e imobiliários. Com a origem ligada à chegada dos imigrantes alemães, o local ainda hoje acolhe pessoas que vêm de fora. Por abrigar um dos portões de acesso à Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), está entre os locais mais procurados para moradia pelos estudantes que são de outros municípios.
Este público jovem, que por vezes está de passagem, se junta a uma parcela de moradores com raízes locais – muitos destes descendentes das famílias alemãs que iniciaram a ocupação no lugar-, o que se traduz na pluralidade do bairro. Para atender a públicos tão diferentes, os setores de comércio, serviços e imobiliário precisaram se diversificar.
Imóveis atendem todos os perfis
O presidente da Associação Juiz-forana de Administradores de Imóveis (Ajadi), Antônio Dias, confirma a variedade na oferta. “São Pedro possui imóveis que atendem a qualquer perfil de consumidor, desde a quitinete até às casas nos condomínios fechados.”
Dias explica que a oferta é tanto para locação quanto para a venda. “Há quitinetes, apartamentos com dois ou três quartos e casas para locação, de forma que os estudantes possam dividir o aluguel”, exemplifica. “Além dos universitários, há muitas famílias que se mudam para o bairro porque trabalham ou têm filhos estudando na UFJF, ou simplesmente conhecem todas as vantagens da localização.”
Segundo ele, a demanda no bairro é contínua. “Há um aquecimento no início de cada semestre, motivado pelos estudantes que se mudam para cá, mas a busca acontece o ano inteiro”, afirma. “O Bairro São Pedro está entre os mais procurados para se viver. Ele é o núcleo da Cidade Alta, região que vem atraindo muitos investimentos.”
O preço médio do metro quadrado para a venda é estimado em R$ 3.556, quase 14% mais barato do que o valor médio praticado na cidade, de R$ 4.126, conforme os dados do Portal Agente Imóvel, divulgados em setembro.
Do primeiro apartamento às casas de alto padrão
Dentre os investimentos realizados no bairro está o da MRV Engenharia com a construção de cinco empreendimentos, que somam 1.964 unidades, situados nas ruas Álvaro José Rodrigues, José Lourenço e Octávio Malvaccini. “A localização do bairro é um vetor de crescimento na cidade. Além disso, a estrutura comercial e a proximidade com a universidade são atrativos”, afirma a assessoria da empresa sobre a escolha do lugar para investir.
Os imóveis possuem dois quartos, garagem e área de lazer. De acordo com a empresa, são destinados aos estudantes, casais jovens e quem deseja adquirir o primeiro imóvel.
Outro tipo de construção comum no Bairro São Pedro são as casas alto padrão localizadas em condomínios fechados. “Existe um público que tem interesse nesses imóveis maiores, mais caros, com uma estrutura mais luxuosa e a garantia de segurança oferecida pelos condomínios”, observa o diretor de vendas da Ribeiro e Arrabal Negócios Imobiliários, Anderson Ribeiro.
Por conta da grande procura, bairros vizinhos ao São Pedro também têm absorvido esta demanda, tornando a Cidade Alta um dos principais locais com oferta deste tipo de imóvel em Juiz de Fora.
Rede estruturada de comércio e serviços
A rede de comércio e prestação de serviços é bastante estruturada, sendo mais um diferencial do bairro, que tem na Avenida Presidente Costa e Silva o principal endereço. São Pedro possui supermercados, padarias, restaurantes, açougues, salões de beleza, dentre outros serviços.
De acordo com o presidente do Sindicato do Comércio de Juiz de Fora (Sindicomércio-JF), Emerson Beloti, trata-se do bairro que tem a tendência de maior prosperidade na expansão. “Estamos percebendo o crescimento, principalmente na via principal, que já conta com comércio de segmentos diversos, mas é necessário que alguns fatores estruturais sejam verificados para que o crescimento ocorra de forma eficiente.”
Ele destaca a necessidade de organização do setor, visto que o local tem recebido muitos empreendimentos imobiliários, e a população deve aumentar nos próximos anos. Outra demanda dos comerciantes é a melhoria da segurança na região.
Já os moradores se preocupam com os reflexos no trânsito. “Há dois anos, eu levava menos de dez minutos para ir da minha casa ao Cascatinha. Agora gasto quase 40 minutos nos horários de pico. O trânsito é o pior problema do bairro”, afirma a aposentada Regina Melo.
