Veículo: Tv Integração – Globo
Editoria: MGTV
Data: 16/09/2017
Título: Feira Agroecológica movimenta UFJF com oficinas, música e dança
Resumo: Aconteceu no Campus da UFJF a Feira de Economia solidária e Agroecológica. Organizada pela pró-reitoria de extensão, ocorrerá uma vez por mês.
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Veículo: Estadão
Editoria: Estado da Arte
Data: 16/09/2017
Título: Fomos dados em espetáculo ao mundo: o drama divino e humano em Kevin Vanhoozer, parte 2 de 2
Por Fabrício Tavares de Moraes
Agostinho acreditava que a consciência realmente inquiridora deparar-se-ia sempre com os vestigia trinitatis – os vestígios da Trindade presentes em toda a ordem criada, inclusive no próprio ser do homem, como na tríade de memória, inteligência e vontade, partes integrantes e inseparáveis da mente humana, três potências que subsistem numa mesma alma. Para o bispo de Hipona, esses sinais, mais do que meras alegorias, são o testemunho da crença na conformidade entre a inteligência individual e a inteligibilidade do mundo.
Essas tríades, como é óbvio, permitem analogias várias, mas a que presentemente nos interessa, e que retoma a primeira parte do ensaio, é a que diz respeito à constituição do drama e – conforme o raciocínio do ensaio anterior – também daquilo que, na teologia cristã, unifica a matéria e os valores: nomeadamente, a história da redenção. Temos, portanto, o mythos (o enredo), o pathos (o sentimento gerado) e o télos (a intencionalidade). Segundo a perspectiva aristotélica, o télos visado é a kátharsis, a catarse ou purificação dramática-emocional, que provoca temor e piedade. A análise mais sucinta leva à compreensão de que os três elementos do drama estão indissoluvelmente intricados e são dependentes entre si.
Para Kevin Vanhoozer, as estruturas do cânone, da história e do drama também são igualmente balizadas por esses três fundamentos que, na história do pensamento ocidental, são por vezes designados respectivamente de: princípio ativo, estrutura e finalidade; ou se queremos uma analogia com a epistemologia escolástica: objeto material, objeto formal e objeto formal terminativo.
Desse modo, “na Criação: o Pai é seu princípio gerador, o Filho é sua forma de estruturação, o Espírito é o dinamismo que a dirige para seu télos e a leva à sua conclusão”. Porém, além das possíveis ressalvas seculares, o primeiro questionamento que contesta uma visão da história como drama divino-humano é justamente o esfacelamento das categorias que mencionamos até o presente momento. Isto é, dificilmente aqueles que sustentam essa perspectiva não serão criticados pelo seu “falogocentrismo”, o horrível neologismo criado por Jacques Derrida que sintetiza sua crítica ao falo (a masculinidade), por causa de sua excessiva valorização como agente interpretativo, e ao logos, devido à sua intransigência e exclusivismo na investigação do real.
É o próprio Derrida que, quando aludia à ideia de perdão dos pecados, acrescentava duramente: “se é que tal coisa existe”. Mas, supondo que o reino imanente da linguagem seja tudo que há, não podemos nos esquecer das palavras de Heidegger, quando da eclosão dos totalitarismos e violência das massas: “só um deus pode salvar-nos ainda”.
Nesse sentido, nos dias de hoje, é plausível a crença em palavras de ordem que, se não constituíam, ao menos conceituavam a isto que chamamos de Ocidente? Em outras palavras, ethos (etos), gnosis (conhecimento), logos (razão, proporção), physis(natureza) e mesmo philosophia (o amor à sabedoria) são ainda possíveis, ou permanecem sendo, como dizem os pós-estruturalistas, máscaras para as respectivas vontades de poder das ideologias?
Afinal, não é o mesmo Heidegger que identificou em Sócrates a causa para a senectude do Ocidente – isto é, justamente naquela filosofia que a maioria de nós, se não a totalidade, considerava o berço da cultura ocidental?