Investimento
Dentre os empreendimentos comerciais previstos para o bairro está a inauguração do Bahamas Mix, na BR-440, ainda este ano. “Acreditamos que será o marco do início de uma ocupação naquela área. No nosso entendimento, o supermercado vai motivar a atração de novos negócios”, afirma o gerente de marketing Nelson Júnior.
O potencial atrativo da UFJF
A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) é considerada o principal diferencial do Bairro São Pedro por moradores e pelo próprio setor imobiliário juiz-forano. “A estrutura é grandiosa e enriquece os bairros mais próximos, uma vez que quem mora por ali tem contato com um ambiente arborizado, onde é possível fazer caminhadas, corridas, passear com a família e os animais de estimação”, destaca o presidente da Ajadi, Antônio Dias.
Natural da cidade de Caçapava, em São Paulo, Enrico Falcão Monteiro se mudou para o bairro em 2014, quando começou a cursar a Faculdade de Comunicação na UFJF. “Optei por morar perto da instituição para não precisar gastar com transporte”, relembra. “Durante um ano, morei em república e, depois, aluguei um apartamento para dividir com um amigo.”
Segundo Enrico, a escolha em permanecer no bairro se deu pela estrutura que o local oferece. “Aqui tem tudo: bancos, lojas, farmácias, restaurantes, bares”, enumera. “A proximidade com a UFJF é uma vantagem para estudar durante a semana e aproveitar as opções de lazer aos sábados e domingos.” A expectativa de Enrico é continuar na cidade até o final do ano, quando irá concluir a faculdade.
‘Vi o bairro crescer’
Também foi por conta da UFJF, que Elisa Jorge Sad Albuquerque se mudou para o São Pedro há quase 40 anos. Na época, o marido foi trabalhar como professor da instituição, e a família preferiu morar perto do local de trabalho.
Ela conta que muita coisa mudou desde então. “Vi o bairro crescer. Quando chegamos aqui era um local que tinha um acesso dificultado, com uma estrutura pouco urbanizada, e ônibus demorava muito a passar.”
Além das ruas, do comércio e do número de casas, Elisa também viu a família crescer. Foi no bairro que criou os três filhos. “As crianças cresceram brincando em frente de casa. Na minha rua, os vizinhos se conhecem. A familiaridade é uma das características do São Pedro.”
Filha de Elisa, Marina Sad cresceu no bairro, formou-se na UFJF onde hoje trabalha como funcionária pública e, após o casamento, decidiu continuar morando em São Pedro. “Meu marido também é daqui, e nós preferimos ficar perto da família. O bairro é muito bom, tem uma estrutura completa de comércio, serviços e lazer.”
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 26/10/2017
Título: Feriado de Zumbi permanece suspenso, mas escolas municipais param no dia 20 de novembro
Apesar de o feriado na data de aniversário de morte de Zumbi dos Palmares ter sido considerado inconstitucional em Juiz de Fora, escolas da rede municipal vão interromper as atividades no próximo dia 20 de novembro. Segundo balanço realizado pela Secretaria de Educação, a esmagadora maioria – 101 das 102 escolas da rede – não funcionará no dia. O motivo é que o calendário escolar foi elaborado antes da decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). Já na UFJF as aulas serão realizadas normalmente no dia.
Em relação às escolas estaduais, a informação é de que “irão seguir o que for decidido e publicado no Diário Oficial do Município de Juiz de Fora sobre o feriado”. A portaria 2628, da Secretaria de Administração e Recursos Humanos (SARH), que dispõe sobre feriados nacionais, estabelece os dias de ponto facultativo e demais orientações pertinentes a 2017, não prevê o 20 de novembro como feriado municipal. A Prefeitura, por meio de sua assessoria, afirmou que “até eventual nova decisão judicial, o feriado está suspenso”.
O departamento jurídico da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), por meio de comunicado, reforçou que o dia que remete à morte do líder negro não é feriado em Juiz de Fora. A Fiemg lembrou que, em março do ano passado, propôs uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) com o objetivo de declarar inconstitucional a Lei Municipal 13.242, de novembro de 2015, que instituiu o feriado municipal.
A Adin foi considerada procedente em setembro do ano passado pelo Órgão Especial do TJMG, suspendendo o feriado por determinação judicial. “A lei municipal foi considerada inconstitucional, pois a criação de feriados é atribuição exclusiva da União, podendo os Municípios instituírem apenas feriados de natureza civil, desde que restrito a dias de início e término do ano do centenário de sua fundação; ou de natureza religiosa, sendo, no máximo, quatro.” Conforme a Fiemg, o aniversário de morte de Zumbi dos Palmares não tem conotação religiosa, mas natureza civil. “Como visto, somente podem ser declarados feriados civis pelo Município os dias de início e término do ano do centenário de sua fundação, o que não é o caso.” Para o jurídico da Fiemg, houve usurpação de competência da União.
Aprovação foi marcada por polêmica na cidade
A proposta, que culminou na criação do feriado municipal, é de autoria do vereador Roberto Cupolillo (Betão, PT), e a aprovação, em 2015, foi marcada por polêmica. A tramitação se estendeu por um ano. Nas discussões, a classe patronal tentou barrar a aprovação sob a alegação, também, de que o feriado municipal traria prejuízos financeiros. Durante o processo, a Procuradoria da Casa chegou a apontar a inconstitucionalidade da proposição. O parecer da direção jurídica, contudo, foi derrubado pelo plenário. A lei foi sancionada pelo prefeito Bruno Siqueira (PMDB) exatamente no dia 20 de novembro, data em que se comemoraria o feriado. Betão considerou a suspensão um desrespeito à história da cidade e aos trabalhadores juiz-foranos.
Em relação às escolas municipais, o posicionamento da Prefeitura é de que o calendário foi elaborado antes da decisão, “portanto os 200 dias letivos já estavam previstos, com aulas podendo acontecer até, no máximo, 23 de dezembro de 2017, contando as reposições”. Na prática – e no entendimento da Secretaria de Educação – isso significa que a escola parar ou não no dia 20 não afeta os dias letivos previstos, pois já estava prevista reposição nesses casos. A única escola municipal que vai funcionar no dia 20 vai se dedicar à reposição de aulas.
A Secretaria de Estado da Educação (SEE), por meio de sua assessoria, afirmou que cada escola deve elaborar seu calendário respeitando as normas legais da Resolução SEE 3.120/2016, com o mínimo de 200 dias letivos e a legislação vigente de cada município. Ainda conforme a SEE, o calendário poderá ser construído coletivamente com as escolas estaduais de um mesmo município e/ou com escolas municipais, respeitando a autonomia da rede municipal de ensino, o interesse dos estudantes e as especificações locais e viabilizando o melhor gerenciamento do transporte escolar. “Sendo assim, as escolas estaduais irão seguir o que for decidido e publicado no Diário Oficial do Município de Juiz de Fora sobre o feriado.” A portaria 2628, da SARH, prevê, em novembro, feriados nos dias 2 (Finados) e 15 (Proclamação da República), além de ponto facultativo no dia 3, sexta-feira após o feriado nacional de Finados.
Também procurado, o Sindicato de Comércio de Juiz de Fora (Sindicomércio) confirmou o funcionamento normal do comércio no dia 20 de novembro em Juiz de Fora.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 26/10/2017
Título: Mitos sobre o Aedes aegypti dificultam prevenção de doenças
O Aedes aegypti é um mosquito da família Flaviridae, conhecido popularmente como “mosquito da dengue”. Desde 2015, porém, o Aedes tem transmitido também a zika e a chikungunya, fato que tem gerado especulações e controvérsias sobre possíveis mutações sofridas pelo inseto. A disseminação de notícias e informações falsas sobre o mosquito tem preocupado especialistas e o Poder Público, que lançou mão de campanhas para informar a população como meio de evitar novas epidemias e agravos na saúde pública. Na terceira reportagem da série Fim da Picada, biólogos desmistificam informações falsas e explicam o real comportamento do inseto.
Entre os principais mitos disseminados sobre o Aedes está a ideia de que ele vem sofrendo mutações ao longo dos anos, motivo pelo qual teria começado a transmitir outras doenças além da dengue. Essa questão também envolveria a maior facilidade que o mosquito desenvolveu de se procriar, com uma menor quantidade de água, por exemplo. A afirmação sobre a suposta evolução do mosquito não está totalmente errada, conforme José Bento Pereira Lima, pesquisador do Laboratório de Fisiologia e Controle de Artrópodes Vetores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).