Ora, talvez haja uma terceira via entre a dúvida de Derrida e o clamor de Heidegger: um espaço vazio entre a submissão à força deste mundo e o esmagamento sob uma transcendência impassível. Para Balthasar, o modelo do drama evita o “duplo abismo de uma sistemática em que Deus, Ser absoluto, é apenas o Impassível diante de quem o mundo em movimento encena seu drama, e uma mitologia que absorve Deus no mundo e faz com que ele seja uma das partes em conflito dos processos do mundo”.
É curioso, portanto, que o modelo do drama para a compreensão do relacionamento entre Deus, homem, mundo e história paute-se antes na unidade narrativa (ou canônica) do que na sistematização dogmática – levando em conta que estamos numa época em que a simples ideia de especificação é interpretada como separatismo ou segregacionismo.
Mas o ponto mais interessante é a coincidência com o crescimento do interesse literário em relação à Bíblia por parte de grandes críticos literários. Dentre eles, Frank Kermode, com seu Guia Literário da Bíblia, e também Robert Alter e Harold Bloom, com suas respectivas interpretações de suas origens judaicas a partir da literatura, e vice-versa.
É claro, tudo isto a partir do trabalho seminal dos dois maiores críticos literários do século XX: Northrop Frye, especificamente suas análises da poesia de William Blake e seu Código dos Códigos, obra que trata da influência da Bíblia na literatura ocidental; e Eric Auerbach, no seu clássico Mimesis.
À vista disso, alguns hoje levantam a questão se a literatura é também um instrumento de investigação, uma ferramenta cognitiva. Ainda quando não adotam posições nesse debate, é certo que muitos exegetas, até então influenciados pelo método histórico-crítico, que concebia o cânone como uma bricolagem naïve, perceberam, nas Escrituras cristãs, a recorrência de símbolos e leit-motifs; a pluralidade de gêneros; e uma espécie de unidade narrativa que se cristaliza no conceito de aliança. Um exemplo claro é o motivo do êxodo, que se manifesta ao longo do cânone: a saída e peregrinação de Abraão, a libertação de Israel do cativeiro egípcio, o retorno do povo do exílio babilônico e a partida de Cristo em direção à crucificação em Jerusalém.
Retomando, pois, nosso ponto: entre o mundo e a transcendência há uma unidade narrativa – um télos que conduz a encenação do drama divino-humano, ou teodrama. “O drama tem a vantagem de combinar os elementos narrativos de sequência e configuração com elementos dos atos de fala que habilitam pessoas (incluindo leitores) a entrar em relação dialógica com o assunto. O teodrama tem certa semelhança com a metanarrativa, com a importante diferença de que, ao contrário da maioria das metanarrativas, o teodrama é polifônico”. A polifonia provém da convergência do diálogo que se instaura entre Deus e os homens e do colóquio que se estabelece na intratextualidade dos vários autores canônicos.
Michel Benamou, observando as múltiplas correntes designadas de pós-modernas, afirmava que o conceito de encenação é praticamente onipresente hoje na cultura: a arte, por exemplo, é, em grande parte, performance gerada e desfeita no seu próprio ato. Para Benamou, encenação é a prática por excelência que unifica a pós-modernidade. Tendo isso em mente, talvez percebamos mais claramente as palavras de Vanhoozer, para quem “a redenção tem uma natureza própria de drama”.
Fabrício Tavares de Moraes é tradutor e doutor em Literatura (UFJF/Queen Mary University London)
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 16/09/2017
Título: Feira abre espaço para coletivos solidários
A primeira edição da Feira de Economia Solidária e Agroecologia organizada pela Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares (Intecoop) reuniu sete coletivos solidários de Juiz de Fora e região neste sábado (16) na UFJF. Foram montadas 28 barracas com produtos variados, que iam desde verduras orgânicas e mel até artesanato em tecido e produtos reciclados. Durante a feira, também foram realizadas oficinas e atrações culturais.
Segundo a organização, o evento tem a proposta de fortalecer a economia solidária e ser realizado mensalmente. “Queremos mostrar formas diferentes de fazer economia, valorizando a autonomia, a autogestão, a habilidade e o trabalho em equipe”, explica a integrante do projeto, Lia Rezende. “Não é só um projeto comercial, queremos resgatar a cultura popular”, diz a técnica da Intecoop, Juliana Macário.
Funcionária da Fazenda Reserva, Rosane Ribeiro ficou satisfeita com o convite. “A movimentação foi muito boa, e muitas pessoas conheceram nossos produtos. Espero participar de outras edições.” Natural de Prados, a artesã Vilma Maria Ferreira participa de outras feiras em Juiz de Fora e elogiou a iniciativa. “Este espaço é mais uma iniciativa maravilhosa para mostrar o nosso trabalho.” Para o diretor da cooperativa Lixarte, Reginaldo Barbosa, o Bulu, o projeto contribui para a aceitação do trabalho dos coletivos. “Trabalhamos desde 2006 com reciclados, e no início não tínhamos a confiança do público sobre a qualidade dos produtos. As feiras permitem divulgar a importância da reciclagem.”
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Veículo: Tribunas de Minas
Editoria: Economia
Data: 16/09/2017
Título: Juiz de Fora sedia evento de empreendedorismo e inovação
“Mostrar que Juiz de Fora é um bom local para investir e empreender”. Este é o objetivo do 2º Encontro de Empreendedorismo e Inovação nas micro e pequenas empresas de Juiz de Fora e Zona da Mata, que será realizado na próxima quinta-feira (21), no Gran Victory Hotel, em Juiz de Fora. A iniciativa é idealizada pelo professor João Carlos Batista, fundador e diretor-executivo da Treinar Gestão Empresarial, em parceria com o Sebrae-MG, e a Rocha Lobo Gestão de Negócios.
Neste ano, a expectativa é reunir cerca de 500 pessoas, 300 a mais do que na primeira edição, realizada em 2016. O público-alvo é composto por empresários, convidados e interessados em “provar” que a cidade é um ótimo local para empreender e inovar, afirma o idealizador do encontro. “Ano passado as vagas foram preenchidas em 15 dias. Depois que todas as vagas foram preenchidas, abrimos mais 40 e, poucas horas depois, elas também já estavam esgotadas. Aprendemos muito e, por isso, buscamos fazer bem melhor este ano”, garantiu Batista, ressaltando a boa localização de Juiz de Fora, situada entre as principais capitais como Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo, regiões que concentram as principais empresas empreendedoras do Brasil.
Voltado para pequenas, médias e grandes empresas, além de empreendedores individuais e estudantes, a experiência promete, através de consultoria e orientação, integrar ainda aqueles que pensam em investir ou criar seu próprio negócio, gestores e entidades de classe. O objetivo é melhorar os relacionamentos e a capacidade de os empreendedores alavancarem seus negócios a partir do compartilhamento de informações e experiências.
Na abertura, às 13h, serão homenageadas entidades representativas, como Associação Comercial e Empresarial de Juiz de Fora (ACEJF), Agência de Desenvolvimento de Juiz de Fora e Região (ADJFR), Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e Sindicato do Comércio (Sindicomércio), a fim de apresentá-las aos novatos no ramo. A programação ainda inclui palestras relacionadas aos temas empreendedorismo e inovação, comandadas por especialistas conceituados, da cidade e da região, além de apresentação de cases de sucesso. Após às 19h, acontece o show pirotécnico e homenagem aos 15 anos da Rede Victory Hotéis. O encerramento terá degustação de cervejas artesanais.