No entanto, o fato de o Aedes ter se adaptado não quer dizer que ele tenha tido mutações especificamente para se tornar mais forte e prejudicar o ser humano. “A diversidade genética existe e é uma forma de evoluir. Se não tem água totalmente limpa e o inseto só sobrevive em água limpa, ele vai morrer; já aquele que gosta de uma água mais suja acaba sobrevivendo. É uma solução natural, pois ele vai se adaptando ao ambiente oferecido”, explica o especialista. Apesar disso, culpar o mosquito por transmitir as doenças é errôneo, porque ele só transmite, pois a própria população está infectada.
Outro mito é relacionado a um suposto ciclo de epidemias das doenças transmitidas pelo mosquito. Muitas pessoas acreditam que a prevenção não é eficaz, já que, independentemente do vetor, as epidemias continuarão acontecendo de tempos em tempos. Segundo o pesquisador, a epidemia pode, sim, ter um ciclo, já que, a partir do momento em que uma geração inteira da população teve dengue, por exemplo, ela estará imune. No entanto, se os mosquitos continuarem a transmissão, a próxima geração terá a doença. “Em uma população de cem pessoas, por exemplo, se todos tiveram o mesmo tipo de dengue, essa população ficará imune. Mas a doença pode voltar, porque essas pessoas vão ter filhos, e eles não são imunes. Assim, outro ciclo de epidemia surge, não por causa do mosquito, mas da infecção na população”, explica. Um questionamento é, justamente, acerca dos tipos de dengue existentes. Assim como dizem muitas informações compartilhadas na internet, existem tipos diferentes da doença. “Existem quatro sorotipos de dengue. Se a pessoa teve um deles, está imune a este sorotipo, mas pode ter outros.” As diferenças entre eles são pequenas e não mudam os sintomas, sendo detectáveis somente por meio de exames moleculares, de acordo com José Bento.
Dúvidas
O biólogo especialista em comportamento animal e professor da UFJF Fábio Prezoto explica que uma dúvida comum é com relação ao número de doenças transmitidas pelo Aedes. De acordo com ele, ainda não é possível saber exatamente, mas a população pode estar certa em acreditar que o Aedes seja vetor de outras patologias. “Não é possível precisar quantas doenças ele pode transmitir, pois pode se contaminar com outro micro-organismo se entrar em contato com ele. No passado, o grande problema que o Aedes trazia para a população urbana era a febre amarela. Isso foi controlado, mas tivemos um novo surto dessa virose, pois o vírus voltou a circular. Sendo assim, ele pode ser um vetor potencial de grande quantidade de doenças.”
Ainda segundo o biólogo, é comum as pessoas questionarem se, por ter hábitos diurnos, quer dizer que o mosquito não pica durante a noite. Ele explica que, de fato, não é comum que se alimente durante a noite, mas pode acontecer. “O Aedes é um mosquito diurno, cujos hábitos são mais comuns logo no começo da manhã e no fim da tarde. Nas horas mais quentes, ele tende a se proteger e ficar escondido. Esse comportamento preserva o mosquito, mas não quer dizer que, em casa, com um ambiente mais fresco, ele não possa aproveitar outros horários do dia, como no meio do dia ou durante a noite.”
No caso de dúvidas sobre o mosquito ou sobre as doenças transmitidas por ele, a Secretaria de Estado de Saúde e o Ministério da Saúde disponibilizam informações oficiais nos sites www.saude.mg.gov.br/aedes e combateaedes.saude.gov.br/pt. Outros sites oficiais são da Fiocruz, no endereço www.ioc.fiocruz.br/dengue, e da Fundação Ezequiel Dias, no link www.funed.mg.gov.br
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Esportes
Data: 27/10/2017
Título: JF Vôlei recebe Vôlei Renata neste sábado, na UFJF
Na semana em que o técnico Henrique Furtado se tornou pai do pequeno Théo, nascido na última segunda-feira (23), o JF Vôlei tem desafio contra o Vôlei Renata (SP) pela terceira rodada da Superliga Masculina 2017/2018, neste sábado (28), às 18h, no Ginásio da UFJF. E é justamente inspirado no crescimento de uma de suas famílias, que o comandante ressaltou, ao lado da comissão técnica e atletas, toda a preparação para o duelo, para que o outro grupo especial em sua vida também seja contaminado pelo sentimento e vença a primeira na competição. À Tribuna, sorridente, o treinador expôs a felicidade em poder vivenciar novo momento em sua vida.