As inscrições são gratuitas seguem abertas até o dia do evento, podendo ser realizadas exclusivamente no site www.treinarvirtual.com.br. Os inscritos deverão apresentar comprovante impresso e 1kg de alimento não perecível, que será distribuído pelo Rotary Club à entidades sociais.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Coluna Cesar Romero
Data: 16/09/2017
Título: Voo livre
Hoje, no estacionamento do Centro de Convivência na UFJF, tem feira solidária e agroecológia.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cultura
Data: 17/09/2017
Link: http://tribunademinas.com.br/noticias/cultura/17-09-2017/registros-do-que-preencheu-o-vazio.html
Título: Mostra conta história da UFJF em imagens
Como um traçado marcante em preto numa extensão de verde riscada por finas linhas em marrom, a Avenida Itamar Franco, antiga Independência, surge em registros feitos na década de 1960 como um inovador caminho. Partia de uma cidade que se acostumava com a rotina pós-industrial para encontrar uma colônia rural de imigração. Num vazio, foram edificadas vanguardas. Em “Lvmina Spargere” (em latim, “espalhar a luz”, lema da UFJF), exposição em cartaz no saguão da reitoria da Universidade Federal de Juiz de Fora, está reproduzida a história da instituição e também seu impacto comportamental, social, político, cultural e arquitetônico em Juiz de Fora. Retratos de uma sociedade confrontada com o conhecimento.
Apresentada em plotagens, o que limita a potência pictórica da mostra, a narrativa transpassa a academia com um material fotográfico instigante e profundo. Integrantes do acervo histórico da universidade, as imagens refletem a potência de um fotojornalismo com inspirações nos franceses Henri Cartier-Bresson e Robert Doisneau, mestres no registro de cotidianos poéticos. Em sua grande maioria de autoria do fotógrafo Roberto Dornelas – que, nascido em 1936, trabalhou de 1966 a 1991 documentando as atividades da UFJF -, as fotografias atravessam a função de arquivo, como na cena do vestibular de 1969, realizado no ginásio do Sport Club Juiz de Fora, que cuidadosamente elabora jogos de luzes e as várias camadas geométricas.
“Assim que vi essas fotos fiquei muito impressionada, não apenas porque reacendem a memória do passado esquecido no tempo, mas porque comportam grande sensibilidade e condição expressiva que as elevam ao patamar da fotografia artística”, defende Valéria Faria, curadora da mostra e pró-reitora de Cultura da UFJF. “De fato, essas fotografias foram feitas em caráter de registro, no entanto, já sabemos que, mesmo quando documento, uma fotografia nunca é só documento. Essas imagens remontam a uma prática artística desenvolvida desde os primórdios da modernidade, pautada na dissolução da forma e na instauração de novas relações construtivas. São retratos com aura, com pulsação interior e extrapolam a mera reprodução da realidade”, completa.
Em entrevista ao projeto “Memórias possíveis”, coordenado pelas professoras e pesquisadoras Christina Musse e Rosali Henriques, em novembro de 2013, Dornelas assume o “olho armado” (expressão de Murilo Mendes). “Sempre tempero a coisa, faço uma foto jornalística, com um pouquinho de arte, com um pouquinho de poesia, porque a foto tem que vender um jornal, tem que vender uma mercadoria qualquer, é que ela fala por mil palavras. Dependendo da foto, não precisa de legenda, não. Acho que já nasci autodidata nessa coisa, porque eu gosto muito de ser metido a artista também, sabe? Eu fazia um pouco de arte com a fotografia, iluminação, ângulo e tal”, conta o fotógrafo, cujo currículo soma passagem por importantes veículos nacionais, como a “Revista Manchete”, de Adolpho Bloch.
Imagens como tratados
Calças de cintura alta, calças flares, camisas soltas, estampas florais e étnicas, proliferação de cores e padronagens unissex estão presentes nas fotografias cujo cenário é um complexo em construção entre os anos finais da década de 1960 e os primeiros anos da década de 1970. O mesmo vanguardismo expresso nas roupas está marcado no projeto arquitetônico e urbanístico do lugar onde restava um vazio. “O projeto do Arthur Arcuri previa, inclusive, alojamento estudantil. Onde é a reitoria hoje teria comércio. O projeto dele original não aconteceu e, provavelmente, foi transformado por conta da ditadura, que inibia espaços de conivência estudantil”, destaca o arquiteto e professor do departamento de história da UFJF Marcos Olender, coordenador do projeto “História da UFJF”, que sistematiza e coleta material documental, fotográfico e a história oral acerca da instituição.