“É uma energia a mais para encarar essa rotina que temos aqui, de intensidade, pressão e dedicação. Ter um motivo a mais de fazer um bom trabalho, de dar uma alegria para o filho, ser um exemplo primeiro como pai, e depois aproveitar as muitas lições que podem ser tiradas do esporte. E considero esse grupo uma família. São pessoas que gosto muito e me tratam como se eu fosse um membro da família. Tenho a chance de estar próximo da minha esposa e agora do meu filho, na cidade, além de ter parentes por perto, em Rio Pomba. Duas famílias, a do JF Vôlei e a Pereira Furtado, muito próximas e que me deixam feliz e motivado a seguir trabalhando bem”, ressalta o técnico.
Apesar de temas diferentes, as funções de técnico e pai possuem demandas e características em comum. “Os dois são difíceis e extremamente prazerosos. Uma vida que venho pensando e me dedicando há muitos anos. Desde a faculdade tenho na minha cabeça que queria ser treinador, e agora essa nova fase como pai está me engrandecendo muito”, destaca. Para a partida, Henrique deve levar para quadra, inicialmente, o oposto Emerson Rodriguez, o levantador Felipe Hernandez, os pontas Leozinho e Rammé, os centrais Bruno e Franco Drago (Rômulo), e o líbero Juan Mendez.
Torcida
Os principais eventos da família JF Vôlei necessitam, ainda, da motivação das arquibancadas. Henrique diz que, com a presença dos torcedores, a reunião se torna completa. “Acreditamos muito na força dessa torcida. Durante todo o ano passado foi peça importante demais em nosso time e cresceu junto com ele, desenvolvendo a forma de torcer. Nesse ano, os torcedores precisam entender que é um grupo que necessita de apoio mesmo quando está atrás no placar. Mas o torcedor enxerga o trabalho e percebe essa dedicação”, diz. Os ingressos serão vendidos a partir das 17h no local do duelo, a R$ 10 (meia) e R$ 20 (inteira).
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Veículo: TV Integração – Globo
Editoria: MGTV
Data: 27/10/2017
Título: Servidores técnico-administrativos da UFJF paralisam atividades nesta sexta-feira
Resumo: Os técnicos-adminstrativos em educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) estão paralisados nesta sexta-feira (27). Em assembleia no último dia 23, a categoria decidiu aderir ao Dia Nacional em Defesa dos Serviços Públicos.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 27/10/2017
Título: Reitoria é fechada em dia de paralisação de servidores da UFJF
Servidores técnicos-administrativos da UFJF, dos campus de Juiz de Fora e Governador Valadares, paralisaram suas atividades nesta sexta-feira (27). Desde 6h, os servidores em Juiz de Fora se concentraram no saguão da reitoria, que teve os serviços cancelados. Conforme informações do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições de Ensino de Juiz de Fora (Sintufejuf), o objetivo do movimento é chamar a atenção da população para “os ataques que o serviço público está sofrendo por parte do governo Temer e também a importância da luta da classe trabalhadora pela manutenção de direitos”. A suspensão faz parte do Dia Nacional de Mobilização em Defesa do Serviço Público, que pretende construir atos e paralisações em todos os estados do país nesta sexta.
Às 9h, é prevista uma panfletagem pelo campus, reunindo integrantes do Sintufejuf, Diretório Central dos Estudantes (DCE) e Associação de Docentes de Ensino Superior de Juiz de Fora (Apes). Conforme o movimento, o Restaurante Universitário do campus vai funcionar parcialmente e o do Centro ficará fechado. Todos os serviços em funcionamento na reitoria, como a Biblioteca Central e a Central de Atendimento, estão fechados para o público. O transporte de funcionários também não opera nesta sexta. O Sintufejuf ainda não divulgou uma estimativa da adesão de servidores ao movimento. A Tribuna tentou contato com a assessoria de comunicação da UFJF, que também funciona no prédio da reitoria, mas a informação é de que nenhum funcionário conseguiu entrar para trabalhar.
A deflagração da greve está definida para o dia 10 de novembro. Entretanto, de acordo com o Sintufejuf, caso o pacote de medidas fiscais do governo Federal seja aprovado no Congresso Nacional, a greve poderá ser deflagrada antes desse prazo.
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Veículo: G1
Editoria: Zona da Mata – MG
Data: 27/10/2017
Título: Servidores técnico-administrativos da UFJF paralisam atividades nesta sexta-feira
Os técnicos-adminstrativos em educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) estão paralisados nesta sexta-feira (27). Em assembleia no último dia 23, a categoria decidiu aderir ao Dia Nacional em Defesa dos Serviços Públicos.
Ainda não foi divulgada o número de servidores que aderiram ao movimento. O balanço deve ser divulgado pelo Sindicato dos Trabalhadores Técnicos-Administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino em Juiz de Fora (Sintufejuf) ainda nesta sexta. O prédio da Reitoria e a Biblioteca Central, o Restaurante Universitário do Centro estão fechados. Sobre o RU do Campus, o sindicato não soube precisar o impacto no funcionamento. O serviço de transporte interno está suspenso. A UFJF informou que não se posiciona sobre a manifestação.
De acordo com informações do coordenador geral do Sintufejuf e membro da direção nacional da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos das Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra), Flávio Sereno, o objetivo é de chamar a atenção da população para importância da luta da classe trabalhadora pela manutenção de direitos.
“Somos contrários à reforma da previdência e queremos a revogação da reforma trabalhista, da nova lei de terceirizações e do plano de demissão voluntária. E também não concordamos que o projeto que põe fim à estabilidade ao serviço público que tramita no Senado por avaliar que vai gerar apadrinhamento político nas instituições, descontinuidade dos programas e o projeto que está sendo preparado no Ministério do Planejamento para o fim das carreiras especificas, o que vai desestruturar as especificidades de cada setor. Além do aumento da alíquota previdenciária que atualmente é 8% e o governo vai passar pra 14%”, afirmou.
Haverá panfletagem e mobilização de servidores nos campi de Juiz de Fora e em Governador Valadares, com representantes da Associação dos Professores das Instituições de Ensino Superior (Apes) e Diretório Central das e dos Estudantes (DCE).
“É uma paralisação para cumprir agenda nacional por conta do atual cenário. Vimos na imprensa que o governo gastou R$ 12 bilhões com aliados para evitar o andamento da denúncia no Congresso. Para as pessoas terem ideia, o último acordo de greve para a nossa categoria previa R$ 1 bilhão com reajustes para 200 mil servidores em três anos”, disse Flávio Sereno.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 27/10/2017
Título: Eventos promovem conversa, fotos e desfile de conscientização
Três eventos ocorridos nesta sexta-feira (27), dentro da Campanha do Outubro Rosa, chamaram a atenção das mulheres em Juiz de Fora. Na UFJF, o Projeto de Peito Aberto, que reúne professores, técnico-administrativos e estudantes dos cursos de Enfermagem, Fisioterapia, Medicina, Nutrição, Odontologia, Psicologia e Serviço Social, promoveu o Café com Prosa. Na ocasião, as participantes puderam tirar dúvidas com profissionais da enfermagem, medicina, nutrição e psicologia sobre os métodos de prevenção do câncer de mama. Segundo os organizadores, a atividade, criada em 2001, tem o objetivo de humanizar o tratamento, minimizar o sofrimento de pacientes e, sobretudo, divulgar a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama. Ao todo, desde a sua criação, o projeto já atendeu mais de oito mil usuárias do SUS.
No Parque do Museu Mariano Procópio, foi aberta a exposição fotográfica “Quem somos nós?”, da fotógrafa Jaqueline Malta em parceria com a psicóloga Larissa Gava Andrade e a Ascomcer. A inauguração da mostra contou com a apresentação do Coral da Ascomcer e com uma palestra de conscientização promovida pela Secretaria de Saúde da Prefeitura.
As fotos, realizadas no Museu Mariano Procópio em abril de 2017, fazem parte de um trabalho de desenvolvimento da autoestima com pacientes em tratamento contra o câncer. Ao todo, foram 13 mulheres fotografadas, em registros que valorizam a beleza de cada uma e representam a luta das pessoas que vivem situações semelhantes. A exposição pode ser conferida no Parque Histórico até o fim do mês de outubro, no Museu Mariano Procópio, Rua Mariano Procópio nº 1.100, bairro homônimo.
Já no final da tarde de sexta-feira, quem passou pelo Santa Cruz Shopping, no Centro da cidade, se surpreendeu com um desfile que teve como foco a importância do cuidado com a saúde, em especial no combate ao câncer de mama. A iniciativa do curso de Design de Moda do Centro Universitário Estácio contou com modelos desfilando com t-shirts alusivas ao Outubro Rosa, com estampas que incentivam o empoderamento feminino produzidas por alunos da instituição. Além disso, bolsistas do ateliê do curso de Moda confeccionaram turbantes que, após o desfile, foram distribuídos para as pacientes da Ascomcer.