“Havia um terreno vazio que de repente recebeu uma cidade universitária. Isso gerou um impacto não apenas em Juiz de Fora, mas em toda a região. De lá para cá, dá para perceber claramente o impacto urbano que causou. Há um desenvolvimento muito grande daquela região, que faz, inclusive, com que a universidade sirva de passagem entre pontos distintos da cidade”, pontua Olender, ressaltando, ainda, a importância da convergência de faculdades com origem privada num projeto de complexo de ensino público. Segundo o arquiteto e urbanista Rogério Mascarenhas, inicialmente houve a intenção de construir o complexo ao lado da Santa Casa de Misericórdia, em plena Avenida Rio Branco. “Não aconteceu, provavelmente, pelo preço dos lotes e pela necessidade ampla de desapropriação”, explica.
A ideia do projeto, para Mascarenhas, insere em Juiz de Fora um gesto até então ausente. “Vejo uma intenção de planejamento só na fundação. A cidade nasceu quando Henrique Halfeld abriu a Avenida Rio Branco. Existia ali uma intenção de criar um município. Mas, mais que isso, ele fazia valorizar os terrenos da família da esposa dele. Juiz de Fora cresceu espontaneamente, de acordo com seus agentes econômicos e sociais. Temos os loteamentos que foram projetos (como o Santa Helena e o Jardim Glória) e fizeram parte da cidade como bairros, mas não tinham a ênfase do planejamento urbano”, reflete. “A projeção tem uma grande vantagem porque se projetam ruas largas, com generosidade. Nossa cidade, por causa da topografia difícil, cresceu com ruas estreitas e terrenos também estreitos, o que faz com que sofra com o crescimento desordenado, que resulta em saturação. É claro que, por outro lado, ela também tem sua beleza espontânea.”
Arte e política
“O complexo humanístico do campus não é um projeto só de distribuição espacial de prédios, mas de estruturação institucional, que pensa em institutos de ciências e faculdades aplicadas”, comenta Marcos Olender, apontando para uma geografia que espalha, nas regiões mais baixas, as ciências puras e as ciências aplicadas. “Encimando tudo, coroando a universidade, está a engenharia, o que demonstra essa postura positivistwa, da engenharia como a grande construção do período”, analisa o professor e pesquisador, referindo-se ao ideário que prevaleceu, primordialmente, durante o governo de Juscelino Kubitschek, presidente responsável pela implantação da UFJF. “Quando reorganiza a instituição e possibilita que as pessoas se encontrem, esse projeto traz uma vida nova àquela região. São shows, manifestações, discussões que acontecem numa região que urbanisticamente não era muito ocupada”, completa.
Presenças constantes na história retratada por lentes sensíveis em “Lvmina Spargere”, as artes e a política estão em cenas que trafegam entre o lirismo e a poesia dos ativismos. “De fato os caminhos da arte e da história da universidade sempre se cruzaram prazerosamente, haja vista os esboços do que seriam os prédios do Campus assinado pelo artista Décio Bracher, que na época estagiava como desenhista na prefeitura da UFJF. Ademais, os saguões da antiga e da atual reitoria sempre se dedicaram a exposições artísticas e à promoção da arte e cultura produzida dentro e fora da academia”, defende Valéria Faria, apontando para os registros que dão conta do objetivo e do subjetivo, do que é documento e do que é criação.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Esportes
Data: 17/09/2017
Link: http://tribunademinas.com.br/noticias/esportes/17-09-2017/esporte-como-forma-de-reabilitacao.html
Título: Esporte como forma de reabilitação
“Usar o próprio esporte como forma de reabilitação.” Há dez meses em atividade, este é o objetivo central de equipe de profissionais especializados em medicina esportiva que atende atletas lesionados, sejam eles amadores ou profissionais, no ambulatório de trauma do esporte do Hospital Universitário (HU) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). O método de atendimento, semanal e gratuito, às terças-feiras, pelo SUS, com necessidade de agendamento presencial, é embasado no conhecimento teórico e também na vivência de cada integrante do projeto, de relação profunda com a prática esportiva, como evidencia o coordenador e ortopedista Adriano Mendes.
“O HU é a via final do atendimento da alta complexidade na cidade e a ortopedia está inserida neste contexto. Todos os pacientes que vêm para a ortopedia são muito bem atendidos. A vantagem é que como todos nós da equipe praticamos algum esporte, temos um foco principal em ajudar esse praticante de atividade física para voltar à atividade. Usamos essa motivação embasada em conhecimento específico da área. Com essa visão multidisciplinar e com a bagagem da nossa prática, conseguimos determinar se houve ou não desenvolvimento de lesão pela atividade”, explica Adriano, especializado em cirurgias de ombro e cotovelo e trauma do esporte.
Além do coordenador, Samuel Lopes, especializado em cirurgias de joelho, e Marcus Abreu, pós-graduando em medicina do esporte, integram a equipe, auxiliados por médicos residentes do HU e fisioterapeutas voluntários. Uma curiosidade paira sobre o ponto de partida do ambulatório. A ideia foi amadurecida a partir de experiência no Rio 2016, como recorda Adriano. “Eu e o Samuel fomos médicos na Rio 2016 e conhecemos muitos brasileiros que fizeram voluntariado da equipe de saúde e que perguntavam se não conseguíamos desenvolver nada em Juiz de Fora. E conseguimos, motivados pela Olimpíada.”
O trabalho realizado, sem caráter emergencial, propõe a continuidade da prática esportiva em todos os casos em que esta possibilidade existe. “Nosso diferencial é usar o próprio esporte como fator de reabilitação. Às vezes, você sugere por um tempo uma outra atividade esportiva associada para que ele melhore a condição global. O objetivo é que o indivíduo continue praticando esporte. Ele só vai sair com prescrição para evitar se esse for o único recurso disponível”, destaca Marcus.
Mesmo não sendo a prioridade, o serviço disponibilizado, segundo Adriano, pode impulsionar a prática esportiva. “Há um potencial para a melhora do volume de praticantes na medida em que você oferece um serviço de assistência. Não vamos conseguir massificar uma prática pelo ambulatório, mas muitas vezes as pessoas deixam de fazer sua prática porque não têm diagnóstico”, relata.
Para atleta, equipe multidisciplinar faz a diferença
Atleta profissional de handebol, Kassiel Nunes, 19 anos, sofreu luxação no ombro durante a disputa dos Jogos do Interior de Minas (Jimi) pela Associação Desportiva de Juiz de Fora (ADJF)/Apogeu finalizada com título no domingo (10), em São João del-Rei. Na última terça (12), o jovem foi atendido no ambulatório pela primeira vez e viu na presença de médicos residentes um diferencial na consulta.
“Já consulto com o Dr. Adriano, que faz o trabalho específico no meu ombro ao lado do fisioterapeuta da minha equipe, Rômulo de Sousa, mas fiquei sabendo que o ambulatório é novo e achei ótima a existência de um sobre trauma de esportes. Ao mesmo tempo, a consulta tem acadêmicos e profissionais recém-formados acompanhando o processo, então todas as dúvidas são tiradas com as melhores respostas”, relata Kassiel, que possui histórico de três luxações no ombro esquerdo.