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Veículo: Tribuna de Mins
Editoria: Cultura
Data: 27/10/2017
Título: Arte para todos os lados no Som Aberto neste sábado
O Som Aberto chega à sua 13ª edição neste sábado (28), a partir das 14h, na Praça Cívica da UFJF, mantendo o clima de diversidade que marca o evento desde que voltou a ser realizado, em 2016. Música, artes plásticas, palhaçaria, oficinas, dança e graffiti são algumas das atrações que podem ser conferidas pelo público até as 22h.
Na parte musical, o Som Aberto terá os shows de FBI (Fantástica Banda Invisível), Trupicada, Uiara Leigo e MeGusta Xagusta, além do DJ Snüp-In. Nas artes plásticas, Ramon Brandão, Marcelo Neves, Dadá Magalhães, Raquel Gouveia e Tarsila Palmieri retornam com o coletivo Cavalete de Rua, que desta vez vai discutir questões de gênero a partir da polêmica gerada pelo programa “A hora do lanche”, da Diretoria de Imagem Institucional da UFJF e que é apresentado pela drag Femmenino.
A criançada terá, além do show da Trupicada, o espetáculo “Mágicas e tonteiras” com o Palhaço Rosquinha, e a performance “Cama de gato”, do artista Paulo Rafael. O programa Gente em Primeiro Lugar terá apresentações de dança, pernas de pau e intervenção de graffiti, e o chargista Mário Tarcitano, da Tribuna, participa mais uma vez do evento com o “Caricaturarte”. O Som Aberto também terá oficina de música para crianças de até 6 anos de idade, uma outra de skate organizada pela Associação Juizforana de Skate e uma terceira, de maquiagens artísticas, com Dani Brito. Outra atração recorrente, o Grand Bazar, terá mais de 80 expositores, com artesanato, doces, vestuário, acessórios, food trucks, entre outros.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Corrida de olho
Data: 27/10/2017
Título: Juiz-foranos se preparam para Circuito Sest Senat no domingo
Inscrição promocional para a Tecnobit Night Run até domingo
As inscrições nos valores promocionais para a 3ª Corrida Tecnobit Night Run, válida pelo 31º Ranking de Corridas de Juiz de Fora, podem ser realizadas somente até este domingo (29). Os atletas que efetivarem participação na prova nesta data pagam R$ 50, (sendo R$ 25 para maiores de 60 anos e R$ 30 sem direito a kit). A partir desta segunda (30), os preços passam para R$ 60, R$ 30 (maiores de 60 anos) e R$ 40 (sem kit).
Os interessados devem realizar inscrição no site diadecorrer.com ou na Tecnobit Informática (Santa Cruz Shopping, loja 1325, Centro), nas lojas Terrabike (Rua Roberto de Barros, 200, Centro ou Ladeira Alexandre Leonel, 211, Cascatinha). Pessoas com deficiência (PCD) não pagam, mas devem entrar em contato com os organizadores no e-mail tecnobitshopping@hotmail.com. Até o fechamento desta edição, restavam 400 das mil vagas para atletas com kit. A prova, única noturna do calendário juiz-forano de 2017 e marcada para 25 de novembro, às 20h, na UFJF, ainda terá shows de Toninho Buda e da banda Corrente Sanguínea.
Circuito Sest Senat de Caminhada e Corrida de Rua agita o fim de semana
A partir das 8h30 deste domingo (29), Juiz de Fora recebe pela primeira vez o Circuito Sest Senat de Caminhada e Corrida de Rua, com provas de 10km, 5km e 2km. A etapa tem como foco a prática esportiva de trabalhadores de transporte, mas com a participação também do público geral. Ao todo, 1.500 inscritos se reúnem na Via São Pedro, com largada e chegada em ponto próximo ao antigo German Village. Nesta sexta (27), entre 10h e 20h, e no sábado (28), de 9h às 17h, os kits são entregues aos participantes no Sest Senat JF (Av. Juiz de Fora, 1.500, Granjas Betânia), mediante apresentação de documento de identidade e comprovante de inscrição.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cultura
Data: 27/10/2017
Título: A força da formação em cinema em Juiz de Fora
Passam as casas modernistas, os azulejos com pombas brancas e azuis de Anísio Medeiros no Educandário Dom Silvério, a ponte de entrada da cidade com vista para o Clube do Remo. Passa uma Cataguases inteira sobre os olhos de Carmem e também do espectador de “Minha mãe chamava Tereza”, dirigido por Mariana Medeiros. Emocionante, sobretudo, para os que conhecem a cidade na Zona da Mata mineira, e também para aqueles que transferem para aquela Cataguases suas mais genuínas raízes. Memórias são memórias independentemente de onde pisam.
E os olhos se enchem de lágrimas não apenas comovido com a atuação da experiente Soraya Ravenle, mas por um roteiro capaz de compreender os silêncios como os mais verborrágicos versos. Cuidadoso do início ao fim e sem excessos, o preciso curta-metragem de 17 minutos que encerrou o terceiro dia da Mostra Competitiva Regional do Festival Primeiro Plano, na quinta (26), sintetiza uma sessão cuja uniformidade foi capaz de apontar para o alto nível formado pelo cinema local, justificado tanto pela potência de sua escola quanto dos novos mecanismos de financiamento disponíveis.
Realizado no Projeto Usina Criativa de Cinema de 2017, que tem apoiado jovens cineastas da região do Polo Audiovisual da Zona da Mata em suas produções, o filme conta a história de uma mulher cuja morte da mãe, Tereza, a faz ser confrontada com o passado que há décadas deixou para trás. Extremamente palatável, “Minha mãe chamava Tereza” equilibra-se entre o cinema autoral e popular, na medida em que faz escolhas que o tornam sensível, poético e, acima de tudo, acessível.
“14º”, de Ingryd Lamas, em seus dois minutos também vai fundo. Protagonizado por Tairone Vale, o filme baseado num conto do editor da Tribuna e escritor Wendell Guiducci narra impressões profissionais de um ascensorista enquanto o elevador sobe 14 andares. Preciso, transfere para a telona o mesmo poder de síntese, ironia e leveza do texto literário. Absolutamente independente, divide com “Parcialmente nublado”, de Gabriel Souza e Ivan Santaella, a experiência da produção sem verbas, mas com uma equipe afinada, comprometida e criativa. Realizado para a disciplina Som e montagem/edição: teoria e prática, do Bacharelado em Cinema e Audiovisual da UFJF, o curta de 12 minutos impressiona pela destreza com que elabora iluminação e som (direto e indireto) a partir de poucos recursos.
Na história entre o humor e o drama, Caio se vê diante de uma síndica irritante, a fome que aperta e o apartamento sem luz. Lado a lado com a resolução de seus problemas, o jovem mostra-se confuso e perdido. Diferentemente de Caio, estão Laura e Lúcia, mulheres bem resolvidas que se encontram ao acaso e decidem tomar uma cerveja, no curta “Filé”, de Natália Reis. Contemplado no edital do Prêmio BDMG Cultural/ Fundação Clóvis Salgado de Estímulo ao curta-metragem de baixo orçamento de 2015, o filme reserva uma das mais belas cenas da sessão regional, com as protagonistas bailando num bar da parte baixa da cidade ao som de “Maria Magdalena (I’ll never be)”, da cantora alemã de discotecas Sandra.
Nova escola
Simpático e colorido, o curta-metragem “Vitrine”, de Caio Parizi, demonstra os novos domínios de uma UFJF que, nos primórdios do Festival Primeiro Plano, abastecia a cena com documentários, em sua maioria, depois ficções e, agora, também com animações. Trabalho de conclusão de curso do Bacharelado em Cinema e Audiovisual de Caio, a produção retrata a relação de dois seres através de uma vitrine, num gráfico bastante arrojado.
Igualmente cuidadoso, “Maria Cachoeira”, de Pedro Carcereri, retira do perfil de improvisação e precariedade ao qual é submetido o cinema de gênero e lhe confere sofisticação no trabalho que conta com financiamento da Lei Murilo Mendes e narra a misteriosa relação entre uma mulher e uma cachoeira. Abordando outra relação, do homem com a tecnologia, “Love.app”, de Diogo D’Melo, por fim, opta pela linguagem documental para questionar aspectos negativos e positivos do uso de aplicativos amorosos.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Coluna Cesar Romero
Data: 27/10/2017
Link: http://tribunademinas.com.br/colunas/cesar-romero/27-10-2017/235043.html
Título: Voo livre
Coordenador do curso de engenharia civil da UFJF, Márcio Marangon apresenta, nesta sexta, seu memorial para obter o grau de professor titular do magistério superior.
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