Ao todo, a equipe do HU realiza entre dez e 12 atendimentos a cada terça-feira. Entre as equipes beneficiadas estão as de basquete do Tupynambás e a Atlética de Medicina da UFJF.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Coluna Cesar Romero
Data: 17/09/2017
Link: http://tribunademinas.com.br/colunas/cesar-romero/17-09-2017/229758.html
Título: Entre os trilhos
Nesta segunda, no Museu Ferroviário, entra em cartaz a exposição “O (In)esquecido Ramal da Estrada de Ferro Leopoldina – de Juiz de Fora a Furtado de Campos”. A mostra é o resultado de pesquisa (que começou em 2012) das arquitetas (mestrandas em ambiente construído, pela UFJF), Angélica Costa e Camila Brasil, sob orientação do professor José Alberto Castañon.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Coluna Cesar Romero
Data: 17/09/2017
Link: http://tribunademinas.com.br/colunas/cesar-romero/17-09-2017/229758.html
Título: Prêmio em Brasília
O deputado Mário Heringer, que estudou medicina na UFJF e tem muitos amigos na cidade, figura na lista dos parlamentares aptos a participar da décima edição do “Prêmio Congresso em Foco”. A premiação é para valorizar os melhores congressistas e estimular a população a acompanhar o desempenho dos eleitos. Estão excluídos da votação os parlamentares que respondem ações ou inquéritos criminais no STF.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Agenda Cultural
Data: 18/09/2017
Título: Lvmina Spargere – Recortes de um caminho iluminado
Data: De 06/09/2017 até 03/10/2017
Horário: Segunda a sexta-feira, das 8h às 22h, sábados, das 8h ao meio-dia
Local: Espaço Reitoria (Campus UFJF)
Cidade: Juiz de Fora – MG
Gênero: Fotografia
Valor: Entrada franca
Sobre o evento: Dezesseis painéis com fotografias de Roberto Dornelas, acervos pessoais e registros cedidos pelo Arquivo Central da UFJF, acompanhados de textos sobre a história da universidade.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Notícias
Data: 18/09/2017
Título: Monte Sinai realiza transplante hepático
Um homem de 56 anos que sofria de cirrose hepática não alcoólica teve alta no último fim de semana após receber um fígado transplantado. O paciente é o primeiro a ser operado pela equipe de transplante hepático do Hospital Monte Sinai, instituição credenciada no ano passado para realizar esse tipo de cirurgia. No total, cerca de dez profissionais participaram do procedimento, que durou oito horas. O primeiro transplante de fígado realizado na cidade aconteceu em agosto.
Segundo o hepatologista clínico Fábio Pace, que participou da cirurgia e acompanhava o paciente no Centro de Referência em Doenças do Fígado do Hospital Universitário da UFJF, onde 3.500 pacientes com doenças do fígado estão cadastrados, o paciente se recuperou bem após a cirurgia, que foi um sucesso. “Contamos com a ajuda de três cirurgiões, um anestesista e uma instrumentadora do Hospital D’Or, do Rio de Janeiro, além de três cirurgiões do próprio hospital e outros profissionais de saúde que atuaram antes e depois do procedimento.”
Segundo um irmão do paciente, ele recebeu o órgão transplantado menos de um mês após ser ativado na fila de espera. “Meu irmão já tinha prioridade na lista de transplante e ia fazer o procedimento no Rio de Janeiro. Mas no espaço de seis meses entre descobrirmos um tumor no fígado dele até o transplante, recebemos a notícia de que a cirurgia poderia ser feita em Juiz de Fora, o que ajudou muito, porque eu já conhecia a equipe e não precisaria alugar uma casa no Rio”. Ele conta ainda que a família está muito contente com o procedimento e afirma que “Deus deu uma segunda vida” para o irmão.
O médico Fábio Pace também comemora o sucesso do transplante e acredita que o procedimento é o primeiro de muitos a serem realizados de forma totalmente gratuita no Monte Sinai. “Tudo correu dentro das nossas expectativas, e esperamos poder realizar um ou dois transplantes hepáticos por mês durante o próximo ano. Mas para isso, precisamos que as pessoas aceitem fazer a doação de órgãos em casos de morte encefálica, pois só assim os transplantes podem acontecer.”
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